O Verão de Guarapari (Revista O Cruzeiro - 1968)
Saúde, beleza e progresso - Bons ventos para Guarapari em 68.
Guarapari. A beleza de suas praias e a radioatividade de suas areias, em forma de saúde, transformam o lugar num dos maiores centros turísticos do Brasil.
Aproximadamente 80 mil visitantes transitam por suas ruas nos períodos de férias.
Guarapari é, hoje, ponto brilhante no mapa do Brasil. Plantada ali no litoral capixaba, levando na bagagem histórica o nome de José de Anchieta — seu fundador a fama de suas medicinais areias pretas, a música de Pedro Caetano e mais a hospitalidade de sua gente, tudo isso reunido fêz do lugar o mais aprazível recanto balneário do Espírito Santo e um dos mais importantes do Pais.
A partir de dezembro, a cidade é tomada de assalto por brasileiros de tôda a parte predominância do mineiro num movimento incessante pelas praias, hotéis, pontos de diversão, fato que não dá condição de fazer nenhum prognóstico para os anos que virão. A ida e vinda de turistas e veranistas já alcança o número de 80 mil pessoas durante as temporadas e, segundo estatísticas, dentro de alguns anos quando a BR-262 estiver em pleno funcionamento, separando Belo Horizonte de Guarapari por apenas seis horas de automóvel a cidade estará recebendo entre 150 e 200 mil pessoas nos meses de férias.
É aí que se pergunta: com a capacidade dos seus habituais 45 mil habitantes a "Cidade 'Saúde" terá condições de suportar o violento afluxo turístico?
Com a palavra, a administração Pedro Ramos, de Guarapari.
Baseando-se na filosofia de crescimento irrefreável, as autoridades municipais bem cedo voltaram os olhos para os problemas que surgirão certamente no futuro, diante de um anormal e não planificado povoamento da região.
Para tanto, o prefeito Pedro Ramas usa de todos os recursos de que dispõe. As obras já iniciadas de um novo mercado darão condições de maior atendimento a todos os moradores e ali estarão expostos peixes, legumes, frutas, carne fresca e verduras de tõda a espécie. Mas todo esse planejamento, esse surto de desenvolvimento que envolve as terras de Guarapari, se estribam na confiança da iniciativa particular nos destinos da cidade. A rede hoteleira e os grandes empreendimentos imobiliários são os grandes responsáveis pela projeção do município nos quatro cantos do Brasil. Tudo isso, associado a uma vontade tenaz de realizar, está levando Guarapari para o caminho certo do progresso e do desenvolvimento.
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Fim de Semana de Guarapari (Revista Manchete - 1968)
Reportagem de Hugo Góis para Revista Manchete.
Se você vai a Guarapari de carro ou ônibus, é sem dúvida magnífico. Seus olhos vão roçar no melhor trecho de beleza de areia do Brasil, a nossa Costa do Sol, muito além de ver Nápoles e depois morrer.
Mas se você vai a Guarapari a convite do telúrico Pedro Ramos, o prefeito, e de Hélio Rodrigues, o simpático, em um dia de céu azul do aero-comander da Líder, vendo das nuvens aquela natureza confeitada por Deus, então você tem que inventar com urgência um adjetivo.
Pois ainda não existe (mesmo) palavra de transmissão para o que vai acontecer dentro de você. Lá estivemos nós, da O Cruzeiro, e companheiros dos Diários Associados, em pé de vento de fim de semana, numa guinada colorida de 72 horas.
Gente sorrindo, praias generosas, brotos radioativos riscados a capricho, mansões repetindo o gesto de cimento de Beverly Hills, o grande mar chegando às areias em ondas havaianas — enfim, um complô sensorial de grandezas.
No aeroporto, a perfeição amiga de Pedro, Hélio e Jairo Pereira, as potências municipais que completam a obra divina em Guarapari. Depois, ver para crer: eis Meaípe, seu mar alface e sua solidão nutritiva. A Praia do Morro, Perocão e Setiba, esquinas do mesmo céu, com sua paz que coloca os nervos em rede do Ceará.
Os pés livres, calcando a areia, pisando no fim da onda, e os olhos mergulhados no azul. Um aporte para a Enseada Azul, o postal-mais-tudo de Guarapari.
Em toda a orla marítima, o concreto armado em formato de arte, mas funcionando bem para moradia. O cansaço foi se aproximando do fim do dia, e daí, precisamente a batida de caju, começo de serenata debaixo de lua e estrelas. O melhor de Sílvio Caldas, Altemar Dutra, Orlando Silva, o melhor museu da saudade grande. "Para, Pedro, Pedro para, este Pedro é uma parada" - modinha voluntariosa para mexer com o prefeito Pedro — foi bossa de violão e canto em coro, assim como cantavam os gregos de Eurípedes.
Depois houve magia. Umas panelas fumegavam em fogão colonial. Uns seres enigmáticos, silenciosos, andavam de lá pra cá, buscando temperos silvestres. Uma pitada também de pó cinzento de Paris, um orégano mais balsâmico. Enfim, a misteriosa e infinitamente gostosa peixada eclética de Guarapari.
A confraternização cósmica do camarão, siri, caranguejo, mariscos mil e peixes de linhagem azul. Que molho, peixe e pirão. Era proibido comer depressa. Tinha que ser bem de mansinho, foguete, em estado de graça e concentração. Assim improvisamos aquelas 72 horas com o prefeito Pedro Ramos. Homem feliz e completo. E apenas porque tem Guarapari como moldura. Assim estava o restaurante "Gaeta", em Meaípe, onde o prefeito Pedro Ramos, que é visto ao centro, ofereceu um almoço aos jornalistas associados que visitaram Guarapari em um fim de semana.
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Caboclo Bernardo e o naufrágio do Imperial Marinheiro (1887)
RELEMBRANDO O NAUFRAGIO DO "IMPERIAL MARINHEIRO", De OSCAR GONÇALVES.
Jornal "A Voz do Mar - 1939.
A Marinha de Guerra Brasileira acaba de perder um de seus mais ilustres Almirantes e a patria um de seus dignos filhos, com o falecimento, ha pouco ocorrido nesta Capital, do Almirante Francisco de Matos.
O desaparecimento desse grande marinheiro, trouxe-nos á lembrança o naufragio do cruzador "Imperial Marinheiro", no ano de 1887, de cuja guarnição S. Ex. fizera parte como 2o. Tenente, tendo sido salvo, como quasi toda a guarnição do navio sinistrado, por um pescador, que se
chamou em vida Bernardo José dos Santos.
Foi na madrugada de 7 de Setembro daquele ano, no logar conhecido por Comboios, perto. da Povoação da Regencia, na Barra do Rio Doce, no Estado do Espirito Santo, pelas duas horas da madrugada, que encalhára em um baixio perto da praia, o "Imperial Marinheiro", saído dias antes do Rio de Janeiro, em viagem de instrução.
Ao amanhecer daquele dia, depois de uma luta titanica de seis horas, foi debalde toda tentativa empregada para safá-lo, não só pela perigosa posição em que ficára, fazendo muita agua, como pela impetuosidade do mar, encapelado pelo vento forte que soprava de S. 0., pelo que, considerada a gravidade da situação sem possibilidade de nenhum socorro, foi para, a guarnição, já exausta e sucumbida pela desgraça acontecida, uma grande emoção, quando perdidas eram as esperanças, de
salvamento, vêr um homem abnegadamente atirar-se ao mar, da praia não mui distante, e nadar em direção ao navio que submergia lentamente.
Era o pescador Bernardo.
A 3 de Junho de 1914 morreu miseravelmente assassinado por um bandido, cuja amante buscou a sua residencia para fugir das mãos sedentas de sangue do seu algoz.
E nunca mais falou-se no herói, que tragicamente desapareceu por um capricho do destino, sem ter, como merecia, um fim digno de um justo.
E' bem verdade que alguns escritores regionais, têm feito na imprensa capichaba veementes apelos ao governo estadual para se venerar annemoria do seu grande filho, pois que no Estado que o glorifique; nem mesmo uma simples placa de uma rua qualquer, existe com o seu nome; e no entanto, Bernardo salvou a vida de mais de uma centena de homens,
que foram mais tarde uteis á patria.
Um projeto chegou mesmo a ser pensado para ser apresentado ao Congresso Legislativo do Estado em 1937, afim de ser erigido um monumento em memoria do heroico pescador. E assim vai o tempo passando, sem um protesto á ingratidão dos homens, esquecendo aquele que em vida soube honrar a digna classe dos homens do mar.
A Liga Naval Brasileira, empenhada em glorificar os brasileiros que se destacaram pelas suas façanhas, deve tirar do olvido o pescador Bernardo, promovendo uma homenagem á sua memoria, em honra áquele que côm o risco da propria vida, salvou de uma morte certa, um punhado de valorosos marinheiros.
Naufrágio do cruzador "Imperial Marinheiro" (1887)
Relação da vítimas do naufrágio do cruzador "Imperial Marinheiro" - Barra do Rio Doce, Regência, 07/09/1887.
Pescador Bernardo
Chegou do Espírito Santo, no dia 29, o intrépido homem do povo, que, por ocasião do naufrágio do "Imperial Marinheiro", lutando com as ondas em risco de vida, conseguiu levar, de terra para bordo, um cabo de vaivem, por onde se pode efetuar o salvamento de muitas vidas.
O rasgo praticado pelo valoroso pescador é desses que se gravam nos corações, que tornam benemérito um nome, e recomendam-no a gratidão nacional consolando patriotismo das frequentes decepções.
O clube naval, aqui em, particularmente, o heroísmo de Bernardo, mais sensibilizada, pois representa a classe a que ele deu um auxílio salvador, com risco da própria vida, promoveu e uma comovente manifestação, recebendo-o a Bordo e conduzindo-o a sua sede, aonde ele dirigiu as mais calorosas felicitações.
Pela nossa parte associamos, de todo coração, a essas demonstrações.
Vendo o país, a alguns dias, publicado um telegrama da Victoria, dizendo que o povo espírito-santense desejava que o retrato de Bernardo fosse publicado em nosso jornal, enviamos, imediatamente, um telegrama a redação da província do Espírito Santo de donos as ordens da comissão, que promovia essas demonstrações.
Ficando o retrato de Bernardo prestamos a devida homenagem à essa população, e tão sensível e eroica se mostrou por ocasião de sinal frágil, que veio em lutar a data festiva de 7 de setembro.
Estamos, também, o retrato do Marinheiro Antônio Pedro, tripulante do navio naufragado, e que muito se distinguiu, nessa triste emergência.
Raul do Valle.
Naufrágio do Cruzador "Imperial Marinheiro"
O capitão tenente J.C. Pereira Pinto, telegrafou ao quartel general:
"O Cruzador Imperial marinheiro, ficou totalmente perdido a uma milha da ponta sul do Rio Doce, a 1 1/2 da madrugada de hoje. A guarnição salvou-se com cabo de vai e vem e jangadas falecendo:
Guarda-Marinha Francisco de Paula Mello Alves;
Segundo Tenente Trypheno de Oliveira;
Quarto maquinista Idelfonso Machado Dutra;
Terceiro maquinista Américo Basílio da Silva;
Praticantes Frederico Gomes de Andrade e Francisco Dias Braga;
Imperiais Marinheiros Roque Lúcio, Francisco II Pedro Felício, Amâncio Soares Ignácio Oliveira, José Alves e Agostinho.
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Guarapari, História de uma Praia Miraculosa (Revista O Cruzeiro - 1949)
Texto de Arlindo Silva e fotos de Roberto Maia
Milagre da Areia Preta - muitas e muitas muletas em se tornando inúteis na praia de Guarapari.
Denunciamos a nação a saída irregular, para o estrangeiro, de mineral radioativo das costas do Espírito Santo - dois capítulos sobre Guarapari, um pitoresco, dedicado ao público leitor de o Cruzeiro, e outro,, endereçado ao General Dutra.
Não nos dirigimos, daqui, aos doutores deputados por que a esta altura o Parlamento, desgraçadamente, jaz por terra vilipendiado.
Ao executivo, pois, cabe agir, fazendo cumprir a lei com todo Rigor.
Porque a denúncia que aqui fazemos gira em torno, nada mais nada menos, que da saída, de mão beijada, e por vias tortas, para o estrangeiro, de material estratégico no nosso.
Por isso é que essa reportagem tem esse endereço - General Eurico Dutra, Palácio do Catete.
Ora, aconteceu que do Rio até Vitória viaja no mesmo avião nosso um velho amigo capixaba, chamado Edgar Miranda, descendente dos antigos colonizadores alemães no Espírito Santo.
A gente encontra em Edgar Miranda o mais entusiasta apregoador das riquezas, curiosidades e belezas naturais do seu estado.
E ele sabe contar os mais extravagantes episódios políticos, religiosos ou policiais, ocorridos no interior espírito-santense.
É sabido que o Espírito Santo é uma das zonas preferidas pelos naturalistas, tal a excentricidade de sua fauna e flora. Há, ali, para citar um exemplo, uma espécie de rã que procria pelas costas. Há as chamadas "ilhas flutuantes", que são grandes massas de terra fofa de pantanal, cobertas por árvores de mangue, e que soltas que são ao sopro do vento deslocam-se sensivelmente sobre a lagoa. No norte do estado há um lugar onde existem imensas cavernas, mas que ninguém pode penetrar até o fundo porque depois de certa altura falta o oxigênio e as lanternas se apagam. Em torno dessas cavernas o espírito popular criou lendas as mais curiosas vírgulas ligadas a presença dos Jesuítas naquele estado.
Casos assim, Edgar Miranda conhece os as dezenas e pode entreter qualquer cidadão durante horas seguidas, tempo, com ele e, passa despercebido.
Assim é que nos vimos, derrepente, sobrevoando a região de Guarapari, já perto de Vitória. O nosso evento companheiro de viagem destinos então:
- " eles não podem voltar ao Espírito Santo sem conhecer as praias de Guarapari."
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Guarapari, A Praia dos Milagres (Revista Manchete - 1961)
NAS PRIMEIRAS BOMBAS ATÔMICAS HAVERIA TÓRIO DE GUARAPARI.
Revista Manchete - 1961.
O brasileiro riquíssimo, que só acreditava em médicos e remédios estrangeiros, ficou sabendo, com certo assombro, que até da Europa já mandavam reumáticos para Guarapari, a pequena cidade do litoral do Espírito Santo.
Seguiu o conselho e algum tempo depois as dores não mais o afligiam. Os dedos das mãos, antes recurvados, quase em garra, se distenderam. Voltou às suas atividades normais e atualmente se refere, com entusiasmo, a Guarapari: — É a praia dos milagres!
Nem em todos os casos as areias radioativas dão bom resultado. Mas curam até asmas rebeldes. Um dos médicos brasileiros que ajudaram a pôr Guarapari no mapa foi o Professor Silva Melo, autor das primeiras comunicações a respeito das virtudes curativas de sua areia, publicadas no exterior. Além dos milagres que tem operado, restituindo a saúde a muita gente, Guarapari é também a maior fonte produtora de tório em nosso continente.
Suas areias monazíticas contêm cêrca de 2% de tório, minério indispensável à indústria atômica. Muito dêsse tório saiu clandestinamente do País. Navios que descarregavam cargas no pôrto de Vitória enchiam os porões com essa areia, como "lastro".
Carrearam assim uma enorme riqueza, que não lhes custava um ceitil. Só em 1945, o Brasil tomou conhecimento da importância do tório. Foi feito, então, um acôrdo com os Estados Unidos, pelo qual venderíamos anualmente 3 mil toneladas de monazita ao preço in-significante de 30 a 40 dólares cada uma, mais tarde elevado.
Desde então, exportamos 32 mil toneladas. Calcula-se que, a trôco de 6 ou 7 milhões de dólares, sofremos um desfalque energético correspondente a 5 bilhões de toneladas de carvão.
Em 1951, o contrôle da monazita, convertida em monopólio estatal, passou para o Conselho Nacional de Pesquisas e, depois de um inquérito rumoroso, em que foram ouvidas cêrca de trinta pessoas, as exportações do precioso minério foram terminantemente proibidas, por sugestão do Conselho de Segurança Nacional. Da monazita, dizia o Senador Atílio Vivacqua: "O seu valor não tem preço. A única troca viável seria a de um quilo de monazita por um milhão de quilos de trigo."
A monazita não é facilmente encontrada. Ela é o resultado de urna demorada sedimentação. Só é encontrada com relativa abundância em quatro países: a Índia (que tem as maiores jazidas), o Brasil, a Bélgica e o Canadá. Desde a sua independência, a Índia também proibiu a exportação das areias douradas que contêm o preciosíssimo tório.
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O Líder João Calmon (Revista Manchete - 1964)
De caixeiro e vendedor de legumes êle chegou a deputado federal e candidato a vice-presidente da República.
Revista Manchete de 1964.
Reportagem de Murilo Melo Filho.
Espiritualmente, eu me sinto muito mais João do que Calmon.
É assim que êle repete uma frase favorita para explicar seu retraimento, hoje transformado em presença ativa e atuante.
Trata-se realmente de um homem calmo e simples, apesar de sua origem ilustre. De onde vem e para onde vai êsse líder chamado João de Medeiros Calmon? Êle vem de uma pequena localidade, Baunilha, no município capixaba de Colatina, onde nasceu patriocamente a 7 de setembro de 1916.
E vai no caminho da vice-presidência da República. Na folga dos estudos de Direito, comparecia ao Clube de Regatas Guanabara para remar.
Diz Davi Násser que o mar, como o rio, exercia sôbre êle uma eterna fascinação. E o mar iria modificar seu destino. É que num domingo apareceu um homem baixo e irrequieto para treinar no double-scull. Calmon foi chamado para completar a dupla. Juntos, saíram re-mando. E juntos continuam remando até hoje, no' leme dos Diários e Rádios Associados. É que seu colega de iole, naquele domingo, foi justamente o Sr. Assis Chateaubriand. Discutiram muito nesse primeiro encontro, pois o jornalista era partidário de Armando de Sales Oliveira e o estudante apoiava José Américo.
A amizade entre os dois, porém, estava selada para o resto da vida: unidos como irmãos, êles conduzem hoje um barco de proporções gigantescas, remando, não raro, contra a maré. Calmon começou em 1937 a trabalhar como repórter para o Diário da Noite. Menos de um ano depois, era mandado para Fortaleza, a fim de dirigir o Correio do Ceará.
Tinha 21 anos de idade e operou verdadeira revolução na imprensa cearense: era diretor do jornal, mas também repórter, editorialista, linotipista, paginados, cronista e corretor. O jornalista Francisco Martins Filho, a quem êle foi substituir na direção do jornal, disse a Raquel de Queirós: "O Dr. Chateaubriand deve ter perdido a cabeça quando mandou um fedelho como êste para o meu lugar.
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Padre Anchieta e a Colônia do Espírito Santo (Revista Vamor Ler! - 1943)
ANCHIETA E A "COLÔNIA DO ESPÍRITO SANTO"
COMO O MAIOR APÓSTOLO DO BRASIL AMOU O "ESPIRITO SANTO"
— A MORADA PREDILETA DO GRANDE CATEQUISTA "RERISTIBÁ" — O LUGAR QUE ELE ELEGEU PARA MORRER — PALAVRAS SUAS — O ENTERRO E A TRÉGUA DA TEMPESTADE!
De GASTÃO PEREIRA DA SILVA
ERA pequeno de estatura. Descarnado. (Pouca barba. Olhos azues. Cabeça grande. Seria uma figura talvez comum, se não tivesse um olhar penetrante e misterioso, que sempre anuncia as almas predestinadas dos santos ou dos gênios.
Uma batina de algodão, apenas. Pés descalços. , Cristo e rosário ao pescoço.
Bordão na mão. Às costas, pequena trouxa, na
qual levava o Breviário e os objetos indispensaveis celebração da missa.
Eis o homem. Eis José de Anchieta.
Desaparecendo nas serranias, subindo montes e descendo vales, láia ele destemeroso e crente, comendo pelo caminho
os frutos silvestres das árvores generosas e saciando a sede, cada vez mais cruciante, com as águas dos rios e dos córregos.
Não tinha medo, Nem as feras que o encontravam lhe faziam mal.
Sabiam que ele era apenas um caçador de almas.
Andava, Andava muito. Os pés sangravam através dos despenhadeiros, dos terrenos pedregosos, dos areais ardentes
de sol.
Por isso, as areais ficavam salpicadas de sangue.
Doemia ao relento. No chão. Entre os urros das feras.
Às vezes acordava espantado. Mas olhava o céu e dormia outra vez.
Caminhando. Caminhando sempre, vai
encontrando aldeias onde arrebanha as
almas e instila-lhes a fé !
Inauguração do Estádio Rubens Gomes (Botafogo 3 x 0 Santo Antônio - 1958)
Jogo de inauguração do Estádio Rubens Gomes – Botafogo (RJ) 3 x 0 Santo Antônio (ES) - Estádio Rubens Gomes em Vila Velha.
BOTAFOGO 3 x 0 SANTO ANTÔNIO;
Data: 17/08/1958;
Local: Rubens Gomes, Vila Velha (ES);
Árbitro: Antônio Viug;
Assistentes: Rubens Barbosa e Euclides Onofre;
Competição: Amistoso;
Gols: Garrincha, aos 15’ (1° tempo); Garrincha, aos 5’ e Rossi, aos 7’ (2° tempo);
Botafogo: Ernâni (Amaury), Cacá, Thomé, Servílio e Nílton Santos (Beto); Pampolini (Édison Martins) e Didi; Garrincha, Paulinho Valentim (Édison), Quarentinha (Rossi) e Zagallo (Quarentinha).
Técnico: João Saldanha.
Santo Antônio: Adjalman, Orion e Wilson; Francisco (Didico), Bulau e Neide (Raul); Lauro (Osny), Jayme Pirajá, Telmo, Miro e Lola.
Técnico: Joel.
Obs.:
1) O Santo Antônio F.C. era alvirrubro;
2) Inauguração do estádio Rubens Gomes;
3) Preliminar de aspirantes: Cachoeira 0 x 3 Colatinense.
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Inauguração do Estádio Governador Bley (30/05/1936)
Inauguração do Estádio do Rio Branco Foot-Ball Club, Estádio Governador Bley, 30/05/1936.
Mais um grande estádio se inaugura no. Essa notícia nos vem da Capital do Espírito Santo, Estado em que Governo e povo se associam no mesmo entusiasmo pela cultura corporal de seus filhos, como coisa primordial da civilização de uma gente.
O Espírito Santo foi o primeiro Estado que oficializou e difundiu a educação física racional, ainda no período discricionário, e o único que a incluiu em sua Carta Magna, no período constitucional. As associações esportivas de Vitória são agremiações sólidas, de vida própria, chegando a competir com as congêneres das grandes cidades do país. Há poucas semanas, o Rio Branco Foot-Ball Club, vencendo significativamente mais uma grande etapa de sua existência, inaugurou seu novo, grande e invejável estádio, no bairro de Jucutuquara, daquela Capital.
Este acontecimento é de notável importância, não só para o esporte capixaba, como não é difícil prever, mas também para a cidade, pois força o progresso e a expansão daquele novo bairro, que possui uma topografia excelente e uma admirável situação à beira-mar, onde a natureza é pródiga de encantos.
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Santo Antônio 1 X Santos 3 (Estádio Governador Bley - 28/07/1965)
Santos X Santo Antônio - 28 de julho de 1965.
Santos joga à noite com o Santo Antônio em Vitória custando 6 mil o ingresso.
Vitória (SP-JB) — O Santos joga hoje à noite contra o Santo Antônio. no Estádio Governador Bley, uma partida que está sendo aguardada com muito interêsse pela torcida local e que poderá proporcionar uma renda de Cr$ 60 milhões, no mínimo, já que os preços das gerais e das arquibancadas estão fixados em seis mil cruzeiros.
Para esta partida o Santos não poderá contar com Carlos Alberto, Geraldino e Salomão, o primeiro licenciado para se casar e os outros dois por motivo de contusão e assim a equipe formará com Gilmar, Olavo, Mauro, Orlando e Lima; Zito e Rossi; Peixinho, Coutinho, Pelé e Abel. A cota do Santos para êsse jogo é de Cr$ 15 milhões livres de despesas.
Santos venceu em Vitória
O Santos derrotou o Santo António por 3 a 1, ontem á noite no Estádio Governador Bley, em Vitória, com gois de Coutinho aos 3 minutos, empatando Ciro nos 19 m, voltando Coutinho a marcar aos 34 m do primeiro tempo, enquanto Pelé, aos 36 minutos da segunda fase, fazia o terceiro. O Santas ganhou Cr$ 15 milhões livres de despesas pelo amistoso no Espírito Santo.
"Pelé & Cia." Amanhã contra Santo Antônio
A equipe do Santos que domingo derrotou C.R. Brasil, de Maceió, por 6 x 0, chegou a esta capital para jogar na tarde de amanhã contra o Santo Antônio, desta cidade, recebendo a cota de Cr$ 15 milhões livres de despesas.
Já está decidido que a delegação santista retornará a São Paulo, quinta-feira.
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Se Pelé não jogar o dinheiro será devolvido (Estádio Rubens Gomes - 1961)
Pelé e o polêmico amistoso em Vitória - 1961.
Sem Pelé nada feito; Se Pelé não jogar o dinheiro será devolvido - Diário de Noticias (RJ) - 1961.
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Condição primordial: Pelé
O pagamento da cota de Cr$ 1 Milhão, aos Santos, pela exibição de domingo, nesta capital, é a maior já paga a um clube brasileiro.
Por isso mesmo, os dirigentes do Santo Antônio, que tiveram esse rasgo de audácia, fiveram divulgar, que se Pelé não jogar, devolverá o dinheiro dos ingressos, estando os torcedores convictos de que Pelé jogará mesmo.
E realmente Pelé mostrará toda a sua classe aos capixabas.
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A Federação Espírito-Santense escolheu os senhores Dilson Barroso (o melhor de 60) e Clodoaldo Borges, para auxiliares do juiz que deverá acompanhá-la da delegação do Santos. (SP)
Se Pelé não jogar dinheiro será devolvido - Vitória, 14
Os profissionais do Santo Antônio, campeão da cidade, adversário do Santos, domingo, no estádio Rubens Gomes, no amistoso do ano, encerraram os seus preparativos para o grande encontro.
O público capixaba terá oportunidade de pela primeira vez, assistirem a ação ao fabuloso Pelé, e que foi exigido pelos promotores da exibição do Esquadrão Praiano, que receberá, por essa única apresentação, a quantia de 1 milhão de cruzeiros, livres de despesas.
Vitória, 15
O Santos deveria realizar no domingo, uma apresentação nesta capital, no estádio Rubens Gomes, contra representação local do Santo Antônio, campeão da cidade. Informamos ainda esta semana, que a condição precípua é indiscutível para a apresentação do Santistas, seria a vinda de Pelé e, caso isso não acontecesse, o Santo Antônio através de seus dirigentes, chegaria ao extremo de devolver os preços de ingressos que tiveram sido adquiridos.
E, uma contusão de Pelé no encontro com o Vasco da Gama, agravou sua situação, não permitindo que acompanhasse a delegação Praiana e, E ainda por cima, Coutinho não embarcaria também.
Sem Pelé nada feito
diante disso, a direção do Santos, expediu telegrama para esta capital, comunicando que Pelé não viajaria obrigando a que os dirigentes do Santo Antônio cancelasse o jogo. Convém salientar que o "Santistas" capixabas tiveram muitos prejuízos, pois, inclusive, diversos ingressos já haviam sido vendidos e caravanas do interior do Estado se deslocaram para esta capital para ver Pelé.
O Santos, é justo ressaltar também, teve um prejuízo de Cr$ 1.2 milhao de cruzeiros que entrariam para os cofres. (SP)
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O João sabe o que Faz (Carlos Imperial entrevista Tostão - 1970)
Marataízes é uma cidade do Espírito Santo à beira de uma praia que impressiona por suas águas avermelhadas, altamente iodadas, da qual dizem maravilhas.
Outra característica do lugar é a assiduidade com que aparecem lá artistas e jogadores de futebol. Artistas do Rio, jogadores mineiros.
Tostão e Carlos Imperial (que lá têm uma casa, como Roberto Carlos e Paulo Sérgio) passaram suas últimas férias em Marataizes.
Descansando, tomando muito banho naquele mar que deixa a pele vermelho-ouro, movimentando a cidade.
NOSSO papo fixou-se principalmente no assunto futebol, de-pois do sorteio das chaves, realizado na Cidade do México.
Tostão desatou a língua e cOmeçou a falar sôbre as chaves estabelecidas. E falou sempre como um participante direto da Copa, uma vez que ele — que esta semana estará em Houston, Texas, fazendo seu último exame oftalmológico — não considera nem um segundo a possibilidade de ficar de fora. — Não vejo porque ter medo da nossa chave.
Sem dúvida nenhuma ela é a mais difícil. Mas, se nós tivermos de ter mêdo, imagine êles.
A Romenia está cheia de moral e é apontada como uma possível surprêsa. Os tchecos são nossos velhos rivais. Sabem como nós jogamos. Mas nós também sabemos como êles jogam.
Temos saído vencedores no confronto direto e acho que vai continuar assim. Quanto à Inglaterra, fora de Wembley sempre fêz feio. Só sabe jogar em casa.
Não tenho mêdo da Inglaterra fora de Wembley. Respeito-a, mas não a temo. Nossa chave é estranha. Claro que está muito difícil, porque entre quatro concorrentes de gabarito (partindo do princípio que a Romênia vai con-firmar as dificuldades que ofereceu a seus adversários nas eliminatórias), sobrarão apenos dois.
Apesar Apesar disso, embora correndo o risco de parecer contraditório, eu acho que caímos numa chave excelente. É fácil explicar. Pessoalmente, eu prefiro jogar contra o melhor time da Europa do que contra os sul-americanos. E só o fato de não ter sul-americano na nossa chave já me deixa mais tranqüilo.
- O Saldanha disse que mais uma semana para de convocava voce ou não.
- O João sabe o que faz. Também li essas declarações, mas apesar delas estou muito confiante. Por mim, estou pronto para entrar na Copa. Mas falta um exame final que farei em Houston, para onde embarco dia 30 de janeiro; como a situação está muito boa para o meu lado, diante dos últimos relatórios médicos, não custará nada esperar mais uma semanazinha.
Afinal de contas, eu volto antes do carnaval com a palavra final do Roberto Abdalla de Moura.
No carnaval, aliás, espero ir desta vez ao baile do Municipal, pra te ver de salto alto em sua Libélula Deslumbrada.
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Guarrincha e Elza Soares em Guarapari (1963)
Craque se recupera em nas areias monazíticas de Guarapari a pedido do Dr. Roberto Calmon.
Elza Soares sofre hostilidade por parte das senhoras de Guaparari.
Nas areias monazíticas de Guarapari, Garrincha foi buscar a sua fonte de rejuvenescimento.
Para o jogador bicampeão do Mundo, a cura de seu joelho significa muita coisa, o tricampeonato dêste ano, a Copa de 66, e principalmente a sua carreira de jogador de futebol Garrincha levou Elza Soares e boa vontade de cooperar com o Dr. Roberto Calmon, cujo desejo, além do de curar o ponta-direita botafoguense, é fazer da praia de Guarapari um centro de recuperação para jogadores lesionados.
Mas o desejo do craque era ficar só (foto à direita), longe do zêlo excessivo de seus admiradoes.
O Botafogo consentiu que Garrincha ficasse 7 dias em Guarapari, Espirito Santo, cumprindo ordens do médico Jorge Sardinha.
O craque foi em busca da última esperança de cura para o seu joelho doente, o mesmo que o afastou dos gramadoshá vários meses.
Garrincha não foi só. Além da esperança, levou consigo a cantora Elza Soares, seu novo e proibido amor.
Na bagagem de recomendações, um lembrete importante: o tratamento abrangeria 2 horas diárias, pela manhã e tarde.
Em Guarapari todos os caminhos conduzem à praia de areias monazíticas. Antes, porém, o jogador visitou o Dr. Roberto Calmon, o mais antigo médico da cidade, hoje no cargo de Prefeito Municipal, para cuidar do joelho mais caro do Mundo.
Com sua experiência e conhecimentos, Dr. Calmon examinou o cliente famoso e Indicou o tratamento que, segundo suas próprias palavras, é o mais adequado.
Disse, também, que garantia a entrega de Garrincha inteiramente curado em 30 dias.
A princípio a diretoria do Botafogo fêz cara feia. Mas o Dr. Calmon jogou com a responsabilldade e fêz gestões junto cúpula do clube a fim de que o ponta-direita ficasse sob seus cuidados por um mês.
Durante o exame, Garrincha revelou não sentir mais nada no Joelho direito, e sim na outra perna; "de tanto forçar por causa da atrofia".
Dr. Calmon não se importou com a revelação e deu as instruções necessárias para o tratamento.
Garrincha e foram à praia. Claro está que não havia banda de música para recebe-los. A frieza que o casal encontrava no Rio, nos últimos meses, não viajou para Guarapari. Não havia banda, mas aplausos.
Garrincha e Elza foram saudados por palmas e votos de pronto restabelecimento.
Os maiores fãs de Garrincha sao os garotos. Muitos deles juntaram a melhor areia da praia para colocá-la sôbre o joelho enfêrmo do campeão. No primeiro dia, um menino tirou própria camisa para carregar areia para o seu ídolo.
Mané Garrincha, meio sem Jeito pelo excesso de carinho dos habitantes, será por algum tempo apenas um cliente da areia milagrosa de Guarapari.
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Guarapari - Revista A Cigarra (São Paulo - 1966)
O Motel Clube Minas Gerais e os hotéis conveniados, Motel Clube Praia de Santa Monica, Hotel Beira-Mar e Guarapari Hotel são ótimas opções em Guarapari nos anos 1960.
Guarapari era um lugar obrigatório, para onde deveria expandir as suas atividades o Motel Clube Minas Gerais. Não é sem razão que Guarapari é cognominada a "cidade-saúde". Suas areias, fortemente dotadas de radiatividade, atraem milhares de pessoas em tôdas as épocas do ano, especialmente no verão. Às chamadas "areias pretas de Guarapari", encontráveis em longas extensões de praia, e que já foram motivo de debates científicos, são atribuídos fortes podêres curativos.
Fundada pelos jesuítas, Anchieta à frente, em 1569, guarda até hoje as marcas da colonização dos religiosos que pacificaram os indígenas da região e deixaram sinais duradouros de sua presença. São famosos o Auto da Aldeia de Guaraparim e várias poesias de Anchieta dedicadas ao lugar "onde se fizeram muitos milagres, em tempos primitivos, como testemunham as paredes da mesma igreja" (de Nossa Senhora da Conceição), segundo antigos documentos.
Oriundo da antiga vila dos jesuítas, fudada em 1585 por José de Anchieta, no local onde se erguia uma taba dos goitacás, Guarapari é, hoje
em dia, um dos mais procurados centros turísticos. do Brasil, graças ao alto teor radioativo das areias de seu litoral, que exercem inegáveis efeitos benéficos aos portadores de afecções reumáticas, principalmente.
A radioatividade é intensa até uma altura de cêrca de dois metros do solo, estendendo-se seus reflexos até o centro urbano da cidade.
À "Cidade-Saúde", como é chamada, chegam viajantes de tôdas as direções e por todos os caminhos, em busca de divertimento, repouso e, principalmente, da saúde perdida ou
abalada.
Relatos de avistamentos de Discos Voadores no Espírito Santo
1950 - O "DISCO VOADOR" FOI DO RIO A VITORIA EM VINTE MINUTOS!
Visto tambem na cidade fluminense de Paraiba do Sul.
Os misteriosos discos voadores estáo prendendo a atenção mundial peIas caraterísticas, que apresentam.
No Mexico, no Mediterraneo, no Uruguai e agora no Brasil, não se fala em outra coisa senão no disco voador.
Os grandes laboratorios norte-americanos conseguiram ainda dar a rninima explicação a respeito julgando tratar-se de "psicose coletiva", outros de aparelhos provenientes de Marte, e outros, ainda, de instrumentos belicos, procedentes da União Sovietica...
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DISCO VOADOR NOS CÉUS DOE GUARAPARI - 17/02/1960.
População de Guarapari viu "disco voador" cruzar o céu.
Prefeito Pedro Ramos, daquela cidade, entre as pessoas que viram o estranho objeto.
VITÓRIA (De Heraldo Mello da sucursal de O JORNAL). Cerca das 9.20 horas de hoje, a população de Guarapari foi surpreendida com o aparecimento de um objeto estranho parado no espaço à uma altura aproximada de
500 metros, parecendo um "disco voador”.
Em dado momento o estranho objeto passou a movimentar-se, ocasião em que se pode constatar que se tratava realmente de um "disco".
O fenômeno foi observado por uma grande multidão, entre os quais o sr. Pedro Ramos, prefeito daquela cidade, dr. Ruy Lemos Marques, dos “Diários Associados" e pelo conhecido fotógrafo Pedro Fonseca.
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Disco-voador em São Pedro de Itabapoana, Mimoso do Sul - 1968.
O DISCO
José Pedro Dias manda dizer, em carta registrada e com firma reconhecida, ter visto, de corpo presente, um disco-voador nas vizinhanças de São Pedro, no Estado do Espírito Santo.
Andava êle, de noite, fazendo uma caçada, pois era tempo de luar e de capivara, quando chegou do céu aquêle visitante enorme.
Soltava chamas de côr azul e fazia um barulho de mangangá.
Sabendo ser coisa de outro planeta, o bom José bateu em retirada e foi contar ao delegado de São Pedro o acontecido.
Mas que podia fazer o delegado de São Pedro contra um disco-voador?
Nada. Nem mesmo dar queixa à polícia.
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O "Disco-Voador" da Ilha da Trindade (1958)
A incrível história do "Disco-Voador" da Ilha da Trindade em fotos exclusivos de Almiro Baraúna, à bordo do Navio Almirante Saldanha (1958).
De bordo do navio-escola "Almirante Saldanha" foram colhidas as fotografias que estampamos hoje num esforço de reportagem.
A Marinha de Guerra brasileira fotografou, a 16 de janeiro, um disco voador sobre a Ilha da Trindade. Num esforço de reportagem, o Correio da Manhã estampa aqui algumas das fotos colhidas na ocasião, de bordo do navio-escola "Almirante Saldanha", que ali se encontrava a serviço da Diretoria de Hidrografia da Marinha, em cooperação com os trabalhos do Ano Geofísico Internacional. São as primeiras fotografias de um disco voador que aparecem com chancela oficial. Foram tiradas pelo fotógrafo e cinegrafista Almiro Baraúna, ligado à Marinha de Guerra.
Em todas as cópias vê-se claramente o disco, que estava como que pousado no cume da Trindade, tendo-se erguido verticalmente a uma velocidade incrível e realizado evoluções durante alguns minutos.
As Fotografias tiradas por Almiro Baraúna, na ilha Trindade, ES, à bordo do Navio Almirante Saldanha tiveram repercussão tanto nacional quanto internacional. A sequências de fotos do suposto OVNI foram liberadas à imprensa pelo Presidente Juscelino Kubitschek, em 1958.
Oficiais e marinheiros os divisaram o disco a ôlho nu, podendo verificar a existência nele de duas protuberâncias, urna na parte superior e outra na parte inferior . Pelos cálculos levantados, tomando-se por base a distância cio navio à ilha, as diferentes sequencias fotográficas e o deslocamento do disco em relação ao rochedo, concluiu-se que sua velocidade seria no mínimo de vinte mil a quarenta mil quilômetros por hora.
Em 16 de janeiro de 1958, Almiro Baraúna,à bordo do navio Almirante Saldanha, próximo à Ilha da Trindade, no Estado do Espírito Santo, fez quatro fotos de um disco voador, em forma de Saturno, com o testemunho de mais de cinqüenta marinheiros. As fotos foram reveladas à bordo do navio.
As testemunhas confirmaram que as fotos eram do objeto que viram. Essas fotos foram liberadas à Imprensa com o aval da Marinha e do falecido Presidente da República Juscelino Kubitschek.
Foi calculado que o objeto estava voando aproximadamente na velocidade de 900 Km/h, que tinha um diâmetro de 40 metros e 7 metros de altura. Bem mais tarde, a GSW analisou as fotos com computador e concluiu serem autênticas, tendo o objeto realmente grandes dimensões.
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Pracinhas Capixabas mortos em combate na Itália (1944 / 1945)
HOMENAGEM aos que tombaram na luta contra o nazismo, a quinta-coluna e o integralismo.
Num gesto altamente simpatico, atendendo aos anseios do povo democrático de nossa terra, manifestados através dos seus Comités
Populares, o sr. Prefeito da Capital, resolveu perpetuar os nomes dos herois que tombaram na luta contra o nazismo, a quinta-coluna e o
integralismo substituindo por eles os nomes de antigas ruas desta cidade.
Como por ocasião das homenagens prestadas pelo povo de Santo Antonio ao bravo expedicionario Soldado Manuel Furtado, numa solenidade marcante promovida pelo Comité Popular daquele bairro, e, ao apelo do povo do Morro do Quartel e Moscoso, quanto ao heroi Antonio Farias, tambem, reivindicação do Comité Popular local, o chefe do executivo municipal, em ato de 24 do corrente, deu a seguinte denominação ás novas ruas :
Rua Soldado Manuel Furtado (antiga Itabira), em Santo Antonio.
Rua Soldado Antonio Farias (antiga dos Funcionarios), Praça do Quartel.
Rua Soldado Teonilo Souza (antiga Roças Velha), Santo Antonio.
Rua Soldado Abilio Santos (antiga rua D), em São Francisco.
Rua Soldado Ailson Simões (antiga 10 de Março), Vila Velha.
Rua Soldado Apolinario dos Reis (antiga rua Nova), centro da cidade.
Rua Soldado Altino Martins da Vitoria (antiga rua 3), conjunto do l. A. P. l..
Rua Soldado Bonone Falcão Gouveia (final da Rua Graciano Neves), centro da cidade.
Ruas de Vitória e Vila Velha renomeadas em homenagem aos Pracinhas da F.E.B. mortos na Segunda guerra - 1945.
Entre eles o Soldado Ailson Simões, Antonio Faria e Manoel Furtado.
Outros soldados residiam em Santo Antônio, São Torquato, Ilha das Flores, Vila Garrido, Aribiri, Itacibá, Santa Lúcia, Jucutuquara, Vila Maruípe, Gurigica, Jardim América, Fonte Grande, Alto Lage e Campo Grande.
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Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha (Demolida em 1897)
Na região que hoje abriga a Praça Costa Pereira, outrora os pescadores ancoravam ali o cansaço das jornadas no mar. A Prainha, como era conhecida, funcionava como uma enseada, um refúgio para a exaustão das ondas. As águas que banhavam o local vinham de longas travessias, enfrentando perigos nas mãos de piratas e o desgaste causado pelo escorbuto. Chegavam impulsionadas pelo último sopro do vento, umedecendo a areia antes de se dissiparem em espuma.
Os trabalhadores do mar ansiavam por uma capela, necessitavam dela para expressar gratidão e louvor pela multiplicação dos peixes. Viviam da transformação miraculosa de badejos, dourados, robalos, tainhas e peroás em alimento à mesa, nem sempre abundante, mas repleta de fé nos desígnios divinos.
Assim, foi erguida a capela, um cubo arquitetônico em um ancoradouro marítimo, no século XVIII. Seus alicerces eram feitos de espuma e vigas de brisa. A edificação era barroca, refletindo a fé simples dos humildes: os pescadores, os desfavorecidos da terra. Ali se reuniam as famílias dos pescadores, devotos da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Prainha.
Contudo, a igrejinha não resistiu. Afundou como uma embarcação sem mastro, remo ou vela, sem marujo ou capitão. A capela, desapropriada em 1896 para a expansão da praça, foi demolida por pouco mais de 50 mil trocos de Judas.
Nossa Senhora da Conceição resistiu. Ignorou o último decreto e recusou-se a ser transferida para a igreja do Rosário dos Homens Pretos. Em duas tentativas, a santa foi colocada em um andor, mas em ambas as vezes conjurou as nuvens e os ventos para salvar sua igrejinha. Tempestades consecutivas frustraram a mudança. Contudo, cansada da insistência dos pecadores, Nossa Senhora da Conceição cedeu. Abandonou o local como um barco solto do cais.
Irineu do Nascimento (Pugilista Capixaba dos anos 1930)
Irineu Nascimento foi um pugilista capixaba, peso pesado, que começou sua carreira no Rio de Janeiro nos anos 1930.
Atleta do São Cristóvão Boxing Club.
Nasceu em 1911.
Irineu do Nascimento, a nova revelação.
Diário Carioca de domingo 21 de maio de 1933.
Irineu do Nascimento que do apelido de sua terra natal, fez o seu nome de guerra - Capichaba
Irineu do Nascimento ou simplesmente, capixaba. Ninguém ainda ouviu publicamente. Não, foi engano nosso. Exibiu-se uma vez. Foi no Campo de Santana. Faltara o adversário de Buny Tunny.
Sábado então, calçou as luvas, envergou o calção e subiu ao ringue. Fez uma demonstração. Mas, uma simples demonstração Não convence. Traz mais ou menos, algumas vantagens.
Torna o "boxeur" acostumado as assistências. Esta por seu turno observa e deduz das possibilidades do noviço. O cronista, porém, não se conforma da mesma maneira que o espectador. Se bem que seja um assistente, a sua missão obriga a ir mais longe. Verificar um treino, 2 e 3 e depois, dizer quais as possibilidades do novo pugilista, "catcher ou "jiujitsuman".
Aqueles três "rounds" ao ar livre deixaram-nos uma incerteza. Tinha teria Irineu possibilidades, frente aos homens de sua categoria?
A sua estatura avantajada não se curvaria aos golpes dos meio-pesados com que se defrontasse? Era o ponto preciso a uma elucidação.
Fomos ao São Cristóvão Boxing Club. Assistimos aos preparos que vem se submetendo e nos capacitamos de que Irineu do Nascimento tem qualidades. Com o afastamento provisório de Buny das atividades pugilísticas, "Capichaba" vem sustendo a chefia do mais pesado da Academia da Rua Mourão do Valle.
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Siribeira Iate Clube (Guarapari - 1947)
O Siribeira Clube de Guarapari foi fundado em 1947 e possui esse nome devido a árvore Siriba, localizada nas pedras.
É uma sociedade civil sem fins lucrativos tendo por finalidade promover a prática de esportes náuticos e de outras naturezas, proporcionando aos associados uma convivência nas modalidades sociais, recreativas, esportivas, culturais, artísticas e nas reuniões de caráter cívico-social.
A área interna possui um salão onde ocorrem eventos. Em anexo funciona o Planet Sub, um aquário submarino.
Ata da solenidade do lançamento da pedra fundamental e início da construção da sede social do “Siribeira Clube”.
Aos dez (10 dias do mês de junho do ano de mil novecentos e cinquenta e um (1951), às dez, horas, nesta cidade de Guarapari, município do Estado do Espírito Santo, presentes o senhor doutor Hermes Curri Carneiro, Secretário da Agricultura, do Estado, por si e como representante do Exmº Sr. Governador do Estado, Jones Santos Neves, o doutor Meroveu Pereira Cardoso, Juiz de Direito da Comarca, o senhor Epaminondas Oswaldo de Almeida, Presidente da Câmara Municipal, membros da Diretoria do “Siribeira Clube” e grande número de sócios e pessoas gratas, realizou-se a solenidade do início da construção da sede definitiva do mencionado Clube, fundado, nesta cidade, em 18 de fevereiro de mil novecentos e quarenta e sete (1947), com finalidade náutica social e esportiva.
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Augusto Ruschi e a cura pela pajelança (Revista Manchete - 1986)
A CURA DOS PAJÉS.
CRÔNICA DE UM MILAGRE ANUNCIADO.
De Rogério Medeiros para Manchete.
Terça-feira. dia 21 de janeiro: o cientista Augusto Ruschi vai para o seu quarto, ao lado da biblioteca do Museu Mello Leitão. Tira a roupa e coloca o seu velho pijama de lã.
São quatro horas da tarde. As dores apertaram e o isolamento, segundo ele próprio, torna essas dores mais suportáveis.
Vai para a poltrona e se acomoda nela com dificuldades. As dores estão realmente apertando. Não pode ir para a cama por causa das hemorragias nasais. A mulher entra com um prato de sopa. Ele. poe de lado o prato. Diz que não tem vontade de comer. Ela sai e volta com o filho temporão, Piero. Com o menino no colo, Ruschi quer abrir um sorriso, mas não consegue.
No meu apartamento, em Vitória, o telefone toca. E do Ministério do Interior. O Ministro Costa Couto manda me consultar se Ruschi toparia um tratamento com os índios. Com o conhecimento de 20 anos do cientista, digo que não tenho dúvida alguma de que ele aceitaria. E incentivo o mensageiro do ministro a telefonar para ele.
Tento falar com Ruschi, mas é impossível.
No domingo, 26 de janeiro, a casa do sogro do cientista, no Parque da Cidade, amanheceu cheia de familiares, que vieram festejar sua recuperação. E novamente Ruschi acordava tarde e cheio de energia, sem sentir mais qualquer dor. Os índios chegaram para a ceia e as despedidas. Ruschi foi carinhoso com eles. "Quero um dia retribuir, e a melhor forma é trabalhando para a ciência, para a natureza."
Sua mulher presenteou os caciques com redes e enfeites. Eles foram embora, mas ficou para o cientista apenas um mistério: como Sapaim e Raoni, depois que tiravam veneno, faziam a substância desaparecer sob o efeito da fumaça de seu pajé-petan — fumaça com odor de mato e cor cinza-azulada. — E o mistério da cura — comentou, rindo, Ruschi.
Os Quatro Grandes de Cachoeiro (Revista Manchete 1969)
Os quatro quatro grandes de Cachoeiro.
Manchete de 1969.
Muita gente famosa nasceu em Cachoeiro de Itapemirim. Jornalistas, cantores, atrizes, diplomatas, poetas, escritores, jogadores de futebol, homens de negócios, juízes, compositores: a lista é enorme e possivelmente muitas injustiças seriam cometidas se alguém tentasse citar a todos. Essa seleção tem apenas quatro nomes:
Roberto Carlos - Com um violão embaixo do braço. cantava serenatas para as namoradinhas. Depois foi para a Rádio Cachoeiro onde nos intervalos dos anúncios, cometia tangas de Albertinho Fortuna, bolerões de Nélson Gonçalves e músicas de Bob Nélson.
Em 1956 mudou-se para Niterói e iniciou sua irresistível ascensão.
Carlos Imperial - Filho do prefeito, garotão folgado, costumava abrir com estilo os
desfiles colegiais de Sete de Setembro. Ao, 10 anos mudou-se para o Rio e, apesar de rico, começou tudo com estórço próprio, como simples auxiliar de televisão. Jamais esquece a cidade natal e os dias que ficou preso numa Ilhota no melo de um no do Espirito Santo, ameaçado por uma enchente.
Jece Valadão - Quis ser locutor de uma rádio local, mas ninguém suportava sua voz. Tempos depois voltava a Cachoeiro para ser longamente entrevistado pela mesma emissora. Sua maior frustração em Cachoeira foram as mulheres. Sempre que tentava conquistar alguma, acontecia um acidente. Diante de uma delas chegou até a levar um tombo e as calças rasgaram.
Darlene Glória - Antes de se tornar famosa como uma das mulheres mais lindas do Brasil, foi Miss Cachoeiro do Itapemirim. Da cidade natal ela recorda com ternura o dia da primeira comunhão, quando perdeu um dos sapatos ao se dirigir ao altar.
DE RENATO SÉRGIO.
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UFES - O Ensino a serviço do desenvolvimento (Revista Manchete - 1973)
Abrigando mais de quatro mil alunos, uma universidade integrada na comunidade capixaba põe em execução um vasto programa de expansão e modernização da Educação Superior.
ESPIRITO SANTO - O ENSINO A SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO
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DISTANTE apenas quinze minutos do centro da capital capixaba, numa área de um milhão de metros quadrados, está localizado o campus da Universidade Federal do Espírito Santo.
Nele se agrupam modernos pavilhões de ensino, laboratórios, um parque de esportes quase concluído e mais dez prédios em construção, sendo cinco para fins didáticos e cinco para suporte
administrativo. Já urbanizado e ajardinado, é talvez o campus universitário mais bem situado do Brasil, com todas as suas instalações muito funcionais e práticas, mas sem nada de suntuoso, dentro de um cenário de grande beleza e repousantes espaços verdes.
A administração da UFES investe permanentemente no campus. O plano de obras que nele está sendo executado permitirá a total centralização do ensino e da administração.
Esta, aliás, já está cuidando da sua transferência, que possivelmente se realizará no decorrer de 1974.
A estrutura acadêmica da Universidade Federal do Espírito Santo se compõe de oito unidades:
Centro de Estudos Gerais; Centro de Artes; Centro Tecnológico; Centro Agropecuário; Centro
Biomédico; Centro de Educação Física e Desportos: Centro de Ciências Jurídicas e Económicas; e Centro Pedagógico.
Capitão Alfred Buckham (Foto Aérea de Vitória - 1931)
Aérea do aviador inglês Alfred Buckham. Vitória - 1931.
Alfred George Buckham (Londres, 6 de novembro de 1879 - 21 de setembro de 1956) foi um pioneiro da fotografia aérea e tomou algumas das imagens aéreas mais deslumbrantes do início do século XX.
1931 - A contribuição do jornalistas
Os jornalistas Ward Morehouse e Leo Kieran, que há poucos meses realizaram a volta do continente sul-americano, por via aérea na rede da P.A.A., despertaram um enorme interesse na opinião pública dos Estados Unidos Graças aos artigos e notas que publicaram em dezenas de grandes periódicos pertencentes aos seus grupos jornalísticos.
Completou, ultimamente, a mesma viagem de circo navegação, o capitão Alfred Buckman, especialista em fotografias aéreas de aspectos pitorescos.
Comissionado pela mais luxuosa das revistas norte-americanas, "Fortune", o capitão Buckham, viajando em companhia do jornalista Oliver Claxton, levou daqui uma vasta coleção de fotografias aéreas destinadas a maravilhar os inúmeros leitores daquele "magazine", em artigos ilustrados que aparecerão brevemente.