Historia da Cidade de Primavera do Leste Mato Grosso
Historia da Cidade de Primavera do Leste Mato Grosso.
Primavera do Leste é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 15º33'32" sul e a uma longitude 54º17'46" oeste, estando a uma altitude de 636 metros. O município é carinhosamente chamado de A Dubai Mato-grossense pelos seus habitantes.
Está localizada na mesorregião do Sudeste Mato-Grossense e divide a Microrregião de Primavera do Leste com o município de Campo Verde.
O município está em constante crescimento populacional: enquanto no Censo 2010 a população era de 52.066 habitantes, a estimativa de 2018 contabilizava 63.876 habitantes.[1] Na prévia do Censo 2021, Primavera do Leste foi classificada como a sétima maior cidade do estado do Mato Grosso, com 93.263 habitantes.
A cidade se localiza no entroncamento de uma rodovia federal (BR-070) e uma rodovia estadual (MT-130), auxiliando no escoamento agropecuário do norte para o Terminal Portuário de Rondonópolis. A região receberá os trilhos da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, projetada para chegar ao norte do estado e cruzará entre os municípios de Campo Verde e Primavera do Leste.
Primavera do Leste é um município encantador localizado no estado de Mato Grosso, no coração do Brasil. Conhecido por suas vastas áreas de agricultura e pecuária, Primavera do Leste exala um espírito de progresso e vitalidade. Suas paisagens deslumbrantes, repletas de campos verdejantes e colinas ondulantes, proporcionam um cenário espetacular para os moradores e visitantes. Além disso, a cidade possui uma infraestrutura moderna, com uma variedade de comércios, serviços e opções de lazer, atendendo às necessidades de sua crescente população. Com um clima agradável e um povo acolhedor, Primavera do Leste é um lugar encantador para se viver, onde se pode desfrutar da tranquilidade do campo sem abrir mão das comodidades da vida urbana.
História.
Na década de 1960, a cidade chamava-se Bela Vista das Placas. A modificação para o atual nome ocorreu no dia 26 de setembro de 1979, com o apoio do pioneiro Edgard Cosentino, responsável por criar o projeto urbano na região.
Com um vertiginoso crescimento populacional, já no ano de 1981, face ao seu franco desenvolvimento, Primavera do Leste é elevada a categoria de Distrito, pertencente ao Município de Poxoréo, começando assim, a dar os primeiros passos em busca de sua independência política. A partir daí, vislumbrando um futuro promissor, uniram-se às forças representativas e lideranças do Distrito e, em 24 de agosto de 1984, criou-se a Comissão Pró-Emancipação do distrito, composta por vinte e seis abnegados pioneiros que escolheram por unanimidade, Darnes Egydio Cerutti para presidi-la. Como primeira sugestão, a comissão acatou o nome de Primavera D`Oeste, para o novo município pleiteado, nome este rejeitado pela Comissão de Emancipação da Assembleia Legislativa Estadual, pois o mesmo estava incorreto geograficamente em relação a localização no estado. Em vista disto, no dia 27 de junho de 1985 , por maioria simples, definiu-se que o novo Município deveria chamar-se Primavera do Leste, sendo de imediato rejeitadas as demais sugestões como Nova Primavera e Alto Primavera.
Cumpridas todas as demais formalidades legais, burocráticas e políticas que a questão exigia, no plebiscito realizado no dia 21 de abril de 1986, de 1.142 eleitores, compareceram 741 eleitores, sendo que 704 votaram à favor da criação do Município de Primavera do Leste. Em 13 de maio de 1986, o então Governador do Estado de Mato Grosso, Júlio Campos, assinou a Lei estadual n°. 5.014, que outorgava ao distrito, a categoria de Município de Primavera do Leste.
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Historia da Cidade de Cáceres Mato Grosso
Historia da Cidade de Cáceres Mato Grosso.
História,
A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio Pinto Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
Cáceres, com o nome de Vila-Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luís de França (Luís IX de França). A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada, a malograda Conjuração baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846.
O historiador Natalino Ferreira Mendes conta em seus livros que, em meados do século passado, Vila-Maria do Paraguai experimentou algum progresso, graças ao advento do ciclo da indústria extrativa, que tinha seus principais produtos no Gado, na Borracha e na Ipecacuanha, o Ouro negro da floresta, e à abertura da navegação fluvial.
As razões para a fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e, pelo Rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do solo no local, com abundantes recursos hídricos
Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em 1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade. Em 1938, o município passou a se chamar apenas Cáceres. Em fevereiro de 1883, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco, o Marco do Jauru, comemorativo do Tratado de Madrid, de 1750. Junto com a Catedral de São Luís — cuja construção teve início em 1919, mas só foi concluída em 65 —, os dois monumentos estão até hoje entre os principais atrativos turísticos da cidade.
A navegação pelo Rio Paraguai desenvolveu o comércio com Corumbá, Cuiabá e outras praças, e o incremento das atividades agropecuárias e extrativistas fez surgir os estabelecimentos industriais representados pelas usinas de açúcar e as charqueadas de Descalvados e Barranco Vermelho, de grande expressão em suas épocas
Em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon. Conta-se que ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja "Ao Anjo da Ventura", de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor Etrúria. As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa.
No início de 1927, Cáceres viveu dois acontecimentos marcantes: a passagem da Coluna Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores, e o pouso do hidroavião italiano Santa Maria, o primeiro a sobrevoar Mato Grosso.
A partir de 1950, as mudanças passaram a ser mais rápidas. No início dos anos 1960, foi construída a ponte Marechal Rondon, sobre o Rio Paraguai, que facilitou a expansão em direção ao noroeste do Estado. A chegada de uma nova leva migratória,causada pelo desenvolvimento agrícola que projetou polo de produção no Estado e no pais, mudou o perfil de Cáceres, cuja ligação com a capital, Cuiabá, foi se intensificando à medida que melhoravam as condições da estrada ligando as duas cidades. É nesse período que ocorre a emancipação dos novos núcleos sócios-econômicos.
Assim, emanciparam-se de Cáceres: o distrito de Mirassol d'Oeste, Salto do Céu, Jauru, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis d'Oeste, Porto Estrela, Lambari d'Oeste e Rio Branco.
Patrimônio histórico
Como cidade fundada no século XVIII, Cáceres possui inúmeros prédios e elementos arquitetônicos de alta relevância, teve parte do perímetro do centro do município tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010. Além do Centro Histórico, foram tombadas fazendas, usinas, e sítios arqueológicos. Cáceres destaca-se, especialmente, por retratar em sua arquitetura diferentes fases vividas desde a colonização da América Portuguesa até os dias atuais, tendo desde edificações em perfeito estado de conservação, até prédios em estado avançado de degradação, seja por ação humana ou do tempo.
Tipologia colonial
A Tipologia Colonial foi introduzida na América Portuguesa no período que vai de 1530 até 1830, importando e adaptando as correntes de estilo presentes na Europa à realidade de materiais, mão de obra e técnicas locais, utilizando taipa e adobe, sem grandes atributos decorativos, e apresentando batentes de portas e janelas de madeira larga, tendo função estrutural.
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Historia da Cidade de Tangará da Serra Mato Grosso
Historia da Cidade de Tangará da Serra Mato Grosso.
Tangará da Serra é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. É o sexto município mais populoso de seu estado, com população de 106.434 habitantes, conforme a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.
Criado em 13 de maio de 1976, é consideravelmente novo e destaca-se pelo seu rápido crescimento populacional e econômico, além de ser um dos mais progressistas do interior do estado. Sua economia baseia-se na prestação de serviços, agroindústria e agricultura, com destaque para a produção de soja e cana-de-açúcar. O comércio é considerando um dos mais estruturados no interior de Mato Grosso. O município é um pólo regional, sendo uma das cidades mais ricas do estado, possuindo também diversos atrativos turísticos em seu interior, como cachoeiras, pousadas e parques. O nome de Tangará Da Serra vem do pássaro tangará, que nas épocas de calor no sul, migravam para Tangará na busca de frio.
Sua área é de 11.323,640 km² e a distância até Cuiabá, capital administrativa estadual, é de 240 quilômetros.
O município é rico em belezas naturais, no verão as ruas da cidade acabam por ficar banhada por Ipês de diversas cores. Banhado por vários rios e córregos, o município destaca-se por suas cachoeiras. A cachoeira do sepotuba é um dos lugares mais visitados da cidade. Atrai visitantes do Brasil.
No inverno, a cidade é considerada uma das mais frias do estado de Mato Grosso. O seu clima tropical também favorece nas altas temperaturas.
Antes da emancipação, era distrito de Barra do Bugres. O município se destaca por seu crescimento avançado, sendo um dos maiores municípios do Estado.
Sua população se baseia em famílias que vieram do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e de Minas Gerais.
O município é considerado um dos mais bonitos do estado do Mato Grosso.
História.
Origens e Pioneirismo
Inicialmente, a área que hoje constitui o município de Tangará da Serra ficou por um longo tempo povoada apenas pelas tribos indígenas de, Nhambiquara e Parecí. Segundo as cronicas de Barbosa de Sá os primeiros contatos com outros povos se deram no século XVIII com o aprisionamento dos índios Pareci na cabeceira do rio Sepotuba no início do Século XX, quando a Comissão Rondon, liderada por Marechal Cândido Rondon, palmilhava a região em 1913, com o auxílio dos índios Parecis e Nhambiquaras, implantando-se o telégrafo e estudando a flora e a fauna presentes, para fornecer subsídios que seriam utilizados no futuro. Rondon, abriu a rodovia que sobe os chapadões dos Parecis, cujas marcas ainda estão presentes: a exemplo de sua casa, localizada no Assentamento Antônio Conselheiro e uma ponte construída sobre o Rio Sepotuba, no interior do Município de Tangará da Serra, ainda preservadas. Em seguida, chegaram os extrativistas, atraídos pela mata de poaia, planta com propriedades medicinais, que cobria as encostas da Chapada dos Parecis, onde os tributários do Rio Paraguai têm suas nascentes. Em seu projeto inicial, a área de Tangará da Serra deveria formar uma comunidade japonesa, que não teve êxito devido às más relações do Japão no cenário mundial, que também influía o Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, apenas as glebas de brasileiros ganharam liberação para colonização, a partir de 1954. Em 1959, a Companhia de Terras instala-se em Tangará da Serra com o objetivo de implantar uma colônia de terras e o cultivo de café, arroz, milho e feijão. A intensa propaganda fez com que várias famílias migrassem de outros estados para a região, no anseio de possuírem terras bem maiores em relação às que já possuíam onde viviam. Os senhores Júlio Martinez Benevides, Fábio Lissere, Joaquim Aderaldo de Souza e Joaquim Oléa fundaram a SITA - Sociedade Imobiliária Tupã para a Agricultura, uma vez atraídos pela excelente condição de clima e solo fértil, implantaram o loteamento Tangará da Serra, privilegiado no exuberante divisor das águas das bacias Amazônica e do Prata, emergente do antigo povoado surgido pelo loteamento das Glebas Santa Fé, Esmeralda e Juntinho, localizadas no então município de Barra do Bugres. O objetivo era formar um polo agrícola. Logo após chegaram os madeireiros, devastando a região para ceder lugar aos colonos que exploraram o cerrado e se iniciaram na agropecuária, atividade ainda tão presente no município, base forte da economia tangaraense. Nos primeiros tempos, a cafeicultura teve presença marcante na economia de
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Historia da Cidade de Rondonópolis Mato Grosso
Historia da Cidade de Rondonópolis Mato Grosso.
Rondonópolis é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, localizado na região Sudeste do estado, a 210 km da capital Cuiabá. Possui 244 897 habitantes (2022).
Rondonópolis tem o segundo maior produto interno bruto (PIB) do estado de Mato Grosso. Está localizada estrategicamente no entroncamento das Rodovias BR-163 e BR-364 e é a ligação entre as regiões norte e sul do país. Por estas vias são transportadas toda a produção agrícola e industrial para os grandes centros metropolitanos e portos do Brasil.
Com uma importante localização geográfica, a cidade tem na industrialização um novo salto de crescimento. Hoje, a diversificação de segmentos industriais tem gerado títulos importantes para o município: maior polo de esmagamento, refino e envase de óleo de soja do Brasil, maior polo misturador de fertilizante do interior brasileiro, maior produção estadual de ração e suplementos animais, frigoríficos com padrões internacionais e prepara-se para se consolidar como um dos principais polos têxteis do centro-oeste, através do incentivo e investimento na indústria de tecelagem e confecções. Mais recentemente, Rondonópolis começa a receber investimentos no setor de metalurgia.
Representa um importante polo que atende 21 municípios e cerca de 560 mil habitantes. Investe em qualificação profissional, infraestrutura, tecnologia e desenvolvimento humano, como incentivo para o crescimento da produção agropecuária, da indústria, do comércio e do turismo, gerando emprego, renda e qualidade de vida a todos que aqui vivem e investem.
História.
Segundo estudos realizados no sítio arqueológico Ferraz Egreja, os primeiros sinais de vida em terras que hoje pertencem ao município de Rondonópolis, datam de pelo menos cinco mil anos atrás.
Desde o final do século XIX, a ocupação local é marcada por um contingente de índios Bororo e pelo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra (1875-1890), seguidas pelas comitivas de aventureiros que se arriscavam pela região em busca de ouro e de pedras preciosas. Por último, chegaram as expedições da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas (1907/1909) sob o comando do então primeiro tenente Cândido Rondon, que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o estado de Mato Grosso e Amazonas ao resto do país – fruto dessa investida, em 1922 é inaugurado o posto telegráfico, às margens do rio Poguba (rio Vermelho).
E por volta de 1902 e 1907 famílias começaram a se instalar no Vale do Rio Vermelho vinda de Goiás, a viagem foi longa. Depois de quatro meses de cavalgada pelo Centro Oeste, perdendo objetos, morrendo novilhas, chegaram ao seu destino. Luis Esteves dos Santos e Manuel Conrado encontraram uma terra habitada por índios. Muito cerrado, córregos d‘agua e um imenso rio de água vermelha conhecido pelos índios como Rio Poguba (tendo o mesmo significado pela sua cor avermelhada). Este rio muito profundo era coberto de pedregulhos, lugares rochosos, arenosos, poções, areias um tanto movediças, e canais profundos. A forte correnteza das águas vermelhas transportava no seu leito de água doce e saborosa, patos, marrecos, coriangos, centenas de anhumas, garças, emas, diversos pássaros menores, sabiás, rolinhas, pombas, juritis, beija-flores e também entre as tantas o vítreo encantado das borboletas azuis. O sol já declinava no poente quando acamparam perto da Cachoeirinha, avizinhando-se do Rio Vermelho este casal, juntando todas as tralhas, estenderam no solo uma pequena capa e cochonilo tempo ali colocaram as crianças menores, as quais já cansadas pela viagem vão conciliar num sono de inocência.[9] Neste inicio de colonização as famílias viviam da sua força de trabalho e coragem, pois haviam muitas doenças, a falta de alimentos e condições de moradia precárias era prejudicial para a sobrevivência. Com essas dificuldades as famílias instaladas no rio vermelho pediram ajuda. José Rodrigues dos Santos um ex político e um dos grandes fazendeiros de Palmeiras de Goiás , estando a par dos acontecimentos. Imediatamente, arrumou uma escolta de carregamento e provisões em geral. Encheu os carros de boi de mantimentos, equipando-se de tudo, trouxe recursos e víveres para a família de seu irmão Manuel Conrado, e assim é fundado Rondonópolis[10]. Em 1915 havia cerca de setenta famílias na localidade, estas viviam com certa organização econômica, social e política e também tinham preocupação com as primeiras letras. Neste mesmo ano, Joaquim da Costa Marques, Presidente de Estado do Mato Grosso, promulga o Decreto Lei nº 395, que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o patrimônio da povoação do rio Vermelho. Esse decreto marca oficialmente a existência do povoado (a futura cidade de Rondonópolis), cuja data de fundação.
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historia da cidade de Campos Novos Santa Catarina
historia da cidade de Campos Novos Santa Catarina.
Campos Novos é um município brasileiro no oeste do estado de Santa Catarina, Região Sul do Brasil. Pertence à Mesorregião Serrana e Microrregião de Curitibanos e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 370 km. Ocupa uma área de aproximadamente 1 660 km², e sua população foi estimada em 2021 em 36 861 habitantes, sendo então o 40º mais populoso do estado.
A região começou a ser desbravada no decorrer do século XVIII, sendo que até então era povoada exclusivamente pelos índios kaigangs. Fundada em 1881, passou por um período de crescimento demográfico no começo do século XX, com a vinda de imigrantes à procura de emprego e de refugiados da Guerra do Contestado. Foi nessa época em que Campos Novos descobre sua vocação agrícola, sendo atualmente um dos principais produtores de alimentos como milho, soja, feijão, trigo e cevada do estado, além de se destacar na pecuária e na apicultura.
Campos Novos também possui alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como a Igreja Matriz de São João Batista, a Casa da Cultura Coronel Gasparino Zorzi e a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que chega a atrair uma média de 70 mil fiéis. A Usina Hidrelétrica de Campos Novos, construída em 2006, é a responsável pela geração de energia de um quarto de Santa Catarina.
A história de Campos Novos, assim como a de todos os demais municípios que formam o grande Oeste Catarinense, possui os seus primórdios determinados nos momentos que caracterizaram as mais antigas experiências de povoamento da Região Sul do Brasil. Desse modo, é coerente dizer que, antes de surgirem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (trabalho dos paulistas vicentinos que se aventuraram no mar em busca de novas peripécias),[9] já o Oeste Catarinense percebia a proximidade dos espanhóis que, em companhia dos jesuítas, exploravam a região que se estendia do rio Iguaçu até o Uruguai.[10] Mais tarde, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares caminhou por estas paradas e, unido aos índios coroados, começou a perseguir fortemente os aldeamentos de silvícolas, consequência da obra de empreendimento catequético daqueles sacerdotes. Até 1770, entretanto, ano em que deixaram de viajar pelo sul, já que lhes atraiu grande interesse o ouro das capitanias de Goiás e de Mato Grosso — os paulistas nada trocaram por estas terras, como experiências, no mínimo, de colonização da região.
De algum modo o relato histórico deste município passa a tomar forma com a expedição liderada pelo major Atanagildo Martins que, conduzida pelo índio Jongong, em 1814, objetivava estabelecer contato com as Missões. Quando se afastou da rota tracejada, em função do terror dos índios guaranis causado em seu guia, essa expedição chegou aos campos de Vacaria, depois de, sem dúvida, ter percorrido os campos em que atualmente se localiza este município. É provável, no entanto, que certos proprietários, oriundos de Lages, por ali já estavam estabelecidos em definitivo no ano de 1839.[11][13]
João Gonçalves de Araújo, proprietário rural, em Curitibanos, descobriu Campos Novos. Encantado pela fumaça das queimadas ocasionadas pelos indígenas, preparou uma expedição e se dirigiu para a Serra do Espinilho. Desse modo, se fixaram na terra os primeiros colonizadores, logo ajudados no trabalho da ocupação pelos gaúchos fugitivos da Revolução Farroupilha. Entre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos estavam associados com as primeiras obras de que originaram este município. Em 1848, os paulistas ressurgiram, conquistando os campos de São Jorge. Ou melhor, juntos dos forasteiros vindos de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos gaúchos, foram a base do fator importante entre os que mais colaboraram para a organização da comunidade.
A colonização não começou exatamente no local onde se acha, próspera, a cidade de Campos Novos. Anteriormente, se desenrolou, propriamente dito, em ponto longe de um quilômetro da cidade, na beira de um regato. Foi Salvador Vieira, que, se afastando do incipiente povoado, construiu a primeira casa no interior do perímetro desta próspera cidade. Certo momento depois, já demarcada a povoação, Domingos Matos Cordeiro começou a erguer a igreja Matriz de São João Batista.
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Historia da Cidade de Araquari Santa Catarina
Historia da Cidade de Araquari Santa Catarina.
História.
Origens e povoamento
Inicialmente, o atual município de Araquari era denominado Paranaguá-Mirim, cujo significado é "boca de barra", cujo cidadão português que deu o nome foi Manoel Vieira. Em 1848, ocorreu a chegada do senhor de escravos, Joaquim da Rocha Coutinho e de Manoel Vieira, já se estabelecendo na margem esquerda do rio Parati, ao qual é hoje o município de Araquari. Pela decisão de quem queria ser o fundador de uma vila, não ocorreu a chegada dos dois a um acordo quanto ao local, sendo a questão resolvida pelo Juízo da Comarca de São Francisco do Sul, favorável a Rocha Coutinho, cidadão o qual foi o construtor de casas enfileiradas, margeando o rio Parati, servindo de cercado para pastagens e plantações.
Formação administrativa e judiciária
Em 1876, a Lei provincial nº 797, de 5 de abril, criou o município, sendo instalado em 15 de janeiro de 1877. Na Divisão Administrativa do Brasil, em referência a 1911, no território municipal de Parati integravam três distritos: o da sede, o de Barra Velha e o de Itapocu.
A Lei estadual nº 1451, de 30 de agosto de 1923, suprimiu Parati. Mas dois anos após, a Lei estadual nº 1512, de 30 de outubro de 1925, restaurou o município, sendo reinstalado a 1 de janeiro de 1926. O Decreto-lei estadual nº 941, de 31 de dezembro de 1943, deu ao município e ao seu distrito-sede o nome de Araquari.
De acordo com o texto da Resolução nº 1, de 6 de novembro de 1956, da Câmara Municipal de Araquari cuja legislação promulgadora foi a Lei nº 271, de 3 de dezembro de 1956, criou-se o município de Barra Velha, que se desmembrou do município de Araquari, na época compondo-se do distrito da sede e de São João do Itaperiú, município emancipado em 1992. O município de Barra Velha foi instalado em 22 de dezembro de 1957, em conformidade ao Decreto nº 53, de 21 de dezembro de 1956, do Governo do Estado. Porém, em 11 de maio de 1957, de acordo com uma decisão judicial do Supremo Tribunal Federal foi declarada a inconstitucionalidade da Lei nº 271/1956, do Estado de Santa Catarina, legislação criadora do município de Barra Velha.
A legislação que criou o Distrito foi a Lei provincial nº 375, de 8 de junho de 1854, denominando-o Parati. O atual município de Araquari se desmembrou do município de São Francisco do Sul, pela Lei provincial nº 797, de 5 de abril de 1876, sendo instalado a 5 de janeiro de 1877. A Lei estadual nº 1451, de 30 de agosto de 1923, suprimiu o município de Parati. Entretanto, dois anos após, a legislação que restaurou o município de Araquari foi a Lei estadual nº 1 512, de 30 de outubro de 1925, instalando-se de novo o território araquariense, em 1 de janeiro de 1926. A divisão política do município de Araquari, datada de 1.º de março de 1958, se compunha dos distritos a saber: Araquari (sede), Barra Velha e Itapocu. Araquari se subordina à Comarca e Termo de São Francisco do Sul.[5][6] A atual legislatura se instalou em 2013, tendo vencido as eleições o Prefeito Municipal, João Pedro Voitexem,[7] e constituindo-se a Câmara Municipal de 11 vereadores.
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Historia da Cidade de Laguna Santa Catarina
Historia da Cidade de Laguna Santa Catarina.
No período Pré-Colonial, a região de Laguna fora habitada pelo povo sambaquieiro, que entre 4 500 anos a 2 000 anos antes do presente construíram sambaquis monumentais na região. Posteriormente a região fora ocupado pelos índios carijós.
Entre 1538 e 1548, os franciscanos espanhóis Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón fizeram esforços de evangelização dos nativos da etnia carijó, no território que atualmente pertence à cidade de Laguna. Esses esforços foram interrompidos em 1548, quando salteadores portugueses, liderados por Pascoal Fernandes, oriundo de São Vicente, e Martin Vaz, oriundo de Ilhéus, invadiram o local para prender e escravizar os nativos.
Um dos motivos decisivos para a criação da cidade de Laguna foi para que o Reino de Portugal possuísse, na parte mais meridional do Brasil Colônia, um “ponto de apoio”. Seria, por assim dizer, um grandioso posto avançado à colonização do Rio Grande do Sul e às guerras hispano-lusitanas na bacia do rio da Prata.
No início da colonização do Brasil, o território de Laguna compunha a parte mais meridional do Brasil, na Capitania de Santana, onde incide a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas (1494), separando as terras de Portugal (a leste) e Espanha (a oeste). Do conflito entre metrópoles, uma extensa colônia passava a se formar. Por esse motivo, Laguna tornou-se importante ponto geográfico para Portugal. A linha imaginária passava por Laguna e, atualmente, o monumento do Tratado de Tordesilhas está localizado no centro histórico da cidade.
Interessante observar que o processo histórico de expansão nacional em direção ao rio da prata, é atualmente lembrado no brasão estampado na bandeira do município, onde consta a significativa divisa: "AD MERIDIEM BRASILIAN DVXI" ("Para o sul levei o Brasil"), em homenagem aos lagunenses que desbravaram o sul do Brasil.
O local onde foi implantada a povoação, no século XVII, é um anfiteatro natural protegido pelos morros da Glória e do Mar Grosso, eixo da praia onde se fixaram colonos vindos da Capitania de São Vicente. Povoado fundado pelo bandeirante Domingos de Brito Peixoto Vicente, em 1676, com a construção de uma capela de taipa dedicada a Santo Antônio dos Anjos, onde está a atual Igreja Matriz.
Do extenso território original de Laguna, desmebraram-se 02 (duas) atuais capitais brasileiras: Florianópolis e Porto Alegre.
Laguna, possuiu, nos seus primeiros tempos, muitos progressos, sendo fundado o município em 20 de janeiro de 1720. Em seguida, entrou em declínio. Uma das principais razões, senão a mais importante, foi que os lagunenses deixaram sua terra para ir colonizar o Continente de São Pedro do Rio Grande do Sul.
A conhecida Guerra dos Farrapos, que no município dispunha de uma série de seguidores, deu importância histórica à cidade de Laguna. Em julho de 1839, os republicanos gaúchos invadiram Laguna por terra e mar. David Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes lideravam as tropas terrestres (cerca de 1000 homens). Naquela mesma ocasião, o capitão italiano Giuseppe Garibaldi a dominava por água, quando esteve a bordo do navio “Seival” com uma tripulação constituída de muitos italianos, amigos de interesse do grande carbonário. Este, no que lhe concerne, derrotou as tropas imperiais ali instaladas. E em 29 de julho de 1839, a Câmara Municipal de Laguna, presidida por Vicente Francisco de Oliveira, proclamava o Estado Catarinense Livre e Independente com a denominação de República Juliana, coligada à de Piratini. Foi naquele momento que apareceu a adolescente Ana Maria de Jesus Ribeiro, amplamente conhecida pela perífrase de Heroína dos Dois Mundos, que ficaria junto a Giuseppe Garibaldi, com quem se casou em seguida, tornando-se conhecida pelo apelido de Anita Garibaldi.
Porém, em 15 de novembro desse ano (1839), após a Queda de Laguna, com a derrota dos farroupilhas, chegava a seu fim a República Juliana. Seu presidente, que, no entanto, não apareceu para ser empossado como governante, foi o coronel Joaquim Xavier Neves e o vice-presidente o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro.
Foi o episódio mais próspero de Laguna, cujo povo, hoje em dia, vem trabalhando com bravura para o seu o desenvolvimento, alcançado por meio da pesca (fonte de renda fundamental de seu povo), e do turismo, devido às extraordinárias possibilidades que o município oferece.
Sua área é de 440,525 km², pertencente à Mesorregião do Sul Catarinense, dividida em três microrregiões: Araranguá, Criciúma e Tubarão.
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Historia da Cidade de Xanxerê Santa Catarina
Historia da Cidade de Xanxerê Santa Catarina.
História.
Origens e disputas territoriais
Até o início do século XIX, índios guaranis e kaingangs habitavam a região de Xanxerê. Nesta época, estabeleceram-se na região alguns fazendeiros, dando início ao ciclo da madeira e pecuária. Anos mais tarde, imigrantes vindos do Rio Grande do Sul, descendentes de italianos e alemães, radicaram-se na cidade, que havia sido uma área de litígios entre o Brasil e a Argentina.[7]
Criaram-se duas colônias militares (decreto nº 2.502 de 16 de novembro de 1859)[8] denominadas Chapecó ("Xapecó") e Chopim. O capitão José Bernardino Bormann por portaria de 16 de outubro de 1880, publicada em ordem do dia número 1543 foi encarregado de fundar a Colônia Militar do Xapecó, na até então província do Paraná sendo responsável por realizar o reconhecimento do território, bem como de escolher o melhor local, do ponto de vista estratégico e militar para a instalação do núcleo populacional[9]. Bormann dirigiu a colônia (também conhecida como colônia de Xanxerê) até meados do ano de 1898, quando saiu da direção para se dedicar a sua vida política pelo estado do Paraná. A partir de 1900 e até o ano de 1903 a direção da Colônia ficou sobre responsabilidade de João José de Oliveira Freitas, mais conhecido como Coronel Freitas. A Colônia manteve seu funcionamento até meados do ano de 1908, quando passa para o regime civil. De acordo com a historiadora Leticia Maria Venson "os objetivos traçados para a criação desse núcleo militar foram alcançados parcialmente, uma vez que as condições oferecidas pelos órgãos responsáveis não corresponderam às reais necessidades verificadas" [9].
Um litígio quanto aos limites entre Santa Catarina e Paraná, provocou em 1916, a intervenção do presidente da república Venceslau Brás, que resolveu a questão junto com o General Felipe Schmidt, governador de Santa Catarina e o Coronel Cavalcanti, governador do Paraná.
Santa Catarina passa a ser dividido em novos municípios, entre eles Chapecó, com a Lei Estadual nº 1.147, de 24 de agosto de 1917.[7] É nomeado provisoriamente para superintendente municipal (equivalente a prefeito nos dias atuais), o coronel Manoel dos Santos Marinho.
Nas primeiras eleições realizadas em Passo Bormann, Xanxerê, São Domingos, Campo Erê e Barracão, distritos do município de Chapecó, foi eleito o próprio coronel Marinho, que nomeou o José Julio Farrapo como intendente em Xanxerê, através da Resolução nº 05 de 1 de Setembro de 1917. A sede do município é transferida pelo governador Hercílio Luz para o distrito de Xanxerê em 5 de novembro de 1919, através da Lei nº 1.260. Em 5 de dezembro de 1923, a sede muda novamente, desta vez para Passo Bormann, passando o distrito de Xanxerê a ser denominado "Rui Barbosa", pertencente à comarca de Chapecó até dezembro de 1929, quando voltou novamente a chamar-se Xanxerê. Em 3 de outubro de 1929, pela Lei Estadual nº 1.645, Xanxerê volta a ser sede do município de Chapecó.[7]
O General Ptolomeu de Assis Brasil, com a revolução de 1930, assume a função de governador do estado, designando para prefeito de Chapecó, Nicácio Portela Diniz, que novamente instalou a sede do município em Passo Bormann. Com a morte de Portela em fevereiro de 1931, assume o cargo João Candido Marinho, capitão da Força Pública do Estado, que pediu ao governador que a sede municipal fosse para o povoado de Passo dos Índios. Em 1938, a sede muda o nome de Passo dos Indios para Chapecó, que passou a fazer parte do recém criado Território do Iguaçú em 1943. O território foi extinto em 1946 e Xanxerê e outros distritos integrantes de Chapecó passaram novamente para o território catarinense.
Muitas famílias migraram para a região, vindas principalmente do Rio Grande do Sul. No Censo realizado no ano de 1950, havia 1 311 habitantes na área urbana de Xanxerê (643 homens e 668 mulheres). Xanxerê registrava na época uma das maiores populações rurais do estado, com 86,7% de sua população vivendo na área rural.[10]
Fundação e História recente
Xanxerê passou a se desenvolver e em 17 de dezembro de 1953 a vila se emancipou, sendo criado o município de Xanxerê, sendo instalado oficialmente em 27 de fevereiro de 1954. Foi designado pelo governador Irineu Bornhausen, o professor Teodósio Mauricio Wanderley, como prefeito provisório de Xanxerê.
As primeiras eleições foram realizadas em 3 de outubro de 1954. Saiu vitorioso das urnas o candidato Adilio Fortes (PSD), que foi o primeiro prefeito eleito do município.
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Historia da Cidade de Videira Santa Catarina
Historia da Cidade de Videira Santa Catarina.
História.
A colonização de Videira iniciou-se em 1918, na então Vila do Rio das Pedras. Em 1921, os italianos e alemães dividiram Videira em Perdizes e Vitória.
A instalação oficial do município aconteceu em 1944 e o nome Videira deve-se ao fato de a região ser um grande centro vitivinicultor do estado. Nessa época o município recebia diversos imigrantes de origem alemã e italiana vindos do Rio Grande do Sul.
Conta-se que já em 1913, antes mesmo da fixação dos primeiros colonizadores, foi colhido um cacho de uvas pesando 1,3 kg. O avanço dos parreirais deu origem à primeira Festa da Uva, em 1942.
Videira também é o berço da Perdigão, uma das principais empresas responsáveis pelo desenvolvimento da cidade e que formou na década de 80 e 90 grandes equipes no Salonismo Nacional. Com a conclusão do processo de fusão entre Perdigão e Sadia em dezembro de 2012, a BRF agora avança para ser reconhecida como marca líder de seu segmento internacionalmente, Videira é uma das principais cidades do Oeste de SC e um dos mais desenvolvidos do País.
No dia 11 de dezembro de 2002, a cidade recebeu oficialmente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina a denominação de “Capital Catarinense da Uva e Berço da Perdigão”. Na cidade é oferecido também um curso de pós-graduação em enologia.
Videira revelou ao estado e ao Brasil grandes personalidades e políticos, como a senadora da República Vanessa Grazziotin, que nasceu no município em 1961 e hoje exerce suas funções no Senado Federal representando o estado do Amazonas. Outro político que foi senador e governador do estado foi Vilson Pedro Kleinübing, que escolheu a cidade como sua morada, sendo velado e sepultado em 1998 com a bandeira do município.
Historia da Cidade de São Francisco do Sul Santa Catarina
Historia da Cidade de São Francisco do Sul Santa Catarina.
História.
São Francisco do Sul é a cidade mais antiga de Santa Catarina.
Foi habitada por povos originários como os kaigangs e os guaranis um milênio antes da invasão europeia, ocorrida a partir do século XVI d.C.
Colonizada por portugueses (sobretudo açorianos) e espanhóis, sua conquista europeia, segundo alguns historiadores, data de 4 de janeiro de 1504 através da expedição de Binot Paulmier de Gonneville. Sua primeira ocupação europeia, foi feita temporariamente por espanhóis por volta de 1553.
Nesse tempo, também era ocupada por povos afro, que foram trazidos na condição de escravizados pelos invasores europeus.
A história ainda carece de mais detalhes sobre os povos que foram minguados pela ação truculenta dos europeus.
São recentes os estudos que estão documentando os povos pré-cabralinos e pré-germânicos que habitavam a região da baía da Babitonga.
Em 1640, Gabriel de Lara, "Alcaide mór, Capitão mór, Povoador da Vila de Nossa Senhora do Rosário da Capitania de Paranaguá", com portugueses e vicentistas, procedentes de Paranaguá, fundou a 3 de dezembro de 1641 a Vila de Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco.
Em 1658, Manuel Lourenço de Andrade, acompanhado por casais portugueses e paulistas chegou a São Francisco,[6] com plenos poderes, concedidos pelo Marquês de Cascais, para povoar a terra, repartindo-a entre a sua comitiva e os que fossem chegando. Já em 1660 foi elevada à categoria de vila e tornou-se paróquia, recebendo seu primeiro vigário, o Padre Manuel dos Santos.
A glória da fundação do primeiro estabelecimento catarinense atribuem os historiadores, tanto a Andrade como a Lara, segundo o livro Colonização do Estado de Santa Catarina - Dados históricos e estatísticos (1640-1916) - Secretaria Geral dos Negócios do Estado - 1917. seria necessário e justo com Angelo Francisco, que foi, na verdade, o primeiro povoador da ilha de São Francisco. Em 1847 é elevada a categoria de cidade.
A chegada dos primeiros europeus
A história documentada da viagem (Campagne du navire l´Espoir de Honfleur 1503-1505. Relation authentique du voyage du capitaine de Gonneville ès Nouvelles Terres des Indes) relata que em 24 de Junho de 1503, partiu do porto de Honfleur, França, a expedição de Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do veleiro L'Espoir. Cerca de seis meses após sua partida da França, e, 4 de janeiro de 1504,[5] a expedição descobriu uma grande terra, que devido a vento terral contrário, só puderam aportar na tarde do dia seguinte. Segundo o pesquisador Oswaldo Rodrigues Cabral, em sua obra "História de Santa Catarina", a terra era descrita como fertilíssimo, abundante em animais, aves, peixes e árvores, e povoada por índios carijós, que "procuravam apenas passar a vida alegre, sem grande trabalho, vivendo da caça e da pesca, e do produto espontâneo da terra, e de alguns legumes e raízes que plantavam" e conforme as coordenadas geográficas do mesmo relato da viagem,[necessário esclarecer] tratava-se do local onde hoje é São Francisco do Sul.
Carlos da Costa Pereira, em seu livro História de São Francisco do Sul, nos diz que essa nação indígena era amistosa, e tinha por essa época como chefe o cacique Arosca. O capitão Binot Paulmier de Gonneville, antes de regressar à França, ergueu uma enorme cruz de madeira, com mais ou menos 35 pés, em uma colina com vista para o mar, em uma bela cerimônia no dia da Páscoa de 1504. A cruz foi carregada pelo capitão e pelos seus principais auxiliares no comando do navio, com a ajuda do chefe Arosca e outros índios importantes da tribo. Após a cerimônia foram distribuídos vários presentes aos índios, que foram avisados por meio de sinais de que deveriam preservar aquela cruz, onde se encontravam gravados os nomes do papa Alexandre VI, do rei Luís XII, do Almirante da França Louis Mallet de Graville, do Capitão Binot Paulmier de Gonneville e de todos os outros tripulantes do navio. Do outro lado da cruz foram gravadas as seguintes palavras: Hic Sacra Palmarivs Posvit Gonivilla Binotvs; Grex Socivs Pariter, Nevstraque Progenies - que significa: Aqui Binot Paulmier de Gonneville plantou esse objeto sagrado, associando em paridade a tribo com a linhagem normanda.
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Historia da Cidade de Mafra Santa Catarina
Historia da Cidade de Mafra Santa Catarina.
História.
Mafra tem sua história unida à de Rio Negro, no Paraná, pois antes da mudança dos limites entre os dois estados, as duas cidades faziam parte de um único município. Até o século XVIII existiam na região índios botocudos. Tornou-se após caminho e parada para tropeiros, principalmente depois da abertura da Estrada da Mata. Desbravamento, colonização e costumes, são originais dos europeus. A partir de 1894, a questão dos limites com o estado do Paraná esteve em litígio, tendo sido feito acordo entre os estados, em 28 de outubro de 1916. Em 25 de agosto de 1917, depois de sentença do Supremo Tribunal Federal, o estado de Santa Catarina tomou posse do território contestado, então, restaurando o município e demarcando seus limites. A instalação deu-se a 8 de setembro do mesmo ano, ficando Mafra à margem esquerda do rio Negro. O nome do município é em homenagem ao jurista catarinense, Conselheiro Mafra, que defendeu Santa Catarina contra o Paraná. O extrativismo da erva mate e da madeira trouxe desenvolvimento para a região, que foi conseguindo autonomia econômica, até se tornar cidade em 1917, depois da Guerra do Contestado.
Antiga Estação Ferroviária de Mafra
Neste período estava em construção a estrada de ferro, ligando Porto União a São Francisco do Sul, cuja linha passa pela centro da cidade de Mafra, ramal da Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande. Tal fato contribuiu para o desenvolvimento econômico da região. Já nos anos 60 do século XX, houve a construção de uma nova linha ferroviária, ligando Mafra à Lages, chamada de Tronco Principal Sul. Estas duas linhas atualmente são administradas pela empresa Rumo que mantém no município um grande complexo para manutenção de vagões e trens.
Até 8 de janeiro de 2000, Mafra possuía uma área territorial de 1.785 km², entretanto, com a Lei Estadual n.º 11.340, o distrito de Águas Claras, ao sul do território, foi desmembrado o qual passou a fazer parte do município de Rio Negrinho, com isso Mafra perdeu 379 km² de sua área, ficando com os atuais 1.404,084 km².
A cidade faz parte da Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense, anexada em 6 de Janeiro de 1998 pela lei complementar estadual n.º 162, sendo a cidade sede Joinville. Em 2007, a região metropolitana foi extinta pela lei complementar estadual n.º 381, porém, restituída pela lei complementar estadual n.º 495 de 2010.
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Historia do Peixe Abraliopsis affinis
Historia do Peixe Abraliopsis affinis.
Peixe Abraliopsis affinis, também conhecido como "Peixe-vidro" ou "Peixe-cristal", é uma espécie marinha pertencente à família Opisthoproctidae. É encontrado em oceanos profundos em diversas regiões do mundo, incluindo o Oceano Atlântico, Oceano Índico e Oceano Pacífico.
O Abraliopsis affinis é conhecido por sua aparência transparente e corpo alongado. Seu corpo é gelatinoso e translúcido, com uma estrutura óssea interna que reflete a luz, criando uma aparência brilhante e semelhante a um vidro. Os olhos dessa espécie estão voltados para cima, permitindo que o peixe detecte a luz que vem da superfície acima dele.
Devido ao seu habitat em águas profundas e à sua natureza elusiva, pouco se sabe sobre a história específica do Abraliopsis affinis. Essa espécie é adaptada para a vida nas profundezas do oceano, onde há pouca luz e pressões extremas. Sua dieta consiste principalmente de pequenos organismos planctônicos, como zooplâncton e pequenos peixes.
Como muitos peixes de águas profundas, o Abraliopsis affinis tem estratégias de reprodução e sobrevivência que se adequam ao seu ambiente. Essas estratégias podem incluir reprodução em massa, liberação de ovos e larvas na coluna d'água e a capacidade de emitir luz (bioluminescência) para se comunicar e atrair presas.
Devido à sua natureza frágil e à dificuldade de estudo em seu ambiente natural, o Abraliopsis affinis permanece relativamente pouco conhecido. No entanto, é uma espécie fascinante que desempenha um papel importante no ecossistema de águas profundas, contribuindo para a cadeia alimentar e a biodiversidade marinha.
A exploração sustentável dos recursos marinhos e a preservação dos habitats oceânicos são cruciais para garantir a conservação dessas espécies misteriosas e frágeis, como o Abraliopsis affinis, e manter a saúde dos ecossistemas marinhos em geral.
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