A IGREJA é aliada do ESTADO? | QuintEssência

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Eu já ouvi, incontáveis vezes, pessoas afirmarem que a religião é um braço do estado, funcionando como um apoio, como um ente que tem por objetivo reforçar o poder estatal e seu controle sobre a sociedade, doutrinando os indivíduos e fazendo-os aceitar o domínio dos políticos. Louva-se muito, nesse sentido, a chamada “separação entre Igreja e estado”, sobre a qual eu falarei em outra oportunidade, com mais calma; afirma-se, quase como senso comum, que a sociedade muito evoluiu após tal separação. Pois bem, como libertário conservador católico que sou, eu não poderia discordar mais desse tipo de afirmação. E, hoje, meu objetivo é, justamente, expor os motivos pelos quais eu acredito que afirmar que a religião é um braço estatal não só está completamente equivocado, mas também serve para, justamente, fortalecer o discurso estatal típico do establishment.

E apenas um esclarecimento, para evitar possíveis confusões: eu estou falando aqui, naturalmente, do Cristianismo, que é a religião predominante no Ocidente. Em muitos países islâmicos, por exemplo, não há qualquer tipo de separação entre religião e governo estatal - as leis do país são as leis do Islã, e apenas isso. Portanto, todos os meus argumentos neste vídeo se referem, especialmente, ao Cristianismo e suas vertentes, bem como aos governos ocidentais que possuam, pelo menos, algum nível de noção democrática. Teocracias e tiranias ditatoriais estão fora desta minha abordagem.

Voltando ao tema deste vídeo: nós sabemos que, a partir, especialmente, do Iluminismo, começaram a aparecer, pela Europa, correntes de pensamento que pregavam a total separação entre Igreja e estado. É claro que esse processo de separação entre poder eclesiástico e poder estatal já vinha se aprofundando muito antes; e, especialmente após a Reforma Protestante, tal cenário se acentuou ainda mais - uma vez que o esfacelamento da unidade cristã levou, por consequência, a um esfacelamento de sua influência junto às autoridades estatais. No fim das contas, notadamente a partir da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, os estados ocidentais passaram a funcionar desligados da influência das igrejas cristãs. A separação, enfim, estava concretizada.

#religião #estado #separação

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