Edifício AMES (Edifício Pasteur - 05/11/1974)
A construção do nosso Edifício AMES na na Rua Alberto Oliveira Santos - obras no início dos anos 1970 e inauguração em 1974.
1974 – 05 de novembro: inauguração da sede própria da Ames no Edifício Ames, em Vitória, ES.
Edifício da Associação Médica do Espírito Santo, situado na Rua Alberto Oliveira Santos, 42, Centro, Vitória.
A escolha do nome do edifício, prestes a ser lançado no mercado imobiliário, mereceu discussão. Os empreendedores desejavam um nome com impacto
mercadológico e batizaram o prédio como Ed. Pasteur.
No entanto, o desejo dos membros da comissão era construir o Ed. Ames. Após o lançamento e a venda das unidades, ele foi renomeado como Edifício da Associação Médica do Espírito Santo, situado na Rua Alberto Oliveira Santos, 42, Centro, Vitória.
Coube a Comércio, Indústria e Engenharia Capixaba S.A. (Ciec) a construção do importante empreendimento, ficando sua incorporação a cargo da Valorização Imobiliária Capixaba S.A. (Vimcap).
O responsável técnico da obra foi o engenheiro João Luiz Tovar, e o
arquiteto, Marcelo Vivacqua.
Romancina Carvalho Vieira (102 anos em 1992)
A famosa parteira Mãe Cina, Romancina Carvalho Vieira nascida em Santa Cruz em 1903.
Ajudou no parto demais de 200 crianças ao longo da vida em Fundão.
Contava com 102 anos em 1992.
Imagens TVE.
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Poesias, palpites, partos e pensões
A habilidade da mulher que nasceu com mãos de fada
As cores e estampas da longa colcha de retalhos que iluminam a vida de Romancina Carvalho Vieira, 107 anos, são abundantes. Filha de mãe escrava e pai dono de engenho, Romancina cresceu no campo. É do tempo em que havia parteiras e da mãe herdou o dom. "Mais de 200 meninos nasceram pelas minhas mãos", contabiliza. "Só não dava conta quando o bracinho vinha antes da cabeça. Aí, chamava o doutor." Aprendeu a ler e escrever numa escola separada por distâncias vencidas sobre carros puxados por bois. "Tive a mesma educação dos meus irmãos brancos", diz em tom de orgulho.
Ao casar-se, levou como dote quatro cabeças de gado. Montou uma pensão em parceria. "Era um sobrado grande, com nove quartos, que me deu muito trabalho", descreve. "Dormia depois da meia-noite e acordava de madrugada. Valeu a pena. Fiz dinheiro e pude erguer minha casa." A pensão abrigou um trio de americanos que construíam um viaduto sobre uma ferrovia no Espírito Santo, na região de Ibiraçu. À época, o estado prosperava com a exportação de café.
Acervo de José Vicente Birck (1974)
Vitória e Vila Velha em 1974.
Acervo fotográfico de José Vicente Birck, Pai do nosso amigo Keko Sinclair.
Tragédia no Estádio Governador Bley (09/12/1967)
Diario de Pernambuco (PE) - 1960 a 1969
Corre-corre em bingo de Natal o matou 9 pessoas
VITÓRIA (Espirito Santo) — (Meridional — DP) — Nove pessoas do sexo feminino, e com idade acima de 50 anos, morreram, no Estádio Governador Bley, vitimas do corre-corre para ganhar cartões de bingo de Natal.
As vítimas foram pisoteadas, por ocasião da abertura dos portões de entrada do estádio.
Cerca de 2 mil pessoas estavam, desde cedo, concentradas nas imediações do estádio, esperando a abertura dos portoes.
Quando isto ocorreu, não respeitaram os cordões de isolamento e invadiram, como uma enxurrada humana, a praça de esportes, causando a tragédia.
As vítimas residem em bairros pobres da cidade.
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VITORIA, 9 (M) - Nove pessoas, todas do sexo feminino, com idade acima de 50 anos morreram na manhã de hoje, no Estádio Governador Bley, no Bairro de Jucutaquara, nesta capital, vitimas do corre-corre para ganhar cartões de Natal.
Essas senhoras foram pisoteada por ocasião da abertura dos portoes de entrada do Estádio e, em seguida, no local onde seria efetuada a distribuição dos cartões.
Oito das vitimas foram identificadas.
Sao elas:
Madalena Gama, moradora em Garrido; Alzira Maria de Jesus, de Sao Torquato; Dalva de tal e Cecilia dos Santos, residentes em Maruipe; jovelina Santos Melo, de Sao Torquato; Jovenil Augusta da Conceição, moradora no bairro de Jucutaquara; Maria de tal, domiciliada no morro do Alagoano; Maria Franklin, de Porto Santana.
A senhora não identificada é parda, cabelos curtos, de pouco mais de 50 anos de idade, que trajava vestido estampado.
*A senhora não identificada era Nadir Rodrigues Nogueira, Dona Didi, lavadeira no Bairro Ataide, Vila Velha, tinha 39 Anos, mãe do nosso colega Chico Pardal.
As autoridades do Instituto Médico Legal sabem apenas que sua residência fica localizada no bairro de Ibes ou Santa Inês, de acordo com as informações fornecidas por pessoas que haviam conversado com ela pouco antes do tragico acontecimento.
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Ruthléa Mattos (Rainha dos Universitários - 1958)
A estudante Ruthléa Mattos foi eleita Rainha dos Universitários em 1958.
Coroada sábado no Clube Vitória, Ruthleia Mattos, eleita Rainha dos Universitários Capixabas de 1958.
O prefeito Duarte Rabelo esteve presente ao evento - êxito completo.
Foi um êxito completo a Festa dos Universitários Espíritossanteses, sábado o último, nos salões do Clube Vitória.
A sociedade capixaba esteve presente, vivendo uma noite de raro encantamento.
A rainha dos Universitários é senhorita Ruthleia Mattos, bela morena que alia sua beleza a simpatia e a aplicação aos estudos.
Foi coroada pelo prefeito Armando Duarte Rabelo, recebendo, como as princesas e números mimos oferecidos pelo nosso comércio.
Doris Monteiro reafirmou suas altas qualidades artísticas.
Muita luz, alegria e bom gosto na festa dos nossos estudantes superiores que muito trabalharam mas viram seus esforços plenamente compensados.
Cumprimentamo-los assim como enviamos nossos parabéns a senhorita Ruthleia Mattos e as princesas estudantis.
Prossegue, dia a dia despertando maior interesse, o sertame patrocinado pela união dos Estudantes do Espírito Santo, para a escolha da Rainha dos Universitários.
Foi realizada ontem mais uma apuração. A candidata da escola de belas artes, senhorita Ruthleia Maytos continua na liderança, com 6 mil votos, seguida da senhorita Amélia Chiabai da Faculdade de Odontologia, e da escola de Belas Artes senhorita Umbelina Chiabai, da Escola de Serviço Social, com 800 votos, e outras menos votadas.
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Festa dos Universitários Capixabas (1937 / 1958)
Cheia de animação, de graça, de beleza, a festa levada a efeito no Clube Vitoria pelos universitarios capichabas, com a cooperação brilhante do Baby's Jazz.
Os universitarios que, por força dos ultimos acontecimentos politicos, se achavam nesta capital, tiveram oportunidade de organizar uma festa que marcou época na nossa vida social.
As dansas tiveram inicio ás vinte e uma horas, terminando, com grande numero de pares ainda no salão, ás duas e meia da madrugada.
A meia-noite precisamente, foi aclamada a rainha dos universitarios capichabas — acontecimento inédito para a mocidade estudantina de nossa terra.
Recaiu a escolha na senhorinha Gilmir Martins, um dos mais cintilantes ornamentos da sociedade vitoriense. Em lindo improviso, a eleita, que é figura de reconhecido relevo intelectual, agradeceu a escolha dos universitarios.
Príncipe dos academicos de Direito capichabas foi eleito o sr. Clovis Ramalhete. A alma da festa foi, sem duvida, The Baby's Jazz que executou, com maestria, as melhores peças do seu repertorio.
— Amanhã ás vinte e uma horas, o Clube Vitoria abrirá os salões para outra festa encantadora. Será uma festa cheia de simplicidade por isso que o traje exigido será o mais modesto possivel.
As quinze horas, haverá uma vesperal infantil dedicada aos filhos dos srs. socios. E será uma grande alegria, para a garotada ha muito anciosa por uma oportunidade paar fazer de "gente grande", dansando ao som do Baby's Jazz.
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Colônia de Itanhengua (Coisas e Aspectos do Brasil - 1946)
COISAS E ASPECTOS DO BRASIL - COLONIA DE ITANHENGA - CIDADE DOS HANSENIANOS - 1946.
José Luiz HOLZMEISTER escreveu.
ITANHENGA - simples acidente geográfico, que não passaria da corriqueira definição de pequeno morro localizado no município de Cariacica, distando por estrada de rodagem, 15 quilômetros de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, se não fosse nesta mesma elevação erigido um dos maiores e mais bem organizados leprosários da da América do Sul.
Obra monumental, inaugurada em parte (13 edifícios), em 22 de maio de 1935, para em 11 de abril de 1937, acrescido de mais 52 pavilhões, perfazendo um total de 65, com todos os requisitos indispensáveis, traçados pela moderna higiene da lepra ser definitivamente inaugurado, tendo a presença de altas autoridades federais e estaduais.
Perspectiva panorâmica deslumbradora descortina-se ao galgar a Colônia de Itanhenga. Longe, ainda, já se divisam suntuosas construções, sobressaindo-se dentre estas o Preventório "Alzira Bley" e a Granja "Eunice Weawer", que se localizam fora da Colônia, destinadas aos filhos daqueles que na terra trouxeram o destino fatal de serem marcados pelos estigmas do mal de São Lázaro.
Obra filantrópica, é o complemento indispensável dessa complexa máquina que se torna necessária ao combate à lepra.
Deve o Estado, e, portanto, o pais, a tão custoso empreendimento, às figuras das homenageadas, daquelas que deram seus nomes a tão importantes estabelecimentos, cujas contribuições para sua realização, foram recolhidas por intermédio de, conferências e donativos, organizados pela
"Campanha da Solidariedade pró-filho do Lázaro".
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Terminal Aquaviário Dom Bosco (1982)
Movimento é grande no primeiro dia do aquaviário
No primeiro dia de funcionamento do ter-minal Aquaviário Dom Bosco, inaugurado na tarde da última segunda-feira, mais de duzentas pessoas embarcaram até as 17 horas, de ontem fazendo o percurso ou para a Praia de Vila Velha ou centro da cidade.
De 20 em 20 minutos, as lanchas da Comdusa param no Terminal que funciona das 5h37 minutos às 20h17, primeira e última parada. Segundo o supervisor do Aquaviário, José Luiz, o maior número de passageiros que ali embarcam segue para Vila Velha.
No horario de "rush" — 17 às 19 horas — lanchas com horários extras fazem o mesmo trajeto com a única diferença de pegarem os primeiros passageiros no Dom Bosco.
OPÇÃO
Os usuários que pela primeira vez embarcavam no terminal Dom Bosco disseram que esta outra opção de transporte deveria ter surgido há mais tempo.
A economia de dinheiro — a passagem custa CrS 25, — e tempo justificavam, em parte, a espera de 20 minutos para chegar a seus destinos.
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Ariosto da Silva Santos (A.S. Santos e Cia)
Renato Santos relata:
Meu pai, Ariosto da Silva Santos, faleceu no dia 09 de maio de 1962, quando um avião da Cruzeiro do Sul caiu no aeroporto de Vitória - acidente,se não me engano,com 26 mortos.
Somente 2 passageiros sobreviveram.
Entre os mortos estava Fábio Ruschi e um dos sócios da Chocolates Garoto.
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Adelpho Poli Monjardim e meu pai, Ariosto da Silva Santos, proprietário da A.S.Santos e Cia, que pavimentou a Av César Hilal e ruas da Praia do Canto na década de 1950.
Aspectos do Brasil (Revista A Faceira - 1914)
IMPRIMI, hoje A Faceira dous interessantes aspectos da cidade da Victoria, a par da gravura que representa palitei° do governo espirito-santense.
A vista panoramica mostra-nos o largo trecho commerciaí da capital do futuroso Estado.
Ao primeiro relance notam-se numerosos predios novos, que atttestam o sopro de progresso que tem envolvido a interessante capital, de alguns anos a esta data.
A outra gravura abrange uma parte da cidade completamente remodelada. Um bello e bem tratado parque occupa-lhe toda a extensão; e, a cavalleiro, elegantes construcções se espalham, afirmando a caracteristica de progresso que a tem transformado.
Era o antigo palacio uma das dependencias de velho convento, muda testemunha dos primitivos factos ali corridos. Completamente reformado e adaptado, ergue-se transformado em bellissimo edificio.
Ao fundo, levantam-se o Museu e o Archivo. A' direita do palacio divisa-se o Congresso do Estado e á esquerda destacam-se as Escolas Modelo e Normal. Nota-se egualmente a egreja do Rosario e, entre esta e o palacio do governo, alteia-se a torre da antiga egreja matriz, elevada a cathedral com a creação do bispado.
Mas não é só a capital pelas suas contrucções e últimos melhoramentos que se deve notar no Estado do Espirito Santo.
Graças á colonisação, alguns dos seus municipios vão-se desenvolvendo de modo altamente animador, e para essa situação que se desenha tão sympathycamente para quantos sinceramente desejam ao nosso paiz o mais rapido desenvolvimento, está concorrendo a ligação ao Estado do Rio de Janeiro Pela estrada de ferro, hoje complemento da D. Leopoldina Railway.
E si levarmos em conta que, realisadas as obras de melhoramento do porto, o Estado conquistará um entreposto commercial de primeira ordem, teremos assignalado uma phase de incontestavel desenvolvimento a tão bello e promissor trecho do nosso Brazil.
No passado regimen, inscrevia-se a antiga provincia no numero das que menos pesavam. na balança economica do paiz.
Agora, não ; o seu commercio cresce sensivelmente; a exportação assignala-se por algarismos respeitaveis e, assim, pouco a pouco, o Espirito Santo trata de conquistar, no concerto dos demais Estados da União, logar distincto a que faz jús pelos elementos que encerra.
A natural svmpathia que dedicamos aos Estados que se esforçam por salientar-se pelo trabalho que os ennobrece e pela energia que lhes rasga, dia a dia, mais largos horisontes, faz nos desejar cordealmente que, não se afastando d'esses elevados intuitos, o pequeno Estado desenvolva, sem vacillações, os recursos natuares que por todo o seu uberrimo territorio se dedobram.
Jô Soares e Filipe José Pereira Leal (Presidente da Província do Espírito - 1849)
Filipe José Pereira Leal (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1812 — Salvador, 13 de agosto de 1880 foi um político e diplomata brasileiro.
Bisavô do humorista Jô Soares.
Foi presidente da província do Espírito Santo, nomeado por carta imperial de 28 de junho de 1849, de 9 de agosto de 1849 a 3 de junho de 1851.
Além disso, exerceu o cargo de diplomata negociando com a Venezuela, em 1859, o Tratado de Limites e Navegação Fluvial, no qual as fronteiras entre os dois países foram delimitadas.
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Os Pomeranos (Documentário - TV Gazeta - 1977)
Documentário ‘Os Pomeranos’, produzido pela TV Gazeta em 1977, com direção de Vladimir Godoy.
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Aureliano Leite Barcellos (Médico Capixaba - 1877 / 1979)
O MEDICO MAIS VELHO DO MUNDO. Testemunha da Abolição, ele ainda lê jornal todos os dias.
Ele se considera um mutante da medicina. Prescrevia sangria e cataplasma e ultrapassou a era dos transplantes.
ELE se formou no início do século, quando a Medicina era chamada de sacerdócio. Aplicou cataplasma e sangria, fez diagnósticos
sem exames de laboratório e durante mais de 70 dos seus 100 anos de existência, trouxe ao mundo cerca de 2.000 bebês.
Hoje, o Dr. Aureliano Leite Barcellos mora no antigo bairro de São Domingos, em Niterói, numa casa de vila sombreada pela vegetação.
Sua casa — a nº 6 - tem o portão da frente trancado, mas um aviso convida o visitante a bater na porta dos fundos.
O Dr. Aureliano já não é chamado às pressas para fazer partos, mas gosta de ver gente e conversar, embora perca a maioria das palavras. Nos últimos anos, ficou inteiramente surdo, apesar de atento ao que se passa no mundo à sua volta. Tão atento que, há 40 anos, alimenta um curioso costume. Todos os dias, ao acordar, atualiza o velho calendário de madeira que marca os dias, meses e anos de sua vida.
Nascido em 1877, em São Mateus, no Espírito Santo, ele se considera uma espécie de mutante.
Sentado na varanda de sua casa, metido em seu pijama de flanela e paletó de casemira, sem notar que a sexagenária Juraci está catando arroz
na cozinha, ele explica que viu tudo mudar. O mundo e a medicina. Mas acha isso muito bom.
Formado em 1900, no tempo em que prevalecia a teoria da sangria de Brossais "um francês ditatorial que derramou mais sangue do que Napoleão em todas as suas guerras" - Dr. Aureliano acompanhou duas das grandes transformações nos caminhos da vida humana: as descobertas de Pasteur e a chegada dos antibióticos. "Mudar é sobreviver, uma lei da natureza" grita sem que ninguém lhe tenha perguntado nada. E o Dr. Aureliano é assim mesmo.
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O Folclore de Conceição da Barra (1974)
O Folclore de Conceição da Barra (1974)
Cena Brasileira de Tárik de Souza para o jornal Opinião em 1974.
Um domingo de movimento normal na praça Getúlio Vargas. Em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição a pequena multidão de sempre. Namorados, moças e rapazes em bandos passeiam pelos Jardins.
Compactos blocos de lentos lavradores, pescadores e a classe média da cidade de Conceição da Barra, litoral do Espírito Santo vírgulam-se próximo à Igreja e nos bares das ruas laterais.
Um tiro de pólvora seca cala ou burburinho. De uma das bandas da praça, uma coluna magra de 16 homens, fardados de azul, invade a praça empunhando adagas e espadas de lata. Camisa de seda brilhante, de boca apertada e tênis, eles marcham ao rufado ralo de um tarol, guardando passadas medidas numa cadência solene.
Os rostos enrugados, envelhecidos precocemente, estão porém compenetrados de sua coreografia, os cenhos franzidos.
Dispostos à frente da igreja, eles discussão em versos decassilabos onde misturam-se um português arcaico e inesperadas metáforas.
Quando a multidão respeitosa acostumou-se aos invasores ouvem-se novos tiros.
Pela mesma rua, à direita Na praça ameaçadoramente com suas brilhantes fardas vermelhas.
Há uma r:apida troca de versos entre os adversários.
A seguir, a multidão da praça, envolvida, participa com gritos dos duelos de espadas das duplas de inimigos. Triunfam os azuis, encabeçados por uma bandeira com uma cruz bordada.
Depõe-se a bandeira vermelha, marcada pelo desenho de um sol e uma lua. Os cristãos venceram os mouros, como acontece há não menos de 100 anos em Conceição da Barra, a poucos quilômetros da fronteira baiana.
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Doceiras, Boleiras e Confeiteiras Capixabas do Século XIX e XX
Maria Esperança da Conceição Saraiva (Doceira Capixaba)
Dona Maria Esperança da Conceição Saraiva, famosa doceira capixaba, residia na Rua Francisco Araujo.
Possuía casa com terreno na Avenida da República durante os aterros da Companhia B. Torrens para a construção do Parque Moscoso, na Rua Thiers Velloso, Rua General Osório, entre outros.
Faleceu em 1912 e está sepultada no Cemitério de Santo Antônio.
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Dona Luisa Maria da Bôa-Morte - 1883;
Escrava do Sr. Azambuja Meirelles - 1884;
Dona Zeferina da Costa Pinheiro Chagas - 1884;
Velha Aninha - 1886;
Dona Eufrásia Maria da Conceição - 1887;
Dona Virgínia Ramalho - 1887;
Dona Maria Esperança da Conceição Saraiva - 1900;
Dona Sinhá - 1952.
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Pesquisa, restauração, transcrição, digitalização, produção e edição: Fábio Pirajá.
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Impressões de Victoria (LUZ E SOMBRA - 1920)
Acha-se á frente do alto cargo de presidente do visinho Estado do Espirito Santo o Exmo. Snr. Coronel Nestor Gomes, S. Exa, que é filho do Estado do Rio, — de Conceição de Macabú, — constitue em Victoria um caso typico de operosidade, de applicação, conseguindo do seu trabalho persistente grangear a admiração que todos lhe dedicam e o respeito que todos lhe tributam.
A escolha do Coronel Nestor Gomes para presidir os destinos do visinho Estado, deve-se tão somente aos dotes que lhe exornem o caracter e jamais ás conveniencias politicas de campanario.
S. Exa. que reluctou em principio na indicação de seu nome, acceitou por fim como candidato de conciliação — unico. Assim, o Coronel Nestor Gomes. pelo seu cavalheirismo e pelos seus principios será o traço de união da familia espirito-santense, bem digna de paz e de progresso.
Victoria apresenta no momento o interessante aspecto de uma cidade em plena effervescencia politica. Grupos aqui e ali discutem e offerecem alvitres ou palpites a favor deste ou daquelle contendor.
Não obstante o interesse que a questão reclama nada de maior ha a notar, além do calor da discussão. Para tal resultado muito tem cooperado a acção calma, ponderada e digna do 3o. batalhão de caçadores sob o commando do activo cavalheiro, coronel dr. Jayme Pessoa da Vieira.
A cada um dos membros do citado batalhão deve indiscutivelmente a população de Victoria os momentos de paz, em substituição da perspectiva lugubre de uma lucta entre irmãos.
Da imprensa de Victoria. rela:ivamente ao nosso representante destacamos o seguinte:
Offertada pelo dislincto cavalheiro. sr. Augusto Guilherme de Carvalho, temos sobre a mesa a bem elaborada revista fluminense "Luz e Sombra".
Repleto o seu texto de excellente literatura, com prazer vimos delle fazer parte mavioso soneto do nosso distincto conterrâneo Alcides Tovar.
Ao snr. Augusto de Carvalho, diligente representante da "Luz e Sombra", neste Estado, nossos agradecimentos.
"Diario da Manhã" de 11 de Junho findo.
Luz e Sombra. — Esteve hoje em nossa redacção o sr. Guilherme de Carvalho. digno representante da revista illustrada "Luz e Sombra" que é uma revista bem feita, tendo boas paginas de leitura dos melhores escriptores e uma parle dedicada ao nosso Estado.
Agradecidos pela nimia gentileza do snr. Guilherme de Carvalho, desejamos longos annos de vida a nova revista.
Da Gazeta de Victoria de 10 de Junho p. findo.
A firma Antenor Guimarães & C., de Victoria, com serviços de estiva, carga e descargas de vapores justifica plenamente a preferencia que para alta se afirma dia a dia, em virtude do apparelhamento moderno de que dispõe e da pratica incontestavel dos seus chefes e auxiliares.
Dentre os boteis de Victoria destaca-se o Hotel Internacional, sob a direcção da famjlia Leão Baldi, cujo chefe, sempre solicito, não perde opportunidade de grangear para o seu estabelecimento a preferencia justa dos viajantes.
Poucas praças como Victoria offerecem relativamente o facto de contar em seu meio tão compacto numero de agentes commerciaes, prova evidente da importancia do commercio local. E assim é, sendo de notar-se que todos mostram actividade na conquista do comprador.
Dentre eses agentes commerciaes é justo destacar o popular Alfredo Siqueira Mello, da agencia STELLA, que com o espirito de um negociante moderno não descança na propaganda dos artigos que representa.
Acompanhando o Alfredo Mello (Stella), faz-se notar o Vicente Judice, outro agente commercial que, no seu bamboleio calmo e bonanchão, vae conquistando aqui e acolá consumidores para os seus artigos. Da mesma forma as grmas Bastos & Feitosa, Domingos & Raffael Paeliello e G. Luiz & Co, agentes de reputadas casas nacionaes e estrangeiras porfiam entre si na conquista de maiores sympathias.
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Forte de São Francisco Xavier da Barra (Planta - 1868)
Planta e prospecto do Forte de São Francisco Xavier da Barra da capitania do Espírito Santo, sobre a marinha no lugar chamado piratininga, da parte do sul ao entrar pelo rio, sobre rocha viva, sem que as marés cheguem a sua muralha, ???? uma légua da Vila da Victoria; pela sua espalda fica a Vila do Espírito Santo que deu nome a capitania toda.
Na primeira figura se vê que é circular, onde "A", mostra a rampa que sobe para ele;
"B", ponte; "C", trânsito em que está o corpo de guarda; "D", Quartel para guarnição;
"E". Casa da palamenta; "F", Prisao e por cima dela duas casas e ????? ; "G", casa da pólvora; "H", esplanada com ?? Com peças de ferro e uma fora da fortaleza no lugar "I", que é o porto por onde se chega a ela.
Sobre a sua porta se vê esta inscrição: reinando o ??? Alto, ???? todo poderoso Rei de Portugal Dom Pedro II, A.I. mandou fazer esta Fortaleza Dom Rodrigo da Costa Governador e Capitão-Mor deste estado do Brasil.
A figura 2 mostra a fachada da Fortaleza pela parte da marinha para onde tem o seu exercício.
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Fortinho de São Thiago (Sec. XVIII)
Planta e fachada do fortinho de São Tiago que está situado dentro da Vila da Victoria, capital da capitania do Espírito Santo junto do lugar chamado Varge próximo a marinha: Porém presentemente está sem ação, por estar todo rodeado de casas, que não dão lugar a poder elaborar a sua artilharia.
Este fortinho consta simplesmente de um muro ao redor, que está todo arruinado, e senta sobre rocha viva.
A figura 1 mostra a sua planta, em que "A" é a sua entrada, "B" terrapleno, o qual desce em ladeira para a parte da curvidade. O que tudo melhor se vê na figura 2, que mostra o seu prospecto.
Nele se acham montadas três peças de terro do gênero de canhão.
Está inteiramente inútil este fortinho e por isso ou não consertou, nem reparou o capitão Engenheiro José Antônio Caldas quando foi mandado no ano de 1764 a cuidar dos reparos das fortalezas desta capitania.
Ele usou esta planta e copiou João Chrisóstomo de Souza Praticante donatário da ??? Régia das fortificações que acompanhou ao Capitão ao donatário da capitania nesta diligência, a que foi mandado ao donatário pelo ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Conde da ????? Governador e Capitão-Mor General desta capitania da Bahia a 3 de abril de 1767.
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Fortaleza de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Victoria, 1767)
A Fortaleza do Carmo ficava em algum lugar próximo a Rua General Osório, segundo pesquisas, o que restou dela, uma antiga muralha, foi demolida em 1839, a pedido do Paço da Camara de Deputados para a abertura da Rua do Comércio.
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1850 - MINISTERIO DA FAZENDA
EXPEDIENTE DO DIA 4 DE JANEIRO
Ao Sr. ministro da guerra , para que se sirva communicar a resolução que tomar sobre a nova construcção do quartel ou mudança da companhia fixa da provincia do Espirito Santo , para a fortaleza de S. João , que propõe o presidente d'aquella província , a afim de melhor responder ao dito presidente sobre o destino dos terrenos contiguos á fortaleza do Carmo.
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Breve Estatística da Capitania do Espírito Santo (1816)
RESUMO
5 Villas.
7 Povoações.
7 Freguezias.
5 Igrejas Filiaes.
3 Colegios dos extinctos Jezuitas.
1 Santa Caza de Mizericordia.
4 Capellas de Particulares.
3 Conventos Franciscanos.
1 De N. S. do Carmo.
2 Ordens Terceiras.
7 Portos de Mar.
10 Rios principaes.
76 Engenhos.
68 Engenhocas.
3:523 Fogos.
22:527 Almas.
N. B. A população desta Capitania se suppõe exceder muito áque dão em Mappas os Commandantes dos Destrictos, principalmente na parte rellativa a Escravatura, que sempre os Senr.es dão ao manifesto menos Escravos do que realmente possuem.
Villa da Victoria 25 ele Junho de 1816.
FRAN.co ALBERTO RUBIM.
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Evolução dos Serviços do Porto de Vitoria (1941)
O embarque de mercadorias e passageiros no porto de Vitoria tem passado por fases distintas, que assinalam o progresso ininterrupto da terra capichaba.
E como ainda não vai muito longe o tempo dos seus processos primitivos, é curioso relembrá-los, mormente agora que aquele pequenino e importantíssimo porto do litoral brasileiro acaba de aparelhar-se de um cais, com o equipamento completo de um moderno escoadouro de mercadorias.
Com esta construção de seu porto e a organização modelar de seu serviço administrador, a cargo do Serviço de Exploração do Porto de Vitoria, pode-se dizer que o porto escolhido para ponto de embarque dos minerios de Itabira, entra para a historia economica do Brasil, defendendo um posto de alta importancia.
No principio, era o cais do Porto dos Padres, do tempo colonial. Ali, ancoravam os pequenos barcos, as canoas de navegação fluvial. Ali, tomavam-se os botes para rumar aos navios, ancorados ao largo, no seio do canal.
Pela boca dos homens do povo, corria de geração a geração a lenda de um subterraneo, cavado pelos jesuítas, unindo ao cais o seu antigo convento, hoje Palacio do Governo.
Veio depois o tempo prospero, a adoção nacional do café. Safras fartas enriqueceram a antiga, capitania. E os navios de maior calado, que ali aportavam, continuavam ao largo. Embarcações menores levavam-lhe as mercadorias.
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A Epidemia de Cólera no Espírito Santo (1895)
O sul do Espírito Santo foi acometido de uma epidemia de cólera no final do século XIX.
Desde a muito sabia mos que o governo federal tem por diversas vezes solicitado do presidente do Estado o pagamento do 15.000$ de réis a que tem direito a comissão medica que serviu durante a epidemia do cholera, no sul do Estado, sem que tal pagamento se tenha até hoje mandado efectuar,
sob a evasiva de que essa despesa devia correr por conta do governo federal.
Entretanto o publico está certo de que quando o governo do Estado recorrera ao governo federal este não se fez esperar nas providencias precisas, fazendo sciente nesta occasião - de que taes desvezas deveriam correr Estado, e nem uma objecção fôra produzida o que importava a acceitação tacita da declaração do governo da União.
Oito mezes são decorridos e nosso collega "O Pais" faz a declaração abaixo para desconceituar o Estado, preparando difficuldades em emergencias igaues.
E são simplesmente 15:000$000 de réis, quando sabe-se da lacilidades rasoaveis do que esta que implica com a honra e creditos do Estado.
Eis a noticia a que nos referimos :
"Ha 8 mezes, partia desta capital com a missão de debellar a epidemia do cholera, que então grassava Estado do Espirito Santo, uma commissão composta de medicos e estudantes de medicina, a qual soube com dedicação e intelligencia cumprir o sou dever.
Pelo congresso do Espirilo Santo foi votada uma verba de 100 contos para pagamento das despezas currentes por occasião da epidemia
e todas as commissões estadoaes já estão pagas; somente que daqui partiu em 1º de março do anno vigente ainda nao foi feito o pagamento a que tem direito.
De justiça é ocorrigir-se tão lesiva falta e acreditamos que se proyidenciará a respeito.
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Fuga na Pedra D'Água (1952)
Sensacional fuga de dois detentos da prisão.
1952 - Na madrugada de hoje, conseguiram ludibriar a vigilancia da Penitenciaria, dois perigosos larapios, que lá estavam cumprindo pena. São êles: João Sabino Alves, vulgo "Sergipano", que há tempos, em Maruipe conseguira furtar 5 residencias, fato amplamente noticiado por nós, condenado a 5 anos e 4 meses, e João Batista Santos, vulgo "Baiano", conhecido arrombador, condenado a dois anos.
Os dois meliantes, de posse de uma serra, lograram romper uma das grades da janela. Depois, emendando lençóes, fizeram uma corda. Amarraram-na em outra grade, deslizando assim até o chão, de uma altura de sete metros e meio. Somente pela manhã, na hora da chamada, foi dada a sua falta.
Imediatamente foram tomadas providencias pelo diretor do presidio, dr. Augusto Simmer, que ordenou que fossem dadas buscas pelas redondesas, não conseguindo porem, até o momento, deter os fugitivos.
A amante de João Sabino Alves foi presa a fim de ser interrogada, pois sobre ela recaem as suspeitas de haver fornecido a serra, com o auxilio da qual, "Sergipano" e "Baiano", empreenderam a sensacional fuga.
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Planta Cadastral da Zona Urbana da Cidade de Vitoria (1933)
Planta Cadastral da Zona Urbana da Cidade de Vitoria.
ESTADO DO ESPIRITO SANTO BRASIL (1933).
COMISSÃO DO CADASTRO TERRITORIAL DE VITORIA.
ESCALA 1:2.000
O município de Vitória sob o regime revolucionário.
Triênio 1930-1933
Relatório de governo do Ex. Diretor de Obras e Viação e Ex. Prefeito municipal (interventor).
Município de Vitória-ES durante o Regime do Estado Novo (1930-1933). Plano de Urbanização de Vitória (livro).
Planta cadastral da zona urbana da cidade de Vitória. Dimensão: 42×21 cm. Suporte: Papel. Escala: 1/2000.
Autor: Fábio de Macedo Soares Guimarães.
Produtor: Prefeitura Municipal.
Engenheiros Henrique de Novaes;
Fábio de Macedo Soares Guimarães.
Interventor Federal João Punaro Bley (1930-1943);
Prefeito Asdrúbal Martins Soares (1930-1933).
A partir da década de 1930, com agravamento dos problemas urbanos assim como com a impossibilidade de empregar todo o orçamento em obras públicas, dá-se a necessidade de uma ação governamental estadual por meio do planejamento, entendido como conjunto de políticas e planos com compreensão de várias etapas. O período conhecido como “Era Vargas” (1930-45) privilegiou políticas nacionais de Estado, novas leis, códigos, reforma do aparelho estatal e incentivo ao capitalismo industrial, marcando o início da elaboração de planos com uma visão de totalidade, propondo a articulação entre os bairros por meio de sistemas de vias e sistemas de transportes.
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