Historia da Cidade de Sidrolândia
Historia da Cidade de Sidrolândia.
Sidrolândia é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. A cidade se desenvolveu graças a três grandes aspectos: o primeiro por ficar a menos de 100 km da capital de Mato Grosso do Sul; o segundo foi graças à agropecuária e o terceiro e mais importante foi por ser ponto de passagem para a ferrovia NOB, que vinha de São Paulo via Campo Grande.
O município é o 608º mais rico do Brasil e o 410º mais rico do interior brasileiro. No estado está em 12º lugar.
História.
A região do município de Sidrolândia, apesar de ser conhecida desde o início do século XVII, quando foram devassados pelos sertanistas bandeirantes, passaram apenas a ser povoadas com a chegada da família do sertanista mineiro Gabriel Francisco Lopes, que trouxe seu sogro Antônio Gonçalvez Barbosa, além de seu irmão Inocêncio Barbosa. Em meados do século, eles estabeleceram as primeiras fazendas de gado na região, que, com a abundância de pasto e qualidade e fertilidade do solo, prosperaram com rapidez. Com isso, a região acabou atraindo outros migrantes que se radicaram dedicando-se especialmente a criação de bovinos. Segundo o Relatório do Coronel Henrique Rohan do Governo da Província de Mato grosso, Ricardo José Gomes Jardim, em 1845 a área que compreende os rios Vacaria e Anhanduí (rios que banham atualmente o município de Sidrolândia) já possuia mais de 100 habitantes. Apesar de o povoamento do atual município de Sidrolândia se dever à família Barbosa, que anos depois partiram para povoarem outros rincões do Sul de Mato Grosso e instalaram fazendas para a criação de bovinos e criação de novos povoamentos, a fundação de Sidrolândia foi estabelecida por Vicente de Brito, que era tronco da família Brito e José Pereira Martins, que fundaram suas fazendas na região em 1870, logo após a Guerra do Paraguai. Em 1872 chegava o cuiabano Hermenegildo Alves Pereira para fundar outra fazenda, a Ponto Alto. Um dos filhos de Vicente de Brito, Porfírio, fundou mais quatro fazendas e fez de tudo para evitar a debandada de seus descendentes. Uma das filhas de Porfírio casou-se com Sidrônio Antunes de Andrade, que era catarinense de Lages.
Anos mais tarde, em função da morte de sua esposa, em 1926, Sidrônio resolveu lotear a fazenda São Bento, que recebeu de herança, mas que acabou concretizando apenas em 31 de março de 1942, quando colocou para vender seus lotes já muito demarcados, e batizou a nova povoação de Sidrolândia. A partir daí, o núcleo começou a se desenvolver rápido e surgiram várias construções residenciais e muitos estabelecimentos comerciais. Em 25 de abril de 1944 foi inaugurada na povoação de Sidrolândia, com o nome de Estação de Anhanduí, a estação telegráfica e ferroviária da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, num ramal que liga Campo Grande à Ponta Porã, se transformando num dos esteios do progresso da nova localidade. A localidade desenvolveu-se de tal forma que levou o Governo do Estado a criar, pela Lei nº 207 de 1 de fevereiro de 1948, o Distrito de Paz de Sidrolândia, tendo como primeiro Juiz de Paz Abílio dos Santos e Lucas do Vale, que foi nomeado escrivão do primeiro cartório, fundado em 19 de março de 1949. Em 11 de dezembro de 1953, pela Lei Estadual nº 684, é elevado a categoria de município, desmembrado de Campo Grande e instalado em 1 de janeiro de 1954. Em 18 de novembro de 1958, pela Lei Estadual nº 1160, é criado o Distrito de Capão, que é incorporado ao Município de Campo Grande. Com a criação do estado de Mato Grosso do Sul, em 1977, houve um desenvolvimento maior em razão de se localizar próximo à capital do estado, Campo Grande. No mesmo ano é reincorporado a Sidrolândia. Em 15 de julho de 1997 é criado o distrito de Quebra Côco.
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Historia da Cidade de Nova Andradina
Historia da Cidade de Nova Andradina.
Nova Andradina é um município brasileiro da região Centro-Oeste situado no estado de Mato Grosso do Sul, situado na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul e Microrregião de Nova Andradina.[10]
Fundada pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade em 20 de dezembro de 1958 e emancipada em 1 de janeiro de 1959, Nova Andradina tem origem nas fazendas Primavera (inicialmente Fazenda Caaporã), Santa Barbara, Xavante, Panambi e Baile. Esta última foram implantados os alicerces da atual cidade de Nova Andradina. Em 1960, data do primeiro senso local, o município já atingia 6.366 habitantes. Vinte anos depois, já contava com 21.668 habitantes, um aumento de 240,4%. Já nos vinte anos seguintes o aumento foi menor (63,3%), passando para 35.381 habitantes e em 2010 a cidade atingia 45.585 habitantes ou 28,8% de aumento. Em 50 anos (entre 1960 e 2010) a população teve um aumento de real de 616,1%. Atualmente sendo conhecida como Capital do Vale do Ivinhema, Nova Andradina é uma cidade de perfil progressista situada próximo do Rio Paraná e BR-267. Possui traçado urbano considerado plano com vias de traçado retilíneo, possuindo formato de tabuleiro de damas. Segundo estimativas de 2015 do IBGE, 50.893 pessoas residiam no município nesta época (11,6% a mais do que em 2010), o que dá 10,6 habitantes por km² segundo as mesmas estimativas,[6] colocando a cidade como o oitavo centro mais populoso de Mato Grosso do Sul e 41º centro mais populoso da região Centro-Oeste do Brasil e sendo, portanto, uma cidade média-pequena..
Com PIB de mais de 1,1 bilhão de reais,[9] é o 475º município mais rico do Brasil e no estado, é o sétimo município mais rico. Além disso, Nova Andradina ficou com o 451º maior potencial de consumo (IPC Marketing) entre todas as cidades brasileiras em 2014, com R$ 959 milhões em consumo (índice de 0,0262%) e no estado ficou em sexto lugar.
História.
As terras que atualmente compõem o Município de Nova Andradina, bem como extensa área daquela região, foram colonizadas pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, pecuarista, homem dotado de extraordinária visão e de incomum habilidade. Iniciou seus trabalhos de colonização em Mato Grosso, por volta de 1938 ou 1939, quando adquiriu do Estado, a Fazenda "Caapora", que mais tarde passou a denominar Fazenda Primavera, localizada nas proximidades da Formosa baía do Rio Samambaia, em plena selva, no vale do Rio Paraná, empenhando-se, logo a seguir. Na construção de um porto fluvial, na margem direita do Rio Paraná, que serviria de base para a efetivação do projeto. Anos mais tarde, Moura Andrade estendeu seus domínios adquirindo as fazendas Santa Barbara, Baile, Xavante e Panambi.
A fazenda Baile pertenceu inicialmente à Henrique Barbosa Martins e depois a Domingos Barbosa Martins, ambos membros do clã dos Barbosa Martins que escreveram brilhantes páginas da história de Mato Grosso e constituem uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso do Sul. A fazenda Baile foi adquirida por Moura Andrade em 1951. No segundo semestre de 1957, destacou ele uma gleba da fazenda onde implantou os alicerces da cidade de Nova Andradina. Em seguida, procedeu o loteamento de outras propriedades rurais, estabelecendo grandes vantagens para os adquirentes, o que determinou a vinda de grandes levas de migrantes, principalmente nordestinos, paulistas, paranaenses e mineiros, determinando rápido povoamento da região. No mesmo ano, em um barracão da Empresa Andrade, Ferreira de Souza que procedia a abertura das ruas da cidade, instalou-se a primeira escola da nova comunidade, tendo como professoras Efantina Quadros, conhecida popularmente como D. Lalá, Katsuko e Mariko Fujibayashi e Cecília Holanda.
No ano seguinte foi construído um prédio de alvenaria, que passou a ser denominado Grupo Escolar Moura Andrade. Nova Andradina foi elevada a Vila, Distrito e Município no dia 20 de dezembro de 1958. A primeira missa foi celebrada por Frei Luiz, na capela do Imaculado Coração de Maria, recém construída na nova povoação. O primeiro estabelecimento comercial aí implantado pertencia a Kokey Itaya. O primeiro Juiz de Paz foi Austrilio Capilé de Castro e a primeira Escrivã foi a senhora Irma Ribeiro da Silva. Entre os anos de 1967 e 1969 o então prefeito, Sr Alcides Menezes de Faria trabalhou para trazer saneamento básico e energia elétrica à cidade.
Topônimo
O topônimo Nova Andradina é uma homenagem ao seu fundador, Antônio Joaquim de Moura Andrade. Acrescentou-se o vocábulo Nova para evitar que se confundisse com a de Andradina, cidade do estado de São Paulo, que por coincidência, fundada também por Moura Andrade.
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Historia da Cidade de Naviraí
toria da Cidade de Naviraí.
Naviraí (pronúncia AFI: [naviˈɾai]) é um município da Região Geográfica Imediata de Naviraí-Mundo Novo, na região geográfica intermediária de Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste do Brasil.[16] Foi fundada em 16 de abril de 1952 por vários pioneiros brasileiros e japoneses e emancipada em 1963.[6] De ocupação inicial indígena, Naviraí, nos anos 1950, era apenas um campo desabitado. Foi a partir daí que começaram a chegar por avião e por barco os primeiros colonizadores de origem europeia. Em 1955, com a construção da estrada que liga Naviraí a Dourados, começou a se desenvolver mais rápido. Quinze anos depois, quando houve o primeiro censo da cidade em 1970, a população era de 23 117 habitantes. Mais de vinte anos depois, a população foi para 30 670 habitantes, um crescimento de 32,7%. Duas décadas depois, em 2010, a população saltou para 46 424 habitantes, uma diferença de 51,4%. Em quarenta anos, a população de Naviraí teve um crescimento líquido de 100,8%.[5][17]
O etnônimo da população do município é naviraiense. Atualmente, é o sétimo centro mais populoso de Mato Grosso do Sul e 39º centro mais populoso da região Centro-Oeste do Brasil, com 54 051 habitantes e 16,66 habitantes por quilômetro quadrado segundo as estimativas de 2017, divididos em 16 441 domicílios[18] sendo, portanto, uma cidade média-pequena.[13] O município é conhecido pela sua diversidade de culturas, tendo influências japonesas, portuguesas, sul-americanas (paraguaias) e indígenas. Naviraí também é centro episcopal graças à uma diocese presente no município. Com exatos 3 193,839 quilômetros quadrados de área territorial, o município de Naviraí é o 649º maior município em extensão territorial do Brasil e o 8º colocado em Mato Grosso do Sul e também um dos maiores municípios da Região Centro-Oeste.
O turismo vem sendo decisivo no desenvolvimento do mercado de trabalho local. Naviraí é um importante destino turístico nacional graças aos seus vários eventos e belezas naturais. No mercado turístico, Naviraí faz parte do chamado Cone-Sul de Mato Grosso do Sul.[19] Na infraestrutura turística nacional, a cidade ficou na categoria C (entre A e E), ou seja, no meio.[20] Entre os eventos importantes do município, os mais importantes são o Navi Folia (carnaval de rua do município), Exponavi (Exposição Agropecuária e Industrial de Naviraí, feira mais tradicional do cone-sul do estado), Fejunavi (festa junina do município) e Nippon Fest (evento baseado na cultura do Japão, com gastronomia e música típicas).
Pela rodovia BR-163, o município se conecta com os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e outros países do Mercosul.[21] Esta rodovia está em processo de duplicação em toda a extensão dentro do estado de Mato Grosso do Sul desde abril de 2014. As obras estão previstas para durarem cinco anos.[22] Há ainda acesso à cidade pelo seu terminal rodoviário e pelo seu aeroporto, que foi incluído no Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos do Governo Federal e será reformado.[23] Outro projeto que está sendo discutido na logística local é a implantação de seu porto seco, o que evitaria que caminhões acessassem a região central da cidade. Com produto interno bruto de 1,353 bilhão de reais em 2015 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é o 12º município mais rico de Mato Grosso do Sul e está também entre os 550 mais ricos do país. Com arrecadação de 31 milhões de reais em 2017,[carece de fontes] a cidade ficou com o 496º maior potencial de consumo (IPC Marketing) entre todas as cidades brasileiras em 2014, com índice de 0,0262% e no estado ficou em sétimo lugar.{{carece de fontes Há previsão de que Naviraí se torne o quinto município em importância política, populacional, econômica e estrutural de Mato Grosso do Sul.
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Historia da Cidade de Ponta Porã Mato Grosso do Sul
Historia da Cidade de Ponta Porã Mato Grosso do Sul.
Ponta Porã é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste do país. Faz divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Constitui uma área conurbada internacional com a cidade Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay, no Paraguai. O símbolo da cidade é uma cuia de chimarrão e outra de tereré, que representa duas culturas que se tornam apenas uma.
Ponta Porã está distante 1 346 km de Brasília, a capital do Brasil, e 324 km de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul,[2] e ligada por meio de rodovias federais que dão acesso aos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. A população do município é de mais de 110 mil habitantes, que ao lado de Pedro Juan Caballero somam uma população conurbada de mais de 200 mil habitantes. A cidade que foi capital do extinto Território Federal do mesmo nome (1943-1946)[9] está situada ao sudoeste do Estado e possui clima temperado com temperatura de 20°. A cidade possui uma boa rede hoteleira, tanto do lado brasileiro como do paraguaio. A economia do município está voltada para a agricultura e pecuária. A lavoura é uma das pujantes do território nacional produzindo, principalmente, soja, trigo e milho.
Etimologia.
Antes de chamar-se Ponta Porã, o município e toda a região de Pedro Juan Caballero era chamada de Punta Porá. A Serra e alguns capões de mata que existiam caracterizavam a geografia da região, que passou a ser denominado de Ponta Porã, que em guarani quer dizer Ponta Bonita.
A origem do nome Ponta Porá, provavelmente também estaria ligada às três culturas: guarani, espanhola e portuguesa. Na região de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, adotou-se a terminologia da língua "Portunhol", pois os moradores dessa região se comunicam em Português e Espanhol; há ainda o termo "Guaraportunhol", para aqueles que se comunicam em Guarany, Português e Espanhol.
História.
A origem de Ponta Porã começa com a formação de um povoado denominado inicialmente Punta Porá, que surgiu dentre os campos de erva-mate. Antes da Guerra do Paraguai, Punta Porá era apenas uma região deserta no interior do Paraguai habitada somente por algumas tribos de índios, como os Nhandevas e os Caiuás, descendentes do povo Guarani, que viviam em harmonia com a natureza, caçavam, coletavam frutos e pescavam, além do cultivo de pequenas roças. A região era também local de parada de carreteiros que faziam o transporte de erva-mate. Em 1777 uma expedição militar chegou a esta região, tendo como objetivo, explorar o solo. Em 1862 chegou o grupo do tenente militar Antônio João Ribeiro que se fixou na cabeceira do rio Dourados (onde hoje é o município de Antônio João) e fundaram ali a Colônia Militar dos Dourados. Em 1864, época da Guerra da Tríplice Aliança, a Colônia Militar dos Dourados foi destruída pelos paraguaios, onde veio a falecer o tenente Antônio João Ribeiro.
Em 1872, após o fim da Guerra do Paraguai, houve a fixação da região fronteiriça do Brasil com o Paraguai, na qual também constavam os respectivos limites com o Brasil, e que segundo Hélio Vianna, respeitava os convênios da época colonial e reivindicava ao Brasil somente as terras já ocupadas ou exploradas por portugueses e brasileiros. A partir daí a região de Ponta Porã passa a ser possessão territorial brasileira. Em 1880 chega na região o senhor Nazareth, um militar que vem com a missão de comandante e ergue seu acampamento junto à lagoa do Paraguai, onde hoje é a cidade de Pedro Juan Caballero. Em 1882 Tomás Laranjeiras já explora e industrializa a erva-mate em Ponta Porã e a exporta para a Argentina. Em 1892 chegou ali a Guarnição da Colônia Militar de Dourados para proteger a região. Nesse mesmo ano Ponta Porã começa a tomar seus primeiros impulsos de progresso econômico, com a chegada até ali de muitos migrantes gaúchos, que vieram com a finalidade de cultivar a terra e criar gados. Em 1897 surge o primeiro destacamento policial em Ponta Porã e nomeado seu comandante o senhor Nazareth.
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Historia da Cidade de Corumbá Mato Grosso do Sul
Historia da Cidade de Corumbá Mato Grosso do Sul.
Corumbá (Banco de Cascalho no idioma tupi-guarani;[10] pron. AFI: [koɾũˈba]) é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste do país. Possuía, de acordo com estimativas de 2018 do IBGE, uma população de 110 806 habitantes distribuídos por 32 259 domicílios, sendo o quarto município mais populoso de Mato Grosso do Sul. É também o 18º mais populoso do Centro-Oeste do Brasil, o 5º município fronteiriço mais populoso do Brasil (único de toda a Região Centro-Oeste a fazer fronteira com dois países) e o 285º município brasileiro em termos de população, com densidade demográfica de quase 1,80 hab/km². Com uma área de 64 721,719 km² (superior à de países como Suíça, Eslovénia e Estónia), em termos de área, Corumbá é o 11º maior município brasileiro e o maior do Mato Grosso do Sul e da Região Centro-Oeste.
É uma das mais antigas cidades conservadas deste Estado considerando a data de fundação do Forte Coimbra de 13 de setembro de 1775. A criação da cidade de Santiago de Xerez de 1593 e das instalações de povoações jesuíticas da ocupação espanhola mesmo anteriores ao forte foram destruídas por bandeirantes luso-paulistas, mas com Camapuã ainda existente atualmente construída em 1650. E as disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, fundada pelo sargento-mor Marcelino Rois Camponês, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso, o Capitão-General Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres. A cidade sempre foi muito estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias europeias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, que lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século XIX e começo do século XX, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali. Era também um importante entreposto fluvial de Cuiabá e Cáceres, ambas importantes centros fluviais da região numa época em que só se chegava a Corumbá pelo rio, o que fez com que fosse centralizado temporariamente ali o parlamento estadual (nessa época por pouco Corumbá não foi a capital do estado).
É o mais importante porto do estado de Mato Grosso do Sul e um dos mais importantes portos fluviais do Brasil e do mundo. Situada na margem direita do rio Paraguai e também na tríplice fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região. Segundo o IBGE, em 2014 Corumbá possuía um PIB de cerca de R$ 3,1 bi, representando cerca de 4% do total das riquezas produzidas no estado e cerca de 0,06% do total nacional. Com isso, o município ficou em quarto lugar no estado, logo atrás da capital, Dourados e Três Lagoas. Existe uma conurbação de Corumbá com mais 3 cidades: Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Com isso existe uma rede urbana de cerca de 150 000 pessoas, sendo atendida por dois aeroportos: Corumbá e Puerto Suárez. Com arrecadação de mais de 300 milhões de reais em 2012,[11] o município de Corumbá atingiu a condição de quarta cidade com maior potencial de consumo no Estado e 318º entre as 500 com maior potencial de consumo do País com ipc de 0,044% em 2014.[12] A cidade também é a 149ª menos violenta entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes considerando mortes por agressão (homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI), onde registrou no estudo 34 assassinatos (31,3 mortes por 100 mil habitantes) segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)[13]
Corumbá é uma cidade conhecida por sua diversidade cultural, com influências indígenas, sul-americanas (paraguaios, bolivianos), árabes, italianas e portuguesas, que se expressam na sua culinária e na sua música. É um destino turístico importante, graças aos seus vários eventos, destacando-se o Carnaval, o Festival América do Sul, o Festival Latino Americano de Arte e Cultura, entre outros. Corumbá possui vários cognomes, que descrevem características locais. Entre elas as mais conhecidas são Capital do Pantanal (pois é a principal e mais importante zona urbana do território pantaneiro e por abrigar 60% da mesma região), Cidade Branca (da cor clara de sua terra, pois está assentada sobre uma formação de calcário, que dá a cor clara as terras), Triplice-Fronteira do Centro-Oeste (única cidade da Região Centro-Oeste do Brasil nessa situação), Capital Portuária do Centro-Oeste (principal porto da mesma região) e Capital Fronteiriça do Centro-Oeste (principal cidade fronteiriça da região). O nome da cidade é abreviado geralmente para CRBÁ ou CMB.
História.
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Historia da Cidade de Três Lagoas Mato Grosso do Sul
Historia da Cidade de Três Lagoas Mato Grosso do Sul.
Três Lagoas é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Situa-se na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul e na Microrregião de Três Lagoas[25] Trata-se da terceira cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul e do 25º município mais dinâmico do Brasil.[26][27]
Fundada em 1915, sua colonização iniciou-se na década de 1880 por Luís Correia Neves Neto[28], Antônio Trajano dos Santos e Protásio Garcia Leal. Seu nome origina-se das três imensas lagoas que existem na região central. Desde sua criação, demograficamente o município de Três Lagoas tem crescido de maneira linear e progressiva. No censo de 1940, a cidade tinha 15.378 habitantes. Vinte anos depois a população atingia 31.690 habitantes e em 1991 possuía 68.162 habitantes. Já em 2000 totalizava 78.900 habitantes e no último censo havia 101.722 habitantes. De acordo com estimativas do IBGE de 2015, possui uma população de 113.619 habitantes,[7] sendo a terceira cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul além de ser o 265º maior município brasileiro e 16º maior município do Centro-Oeste do Brasil.
A cidade apresenta uma razoável distribuição de renda[9] e não possui bolsões de pobreza.[29] Trata-se de um centro regional e tem todas as amenidades necessárias em um centro urbano,[30] além de fornecer aos seus cidadãos alta qualidade de vida.[31] A cidade também é a 89ª menos violenta entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes considerando mortes por agressão (homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI), onde registrou 24 assassinatos (21,1 mortes por 100 mil habitantes) segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)[32]
Com o quarto maior PIB de MS (cerca de 3,4 bi em 2012)[10] e situada em um entroncamento das malhas viária, fluvial e ferroviária do Brasil, possui acesso privilegiado às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país e a países da América do Sul. Devido a isto, à disposição de energia, água, matéria-prima e mão de obra, a cidade no momento passa por uma fase de transição econômica e rápida industrialização. Apresenta, ainda, grande potencial turístico. Três Lagoas tem recebido bilhões de dólares em investimentos e é esperado que até 2020 se torne a segunda cidade, em termos econômicos e políticos, de Mato Grosso do Sul.[33] Também foi apontada pela Revista Exame [34][35] como um dos mais promissores polos de desenvolvimento do Brasil. A cidade também ficou com o 227º maior potencial de consumo (IPC Marketing) entre todas as cidades brasileiras em 2014, com índice de 0,062% e no estado ficou em terceiro.[22]
História.
Origens
Há séculos, antes da colonização pelo homem branco, vivia na região do leste sulmatogrossense, onde hoje se localiza a cidade de Três Lagoas, a tribo indígena dos Ofaié. Um grupo da família Macro-jê, os Ofaié descendem das civilizações indígenas do Chaco, na Bolívia. Constituíam-se de coletores, caçadores e pescadores, e eram nômades nas terras localizadas entre os hoje denominados Rio Paraná e a Serra de Maracaju, limitando-se ao norte por volta da latitude do Rio Sucuriú.[36][37]
A partir do século XVIII, a região de Três Lagoas e seus habitantes, os Ofaié, passaram a sofrer com as visitas dos bandeirantes paulistas, em excursões para reconhecimento de território. Já em 1829, uma expedição enviada por João da Silva Machado, Barão de Antonina, e chefiada por Joaquim Francisco Lopes, visando a expansão dos campos de pecuária do vale do Rio São Francisco, atravessou o Rio Paraná e fez contato com os índios, que eram amigáveis. Também faziam parte dessa entrada Januário Garcia Leal e outros sertanistas.[38]
O município de Paranaíba e a colonização do sul de Mato Grosso
Januário Garcia Leal, José Garcia Leal, João Pedro Garcia Leal, Joaquim Garcia Leal e seus outros irmãos, acompanhados por suas respectivas famílias, empregados e escravos, fugindo de perseguições políticas, permaneceram na região. Os Garcia Leal e seus agregados criaram, assim, o arraial de Sete Fogos, hoje Paranaíba, ao norte da área de Três Lagoas. Esses e outros pecuaristas se estabelecem aos arredores do rio Paranaíba.[39]
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Historia da Cidade de Dourados Mato Grosso do Sul
Historia da Cidade de Dourados Mato Grosso do Sul.
Dourados é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. O município está situado no centro-sul de Mato Grosso do Sul entre a Serra de Maracaju e a bacia do Rio Paraná sendo também parte integrante da na Região Geográfica Intermediária de Dourados e Região Geográfica Imediata de mesmo nome.[12]
Assim como no resto do estado, sua bebida característica é o tereré, que é de fácil preparo e tomado principalmente nos encontros informais entre familiares e amigos. Fundada em 1935, Dourados teve desenvolvimento lento até a segunda metade do século XX, por causa das deficiências de meios de transporte e vias de comunicação com outras cidades e estados. Nos anos 1940, a cidade já contava com 14.985 habitantes. A partir dos anos 1950, com a abertura de rodovias, acelerou-se seu desenvolvimento[carece de fontes] e Dourados tornou-se importante centro agropecuário e de serviços a partir de então. Nos anos 1960 o município já possuía 84 955 habitantes (466,9% habitantes a mais que em 1940). Já nos anos 1980 sua população somava 106 483 habitantes, ou 25,3% de saldo em duas décadas. Nos anos 1990, além do crescimento da agropecuária, o desenvolvimento comercial e de serviços na zona urbana foi decisivo para que Dourados se consolidasse como centro de serviços e agropecuário. Nos anos 2000 já eram 164 700 habitantes (54,7% de crescimento em vinte anos). Nos dez anos seguintes houve um acréscimo de 19% em sua população, que somou quase 200 mil habitantes.[13] Em mais de 70 anos de existência, a cidade de Dourados teve crescimento demográfico total de 1 208,4% entre 1940 e 2010. Atualmente a cidade é um importante polo regional, de serviços e agropecuário[carece de fontes] para uma região com cerca de 1 milhão de habitantes, incluindo parte do Paraguai, o que lhe confere o merecido título de Portal do Mercosul.
De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, possui uma população de 227 990 habitantes (e 55 habitantes por km²), sendo a cidade mais populosa do Interior de Mato Grosso do Sul, além de ser o 137º maior município brasileiro e o 9º maior município do Centro-Oeste do Brasil.[14] Seu aeroporto é uma das principais portas de acesso para turistas que desejam visitar a cidade juntamente com seu terminal rodoviário. E também por ambos é possível visitar a partir de Dourados as regiões de Bonito e o Pantanal.[carece de fontes] Com cerca de R$ 7,3 bi de PIB em 2015, Dourados tem o terceiro maior PIB entre os municípios de MS, representando cerca de 9% do total das riquezas produzidas no estado, e entre os 140 maiores PIB entre os municípios do Brasil. Já o PIB per capita é de R$ 34,2 mil no mesmo ano.[11] A cidade também ficou com o 114º maior potencial de consumo (IPC Marketing) entre todas as cidades brasileiras em 2014, com índice de 0,128 %. No estado ficou em segundo lugar.[15] A cidade também é a 129ª menos violenta entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes considerando mortes por agressão (homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI), onde registrou 60 assassinatos (28,2 mortes por 100 mil habitantes) segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).[16]
O município é destaque na educação sendo considerada um pólo educacional e universitário de Mato Grosso do Sul, tendo como principais instituições à Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e a Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN)[17] o município oferece uma boa variedade de opções para os ensino médio, técnico e superior. O município conta ainda com a presença de instituições que promovem educação não formal sendo pioneira na fundação do movimento escoteiro no Estado tendo como principal instituição o Grupo Escoteiro São Jorge que vem promovendo ações sociais e educativas no município.
História.
Em 1870, com o término da Guerra do Paraguai, iniciou-se um povoamento mais efetivo nessa região, que foi percorrida também pelos espanhóis e bandeirantes em busca de riquezas naturais. Em 1884, formou-se o povoado de São João Batista de Dourados, próximo ao Rio Dourados.
Em 1909, cerca de 50 pioneiros (destacava-se nesse grupo Marcelino Pires, Januário Pereira de Araújo e Joaquim Teixeira Alves) que iniciam um trabalho apoiado na criação de um patrimônio. Pela da Lei nº 658, de 15 de junho de 1914, Dourados é elevado a distrito do município de Ponta Porã, e sua abrangência incluía os dois distritos policiais existentes na época (que foram criados em 1910). Foi aí que surgiu o Distrito de Paz. Nessa época algumas pessoas já haviam fixado residência com suas famílias na região.
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historia da cidade de Peixoto de Azevedo Mato Grosso
historia da cidade de Peixoto de Azevedo Mato Grosso.
História.
A história de Peixoto de Azevedo iniciou-se com a célebre corrida em busca do ouro na década de 70,
O nome do município denominou-se do referido Rio que banha seu território, que por sua vez, recebeu o nome em homenagem ao tenente de milícias Antônio Peixoto de Azevedo, que no ano de 1819, comandou uma expedição que deu nome ao rios Arinos, Teles Pires e Rio Sangue. Ao que se sabe, Antônio buscava alternativas de transportes praticados na época, em direção a capital paraense, denominada de "Navegação Paranista."
São poucos os dados que se encontram nos registros históricos, daí a grande dificuldade de historiadores contemporâneos em relatar maiores detalhes dessa expedição.
Porém, sabe-se que a referida epopeia destes desbravadores não obteve resultados esperados, nem se quer satisfatórios, isso fez com que a expedição retornasse ao seu destino de origem.
Devido à isto, a região permaneceu bruta e intocada até chegar a década de 70, com o projeto do Governo Brasileiro de construir grandes estradas na Amazônia. Nesta época, foram expulsos desta região os índios Panarás, denominados Índios Gigantes outrora chamados Krên-aka-rorê, que viviam na área principalmente às margens do Rio Peixoto. Os mesmos foram então conduzidos pelos Irmãos Villas-Bôas ate o Parque Indígena do Xingu. A partir daí, foi aberta a rodovia Cuiabá-Santarém, hoje a então famosa BR 163 pelo 9º BEC - Batalhão de Engenharia e Construção. Em consequência, tudo isto inibiu a atividade garimpeira e a construção de barracas ao longo da rodovia.
No ano de 1979, grandes quantias de ouro são descobertos no local e a notícia se espalha tão rapidamente que chegam ao território, milhares de pessoas de diversas regiões, principalmente do Norte e Nordeste, em busca do rápido enriquecimento, do lendário "bamburro", provocando uma conhecida e inevitável "corrida do ouro". Também muitos colonos recém-chegados dos Estados do Sul, trazidos pelas colonizações públicas ou privadas, para os projetos de assentamentos agrícolas, tornaram-se garimpeiros.
Chegava-se a extrair dos garimpos Peixotenses, por anos a fio, a impressionante quantidade de mais de 1.000 quilos de ouro por mês. O impressionante é que Peixoto de Azevedo, foi responsável na década de 80, e início de 90, por cerca de 10% de toda a produção nacional de ouro.
Ipê amarelo localizado às margens da BR 163. Foto por: James Dean A. Bráz
Então foi nascendo um povoado local onde hoje é a Rua do Comércio, se expandindo e se tornando um grande aglomerado urbano. Na época a região passou a ter um alto índice populacional, chegando a ter cerca de mais de 90.000 habitantes. Tão grande era a desorganização social, que a Cooperativa Mista de Canarana foi chamada para ajudar na regularização fundiária junto ao INCRA. O arquiteto Pedro Kist elaborou a planta da futura cidade. Então foi planejado e executado um trabalho neste intuito, por um grupo de pessoas representantes da sociedade de Peixoto.
Primeiro foi criada uma comissão pró emancipação tendo à frente a Sra. Romilda Araújo e os Sres. João Amaro, Joaquim Fernandes dos Santos Filho, Djalma Viana, Atílio Neves e José S. de Oliveira dentre outros. Juntos conseguiram com muito sacrifício e esforços, elevar o povoado à condição de distrito, vinculado ao município de Colíder, na data de 16 de Dezembro de 1981 através da Lei nº 4389, sancionada pelo então governador Frederico Soares Campos.
No entanto, a instalação oficial do Distrito somente aconteceu, na data de 15 de Fevereiro de 1982 junto com uma grande solenidade festiva, marcado com a presença de ilustres autoridades políticas e judiciárias de Mato Grosso. Com isso, o distrito teve um crescimento fantástico fazendo com que todos lutassem por uma criação imediata de um município. Todos contaram com o apoio do deputado Roberto Cruz, que não mediu esforços e elaborou um projeto de emancipação de Peixoto de Azevedo. Depois de muito trabalho, conseguira a aprovação da Assembleia Legislativa de MT e enviada para o Executivo Estadual.
Sua emancipação político e administrativo ocorreu no dia 13 de Maio de 1986 através da Lei nº 4.999, promulgado pelo então governador do Estado da época Júlio José de Campos. A implantação do Município ocorreu no dia 1 de Janeiro de 1987, tomando posse o primeiro prefeito Leonísio Lemos Melo Júnior, junto com a primeira Câmara de Vereadores eleitos.
Nos anos 90, o confisco monetário do Governo Collor, trouxe muitos prejuízos atrapalhando simultaneamente o desenvolvimento do município. Após isto, o município aos poucos ganhava recursos. No começo do século XXI desde então, o município passou por diversas crises político e administrativo desacelerando ainda mais o seu desenvolvimento, diferenciando-o das demais cidades circunvizinhas. Diante disso, a população sempre continuou a investir.
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historia da cidade de Juara Mato Grosso
historia da cidade de Juara Mato Grosso.
Juara é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Situado a 730 km da capital Cuiabá, figura como o município polo da região do Vale do Arinos e um dos principais da região noroeste do estado. As rodovias de acesso a cidade são a MT 338 que liga Juara a Cuiabá pela BR 163 e a MT 220 que faz a ligação de Juara a Sinop. Sua extensão territorial é de 21.430 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 34 815 habitantes.
História.
O território do município de Juara foi movimentado por ocasião da navegação Paranista ou Carreira do Pará, que iniciou-se no começo do século XX. Quando os primeiros homens brancos chegaram ao território do atual município de Juara, povos indígenas Kayabí dominavam toda a região, que era muito disputada por povos de outras nações indígenas. O principal motivo dos desajustes entre o gentio era a excelência do clima e qualidade do solo. Porém um dos maiores atrativos era a riqueza em taquara e pedra sílex, matéria prima para fabricação de flechas, lanças e machados. Que serviam tanto para afazeres domésticos, agricultura, caça e quanto para fins bélicos. Ao longo dos séculos a região foi movimentada por diversas incursões de brancos às terras dos Kayabís . Notável foi o período da terceira Borracha, a partir da década de quarenta, que devassou seringais às margens do rio Arinos. Os indícios dos tempos modernos de Juara tiveram como referência a cidade de Porto dos Gaúchos. A 23 de setembro, a firma Sociedade Imobiliária da Bacia Amazônica – SIBAL, adquiriu uma área de 35 900 hectares de terras, cuidadosamente selecionada com fins colonizatórios. A responsabilidade da administração para a construção da infraestrutura ficou a cargo de José Pedro Dias (Zé Paraná), nome que se confunde com a própria história de Juara. No dia 8 de outubro de 1971, Zé Paraná e mais um grupo de pessoas, partiu das margens do Ribeirão Caracol, chegando ao córrego Água Boa, ponto inicial da colonização. O primeiro nome dado à localidade foi Gleba Taquaral, mais tarde passou à Juara. Há certa controvérsia em relação ao topônimo Juara. Uma das versões é de que sua origem vem da língua tupi, significando “Moça Bonita”, sendo a mais bem aceita. A outra versão é atribuída ao antigo diretor da Sibal, que teria juntado as palavras Juruena e Arinos, numa referência geográfica e formado a palavra “Juarinos”, mais tarde simplificado para Juara. Existe ainda o significado de Juara no idioma Indonésio, que significa Campeão.
Em maio de 1971, começaram a chegar as primeiras famílias a Taquaral. A 8 de julho de 1973, foi colocado o primeiro marco da sede, nessa época já tinham chegado à região cerca de 38 famílias, plantando arroz, milho e feijão. A primeira produção da região foi guardada em barracão de madeira de 300 metros quadrados. Como os plantadores não tinham condução para levar para fora, a empresa colonizadora acabou comprando toda a safra colhida. Era uma maneira de minimizar os problemas enfrentados com o escoamento do produto colhido na lavoura. Nesse tempo, em período de chuvas, as viagens eram feitas pelo rio Arinos, sendo que os produtos comestíveis e farmacêuticos vinham de Cuiabá.
O antigo traçado desviava do atual município de Tapuar e passava pela célebre “Baiana”, na estrada da mata. Era via, conhecida por estrada da Baiana, encurtaria, mais tarde, a distância entre Juara e Cuiabá. A Baiana, uma mulher que habitava a região e que deu nome a esta estrada, certo dia foi atacada pelos índios do povo Kayabí, pois estes estavam desesperados com a invasão de suas terras. Mas a baiana superou a crise e os índios fizeram as pazes. A primeira serraria da região foi montada pela colonizadora SIBAL e depois comprada por Albino Gugelmin, que em 1973 serrava madeira para a construção das primeiras casas. Em maio de 1973, montou-se o primeiro armazém atacadista da região. Em 1973, foi celebrado a primeira missa em Taquaral, no meio da selva, onde a luz provinha de velas acesas em cima de árvores. Em setembro do mesmo ano, foi construída a primeira capela, tendo São José por orago. A primeira pista de pouso de avião passou a ser, mais tarde, uma das avenidas da cidade de Juara. O aeroporto, com maior capacidade de pouso e decolagem foi construída posteriormente. Ainda no ano de 1973, foram plantadas 2.500 covas de café na comunidade Pé de Galinha. O sucesso da Gleba Taquaral e redondezas, atraiu muita gente, mormente agricultores e suas famílias. Em l974 vendiam-se 102 lotes na zona rural do rio dos Peixes. Ocorria então um crescimento explosivo. O fluxo migratório foi intenso, passando então Taquaral a chamar-se Juara.
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historia da cidade de Juína Mato Grosso
historia da cidade de Juína Mato Grosso.
História.
A região foi primeiramente habitada por povos das nações cinta-larga, rikbatsa e ena-wenê-nawê. O território do município de Juína abriga duas enormes áreas indígenas e a população indígena é de 1 008 pessoas[6] e ainda a Estação Ecológica Iquê-Juruena.
O início da povoação aconteceu através da construção da rodovia AR-1, que liga a cidade de Vilhena, no estado de Rondônia, à cidade de Aripuanã, que na década de 1970 era de dificílimo acesso, sendo conhecida por “Terra Esquecida”. Coube à CODEMAT – Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso - a iniciativa do Projeto Juína, pensado inicialmente por um grupo de diretores e funcionários, juntamente com diretores da SUDECO – Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Consta ainda que o engenheiro Gabriel Müller, um entusiasta de Juína, foi um dos autores intelectuais do projeto, através de lei aprovada pelo Congresso Nacional por indicação e influência do então senador Filinto Müller, dando poderes ao estado de Mato Grosso para a licitação da imensa área destinada ao futuro município de Juína. A seguir, dois milhões de hectares foram vendidos, principalmente para ruralistas do sul do país.
À prefeitura do município de Aripuanã, para fins agrícolas, foram cedidos 117 000 ha. às margens do rio Juruena, tendo como referência a antiga vila de Fontanilhas e mais 65 000 ha, às margens do rio Aripuanã. A colonização de Juína começou a partir de 1978, quando inúmeras famílias, especialmente do centro-sul do país, migraram para esta região. Em l976, os trabalhos de construção da AR-l estavam a todo vapor, salvo os problemas naturais de períodos de chuvas.
Em 23 de janeiro deste mesmo ano, ocorreu uma reunião no distrito de Fontanilhas, às margens do Juruena, tendo como palco o hotel Fontanilhas, que foi construído a mando do governador José Fragelli. Desta reunião participaram diretores da Sudeco e Codemat. Deste encontro surgiu a ideia de se formalizar o Projeto Juína, que previa a implantação de uma cidade no meio da selva amazônica. Identificadas às terras de maior fertilidade, definiu-se a área do projeto com aproximadamente 411 000 ha, na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim, do quilômetros 180 ao 280 da rodovia AR-1. O projeto elaborado em 1977 teve sua aprovação pelo INCRA através da portaria nº 904, de 19 de setembro de 1978.
O engenheiro Hilton Campos, detentor de grandes méritos da criação e colonização de Juína, não mediu esforços para levar os primeiros sinais de progresso à “Rainha da Floresta”, termo pelo qual é conhecida a cidade. O projeto original previa a divisão da cidade em módulos. Cada módulo tinha 35 hectares, incluindo ruas e projetos urbanístico. Os lotes mediam 12 m x 40 m. e depois passaram a 15 m x 40 m. O projeto que resultou no surgimento de Juína foi considerado o maior êxito de colonização da Codemat. Em virtude do crescimento acelerado e acentuado, em 10 de junho de 1979, foi criado o distrito de Juína, com território jurisdicionado ao município de Aripuanã.
Juína passou a município em 9 de maio de 1982, com área de 30.319,6 quilômetros quadrados, desmembrado do município de Aripuanã. A instalação foi no dia 31 de janeiro, sendo primeiro prefeito eleito o professor Orlando Pereira. O setor agropecuário sofreu um duro golpe, pois a falta de operacionalidade da Cooperjuína – Cooperativa Agropecuária Mista de Juína, que foi fundada em 1980 e no ano de 1988, contava com 2 335 associados, permitiu esta situação. Em 1988, foi criada a Delegacia Regional de Educação de Juína. A partir de 1976, foram descobertas ricas jazidas diamantíferas na região, através de pesquisas identificadas pela SOPEMI – Sociedade de Pesquisas Minerais e pelo Projeto RADAMBRASIL. O garimpo de diamantes acabou fazendo história em Juína.
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Historia da Cidade de Campo Novo do Parecis Mato Grosso
Historia da Cidade de Campo Novo do Parecis Mato Grosso.
Campo Novo do Parecis é um município do estado de Mato Grosso, na Região Centro-Oeste do Brasil. Localiza-se a uma latitude 13º40'31" sul e a uma longitude 57º53'31" oeste, estando a uma altitude de 572 metros. Sua população estimada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é de 34.558 habitantes. Maior produtor nacional de girassol e pipoca, possui cerca de 42% do território destinado às safras de grãos.[7] Possui uma área de 9 448,384 quilômetros quadrados.
História
A história do município de Campo Novo do Parecis, a princípio, se confunde com a história dos índios Paresi, seus primeiros habitantes conhecidos. As primeiras referências a este povo são do último quartel do século XVII, quando o bandeirante Antônio Pires de Campos, adentrando a região através do rio Sepotuba, atingiu um extenso chapadão, o qual denominou "Reino dos Parecis".
Durante o período de exploração das minas de Cuiabá e Diamantino (século XVIII), as aldeias Paresi constituíram-se em pontos de provisão de mão de obra escrava, uma vez que eram considerados pacíficos e de "fácil trato".
Durante o ciclo da borracha no estado de Mato Grosso (início do século XX), uma das regiões mais ricas em seringais eram os "sertões dos Parecis". Os índios continuaram a ser explorados por seringueiros, que os aproveitaram como guias e, mais tarde, como mão de obra.
Em 1907, o então coronel Cândido Mariano da Silva Rondon passou pela região durante os trabalhos de instalação de linhas telegráficas a oeste de Cuiabá e, em busca do rio Juruena, atingiu o Rio Verde e seguiu para o norte em busca do Salto Utiariti. Rondon, vendo que os índios Paresi estavam sendo explorados na extração da seringa, convenceu-os a se instalarem próximo da linha telegráfica, treinou alguns deles na manutenção da rede e iniciou a construção de uma escola.
Em 1943, era criado, através da Lei Nº 545, de 26 de outubro, o distrito de Utiariti, pertencente ao município de Diamantino. A partir de 1946, Utiariti tornou-se um centro educacional dos grupos indígenas, sob a égide da Missão Anchieta. Na missão, os povos indígenas eram proibidos de falar sua língua e os casamentos entre as diferentes populações eram incentivados, como forma de forçar o abandono das línguas e culturas indígenas e a adoção da língua portuguesa e da cultura não índia.
Uma nova estrada, seguindo o itinerário da antiga linha telegráfica de Rondon, foi construída na década de 1960 e pavimentada na década de 1980, incentivando o desenvolvimento econômico da região.
Durante a década de 1970, houve a abertura de fazendas e a instalação de famílias de migrantes vindos, principalmente, dos estados da Região Sul e Nordeste. Diversas famílias assentaram-se à beira da estrada entre Diamantino e Utiariti. Com o fim da missão indígena, o local prosperou e tornou-se sede do distrito. A Lei Nº 5 315, de 4 de julho de 1988, de autoria do deputado estadual Jaime Muraro, criou o município de Campo Novo do Parecis, desmembrado do município de Diamantino.
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Historia da Cidade de Pontes e Lacerda Mato Grosso
Historia da Cidade de Pontes e Lacerda Mato Grosso.
História.
A região onde hoje situa-se o município de Pontes e Lacerda era inicialmente habitada por índios, da etnia Nambikwara.[5] Foram praticamente dizimados pelas sucessivas incursões dos bandeirantes paulistas na região (século XVIII) e pelo ciclo do garimpo (séculos XVIII-XIX), que acompanhou a exploração aurífera de Vila Bela da Santíssima Trindade. Já no século XX, sofreram com a exploração da madeira, dos seringueiros e a disputa de terras com fazendeiros e grileiros estabelecidos na região em meados da década de 70. Receberam guarida do padre jesuíta Antônio Iasi Júnior, que lutou pela criação da Terra Indígena Sararé, uma área de 67.420 hectares onde vivem atualmente cerca de 71 índios.[6]
A origem do nome remete ao ano de 1786, quando dois cartógrafos e astrônomos formados pela Universidade de Coimbra, Portugal, desenharam os primeiros esboços da carta geográfica dos rios das bacias Amazônica e do Prata, passam pela localidade. Eram eles Antonio Pires da Silva Pontes, um mineiro, e Francisco José de Lacerda e Almeida, um paulista.[7]
Em 1906, foi construído o Posto Telegráfico de Pontes e Lacerda (hoje restaurado[8]), na ocasião do levantamento etnológico, cartográfico geográfico e biológico iniciado no ano seguinte pela Comissão de Linhas Telegráficas e Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas. Liderada pelo Marechal Cândido Rondon, a Comissão Rondon, como era conhecida, esquadrinhou milhares de quilômetros de terras, rios e coordenadas geográficas até o Amazonas, e logo depois até o Acre.[9] Os trabalhos foram concluídos em 1915.
Em 19 de julho de 1909 o então governador do Estado Sr. Pedro Celestino Correa da Costa através do Decreto 227, reserva uma área de 3.600 has., para futura povoação na margem esquerda do Rio Guaporé, tendo como referência a Estação Telegráfica. Somente em 1947 é que chega para a localidade o Sr. Mariano Pires de Campos, sertanista mato-grossense acompanhado de alguns índios da etnia Pareci, a procura de Poaia (Cephaelis Ipecacuanha)e permanece em um barraco por ele construído ao lado da "Estação Telegráfica".
Em 1954 a serviço da Companhia Sul do Brasil que vendia terras no vale do Guaporé/Jauru chega à localidade o engenheiro Ariel acompanhado do picadeiro Jorge Lemes que após concluídos os trabalhos, permanece residindo próximo a Estação Telegráfica.
Em 1961 para a construção da estrada de rodagem rodovia BR 174, chega na localidade uma equipe do DNER com as respectivas máquinas e veículos, e acampa nas proximidades da Estação Telegráfica para a necessária comunicação com Cáceres e Cuiabá. Ao término da construção, o chefe de máquinas Dorvalino Moreno Gomes e o cozinheiro Manoel Basão, permanecem morando na localidade, dando início a um pequeno povoado que começava receber migrantes de outras partes do Estado e outras localidades do Brasil.
Em 1963 chegam as famílias Freitas Azambuja e Fagundes da Costa e em 1965 as famílias Barbosa e Lemos, para "abertura das matas" e formação de fazendas para criação de bovinos e cultivo de lavouras para sustento das famílias e suas propriedades. Em 1967 a Família Podolan oriunda de Campo Mourão no Estado do Paraná instala uma serraria de grande porte e constrói cerca de 50 casas para os funcionários da empresa, além das construções para abrigo dos departamentos administrativos, máquinas, caminhões e demais equipamentos, fazendo surgir um novo núcleo populacional ha cerca de 02 km da estação telegráfica. Nesse período também chegam as famílias de Timóteo Rodriguez vinda de Cáceres-MT, Bronski Afonso, vinda de Campo Mourão-PR, Moreira Gomes, Dias de Souza, Libório vindas do leste de Minas Gerais.
Nos anos seguintes, continua a migração de pessoas de outras regiões do Estado e do Brasil, para a localidade de Pontes e Lacerda, ocupando-se das diversas atividades regionais; Extração da madeira, formação de fazendas, serrarias, pequenos estabelecimentos comerciais, mão-de-obra qualificada de serviços gerais etc. Em 1971 a extinta CODEMAT - Companhia Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, instala escritório no povoado para regularização fundiária do que seria a parte urbana e rural, no entorno desta, tendo como responsável pelo estabelecimento o Sr. Moacir Ferreira da Silva.
Entre 1968 e 1978 chegam as famílias Francisco do Nascimento, Venâncio da Silva, Bento Neto, Reverdito, Mazui, Rodriguez, Queiróz da Silva, Rodrigues de Souza, Maldonado Roman, Gaspar, Ramos da Silva, Meira, Moura da Silva, Moralles, Alencar, Reis de Lima, Andrade, Rodrigues de Freitas, Garbim, Bezerra de Souza, Rangel Rolim, Souza Leandro, Batista, Euclides Chaves, Nogueira de Abreu, Rosa de Queiróz, Mazetti, Justino do Nascimento, Fernandes de Lima, Andrelino de Souza, Soares Dias, Antunes de Moraes, Carneiro, Tejada, Gajardoni e muitas outras, aumentando significativamente a população local.
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Historia da Cidade de Nova Mutum Mato Grosso
Historia da Cidade de Nova Mutum Mato Grosso.
Nova Mutum é um município brasileiro no interior do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. Pertence a microrregião de Alto Teles Pires e mesorregião do Norte Mato-grossense, distante 242 km a norte de Cuiabá, capital estadual. Sua população foi estimada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 58 832 habitantes.[3]
O município possui o MT: 3º melhor (IDH) do estado, tendo a 8° maior economia com PIB de R$ 2.927.799,00 mil MT: 9º BR: 291º. Grande parte da sua economia é voltada para a agricultura, o município é o segundo maior produtor de grãos do estado e um dos maiores do Brasil, com uma área de 410 mil hectares de soja plantada é 3º maior exportador do Mato Grosso e 41ª Brasil. A Revista IstoÉ e a Austin Rating apontaram que Nova Mutum é a 8ª cidade do Brasil no ranking indicador econômico, quesito “comercio exterior”, e 28º colocado no indicador social, quesito “saúde” entre os melhores municípios do Brasil para se viver com população até 50 mil habitantes.
História.
Antes de ser colonizada a região era conhecida como "Irmandade" e pertencia a Jorge Rachid Jaudy. Em 1966 um grupo de empresários paulistas capitaneados por José Aparecido Ribeiro, adquiriu uma extensa área de terras, de aproximadamente 169 mil hectares no município de Diamantino, constituindo a Mutum Agropecuária S/A. Conseguiram a aprovação junto a SUDAM do projeto de pecuária em área de 120 mil hectares. O projeto foi implantado definitivamente em 1981.
Como a área era muito grande houve a idéia de gerar oportunidades para novos pioneiros, sendo desenvolvidos experimentos com arroz, milho e soja em 1974. Nova Mutum desbancou pela primeira vez o estado do Paraná em produtividade de soja, ganhou o título de Capital do Soja, ate ser desbancada por Sorriso.
A empresa destacou então 100 mil hectares para a colonização, era o início da febre da conquista do Centro-Oeste e da última fronteira agrícola do país, a colonizadora construiu logo no início 10 casas e a matriz da colonizadora numa vila aberta provisoriamente por trator de esteira. Em seguida uma escola e um centro comunitário, posto de saúde, um alojamento para abrigar os compradores de terra e uma hidroelétrica para a energia inicial. Foi construído uma infraestrutura básica para que o essencial pudesse funcionar. Para o centro urbano foram reservados 551 hectares. Quem adquirisse um lote rural, recebia de bonificação dois terrenos urbanos. Como a infra estrutura de construção não funcionava por si só, foram contratadas assim as pessoas para administrar essa infra estrutura básica.
Assim veio o primeiro médico, Dr. Kazan e a primeira enfermeira, Doroti Chagas. Primitivo Cury colocou o primeiro mercado, posteriormente vendido ao Sr. Francisco Saito, no mesmo local do atual Supermercado Saito. A primeira rodoviária funcionava no centro comunitário alugado por Reinaldo Baldissera e a primeira Mercearia ficou por conta de Roberto Faccio.
Nem todos os compradores de lotes os ocupavam imediatamente. Ia chegando de acordo com suas possibilidades e acerto na venda de suas posses no sul do país. Todos os primeiros moradores da região vieram do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tendo sido praticamente todos pequenos minifundiários no oeste dos dois Estados.
Até o início dos anos 2000, a cidade era predominantemente sulista, mas com a divulgação do prodígio dos monocultores pessoas de várias regiões do país migraram para a cidade, principalmente depois da chegada de empresas multinacionais.
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Historia da Cidade de Lucas do Rio Verde Mato Grosso
Historia da Cidade de Lucas do Rio Verde Mato Grosso.
Lucas do Rio Verde é um município brasileiro no interior do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. Pertence a microrregião de Alto Teles Pires e mesorregião do Norte Mato-grossense, distante 334 km a norte de Cuiabá, capital estadual. Localiza-se a uma latitude 13° 01' 59" sul e a uma longitude 55° 56' 38'' oeste, estando a uma altitude de 398 metros. Sua população foi estimada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 67.620 habitantes,[2] sendo assim o oitavo município mais populoso do estado de Mato Grosso e o 34º mais populoso da região Centro-Oeste do país. Destacou-se ficando em segundo lugar entre as 50 cidades pequenas mais desenvolvidas do país, apontado pela Revista Exame no ano de 2016,[7] a mesma revista indica que o município se encaixa na quinta colocação entre as melhores cidades do Brasil para se fazer negócios, feita pela consultoria Urban Systems que pontuou o município em 14,01 pontos, em uma escala que ia até 30.[8]
Fruto da política de integração nacional do governo militar, a obra de abertura da rodovia BR-163 feita pelo 9º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), na segunda metade da década de 70, mobilizaram os primeiros colonizadores para esta região,[9] mas somente após os anos de 1981, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) começou a implantação do projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terra oriundas de Encruzilhada Natalino, interior do município de Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, que se formou a comunidade que deu origem ao município.[10]
A sede municipal tem uma temperatura média anual de 27,7 °C e a vegetação varia entre Cerrado e Floresta Amazônica, localizando-se, neste modo, numa área de transição. Com 93,19% da população vivendo na zona urbana, o município contava com 28 estabelecimentos de saúde em 2009,[11] e o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,768, considerando-se como alto, acima da média estadual, e ocupando a segunda colocação no ranking estadual.[12]
História
A colonização foi incentivada pelo regime militar que pretendia ocupar os "vazios demográficos do país". A cidade se originou através de um Projeto de Assentamento do INCRA. Vários colonos do sul do país foram assentados em lotes de 200 ha. Na segunda metade da década de 70.
Lucas do Rio Verde é uma cidade que se desenvolveu muito rápido, pois até o final dos anos 90 não era servida a rede de energia elétrica, possuía apenas motores geradores a óleo para o abastecimento da cidade.
Até o início dos anos 2000, a cidade era predominantemente sulista, mas com a divulgação do prodígio dos monocultores, pessoas de várias regiões do país migraram para a cidade, principalmente depois da chegada de empresas multinacionais.
O dia 5 de agosto de 1982 passou a ser comemorado a data de fundação da agrovila, ainda então pertencente ao município de Diamantino. Em 17 de março de 1986, o núcleo urbano foi elevado à condição de Distrito e no dia 4 de julho de 1988, quando a sua emancipação política-administrativa, já contava com 5.500 habitantes.
Pressionados pelas inúmeras dificuldade daquele período, muitos moradores desistiram de seus senhos e outros perderam terreno para a agricultura extensiva que começava a ocupar a vastidão do cerrado.
Três décadas depois da instalação, com acompanhamento do 9º BEC, às margens do Rio Verde, esta moderna e dinâmica cidade cujo nome rende uma homenagem a Francisco Lucas, antigo seringalista e desbravador da região, em nada lembra aquele vilarejo onde tudo era difícil e precário.
Origem do nome
Luquinha - Símbolo da produção de milho, soja e também da criação de suínos.
A denominação é relacionada ao rio Verde, curso d’água que corta o território municipal, assim chamado pela cor esverdeada devido a sua profundeza, apresenta em homenagem a Francisco Lucas de Barros, um dos pioneiros e um dos únicos desbravadores do médio norte mato-grossense e norte mato-grossense.
Francisco Lucas de Barros era um seringalista, que desbravava as regiões pouco habitadas do centro-oeste brasileiro, tendo a sua origem desconhecida.
Este homem, afeito à rudeza da selva, via na extração do látex sua motivação de vida. Profundo conhecedor da região, teve seu nome perpetuado pela história ao emprestá-lo ao município de Lucas do Rio Verde, que hoje é umas das principais cidades de Mato Grosso e uma das únicas que levam em seu nome a de seu pioneiro.
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