Manual do Líder de Célula #013 Nossa Cultura
Estamos estudando a cultura da nossa Igreja. Cultura é o conjunto de hábitos, crenças, valores e comportamentos definem a identidade da Igreja.
No quinto parágrafo da Nossa Cultura lemos que:
Celebramos as Festas Bíblicas anuais, as quais são: Páscoa (Pessach), Pentecostes (Shavuot), Tabernáculos (Sukot), Hanukkah e Purim.(Êxodo 23:14-17)
Existem 3 Festas Bíblicas principais, as festas do Senhor (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) e 2 festas que não foram ordenadas pelo Senhor, mas celebram livramentos do Senhor para o seu povo: Hanukkah e Purim
A Festa de Hanukkah (festa da Dedicação), também chamada Festa das Luzes e Festa do Milagre é citada na Bíblia apenas em João 10:22, quando Jesus foi à Festa em Jerusalém e ali revelou-se como Messias e Filho de Deus.
Os fatos que deram origem a essa história aconteceram quase 200 anos antes de Cristo. Depois da morte de Alexandre o Grande, o Império Grego foi dividido entre 4 generais e Antíoco Epifânio dominou o Oriente Médio. Decidido a impor os costumes, tradições e religião Grega (Helenística), ele tentou destruir a fé em Deus e a religião judaica, proibiu a circuncisão, a observância do Shabat, todas as restrições de comida (Kasher), e estipula que apenas porcos poderiam ser sacrificados no Templo. Ele mesmo, num gesto de desrespeito e profanação, oferece um porco como sacrifício a Zeus, no interior do templo, no Santo dos Santos, e o local passa a ser um templo do deus grego Zeus.
A família de sacerdotes chamados Macabeus iniciou uma revolta que depois de 8 anos culminou com uma vitória milagrosa sobre o exército grego-sírio no ano de 165 a.C.
Livres então do domínio grego, eles purificaram o Templo e realizam uma grande celebração a rededicação (Hanukká). Porém quando forma acender a Menorá (o candelabro de 7 velas), só tinham óleo de oliva consagrado para mantê-la acesa por apenas um dia e levaria no mínimo uma semana para se preparar mais óleo. Eles acenderam mesmo assim, e a história conta que por um milagre de Deus as velas ficaram acessas por 8 dias, tempo necessário para a preparação do novo óleo.
Celebra-se essa festa com um período de arrependimento e consagração de nossas vidas à Deus, acendendo-se um candelabro de 9 velas, sendo que no primeiro dia acende-se a Shamash (serva/ acendedor) e a 1ª vela, no segundo dia a Shamash e as 2 primeiras, no terceiro dia a shamash e as 3 primeiras, até acender todas no oitavo dia. Apesar dessa não ser uma ordenança para nós cristãos não judeus, eu incentivo as famílias a fazerem esse ato e darem um nome profético a cada uma das 8 velas, como algo especial que pedem a Deus para o próximo ano.
Além disso é um momento de dar testemunho das bênçãos e milagres recebidos no ano que finda, consagrar a Deus os sonhos e projetos para o novo ano. Também há o costume de comer o sufganyot (que é o nosso sonho), como uma forma de nos alimentarmos dos nossos milagres.
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