Getúlio Vargas, chefe do governo provisório em Victoria (1933)
Getúlio Vargas, chefe do governo provisório em Victoria (1933).
Viagem do Almirante Jaceguay em passagem por Vitória.
Revista O Cruzeiro, 1932.
Presidente Getúlio Vargas a Vitória (1933).
Getúlio, no Jaceguay, chega a Vitória - A Noite Illustrada, 30/08/1933.
O Almirante Jaceguay traz Getúlio a Victoria - 1933.
Getúlio, no Jaceguay, chega a Vitória - A Noite Illustrada, 30/08/1933
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Getúlio Vargas e o Zeppelin em Vitória (1933).
Excursão do Chefe do Governo ao Norte.
A visita à capital do Espírito Santo.
A breve estada do chefe do Governo Provisorio e sua comitiva em Victoria, a bella capital) do Espirito Santo, assignalou por parte das autoridades e; da
população o mais vivo espirito de cordialidade.
O Sr. Getulio Vargas realisou algumas visitas, entre ellas, ao Club Nautico Saldanha da Gama e ao Convento da Penha, vetusta edificação que domina Vilia Velha, antiga capital do Espirito Santo. Como se sabe, o convento da Penha é um dos mais antigos monumentos nacionaes, tendo sido fundado em 1558.
Reformado em 1774, o convento tem características de verdadeira fortaleza, o que se explica pelas necessidades da época, ainda sujeitos os particulares á andada das expedições cursarias.
O chefe do Governo, ministros e demais pessoas da comitiva visitaram demoradamente a curiosa edificação, examinando-a em todos os seus pormenores internos.
O banquete no Club Victoria, de 120 talheres, offerecido pelo Governo do Estado, encerrou brilhantemente o programma de recepção na capital do Espirito Santo.
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Vale do Rio Doce, O Vale da Promissão - Revista Manchete (1964)
Vale do Rio Doce, O Vale da Promissão - Revista Manchete (1964).
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE FORJOU EM VERSOS BONITOS A PUJANCA DAQUELE QUADRILÁTERO DE FERRO.
GRAÇA ARANHA DESCREVEU A REGIÃO COMO AUTÊNTICA CANAÁ. CECILIANO ALMEIDA CONTOU O FEITO DOS QUE POR LÁ PLANTARAM OS PRIMEIROS TRILHOS FERROVIÁRIOS.
MAS os homens dotados da vocação de semeadores de cidades e de construtores de riquezas, ali fincaram os primeiros esteios do chamado "Rhur brasileiro".
Aproveitaram suas montanhas de ferro e de manganês, suas jazidas de níquel e bauxita.
Ergueram usinas siderúrgicas e indústrias de transformação. Trabalhando ao lado de emprêsas mistas e estatais, fizeram do vale
do rio Doce a nova base da indústria pesada no Brasil.
Mas foi o apóstolo Anchieta quem, praticamente, proclamou, séculos atrás, que o vale do rio Doce seria o Vale da Promissão.
A região, descoberta em 1573 por Fernandes Tourinho, deve ao capixaba Marcos de Azeredo a revelação de sua potencialidade, em 1613.
A coroa portuguêsa, entretanto, receando que o ouro e os diamantes de Minas Gerais escapassem ao contrôle fiscal e se escoassem por tão ampla área, impediu a povoação da grande bacia, fechando-a ao desenvolvimento. Assim, a região viu entrar o século vinte com a maioria de suas florestas ainda virgens e habitada por tribos
indígenas, intercaladas com os povoados do baixo rio Doce.
Misses Espírito Santo no Miss Brasil (Década de 80)
As representantes capixabas, Misses Espírito Santo e suas participações no Miss Brasil da década de 1980.
Misses Espírito Santo de 1980 a 1989.
1980 - Shirley Aparecida Sickert.
1981 - Maria da Penha Sanches Guerra.
1982 - Jacqueline Ignatowska.
1983 - Carla Vieira Bigossi.
1984 - Mariângela Serrano de Oliveira.
1985 - Marcia Machado Gomes.
1986 - Elisete Ferreira Semprini.
1987 - Anna Cristina Pereira Hülle.
1988 - Josiane Duarte Godoy.
1989 - Vanusa Pauletti.
Éden Parque (Major João Pedro Neves de Freitas - 24/02/1900)
O antigo Jardim Éden Parque construído na chácara do Major João Pedro Neves de Freitas inaugurado em 24 de fevereiro de 1900 (demolido).
- Durante a demolição na Rua 7 de setembro;
- No Cais do Éden Parque;
- Recepção ao Senhor Presidente Nilo Peçanha desembarcando do seu paquete no cais do Éden Parque em 1911.
No primeiro governo de Moniz Freire (1892-1896) foi construído o Jardim Municipal, exatamente onde hoje se encontra o Teatro Glória e a Rua Marcelino Duarte, sendo que, em 1905, o mesmo logradouro, reformado pelo major João Pedro das Neves, transformou-se no Eden-Parque, inaugurado a 11 de outubro.
O Eden funcionava, antes, na Rua da Várzea (atual Rua 7 de Setembro), no terreno onde depois foi construída a residência de André Carloni. Em seu novo local, se ergueram dois galpões, o primeiro com palco para espetáculos ligeiros, paralelo à atual Marcelino Duarte, e o segundo, sobre o mar, com botequim e bilhares.
Em 1907, nesse local, uma novidade despertou a atenção dos moradores da cidade: — a estréia do cinematógrafo, a 13 de janeiro, pelo Sr. Vitor Mayo. Logo em seguida, outra atração se registrou na mesma área, graças à iniciativa de um comerciante, apelidado Fogo na Cingica, que adquiriu um gramofone e ali o instalou. Os interessados na audição pagavam 200 réis, colocando os transmissores nos ouvidos.
Era belo e bem arborizado o espaço ocupado pelo Eden-Parque, "ponto dos políticos da época, quase todos hábeis jogadores de bilhar. A "campista" e o "bacarat" prendiam aí os notívagos até alta madrugada", sendo que, no governo de Nestor Gomes, quando da abertura da Avenida Capixaba, desapareceu o parque, autorizando-se a venda da gleba resultante.
O cais do Santíssimo, também chamado da Imperatriz, serviu de ponto de embarque até 1910, para Vila Velha e Argolas, das lanchas a vapor de Eugênio Neto.
Denominação: CINE EDEN
Localização: Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.
Inauguração: 13 jan. 1907.
Capacidade: 150 lugares.
Período de funcionamento: 1907-192_.
Exibidor: Companhia Camões & Mayo.
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Theatro Melpômene (Empresa Santos & Cia - 1896/1924)
O Melpômene de Filinto Santoro - Lei Nº 86 de 30 de dezembro de 1893.
A construção foi iniciada no dia 14 de dezembro de 1895, pelo Governo Moniz Freire (1892-1896), no antigo largo da Conceição (atual Costa Pereira), no local onde está hoje o Hotel Império, na entrada da Rua 7 de setembro, esquina com Graciano Neves.
VEJAM COMO TUDO CONTINUA O MESMO.
A monotonia de nossa capital e a construcção de um theatro - 1888.
Conforme lemos na Folha da Victoria de 14 do corrente, parece-nos realizavel a idéa que desde ha muito tempo já devia ter sido realisada.
E' muito notayel a falta de um theatro n'esta capital, onde nota-se a escassez do distracções que tanto
concorrem para suavisar os dias em que a população consagra ao trabalho.
Essa falta traz muitas consequencias prejudiciaes ao espirito humano avido sempre das novidades.
A monotonia de nossa capital é por demais rigorosa e a ella devemos a indolencia que vae se apoderando do
povo, onde já não existe uma iniciativa e uma coragem para os emprheendimentos.
E' tempo, pois, de levar -se a effeito a construcção do um theatro„ porque já causa-nos vexame quando temos de assistir algum espectaculo no antigo theatro Melpomene.
Prosigam, pois, na sua grandiosa empreza os amantes do progresso.
O METEORO - PUBLICA-SE UMA VEZ SEMANA
EDITOR Sizenando Martins Ferreira Meirelles
Espirito Santo-—Victoria 24 de Fevereiro de I888.
Festival Hollywood de Vela (Guarapari - 1982)
Festival Hollywood Velas na Praia do Morro em Guarapari, fevereiro de 1982.
IV Festival de Vela em Guarapari
Os grandes nomes da veta já estão em Guarapari para disputarem, hoje e amanha. a quarta etapa do IV Festival na Praia do Morro.
Entre eles destacam-se cariocas Gastao Brum. bicampeao mundial peta classe (soling), Ana Letícia Avila, Carlos Dhonet, Torben Grael, Bob Nick; os pernambucanos Enio Gama e Femando Mello, a paulista Ligia Moreno e o gaúno Carlos Parracho.
Nesta etapa do IV Festival Hollywood Vela, o presidente da Federaçao Capixaba de Vela e Motor, Jaques Taubner, acredita que mas de 230 vejadores estarão participando, já que eu a primeira que recorrerá, na Regilo Sul do pais, no Hollywood Veia.
O maior receio dos competidores é em relação ao tempo, já que nos últimos dias tem chovido constantemente no Espirito Santo.
O Festival Hollywood vela começou em Fortaleza, nos dias 06 e 07 de novembro, se estendendo por Recife e Salvador.
Os maiores destaques até agora, em suas respectivas classes, foram os seguintes:
Hobie Cat 16, as duplas de Pernambuco Enio Gama e Fernando Melo e Taciana Cavalcanti; no Hobie Cat 14, o gaúcho Walter Dreher; no laser nitoriense Torben Grael; na prancha à vela masculina: o baiano Calrson Carracho e o nitoriense Luís André Castro; e na prancha vela feminina, a carioca Ana Leticia Avila e a baiana Leticia Peteira.
Dois outros velejadores empolgaram com suas atuasções em Salvador, que foram o carioca Gastao Brum, no laser, a carioca Cintia Knoth, na prancha à vela, que venceram com facilidade a última etapa do festival, mostrando que tem condicoes de conquistar o Holyywood Vela.
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Filmes Perdidos (Cinematographia Capichaba)
Antigos filmes produzidos no Espírito Santo desde o início do sec XX.
Cinematographia Capichaba.
Por onde andam esses filme
VIAGEM PRESIDENCIAL AO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (1910)
Sala(s): Pathé
Viagem do Deputado João Carlos e do Presidente Nilo Peçanha ao Estado do Espírito Santo.
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FILMES DESAPARECIDOS II:
Visita do Presidente Marechal Hermes da Fonseca a Vitória exibido em 7 partes no Pathé-Victoria do Cine-Theatro Melpomene - 1911.
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Durante o acto da inauguração o hábil photographo o sr. Arcesislao Soares tirou diversas photographias e o sr. André Carloni, com sua machina de cinematographias, várias vistas.
Onde estarão? As primeiras filmagens realizadas em Victoria pelo senhor André Carloni em 1912.
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FILMES DESAPARECIDOS IV:
FILME DO PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DE NESTOR GOMES EM 1921. VAMOS ENCONTRAR ESSE FILME CAPIXABA?
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Cine Central - 1923.
Attendendo a innumeros pedidos a empreza fará passar hoje na téia o fllm em 2 actos das mais lindas vistas naturaes do Estado do Espirito Santo
LAGOA JUPARANÃ (na margem do Rio Doce) que além das bellezas admiravel das paysagens, vê-se ao centro a Ilha do Imperador, assim chamada por ter ali estado S. M. o Snr. D. Pedro II.
Abrirá o programma o film em duas partes, a Lagoa Juparana, situada a margem do Rio Doce, uma das bellezas naturaes do Espirito Santo.
Essa pellicula pertence á serie de trabalhos que o Estado fez exhibir, com successo ruidoso, por occasião das festas commemorativas do Centenario da Independencia.
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MUNICÍPIO DE COLATINA
Fontes utilizadas: Selecta, 19.09.1925, p. 26
Observações: Exibição especial para Selecta sem maiores especificações de local e data.
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Exibição do filme da construção e inauguração da Ponte Florentino Avidos de Colatina - 1928.
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GRANDE POSTE MOSTADA PELA FIRMA SOARES DE SAMPAIO CO. LTD. SOBRE O RIO DOCE - 1928.
Esse "film" apresenta, além da majestosa obra de engenharia, um dos mais bellos trechos do rio Doce, zona fertilíssima, promissora de grandes rlquezas nacionaes.
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1933 - Será filmada pela "Leviol" a chegada do chefe do governo provisório.
Leviol-Film, a conhecida empresa cinematográfica vitoriense, filmará a chegada do Excelentíssimo Senhor Doutor Getúlio Vargas a nossa capital.
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A chegada em Vitória do Navio Escola Almirante Saldanha da Gama para as comemorações do 4º Centenário da Colonização do Solo Espírito-santense.
As comemorações dos 33 anos do Clube Saldanha da Gama entre outros filmes.
Filmagens de Edmundo Malizek Chefe do Serviço de Educação Escolar pelo Rádio e Cinema - 1935.
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Visita do Presidente Gaspar Dutra ao Espírito Santo - 1949.
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Orígenes Lessa e o cinegrafista Leite Garcia (da produtora de filmes Jean Manzon) estiveram em Vitória para gravações cinematográficas em 1953.
Hospedaram-se no Hotel Tabajara.
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As irmãs xifópagas capixabas Rosalina e Maria Davel (1900)
Cirurgia de separação das irmãs ROSALINA e MARIA PINHEIRO DAVEL, da Família Vargas Fortes / Vargas Correa, Família D'Ávila (Dável) realizada , em 1900, no Rio de Janeiro, pela equipe chefiada por Der. Chapot Presvot.
As gêmeas xifópagas nasceram, segundo publicado em veículo de imprensa da época, nas PINDOBAS (a avó ou a bisavó ou tia-avó (?) paterna dela, MARIA IGNÁCIA DE JESUS, viúva de JOÃO FRANCISCO D'ÁVILA, era proprietária da Fazenda Santo Antônio do Oriente, na confluência do Córrego PINDOBAS com o Ribeirão Taquarussú, este tributário do Rio Viçosa (afluente do Rio Castello), e passaram a primeira infância em RIBEIRÃO DO COSTA, no então ALTO GUANDU, atual AFONSO CLAUDIO /ES .
Está cirurgia consta dos Anais da Medicina Mundial como a primeira separação de sucesso no mundo. Também foi a primeira radiografia de xifópagas do mundo, tecnologia disponível, somente a três anos. São 23 fotos
Fotos da cirurgia existente no Arquivo Público Mineiro (Fotos 214 a 236).
De Fernando Destefani.
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Filmes Antigos (Cinematographia Capichaba)
Antigos filmes produzidos no Espírito Santo desde o início do sec XX.
Cinematographia Capichaba.
Por onde andam esses filme
VIAGEM PRESIDENCIAL AO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (1910)
Sala(s): Pathé
Viagem do Deputado João Carlos e do Presidente Nilo Peçanha ao Estado do Espírito Santo.
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FILMES DESAPARECIDOS II:
Visita do Presidente Marechal Hermes da Fonseca a Vitória exibido em 7 partes no Pathé-Victoria do Cine-Theatro Melpomene - 1911.
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Durante o acto da inauguração o hábil photographo o sr. Arcesislao Soares tirou diversas photographias e o sr. André Carloni, com sua machina de cinematographias, várias vistas.
Onde estarão? As primeiras filmagens realizadas em Victoria pelo senhor André Carloni em 1912.
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FILMES DESAPARECIDOS IV:
FILME DO PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DE NESTOR GOMES EM 1921. VAMOS ENCONTRAR ESSE FILME CAPIXABA?
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Cine Central - 1923.
Attendendo a innumeros pedidos a empreza fará passar hoje na téia o fllm em 2 actos das mais lindas vistas naturaes do Estado do Espirito Santo
LAGOA JUPARANÃ (na margem do Rio Doce) que além das bellezas admiravel das paysagens, vê-se ao centro a Ilha do Imperador, assim chamada por ter ali estado S. M. o Snr. D. Pedro II.
Abrirá o programma o film em duas partes, a Lagoa Juparana, situada a margem do Rio Doce, uma das bellezas naturaes do Espirito Santo.
Essa pellicula pertence á serie de trabalhos que o Estado fez exhibir, com successo ruidoso, por occasião das festas commemorativas do Centenario da Independencia.
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MUNICÍPIO DE COLATINA
Fontes utilizadas: Selecta, 19.09.1925, p. 26
Observações: Exibição especial para Selecta sem maiores especificações de local e data.
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Exibição do filme da construção e inauguração da Ponte Florentino Avidos de Colatina - 1928.
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GRANDE POSTE MOSTADA PELA FIRMA SOARES DE SAMPAIO CO. LTD. SOBRE O RIO DOCE - 1928.
Esse "film" apresenta, além da majestosa obra de engenharia, um dos mais bellos trechos do rio Doce, zona fertilíssima, promissora de grandes rlquezas nacionaes.
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1933 - Será filmada pela "Leviol" a chegada do chefe do governo provisório.
Leviol-Film, a conhecida empresa cinematográfica vitoriense, filmará a chegada do Excelentíssimo Senhor Doutor Getúlio Vargas a nossa capital.
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A chegada em Vitória do Navio Escola Almirante Saldanha da Gama para as comemorações do 4º Centenário da Colonização do Solo Espírito-santense.
As comemorações dos 33 anos do Clube Saldanha da Gama entre outros filmes.
Filmagens de Edmundo Malizek Chefe do Serviço de Educação Escolar pelo Rádio e Cinema - 1935.
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Visita do Presdente Gaspar Dutra ao Espirito Santo - 1949.
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Orígenes Lessa e o cinegrafista Leite Garcia (da produtora de filmes Jean Manzon) estiveram em Vitória para gravações cinematográficas em 1953.
Hospedaram-se no Hotel Tabajara.
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Serviços de Melhoramentos de Victoria (S.M.V. 1923)
Serviço de Melhoramentos de Victoria (S.M.V. - 10/02/1923).
O Plano de Melhoramentos da Capital, que alguns autores chamam de “Serviços de Melhoramentos de Vitória”, foi elaborado no início do governo de Nestor Gomes (1920-1924) e teve a participação direta de Florentino Avidos, que durante a gestão de Gomes “[...] chefiou o recém-criado Serviço de Melhoramentos de Vitória, que introduziu normas técnicas que marcaram novas diretrizes de projetar e construir em Vitória” (Martins, 1993, p. 98). Almeida (1992, p. 180) chama atenção para o fato de que “[...] ao assumir o governo em 1924, Florentino Avidos dá continuidade ao Plano que iniciara como engenheiro no governo anterior, acelerando as obras que considera indispensáveis”.
Revitalização promovida pelos Serviço de Melhoramentos de Vitória (S.M.V.) e Serviços Reunidos de Vitória (S.R.V.) entre 1924 e 1927.
Governo Florentino Avidos.
Villa do Moscozo (antiga Lapa do Mangal) 1888
A área conhecida como Campinho (atual Parque Moscoso), era localizada na parte baixa na época, formada por terrenos alagados pelas marés, cujo canal constituía um dos limites da cidade de Vitória, e sofreu inúmeros aterros, e foi dividida em lotes no governo de Jerônimo Monteiro (1908 a 1912) após receber à doação da área pela União, pela Lei Federal nº. 2.356/1910 destinada a construção de um Parque, que seria uma homenagem a Henrique Moscoso.
Contratado para fazer e executar o projeto do Parque, o paisagista Paulo Motta Teixeira, que era Chefe das Matas e Jardins, que deu início as obras em 1910. Projetado empiricamente à moda do século XIX.
À esquerda o construtor do parque Dr. Paulo Motta, o Dr. Antônio Athayde, Diretor das Obras ao centro e Dr. Hércules Campagnole, Diretor dos Serviços de Água de São Paulo - 1912.
O Parque Moscoso, anteriormente área de mangue chamada Lapa do Mangal e depois Campinho, era um dos limites da cidade no fim do século XIX e início do século XX.
As primeiras intervenções nesta área ocorreram no governo de Francisco Alberto Rubim (1812-1819) que realizou, nesta época, um aterro ligando o Porto dos Padres à construção da Santa Casa de Misericórdia, passando pela lateral do Campinho e originando a Rua do Comércio, atual Avenida Florentino Ávidos.
Essa obra, ainda que facilitando a passagem de pedestres até o hospital, transformou o mangue do Campinho em um alagadiço sujo, pois impediu a limpeza natural do local pelo movimento da maré.
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Octavio Índio do Brasil Peixoto (Prefeito de Vitória - 1924 / 1928)
Prefeito Octavio Índio do Brasil Peixoto - 1927.
Foi prefeito intendente entre 23 de maio de 1924 e 23 de maio de 1928.
Vitória, a linda
Com o seu atual prefeito vai executando um grande programa de embelezamentos
Vida Doméstica, Revista do Lar e da Mulher de agosto de 1927.
Vitória, a encantadora capital do Espírito Santo, dia a dia vê aformoseadas as suas artérias rasgadas novas Avenidas, construídos modernos e elegantíssimos edifícios.
O seu atual prefeito, o senhor Coronel Otávio índio, tem sido incansável na remodelação da importante capital Espírito Santo de Vitória, a começar pelo magnífico Edifício da prefeitura, cuja a construção lhe cabe, tendo o ilustre Prefeito dirigido pessoalmente as ditas obras, para segura a garantia da sua perfeita e completa execução.
O Excelentíssimo Senhor Coronel Octavio Indio é uma das mais prestigiosa de individualidade políticas do próspero Estado do Espírito Santo, e seu nome bem quisto em Vitória, onde toda a população é unânime em enaltecer-lhe a ação benéfica e Progressista em prol daquela capital, tudo aliás da máxima probidade administrativa, que até os próprios adversários políticos não deixam de reconhecer-lhe.
Personalidades como a do Coronel
Otávio merecem todas as homenagens e honram o estado que eles foi berço.
Espírito empreendedor e Progressista todo seu empenho, todo seu esforço mira ao engrandecimento da Próspera capital, tudo fazendo em prol da prefeitura que é então boa hora foi entregue a sua competência e zelo.
Merecida, pois, esta homenagem que Vida Doméstica, aproveitando a oportunidade da recente visita de um dos seus auxiliares a linda capital Espírito Santanse, julgou o dever prestar o atual prefeito, senhor Coronel Otávio Indio ou inteligente ativo reformador de Vitória.
Aniversário de Barra de São Francisco (1966)
Barra de São Francisco na trilha do Progresso - 1966
Cenas, montagem e redação: J.C. Monjardim
Assistentes: Eugênio Abílio Matos Claudete Alves de Souza.
Narrador: Roberto Linhares
Transcorrendo seu vigésimo terceiro ano de fundação a importante cidade de Barra de São Francisco apresenta nos dias atuais um verdadeiro surto de progresso com base no programa de governo do senhor Joaquim Alves de Souza que em apenas nove meses de administração tem empreendendo em ritmo acelerado um programa de obras com a finalidade de levar a cidade de Barra de São Francisco ao comando da Região Norte do Estado.
Para iniciar uma série de inaugurações chega o prefeito Joaquim Alves de Souza acompanhado de amigos e correligionários acionando na oportunidade a chave elétrica que iria iluminar toda a cidade com lâmpadas a vapor de mercúrio.
Em nome da comunidade agradeceu o senhor Wilson Cunha e a seguir em nome do Governo do Estado usou da palavra o vice-governador Isaac Rubim representando o governador Dias Lopes.
No interior do município a solenidade tem continuidade com a inauguração do grupo escolar de Água Doce.
Vivamente emocionado fala o prefeito Alves de Souza que explanou para os presentes o seu plano de obras para aquela comunidade.
Levando a palavra do governo fala ao Senhor Isaac Rubim. Já na sede Municipal a comitiva chega para entregar ao povo mais uma unidade educacional fruto do trabalho tenaz de uma equipe que compõem o staff administrativo da cidade.
E afirmando perante uma Juventude estudiosa o sr. Joaquim Alves de Souza inaugura mais um estabelecimento de ensino ginasial e normal dentro dos propósitos de suas metas no setor educacional que é elevação do nível cultural da região.
Em reunião solene do Legislativo Municipal foram na oportunidade conferidos vários títulos de cidadãos beneméritos os srs. Wilson Cunha, como um dos fundadores do município, Raimundo Andrade, Floriano Rubim e José Mercon, como amigos da cidade e serviços ali prestados em favor da comunidade.
Dentre as festividades que marcaram época, pelas diversas inaugurações, o povo vem as ruas da cidade para assistir ao jubiloso desfile escolar, demonstrando que atualmente o município está entregue ao comando de um jovem Prefeito e que muito vem realizando em favor de ensino no âmbito municipal implantando um regime de austeridade administrativa, trabalho e sacrifício procurando afastar a imagem da paixão política, revigorando em toda sua plenitude as mais caras e inadiáveis aspirações do Povo.
Não medindo esforços o chefe do executivo municipal em apenas 9 meses de mandato, vem empreendendo um eficaz meio de conseguir a transformação do aspecto da cidade em aprazível no ambiente, anteriormente muito conhecida pela "cidade do bang-bang" da intriga e do esfacelamento das coisas públicas e que hoje já se observa um ambiente de respeito, trabalho e progresso demonstrando, que em muito breve, este será o município que irá liderar o setor econômico da região norte do estado, fruto do trabalho de uma comunidade que recebe de braços abertos as diretrizes da administração posta em prática pelo senhor Alves de Souza aliada ao poder legislativo que muito também tem contribuído nesta celebre campanha.
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Monstros Marinhos na Baía de Vitória (Sec. XX)
Relatos curiosos envolvendo navios, barcos e pescadores com grandes animais marinhos na baía de Vitória.
Baleia encalhada na praia de Carapebus - 18/10/1904.
Tubarão de 20 metros pescado na entrada da barra - 1908.
Caça a uma baleia de 20 metros - 1918.
PELO BRASIL
Captura de uma grande baleia
Após o navio norueguês "Negusen", eles entraram no porto de Victoria, estado do Espírito Santo, uma baleia de tamanho colossal e uma grande baleeira.
A baleia foi perseguida por vários navios, de onde foi atingida, sendo finalmente arpada, após muito trabalho.
Uma grande massa de pessoas foi ao cais para testemunhar a dura luta entre os barcos e o colossal cetáceo, que dava grandes saltos toda vez que era atingido por um dos projéteis.
A luta durou das 8 da manhã às 5 da tarde, quando eles conseguiram matar o monstro marinho.
A baleia não foi vista novamente, tendo se refugiado no fundo da baía, na ponta da ilha de Caeiras.
Estima-se que a baleia tenha 20 metros de comprimento.
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O Cais dos Padres (Prainha de Vila Velha)
Era de lancha ou de barco que se ia de Vitória a Vila Velha. O desembarque se dava no cais dos Padres. O cais ficava diante da entrada velha do Convento da Penha. Nessa época nem sequer havia o bonde ligando Vila Velha a Paul. O bonde só começou a circular a partir de 1912.
O Cais dos Padres era usado por visitantes que se dirigiam tanto ao Convento como à municipalidade de Vila Velha. Tal sua importância, ali desembarcou em 1860 a comitiva de D.Pedro II. André Carloni imortalizou tal cais com gravura que fez a respeito. Afonso Pena e Arthur Bernardes também ali desembarcaram.
Com o surgimento do automóvel e o fim das lanchas que faziam travessia para Vitória, logo depois da inauguração da linha de bonde em 1912, tal cais ficou para uso dos pescadores, e os franciscanos quando muito citam em livro histórico que houve um esbulho da referida benfeitoria, e que não houve jeito de tirar-se alguma indenização.
Em meados dos anos 50 a Administração do Porto de Vitória construiu o paredão em alvenaria de pedra que durou até meados de outubro de 1960, na sequencia dragou o canal (draga Ster), jogou areia por ali, engolindo-o parcialmente, iniciando o grande aterro da Prainha, quando em página interna do Jornal A Gazeta, trouxe matéria com o título: Acabaram com a Praia de Frei Pedro Palácio
Com o aterro da colônia de pescadores de Inhoá (para construir a Marinha – EAMES), o Cais dos Padres também ficou aterrado e para se recuperar e resgatar esse elo perdido de nossa história, haveria necessidade de escavação, pois está somente a um metro do piso e ficaria à vista para que fosse contemplado e admirado esse importantíssimo monumento do povo do Capixaba.
Fontes: Matérias publicadas neste site por Roberto Abreu e Jair Santos com pequenas adaptações feitas por Walter de Aguiar Filho em mar/2011.
Ramon Alvarado (Cineasta Recifense-Capixaba)
Um dos precursores do cinema produzido no Espírito Santo, Ramon Alvarado nasceu em Recife (PE) em 1946 e se mudou com a família para Vitória (ES) no início da década de 1950. Ele participou ativamente do primeiro ciclo de curtas-metragens do Espírito Santo, atuando como diretor e diretor de fotografia. Neste período realizou, entre outros, Indecisão (1966), considerado o primeiro filme de ficção produzido em Vitória.
Em 1968, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde construiu a maior parte de sua trajetória como profissional de cinema. Nos anos seguintes realiza os curtas documentais O Mastro do Bino Santo (1971), filmado no Espírito Santo, Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (1975), A Escola Nova (1975), Brincadeira dos Velhos Tempos? (1977), Os Votos de Frei Palácios (1980), Floresta da Tijuca (1980), Almas (1980) e O espaço da liberdade — Vilma Nöel (1987).
O projeto Acervo Capixaba — Ramon Alvarado é uma iniciativa de pesquisa, preservação, digitalização e difusão da obra de Ramon Alvarado. Neste site exibimos sete filmes do cineasta em novas cópias digitais e apresentamos um extenso material documental e iconográfico que pretende contextualizar as obras e a geração de realizadores da qual Alvarado faz parte. Também reúne um depoimento escrito pelo autor, um ensaio crítico sobre o curta O Mastro do Bino Santo e a sua filmografia ao longo de mais de 50 anos de carreira no cinema brasileiro.
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Córrego Fradinho (Jucutuquara)
Serviços de agua e esgotos da Capital
Feitos apressadamente, em 1909, sem terem tido conservação satisfatoria, arrendados sempre a empresas que só visavam lucro, encontram-se esses serviços em pessimo estado, exigindo demoradas e dispendiosas obras.
Verificando o mal advindo do arrendamento, chamei os serviços á administração do Estado, quando fiz a reforma do contracto dos «Serviços Reunidos de Victoria». A linha adductora defeituosa, sangrada em varios pontos e cheia de vasamentos, precisava de modificações e substituições.
Comprado o material que se encontrou, porquanto não havia á venda no paiz, foi feita uma nova travessia submarina, supprimindo-se um ponto alto no morro da Villa Rubim que, alem de causar pressão alta e desneces-saria no trecho submarino, reduzia a declividade, diminuindo a descarga do encanamento.
Os trabalhos mais urgentes estão já feitos, tendo a actual travessia submarina 450 metros, menos da metade do comprimento da que funccionou em Guayamun.
Terminados ha poucos dias, já determinaram apre.ciavel reforço de volume supprido ao reservatorio de Santa Clara.
Para reforço do abastecimento, adquiri todas as propriedades das cabeceiras dos corregos Panella, Naya Assú, Bubú, Carimbau, Caetano da Silva e que formam as Duas Boccas ou se perdiam mais abaixo, de modo a se poder duplicar o volume do Pau Amarello, unico que abastece a cidade.
Encommendei o encanamento preciso para uma segunda linha de capacidade igual a da actual para todo o seu comprimento, e estou providenciando para que o actual supprimento d'agua seja triplicado e fique em situação de muito maior augmento.
Está feita a captação do corrego Fradinho e em andamento a substituição de muitos trechos e ramaes da linha distribuidora para o estabelecimento de uma segunda linha distribuidora tronco, que, partindo do reservatorio Santa Clara, vá, directamente, ligar-se á actual, nas proximidades da praça Costa Pereira, de modo a tornal-a de capacidade dupla. Todos estes serviços estão sendo executados com firmeza.
O Estado do Espírito Santo (Revista Fon-Fon - 1923)
ENTRE os Estados do Brasil que melhor e mais denodadamente têm sabido caminhar na vanguarda do progresso, conservando, sempre, uma feição moderna no terreno da economia particular, o Espirito Santo occupa merecida e indiscutivelmente, posição de lisongeiro destaque.
Ali, o braço do homem não conhece o desanimo nem o cansaço e é devido sobretudo a esse facto que aquelle pequeno pedaco da terra brasileira pode orgulhar-se de ser, hoje, uma das mais prosperas unidades da Federação.
A historia do Espirito Santo é simples o bella.
Descoberto, em 1504, polo navegador portuguez Christovam Jacques, foi, antigamente, constituido pela capitania do mesmo nome, doada ao fidalgo Vasco Fernandes Coutinho. Em 1535, esto donatario fundou a villa do Espirito Santo, que passou, mais tarde, a chamar-se Villa Velha e, depois, quando elevada á categoria de cidade, novamente a Espirito Santo, feita a capital da nova colonia.
Quando foi creada a Villa Nova, na ilha de Duarte de Lemos, Vasco Fernandes Coutinho, acossado pelos indios em Espirito Santo, foi obrigado a transferir-se para aquella, que é hoje, a cidade de Victoria, actual capital do Estado.
Annos depois, creavam-se, por iniciativa dos jesuitas, os nucleos populosos mais antigos do territorio estadual: Serra, Anchieta, Santa Cruz, São Matheus e Nova Almeida.
Augmentado, em 1753, com annexação da capitania da Parahyba do Sul, o Espirito Santo passava, em 1832, isto é, 79 annos mais tarde, a formar a provincia do Rio do Janeiro. Até 1799, esteve sujeito á capitania da Bahia. Nosso anno, era elevado categoria do capitania independente.
A primeira constituição do Estado foi promulgada 20 de junho do 1891 0 a segunda um anno depois, a 2 do maio de 1892, já no actual regimen.
Dahi para cá tem sido reformada varias vozes, a ultima em 1922.
O Espirito Santo, Estado embora pequeno no territorio, que mede apenas 45.000 kilometros dos, é relativamente rico, produzindo com abundancia café, assucar, farinha de mandioca, arroz, feijão, orchideas, areias monasiticas, cacao e outros generos.
O seu commercio é feito, em grande escala quasi todo com o Rio de Janeiro e com alguns portos do norte.
O café e as madeiras constittuem a maior e melhor fonte de renda do Estado.
Si bem que pouco, o Espirito Santo é, tambem industrial, possuindo fabricas de tecidos, de ceramica, de utensilios silico-calcareos, de perfumarias, de papel, grandes usinas, officinas de mechanica, serrarias, sellarias, marmoristas e marceneiros habilissimos.
Ha, no Estado, os 31 municipios seguintes:
Victoria, Cachoeira de Itapemirim, Santa Leopoldina, Espirito Santo, S. Matheus, S. Pedro de Itabapoana, Alegre, Alfredo Chaves, Affonso Claudio, Anchieta ou Benevente, Cariacica, Espirito Santo do Rio Pardo ou Muniz Freire, Guarapary, Itapemirim, Collatina, Nova Almeida, Pau Gigante, Piuma, Ponte de Itabapoana, Riacho, Rio Novo, Rio Pardo, Santa Cruz, Domingos Martins, Santa Thereza, São João do Muquy, S. José do Calcado, Vianna, Itaguassu, Barra de S. Matheus e Serra, cujas sédes ficam à excepção de Nova Almeida, Piuma, Domingos Martins, Itaguarassú e Barra de S. Matheus, que as têm
respectivamente, nas villas de Timbuhy, Iconha, Campinho de Santa e Bôa Familia e na Cidade de Conceição da Barra - ficam nas localidades do mesmo nome.
Desses municipios os mais importantes, pela sua população e pelo seu commercio, são as Victoria, Alegre, Cachoeiro de Itapemerim e Cachoeiro de Santa Leopoldina, em cada um dos quaes se acha installada uma prefeitura municipal, cujo chefe de dois em dois annos, substituído.
Duas villas ainda conta o Estado: a de Piuma, no municipio do mesmo nome, e a de Linnhares, no de Collatina.
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Vila Rubim - Bairro Dinâmico (Revista Carioca - 1942)
"Vitória, capital do Estado do Espirito Santo, um bairro existe, que há 20 anos não passava da prosáica e obscura denominação de "Cidade de Palha", nome dado pelo grande número de casébres cobertos de palha que até então ai existiam.
Com a denominação, embora, de "Cidade", mas... "de palha", foi conhecida até poucos anos atrás.
Como pode se ver, já os seus antigos moradores desvendavam nas trevas de um futuro desconhecido, o que a si estava reservado, chamando-na de "Cidade".
E a profecia se realizou... Hoje, após quatro lustros de profícuos progressos, pode-se dizer sem medo de errar, ser a ,ela Rubim um bairro de vida própria. Tomou este nome, em homenagem ao presidente Francisco Alberto Rubim, que governou a provinda de 5 de outubro de 1812 até 20 de dezembro de 1820.
Situado a 10 minutos de bonde, do centro da cidade, é o ponto de irradiação para quase todo o interior do Estado, mormente para as principais cidades, como sejam: Espirito Santo, Cariacica, Santa Leopoldina, Santa Teresa, Colatina, Itaguassú, Afonso Claudio, Guarapary, Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, e outras.
Converge, pois, por este, tudo do interior vem para a capital, ficando em seu comércio a maior parte.
Sua situação, junto às pontes que ligam a capital (ilha) ao Estado, foi o grande propulsor deste vertiginoso desenvolvimento. Tendo de tudo que uma grande cidade necessita, desde a farmácia ao armazem, desde o mercado ao café, da igreja ao médico, do advogado ao dentista, da padaria ao fotógrafo, tem ainda este dinâmico bairro o mais movimentado comércio varegista da capital, juntamente com um mercado, que embora sendo o
menor, é o que dá maior renda á Municipalidade.
Nova Almeida (Coisas e Aspectos do Brasil, Revista Carioca - 1942)
NOVA ALMEIDA - O CONVENTO DOS REIS MAGOS, O MAIS ANTIGO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E UM DOS PRIMEIROS CONSTRUÍDOS NO BRASIL
DE JOSÉ LUIZ HOLZMEISTER.
NOVA Almeida --- Banhada pelas águas do Oceano Atlântico, na desembocadura do Rio Nova Almeida, tombem conhecido por Rio dos Reis Magos (antigo Apiaputangua), (1) que tem como principais afluentes os rios Fundão e Timbui, ao norte de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, distando desta, 37 quilômetros, por estrada de rodagem, passando pelas localidades de Goiabeira, Carapina, Laranjeira, Jacaraipe e Capuba, e 52 quilômetros, passando pela cidade da Serra, acha-se situada a solitária e encantadora Vila de Nova Almeida, antiga aldeia dos Reis Magos, que conta com uma população de 6.580 almas.
Vila de pequenas proporções, é como toda localidade litorânea, do pescado, o seu principal comércio, muito embora, esteja na agricultura, suas esperanças futuras, dado o alento reinante neste último lustro. Ligada à capital por boa estrada de rodagem, conta essa anciã vila, com o Grupo escolar "Virginio Pereira", agência do Correio desde 1895, rede telefônica e telegráfica e esplêndidas e poéticas praias, que fazem o encantamento dos seus. visitantes.
Diversas linhas regulares de ônibus, a colocam em contacto constante com a capital do Estado, linhas estas que demandam outras localidades, em sua missão de progresso, tais como, Serra, Fundão, Timbui, Santa Cruz; Páu Gigante e São Mateus.Nova Almeida é uma das mais antigas vilas do Estado e do país, pois a sua fundação, data de pouco mais de meio século após o descobrimento do Brasil, e a duas décadas do povoamento do Estado do Espírito Santo.
Vila Velha (atual cidade do Espírito Santo) e Vitória (antiga Vila Nova), são as mais antigas, datando a fundação de ambas, do ano de 1535, sendo que a cidade do Espírito Santo tem a primazia, como bem atesta e seu antigo nome.A fundação da antiga aldeia dos Reis Magos, data de 1556 (contradito apenas por Casar Marques, que em seu "Dicionário do Espírito Santo", dá o ano de 1580), pelo jesuíta Afonso Braz, primeiro missionário cio Espírito Santo, natural de Coimbra.
SEGUE...
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Cientista Augusto Ruschi na Revista National Geographic (1963)
Augusto Ruschi em matéria para a Revista National Geographic de janeiro de 1963.
Matéria de Luis Marden.
Fotos de Crawford Hallock Greenewalt (DuPont).
O homem que fala com beija-flores
O naturalista brasileiro Augusto Ruschi é pioneiro no estudo dos beija-flores.
Fotografando beija-flores no Brasil.
Imagens detalhadas são combinadas com explicações sobre o comportamento do beija-flor, coloração das penas e voo.
Ostentando um corte desordenado à escovinha, um homem
"Lophornis magnifica" parece lançar olhar desdenhoso sobre a exibição nupcial à direita.
Quando estendidas, as penas do pescoço formam um belo leque branco com pontas verdes iridescentes.
Fotografando beija-flores no Brasil
Por CRAWFORD H. GREEVEWALT
Fotografias do autor
É NOTÁVEL como o acaso pode desempenhar um papel no avanço ou na frustração de nossas ambições.
Ao refletir sobre isso, vejo que "Lady Luck" certamente estava operando em nome do meu projeto beija-flor.
Beija-flor “Minha” em Santa Teresa
O Dr. Béraut estava preparado. Ele havia construído um aviário ao ar livre na casa de veraneio do senhor e da senhora René Cassinelli, em Petrópolis, bem abastecido de beija-flores capturados às pressas.
Lá fotografamos nossas primeiras beija-flores brasileiras.
Em seguida, o Dr. Béraut nos levou a um amigo em Santa Teresa, onde, segundo ele, encontraríamos muitas espécies. O amigo era Augusto Ruschi.
Dona Sorte sorriu e no final da trilha encontrei uma mina de ouro de beija-flor.
O Sr. Marden escreveu um relato encantador sobre Augusto Ruschi e seu museu. A isso só posso acrescentar que sem a assistência do Dr. Ruschi, estendida com tanto entusiasmo a muitos países nos últimos anos, duvido que meu livro sobre beija-flores pudesse ter se tornado realidade.
Dr. Ruschi até me trouxe dois ao vivo beija-flores para serem fotografados quando ele nos visitou em junho passado.
Sob seus ternos cuidados, os dois fizeram a viagem de jato de 8.000 quilômetros do Rio até Delaware sem incidentes e foram prontamente instalados no quarto de meu filho ausente.
Algumas semanas depois, devidamente fotografados, foram entregues ao Parque Zoológico Nacional de Washington, D.C..
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Remodelação e Plano Diretor de Vitoria (Arquiteto Moacyr Fraga - 1944)
Remodelação e plano diretor de Vitoria
Revista de Arquitetura - 1944.
Arquiteto Moacyr Fraga.
Indagamos de inicio quais as mules predominantes que teriam levado ao Interventor no Estado do Espírito Santo a cogitar desse importante empreendimento.
Vitoria - respondeu-nos o ilustre arquiteto - é, incontestavelmente, a porta das principais economias brasileiras. A siderurgia tem ali o seu escoadouro natural.
Há muito tempo vínhamos solicitando ao arquiteto Moacyr Fraga que nos fornecesse dados relativos ao plano de urbanização de Vitória, que estava elaborando.
Prometera-nos que nos forneceria todos os elementos logo que os seus trabalhos estivessem quasi ultimados. Por isso, desincumbindo-se do compromisso, forneceu-nos os desenhos que apresentamos nestas páginas, com as necessárias explicações que se seguem.
Não se poderá fazer grande siderurgia no Brasil sem a participação direta desta cidade, que, pelas suas condições geográficas, está naturalmente indicada a se tornar o principal Porto da indústria pesada brasileira.
Acidente com avião da Aerovias Brasil (PP- AXG / 1949)
prefixo PP- AXG, linha Natal-Rio - Vitória, 1949.
19 de dezembro de 1949.
Aeronave Aerovias Brasil Douglas C-47A-30-DK Dakota III registro PP-AXG, desapareceu quando um vôo de treinamento após a decolagem de Vitória. Ele provavelmente caiu no mar. Todos os seis passageiros e tripulantes morreram.
Busca incessante para localizar o avião PP-AXG
Desde segunda-feira á tarde, nenhum vestigio do aparelho que decolou em Vitoria com seis pessoas — Talvez estela nalguma praia nas proximidades do Rio de Janeiro.
Não cabem responsabilidades à Aerovias Brasil pelo que ocorreu com o avião em experiencias.
Há fundadas esperanças de que o "Douglas" tenha aterrissado numa das praias do Espírito Santo.
Grande zêlo por parte da Companhia.
A perícia da tripulação pode ser fator decisivo da Aerovias, sôbre o propalado desaparecimento.
Fala-nos o sr. Armando Sander, um dos diretores de um avião em vôo de experiencias em Vitória.
Nenhuma notícia do avião - São Paulo, 20 (Meridional)
A tarde de hoje, não se sabia ainda do destino do avião misto da aerovias desaparecido desde ontem, quando ao meio-dia, decolou do aeroporto de Vitória.
O aparelho ia em voo de experiência levando a Bordo a seguinte tripulação: Comandante Carlos Gomes, copiloto Luís Gutierrez, rádio telegrafista Elpídio Cardoso, comissário Elvir Antunes de Souza, todos de São Paulo.
O avião, que faz a rota deste estado para Recife, sofrera uma pane na sexta-feira em Vitória, para onde foi levado um novo motor que estava sendo experimentado ontem.
Após 15 minutos de voo, cessaram as comunicações de rádio de bordo, não havendo mais notícias do aparelho.
Ha a hipótese de que tenha feito uma descida forçada.
Já não podem deixar de ser inquietantes as expectativas em torno do destino que teria tomado o avião da aerovias, desaparecido meia hora após ter decolado do aeroporto de Vitória para um voo de experiência.
Isso aconteceu, como devemos notícia, na tarde de segunda-feira, completando hoje, portanto, cinco dias, tendo até agora, resultado infrutíferas todas as pesquisas para localizar o aparelho.
Trata-se de um avião do tipo " Douglas dc-3 ", de prefixo PP-AXG, que, fazendo a linha Natal - Rio de Janeiro, aterrissou em Vitória, acusando grave defeito no um dos motores.
Outro avião substituiu o PP-AXG, que ficou no aeroporto para ser devidamente reparado.
Providenciados esses reparos, o Comandante Carlos Gomes do Rego, resolveu fazer um voo de experiência.
Levou em sua companhia o copiloto Luís Gutierrez, o rádio-operador Egídio Cardoso, o mecânico J. Brasiliano, e ainda Antônio Gomes Filho e Balbino de tal estes dois últimos funcionários da administração do porto de Vitória a, e insistiram em fazer o passeio no avião.
Ficaram em terra aeromoça e dois mecânicos da tripulação.
O aparelho levantou o voo e manteve contato com a torre de controle no aeroporto durante 20 minutos, passando ao silêncio que se prolonga até agora.
A Aerovias providenciou, desde logo, os trabalhos de pesquisas para descoberta do avião, recorrendo também a FAB, que destacou dois dos seus aparelhos para aqueles serviços.
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Alfredense Foot-Ball Club (Primeiro Time de Futebol do ES - 1910)
A primeira agremiação de futebol do Espírito Santo.
O Alfredense Foot-Ball Club foi fundado em 15 de agosto de 1910, e sua
camisa tinha as cores vermelha e branca.
PESSALI, Hélio. Alfredo Chaves: uma visão histórica e política. Espírito Santo, 2010, página 41.
VILLA DE ALFREDO CHAVES, ESTADO DO ESPIRITO-SANTO:
PESSOAL DO ALFREDENSE FOOT-BALL CLUB, COMPOSTO DE EMPREGADOS PUBLICOS, COMMERCIANTES, ARTISTAS E CAIXEIROS
Sentados: 1 plano, da esquerda para a direita: Theobaldo de Oliveira Pinto, Romulo Boa Nova, Zeferino Casotti, Publio Belotti, Americo Fernandes.
2 plano: Luiz Sandino, José Lopes, Luiz Villar, Annibal Cardoso, Ivo Roversi Colombo.
De pé : Pedro Bonacossa. presidente do Club, Luiz Franzotti, Antonio Soares Pinto Junior, José Bossior, Dr. Antonio Pitanga e Carlos Soares Pinto, o iniciador do club, que, por isso, tem o direito de estar sentado no throno.
______________
Escreve-nos o nosso ilustrado confrade Christiano Fraga:
Prezado e ilustrado amigo Teixeira Leite. "O Diario", brilhantemente metamorfoseado pela sua direção, noticiando a 3 do corrente a festa do decimo nono aniversario do Vitoria F. C., confere ao Vitoria o titulo de decano dos clubes de "Foot-ball" do Estado do Espirito Santo.
E' porque, ao calôr do ruidoso entusiasmo dos brilhantes "matches" vitorienses, ninguem se pode lembrar de que existe na modesta cidade de Alfredo Chaves o modesto Alfredense F.C. que foi fundado a 10 de agostn de 1910, tendo por conseguinte ha mais de dois mezes festejado o seu vigessimo primeiro aniversario.
O Alfredense F.C. nem de longe sequer pretende ombrear-se com a grandeza do Vitoria, mas tem todo o direito de reclamar para si a honra de ter sido o primeiro clube de "foot-ball" fundado no Estado do Espirito Santo.
Um valioso documento que conheço para a sua certidão de idade é um numero d'O Malho de 1911, onde se encontra a fotografia de dezesete dos seus primeiros "players", diversos dos quais existem ainda e têm o prazer de vêr o clube que fundaram proseguindo na sua róta cada vês mais util.
Digo cada vês mais util, porque além de proporcionar aos seus associados o adextramento higienico do querido esporte briatanico, e de além de ter criado secções anexas de outros esportes, patrocina ainda ha cerca de dois anos a manutenção do Tiro de Guerra Alfredense que tanto tem beneficiado o municipio, não permitindo que dai se distraiam anualmente muitas dezenas de braços fortes da lavora.
Lembro-me ainda de que numa das comemorações de aniversario, foi improvisada esta canção que os alfredenses entoaram com entusiasmo:
Sou dos capichabas rei
Por idade e por valor.
A' frente avançarei
Dos vivas ao furor!
Um só goal pouco me faz,
Quero quatro, dez e mais
Alfredense valoroso!
Vermelho e branco só vencerá.
Quem nos vir jogar
Torcerá por nós.
Rouco, rouco ficará
Proclamando este vigôr.
Varonil, dominador!
Não lhe posso dizer a musica, porque não a tenho agora, mas os "players" gritavam por esses versos uma confiança absoluta em si mesmos.
Se o Alfredense F. C. é o primeiro em valôr, ainda não se sabe, mas em idade não ha duvida nenhuma.
Serão estas singelas linhas uma contribuição á historia esportiva do Estado do Espirito Santo?
Mas ainda que não cheguem a ser isso, desde que v. as mande publicar, terá feito um obsequio
á Diretoria do Alfredense F. C. em nome da qual posso agradecer-lhe com muito cordial apreço.
Outubro de 1931.
Christiano Fraga.
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