Crise na China pode QUEBRAR o Brasil? Entenda os impactos negativos para nosso país
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Olimpio Araujo Junior
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A crise imobiliária na China e seus impactos no Brasil
A China é o maior parceiro comercial do Brasil e, nas últimas décadas, foi o motor do crescimento global. Com o retorno de Lula à Presidência, o Brasil voltou a ampliar seu relacionamento com o Grande Dragão Vermelho e, ao contrário do que fez no passado, começou a se afastar das grandes economias do ocidente.
O grande problema é que isso está acontecendo justamente no momento em que a China está entrando em uma das piores crises econômicas da história, e isso pode gerar impactos extremamente negativos para a economia Brasileira.
A economia brasileira
Nossa economia interna hoje é muito fraca e dependemos praticamente das exportações de commodities, produtos agrícolas e minerais. Dos 15 principais produtos de exportação do Brasil, 14 são commodities. A exceção são veículos, porém, como sabemos nossa indústria automobilística também está entrando em uma grande crise de demanda.
Para se ter uma ideia, a economia brasileira cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em comparação com os três meses anteriores. Dados mostram que a agropecuária foi o “motor” do crescimento brasileiro, com expansão de 21,6% nos três primeiros meses do ano. O setor de serviços registrou alta de apenas 0,6%. Já a indústria teve uma leve queda de 0,1% na atividade.
A crise na China
A crise na China é multifatorial e tem sido agravada por uma série de fatores, incluindo a desaceleração do crescimento econômico, a crise imobiliária e a guerra na Ucrânia.
A desaceleração do crescimento econômico chinês começou em 2022, após um período de forte crescimento nos anos anteriores. A economia chinesa cresceu 8,1% em 2021, mas o ritmo de crescimento desacelerou para 4,8% em 2022.
A crise imobiliária na China é um dos principais fatores que contribuem para a desaceleração do crescimento econômico. A crise começou em 2021, com o calote da Evergrande, uma das maiores construtoras do país. Desde então, mais de 50 empresas imobiliárias chinesas não pagaram suas dívidas, o que levou a uma queda nos preços dos imóveis e a uma crise de confiança no setor.
A guerra na Ucrânia também está afetando a economia chinesa, pois está levando a uma desaceleração do comércio global e a um aumento dos preços das commodities.
Impactos da crise na China no Brasil
A crise na China tem impactos significativos para o Brasil, pois pode afetar diretamente as exportações brasileiras para o país asiático. Além disso, a crise gera incertezas sobre a economia global, em especial de outros grandes parceiros, como por exemplo os membros do BRICS, o que também pode afetar o crescimento do nosso país.
Os impactos da crise imobiliária na China para o Brasil podem ser resumidos nos seguintes pontos:
Queda nas exportações brasileiras para a China: A China é o maior destino das exportações brasileiras. A crise imobiliária afeta diretamente as exportações brasileiras de produtos básicos, como minério de ferro, soja e carne bovina.
Desaceleração do crescimento econômico: A crise na China afeta o crescimento da economia global, o que pode afetar o crescimento do Brasil.
Aumento da inflação: A crise na China pode levar a um aumento da inflação no Brasil, devido à alta dos preços das commodities.
Como o Brasil pode se proteger dos impactos da crise na China?
Para se proteger dos impactos da crise na China, o Brasil precisa adotar uma série de medidas, incluindo:
Diversificar as exportações: O Brasil precisa diversificar suas exportações, para reduzir sua dependência da China. Isso pode ser feito investindo em novos setores, como a indústria de serviços e a tecnologia.
Reduzir a vulnerabilidade à inflação: O Brasil precisa tomar medidas para reduzir a vulnerabilidade à inflação, como controlar a taxa de juros e evitar a alta dos preços dos combustíveis.
Aumentar a competitividade da economia: O Brasil precisa aumentar a competitividade da sua economia, para se tornar mais atraente para investimentos estrangeiros.
Conclusão
A crise na China é um desafio para a economia global e para o Brasil. O país precisa adotar medidas para se proteger dos impactos da crise, para evitar uma desaceleração do crescimento econômico.
Algumas considerações adicionais
Além das medidas propostas no texto, o Brasil também pode se beneficiar de um maior alinhamento com as políticas econômicas dos Estados Unidos e da Europa. Essa aproximação pode ajudar o país a acessar mercados e tecnologias mais avançados, o que contribuiria para a diversificação da economia e a redução da dependência da China
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