Castelinho Neffa (Ladeira do Pernambuco)

1 year ago
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O icônico casarão da Família Neffa na antiga Ladeira do Pernambuco, Rua Wilson Freitas.

Mansão dos Neffa, no Centro, foi projetada pelo mesmo arquiteto que desenhou o Copacabana Palace.
"A cidade mudou. Partiu para o futuro... Comeu colinas, comeu templos, comeu mar". O trecho da poesia de Vinícius de Moraes retrata bem a Vitória atual. Cercada por prédios e cortada por ruas e avenidas cada vez mais movimentadas, a Capital pode ter mudado, mas ainda guarda locais misteriosos e com uma rica história.

Localizados em vários pontos da cidade, esses refúgios costumam passar despercebidos ou são desconhecidos da maioria da população. Nesta semana que antecede os 462 anos de Vitória, comemorados no próximo domingo (08), o Gazeta Online vai mostrar cinco desses locais que muitos nem imaginavam existir. O primeiro deles fica na região chamada de Capixaba, logo após a Curva do Saldanha.

Quem costuma passar pela Avenida Jerônimo Monteiro, na altura da loja C&A, já deve ter observado um muro alto e extenso com o quintal tomado por uma vegetação densa. No topo deste terreno aparece, imponente, e muitas vezes assustador, o que muitos ao longo do tempo apelidaram de "Castelinho da Capixaba", em alusão ao nome da antiga avenida.
Com o início da construção datada de 1927, as obras da residência da família Neffa levaram aproximadamente oito anos para serem concluídas. Só para se ter uma ideia da grandiosidade da casa, o local tinha três endereços: Avenida Capixaba nº 447, Escadaria Nicolau de Abreu nº 40, e Rua Wilson Freitas, nº 300, onde os automóveis passavam para entrar na garagem.

Para a época, chamava a atenção o número de quartos: oito. Segundo o empresário Carlinhos Neffa, 73 anos, que nasceu e teve toda a infância e adolescência no Castelinho, o responsável pelo projeto arquitetônico foi o francês Joseph Gire, o mesmo que desenhou o Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. (Veja entrevista no final da matéria com o proprietário do Castelinho, Carlinhos Neffa).

Pesquisa, restauração, digitalização e transcrição: Fábio Pirajá.

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