Historia da Cidade de Formosa Goiás
Historia da Cidade de Formosa Goiás.
História.
Arraial de Couros foi o primeiro nome de Formosa, criada na segunda metade do século XVII como desdobramento do município de Luziânia, nessa época também Arraial. Sabe-se que as primeiras casas foram erguidas por negros fugindo da febre amarela, que estaria dizimando os moradores de um outro Arraial, o de Santo Antônio do Itiquira, na barra do rio Itiquira com o rio Paranã.
Em 1767, o padre Antônio Francisco de Melo celebrou a primeira missa na Casa de Oração de Couros.
Um marco histórico foi a instalação da Estação Fiscal de Registro da Lagoa Feia, em fevereiro de 1736, por ordem do rei de Portugal, que temia a evasão do ouro e o não pagamento dos tributos. Somente em 1843, o arraial foi elevado à categoria de vila e, pela primeira vez, apareceu o nome Formosa: Vila Formosa da Imperatriz.
O município de Formosa foi instalado em 1844 e seu primeiro prefeito foi o Sr. Lázaro de Melo Álvares.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Vila Formosa da Imperatriz pela Lei Provincial n.º 4, de 22-08-1838.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Formosa da Imperatriz pela Lei Provincial n.º 1, de 01-08-1843, sendo desmembrado do município de Santa Luzia. Com sede na antiga povoação de Vila Formosa da Imperatriz, foi, então, constituído de 2 distritos: Vila Formosa da Imperatriz e Santa Rosa, ambos desmembrados de Santa Luzia, e instalado em 22-02-1844.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Formosa pela Lei Provincial n.º 574, de 21-07-1877.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e Santa Rosa.
Pela Lei Municipal n.º 70, de 23-01-1912, é extinto o distrito de Santa Rosa, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Formosa.
Pela Lei n.º 10, de 22-05-1924, é recriado o distrito de Santa Rosa e anexado ao município de Formosa.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Formosa e Santa Rosa.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.233, de 31-10-1938, o distrito de Santa Rosa é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Formosa. Sob o mesmo Decreto, o município adquiriu o território do extinto São João da Aliança, como distrito.
35
views
Historia da Cidade de Trindade
Historia da Cidade de Trindade.
História.
Por volta de 1840, já existia em terras pertencentes a Campinas ou Campininha das Flores, um aglomerado urbano, conhecido por Barro Preto. Conta-se que, em seus arredores, numa olaria de propriedade de Constantino Xavier Maria, foi encontrada uma pequena imagem de barro, em formato de medalha, representando a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade. De posse da medalha, o casal Constantino Xavier, levado pelo espírito religioso, juntamente com pessoas ali residentes, passaram a rezar o terço diante da imagem. Com o ajuntamento de mais pessoas para o ato religioso, Constantino Xavier construiu, em 1843, uma capela coberta com folhas de buriti.
A crescente motivação pela fé e o número de pessoas cada vez maior, fizeram com que Constantino, com as esmolas oferecidas à Santíssima Trindade, construísse em 1866 uma nova capela, a capela do Santuário, que permanece até hoje.
No mesmo período, Constantino e sua esposa doaram ao patrimônio do Divino Padre Eterno, um terreno, que saía do morro Cruz das Almas e passava pelo Córrego Barro Preto até completar uma légua. Outro fiel, Luiz de Souza, também doou um terreno. Nestes terrenos se situa Trindade, cuja posse real pelos padres redentoristas foi determinada por usucapião em 1948, constando no livro de registro de imóveis da Comarca pelo n° 3.648, como patrimônio do Divino Padre Eterno.
Algum tempo depois, na tentativa de recompensar a fé dos devotos, Constantino Xavier encomendou, em Pirenópolis, a um renomado artista goiano, Veiga Valle, uma imagem da Santíssima Trindade em tamanho maior, mas exatamente igual ao Medalhão de Barro encontrado às margens do Córrego Barro Preto.
Quando soube que a imagem estava pronta, Constantino seguiu a cavalo para a cidade de Pirenópolis na finalidade de trazê-la. Mas verificou, ao chegar no destino, que o preço cobrado pelo artista era maior do que a importância que carregava. Constantino não pensou duas vezes: vendeu o cavalo e trouxe a pé, de Pirenópolis a Trindade, a imagem do Divino Pai Eterno.
Mesmo representando a Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – a imagem é venerada apenas como Divino Pai Eterno. Ao que se sabe, Trindade tem o único santuário do mundo onde se venera a figura de Deus Pai.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Trindade Lei Municipal n.º 5, de 12-03-1909, subordinado ao município de Campinas.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito figura no município de Campinas.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Trindade, pela Lei Estadual n.º 662, de 16-07-1920, é desmembrado de Campinas. Sede no antigo distrito de Trindade e constituído de 2 distritos: Trindade e Ribeirão. Instalado em 31-08-1920.
Elevado à condição de cidade, com a denominação de Trindade, pela Lei Estadual n.º 825, de 20-06-1927.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Trindade e Ribeirão.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.233, de 31-10-1938, o município de Trindade foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Goiânia.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943, Trindade figura no município de Goiânia.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Trindade, pelo Decreto-lei Estadual n.º 8.305, de 31-12-1943, é desmembrado de Goiâniae constituído do distrito sede.
Em divisão territorial vigente em 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Pela Lei Municipal n.º 93, de 17-06-1963, é criado o distrito de campestre e anexado ao município de Trindade.
Pela Lei Municipal n.º 98, de 12-09-1963, é criado o distrito de Santa Bárbara e anexado ao município de Trindade.
Pela Lei Estadual n.º 4.710, de 23-10-1963, é desmembrado do município de Trindade o distrito de Santa Bárbara, elevado à categoria de município com a denominação de Santa Bárbara de Goiás.
Pela Lei Estadual n.º 4.722, de 29-10-1963, é desmembrado do município de Trindade o distrito de Campestre, elevado à categoria de município com a denominação de Campestre de Goiás.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.
2.71K
views
Historia da Cidade de Valparaíso de Goiás
Historia da Cidade de Valparaíso de Goiás.
História.
Há registros de que a história de Valparaíso de Goiás remonta a 1959, com a implantação do primeiro loteamento, denominado Parque São Bernardo, que surgiu em decorrência da construção de Brasília. Hoje, São Bernardo é um dos bairros da cidade.
Na ocasião, a região recebeu grande número de migrantes. O nome da cidade seria uma homenagem a um desses migrantes, um engenheiro civil natural de Valparaiso (Chile), que veio para o Brasil e foi o responsável pelo primeiro projeto habitacional da cidade.
A história do município começou em 19 de abril de 1979, quando o prefeito de Luziânia, Walter José Rodrigues, inaugurou o pequeno Núcleo Habitacional Valparaíso I. Em solenidade oficial, foi empossado na ocasião o primeiro administrador regional da localidade, Clóvis José Rizzo Esselin de Oliveira Almeida.
Na época, o mais novo Núcleo Habitacional de Luziânia contava com apenas 864 casas, uma escola estadual e o prédio da administração regional. O Núcleo Residencial, construído pela Encol começou com muitos problemas: não havia comércio, a falta de água era frequente e só havia transporte coletivo na BR-040.
No dia 2 de maio de 1980, por meio do Decreto-Lei nº 972, ficou instituído e oficializado o dia 19 de abril para comemorar o aniversário da fundação do Núcleo Habitacional Valparaíso, que já contava então com um posto telefônico, uma agência de Correios e Telégrafos, um escritório de contabilidade e onze lojas comerciais. Na área educacional, a cidade contava com uma escola estadual, que atendia aos alunos do então chamado primeiro grau (hoje ensino fundamental), e duas escolas particulares, que já se encontram extintas.
Hoje, Valparaíso é uma cidade peculiar: situada em Goiás, tem uma população permeada pela migração, de mente cosmopolita, dada a estreiteza da relação com a capital federal.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município com a denominação de Valparaíso de Goiás, pela Lei estadual nº 12.667, de 18-07-1995, sendo desmembrado de Luziânia. Sede no atual distrito de Valparaíso de Goiás e constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.
1
view
Historia da Cidade de Luziânia
Historia da Cidade de Luziânia.
História.
Deve-se ao paulista Antônio Bueno de Azevedo a primeira penetração no território que constitui hoje o município de Luziânia.
Antônio Bueno, em fins de 1746, acompanhado de amigos e inúmeros escravos, partiu da localidade de Piracatu (Paracatu – MG) rumo ao noroeste, até alcançar as margens de um rio a que denominou São Bartolomeu, em homenagem ao santo do dia. Ali construiu roças e alguns ranchos.
Três meses mais tarde, isto é, em 11 de dezembro daquele ano, seguiu viagem, rumo oeste, fixando residência no local a que denominou Santa Luzia (13 de dezembro de 1746). A fundação do povoado se prende à mineração de ouro, metal existente na região. Tão intensa foi a mineração, que o arraial recém-fundado contava, em pouco tempo, com uma população de dez mil pessoas, inclusive escravos.
Em 25 de março de 1747, tendo como oficiante o Padre Luiz da Gama Mendonça, celebrou-se a primeira missa a que assistiram mais de 6000 pessoas. Em 1749 Santa Luzia foi elevada à categoria de Julgado. Por Alvará, em 1756, foi erigida a freguesia de natureza coletiva. Em 1758, Santa Luzia foi elevada à categoria de Comarca Eclesiástica, sendo nomeado Vigário o Padre Domingos Ramos. Em abril de 1758, a fim de que fossem melhor exploradas as minas denominadas “Cruzeiro”, iniciou-se a construção do célebre Rêgo Saia Velha, de 42 km de extensão, feito por milhares de escravos; a sua construção durou dois anos ininterruptos. Por ocasião de sua inauguração, registrou-se grande motim no arraial, culminando com a prisão, por ordem do juiz local, de pessoas de grande importância, inclusive do mestre de construção da obra.
Em 12 de maio de 1771 falecia o fundador de Santa Luzia, Antônio Bueno de Azevedo.
Em fins de 1700 a mineração começou a declinar; assim, muitas famílias foram abandonando o arraial e se fixaram na zona rural, passando a dedicar-se à lavoura e à criação de gado.
O arraial foi elevado à vila em 1833, tendo sido instalado solenemente no ano seguinte. Em 1867 a vila passou à categoria de cidade. Por força do Decreto-lei estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, Santa Luzia passou a denominar-se Luziânia.
10
views
Historia da Cidade de Anápolis
Historia da Cidade de Anápolis.
História.
História
Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.
Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda 'que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos'. Era o ano de 1819 e o lugar descrito pelo estudioso francês, a Fazenda das Antas. O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.
A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.
No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santana de Campos Ricos, pela Lei Provincial n.º 514, de 06-06-1873.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santana das Antas, pela Lei Provincial n.º 811, de 15-09-1887, desmembrado do município de Meia Ponte (mais tarde Pirenópolis). Sede na antiga povoação de Santana de Campos Ricos. Instalado em 10-03-1892.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Anápolis, pela Lei Estadual n.º 320, de 31-07-1907.
Pela Lei Municipal n.º 35, de 21-03-1903, é criado o distrito de Santo Antônio do Capoeirão e anexado ao município de Anápolis.
Pela Lei Municipal n.º 45, de 03-08-1903, é criado o distrito de Boa Vista de Traíras e anexado ao município de Anápolis.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Anápolis, Boa Vista de Traíras e Santo Antônio do Capoeirão.
Pela Lei Municipal n.º 140, de 19-08-1921, é extinto o distrito de Boa Vista de Traíras.
Pela Lei Municipal n.º 144, de 24-03-1922, é criado o distrito de Aracati, com território do extinto distrito de Boa Vista de Traíras, é anexado ao município de Anápolis.
Pela Lei Municipal n.º 250, de 12-05-1927, é criado o distrito Nova Veneza (ex-povoado de Santa Bárbara da Cachoeira) e anexado ao município de Anápolis.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Anápolis, Aracati, Cerrado, Nova Veneza e Santo Antônio do Capoeirão.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: Anápolis, Aracati, Nerópolis, Nova Veneza e Santo Antônio do Capoeirão. Não figurando o distrito de Cerrado.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 557, de 30-03-1938, o distrito de Santo Antônio do Capoeirão passa a denominar-se simplesmente Capoeirão.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município aparece constituído de 5 distritos: Anápolis, Aracati, Capoeirão (ex-São Sebastião do Capoeirão), Nerópolis e Nova Veneza
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 8.305, de 31-12-1943, é criado o distrito de Brazabrantes e anexado ao município de Anápolis, sob o mesmo decreto os distritos de Capoeirão passou a denominar-se Damolândia, Aracati a chamar-se Souzânia e o distrito de Nova Veneza tomou a denominação de Goianás.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município aparece constituído de 6 distritos: Anápolis, Brazabrantes, Damolândia (ex-Capoeirão), Goianás (ex-Nova Veneza), Nerópolis e Souzânia (ex-Aracati).
22
views
Historia da Cidade de Aparecida de Goiânia
Historia da Cidade de Aparecida de Goiânia.
História.
No dia 20 de março de 1922, o vigário Francisco Wand, da congregação do Santíssimo Redentor, rezou uma missa na sede da Fazenda Santo Antônio. A propriedade era do senhor José Cândido de Queirós, que sabia da importância de ceder o local para a realização da desobriga pascal, isto é, dar oportunidade à comunidade de comungar e também de realizar os batizados e casamentos, pelo menos uma vez ao ano. E nesse dia surgiu a ideia de fundar um patrimônio para a Igreja Católica. Além de José Cândido, mais três senhores se prontificaram a doar terras para a obra: Abrão Lourenço de Carvalho; Antônio Batista de Toledo e Benedito Batista de Toledo.
Menos de dois meses depois, no dia 3 de maio de 1922, um cruzeiro de aroeira lavrada despontava no cerrado, marcando oficialmente a primeira missa campal do município que ainda estava por surgir e que também foi celebrada pelo vigário Francisco Wand. Posteriormente, o cruzeiro foi transportado por uma multidão de pessoas, que saiu a pé da Fazenda Santo Antônio até a frente da Igreja Matriz, onde se encontra atualmente.
No dia 11 de maio de 1922, debaixo de um rancho de madeira roliça e coberta com palha de bacuri, foi rezada a segunda missa campal, onde foi construída a capela da padroeira do arraial, recebendo mais tarde o nome de Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Neste mesmo ano, iniciou-se a construção da igreja que deveria ser levantada com o auxilio do povo da região.
Dentre os vários colaboradores estão os nomes de Aristide Frutuoso, Antônio Lourenço Ribeiro, Antônio Alves Fortes, Antônio Bertoldo Ribeiro, Elias Gonçalves Primo, Manuel Cabral da Silva, Joaquim Marques da Silva, Benedito Batista de Toledo e outros. Estas pessoas doaram madeira, areia, adobes, pedra, telha, carreto e outros serviços.
No mesmo local onde foi feito o rancho e celebrado a missa de inauguração, simbolizando o lançamento da pedra fundamental, foi construída a igreja, a mesma que, ainda hoje, ostenta a praça do jardim com seu estilo antigo, ou seja, conhecida atualmente como Praça da Matriz. O senhor João Batista de Toledo, carpinteiro de referência, foi encarregado de ser o construtor da igreja até o término da obra.
Com o tempo, a cidade cresce e passa a ser conhecida como Arraial de Aparecida.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município com a denominação de Aparecida de Goiânia ex-Goialândia, pela Lei Estadual n.º 4.927, de 14-11-1963, desmembrado de Goiânia. Sede no atual distrito de Aparecida de Goiânia. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1964.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Pela Lei Estadual n.º 7.050, de 27-07-1968, é criado o distrito de Vila Brasília e anexado ao município de Aparecida de Goiânia.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 2 distritos: Aparecida de Goiânia e Vila Brasília.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.
33
views
Historia da Cidade de Goiânia
História.
A história de Goiânia começa com as primeiras ideias de mudança da Capital em 1753, proposta pelo, então governador da Província de Goiás, Dom Marcos de Noronha, que ambicionava transferir a capital de Vila Boa para a atual Pirenópolis.
Em 1830, o Marechal de Campo Miguel Lino de Morais, segundo governador de Goiás Império, propôs a mudança da Capital para a região do Tocantins, próximo de Niquelândia. A Capital de Goiás, no início do século XIX, convivia com a estagnação econômica, provocada pelo término do ciclo do ouro na região.
Outro governador da província de Goiás, José Vieira Couto de Magalhães, retoma o assunto em 1863, exposto em seu livro Primeira Viagem ao Rio Araguaia. “Temos decaído desde que a indústria do ouro desapareceu. Ora, a situação de Goiás era aurífera. Hoje, porém, está demonstrado que a criação do gado e agricultura valem mais do que quanta mina de ouro há. Continuar a capital aqui, é condenar-nos a morrer de inanição, assim como morreu a indústria que indicou a escolha deste lugar “.
A discussão sobre a necessidade de mudança da capital prosseguiu. A constituição do Estado de 1891, inclusive sua reforma de 1898 e a de 1918, previa taxativamente a transferência da sede do governo, havendo disposto esta última em seu Artigo 5º: “A cidade de Goiás continuará a ser a capital do estado, enquanto outra coisa não liberar o Congresso”. Mas foi somente com o advento da revolução de 30, em 1933, que o interventor Federal, Pedro Ludovico Teixeira, tomou providências a respeito da edificação da cidade, tornando realidade um sonho que já durava 180 anos.
O objetivo político Pedro Ludovico Teixeira seguiu em conformidade com a Marcha para o Oeste, movimento criado pelo governo de Getúlio Vargas para acelerar o progresso e a ocupação do Centro-Oeste incentivando as pessoas a migrarem para o centro do país, onde havia muitas terras desocupadas. A implantação de tal projeto só seria possível com a garantia de uma infraestrutura básica ligando o Centro-Oeste ao Sul do País. As medidas adotadas pelo inteventor foram: a mudança da capital, construção de estradas internas e a reforma agrária.
Criou-se, em 20 de dezembro de 1932, uma comissão encarregada de escolher o local no qual seria construída a nova capital. O relatório da comissão apontou um sítio nas proximidades do povoado de Campinas, local do atual bairro de Campinas, como lugar ideal para a edificação da futura capital.
Em 6 de julho do ano seguinte, Pedro Ludovico baixou um decreto, encarregando o urbanista Atílio Corrêia Lima da elaboração do projeto da nova capital. Outro urbanista, Armando de Godói, formado na Suíça e na França de onde acabara de voltar, reformula o antigo projeto, inserindo o parcelamento do Setor Oeste e fortes mudanças no arruamento do Setor Sul. Em 1935, Armando assina o plano diretor da cidade.
A pedra fundamental da cidade de Goiânia foi lançada em 24 de outubro de 1933 por Pedro Ludovico Teixeira, como homenagem aos 3 anos do início da Revolução de 1930, em pleno altiplano, onde se encontra atualmente o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica. O local foi determinado pelo urbanista Atílio Corrêia Lima.
15
views
Historia da Praia do Cassino
Historia da Praia do Cassino.
A Praia do Cassino é uma praia localizada no município de Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Seu início fica a 22 quilômetros do centro da cidade do Rio Grande , nos Molhes da Barra, onde a Lagoa dos Patos encontra o mar. É famosa por seu tamanho, já tendo sido considerada a mais longa praia do mundo.
História.
O balneário foi criado para ser um centro de turismo pela Companhia de Bondes Suburbanos da Mangueira, subsidiária da Companhia Carris Urbanos, tomando vantagem da linha férrea entre Bagé e Rio Grande que foi depois expandida até a então Costa da Mangueira[1].
O diretor da companhia, Antônio Cândido Sequeira, buscou investidores entre os membros da sociedade do Rio Grande e com apoio do governo estadual, conseguiu desapropriar as terras do local, visando a criar um balneário nos moldes dos que existiam na Europa e no Uruguai dentro do município do Rio Grande. Ao ser inaugurado em 26 de janeiro de 1890, abrangia três quilômetros ao longo da costa por dois quilômetros de largura, cortados ao meio por uma linha férrea que levava ao Centro do Rio Grande. Mais tarde, recebeu a denominação de Villa Sequeira em homenagem ao seu idealizador.
O bairro-balneário tornou-se o centro de lazer de grandes empresários; em geral descendentes de alemães, portugueses, ingleses e italianos que vinham com muito dinheiro para o Hotel Atlântico.
Cerca de dois quilômetros passando o navio encalhado, existem ruínas do Hotel El Aduar, construído para ser um ponto de parada para os ônibus e carros que iam na direção do Chuy (Sta. Vitória do Palmar surgiu apenas em 1920), pela praia que na época era a melhor forma. Também tinha como ideia a construção de quartos para serem usados por veranistas. Tinha o formato em "V" na parte principal.
Infelizmente, quando o hotel foi inaugurado, a estrada para o Chuy também foi terminada, assim, em 1960, o Hotel El Aduar foi abandonado. Nunca teve como função a de ser um casino como alegam pessoas que repetem lendas urbanas do município do Rio Grande.
Existem também as ruínas do antigo Terminal Turístico, localizadas entre os molhes da Barra e a entrada do bairro-balneário. Neste local havia terminal de ônibus de turismo, com estrutura de camping, vestiários e restaurantes.
Ainda é possível localizar as ruínas ao visualizar uma caixa d'água abandonada a caminho dos molhes, sendo ponto de referência entre os veranistas que, fora das grandes cidades, buscam paz e tranquilidade à beira da praia. Atualmente, ambas as ruínas estão semi-cobertas pela areia, quase desaparecidas.
Há muitos anos, o bairro-balneário conseguiu reverter a má situação com uma série de atrações e curiosidades turísticas.
Em 12 de novembro de 1966, foi cenário de lançamentos de foguetes da NASA[2], durante um eclipse total do Sol, reunindo cientistas e populares[3]. Dezenas de técnicos e cientistas norte-americanos, japoneses e europeus desembarcaram no município do Rio Grande, transformando-o no primeiro município brasileiro usado para o lançamento de foguetes da agência espacial norte-americana.
A notoriedade da praia do Cassino se dá pela razão de ter sido listada no Guiness Book, o Livro dos Recordes, em 1994, como a mais longa praia do mundo. No entanto, o livro ignorou o fato da dita "mais longa praia" abranger as praias do Hermenegildo e da praia da Barra do Chuí, pertencentes ao município vizinho de Santa Vitória do Palmar. Nas edições posteriores, o Guinness Book se limitou a retirar a praia do livro, mas não se retratou. Desde então, existe uma rixa entre os moradores mais bairristas das duas praias, Cassino e Hermenegildo, sobre qual seria a mais longa do mundo, considerando o farol Sarita como limite físico entre elas. O fato temos é que o bairro-balneário foi o primeiro construído nesta praia em 1989, e o Hermenegildo surgiu apenas em 1920. Desde a época, a praia é considerada como sendo do município do Rio Grande e o seu bairro-balneário por autoridades federais e geográficas justamente pelo fato que não existem limitações territoriais em faixas contínuas de areia.
Temos então a maior extensão de faixa de areia (ou praia) ininterrupta (sem acidentes geográficos) do Brasil, com 254Km de extensão em balneabilidade.[4]
A praia do Cassino também dá nome ao bairro-balneário pertencente ao Município do Rio Grande, contando com uma autarquia[5], que foi extinta e reestruturada em 25 de novembro de 2003 recebendo o nome SEC (Secretaria Especial do Cassino), que é uma extensão da Prefeitura do Município do Rio Grande. Por ser dependente financeiramente do Centro do município do Rio Grande e por não possuir uma prefeitura própria, a nomenclatura correta a ser usada é bairro-balneário e não apenas balneário, fora o fato que, por lei federal bairros não podem ser emancipados, apenas distritos.
Locais turísticos.
Molhe oeste.
29
views
Historia da Cidade de São Pedro
Historia da Cidade de São Pedro.
São Pedro é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º32'55" sul e a uma longitude 47º54'50" oeste, estando a uma altitude de 550 metros. Sua população estimada em 2014 era de 33.966 habitantes. Possui uma área de 609,091 km².
Estância turística
São Pedro é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
Os irmãos Joaquim, José e Luiz Teixeira de Barros, vindos de Itu, compraram a Sesmaria do Pinheiros onde é hoje São Pedro, vieram com eles: escravos, empregados e familiares. Nesta mesma área passava o Picadão, caminho que partia de São Paulo em direção a Cuiabá e onde hoje é o centro histórico havia o chamado Pouso do Pidadão, que era cuidado pelo tropeiro Floriano de Costa Pereira, o Florianão.
Dos irmãos Teixeira de Barros, Joaquim foi considerado o “povoador” e como de praxe erigiu uma capelinha que tinha como padroeiro São Sebastião. Autorizado pela Igreja Católica recebeu o nome de Capela do Picadão.
O nome e o padroeiro não agradaram a população e logo foi mudado para Capela de São Pedro. A fertilidade da terra atraiu outras famílias, em 1864 o povoamento foi elevado a Freguesia. Em 1867 chegou o primeiro sacerdote padre Aurélio Votta, italiano. Em 1879 o Barão de Iguape, Capitão Veríssimo Antônio da Silva Prado aqui estabelecido como fazendeiro, conseguiu a elevação para a categoria de Vila. Na sequência, 1881, conseguiu o desligamento de Piracicaba e em 1882 a comarca e chegou o primeiro juiz, João Baptista Pinto de Toledo.
Na imigração italiana, período de 1890, e a produção de café projetaram o município.
Quando então em 1893 chegou o ramal de estrada de ferro. Nesta época do café foi instalado a Santa Casa de Misericórdia, cemitério, grupo escolar, cadeia, prefeitura e câmara além da igreja matriz.
Na década de 1920 a procura de petróleo descobriu fontes de águas e o início das Termas de São Pedro, hoje Águas de São Pedro que foi emancipado na década de 1940. Por volta de 1934, os então diretores da Companhia Petróleos do Brasil, criada por Monteiro Lobato em 1931, Ângelo Balloni e Vittorio Miglieta, coordenaram a instalação do poço Balloni II, que tornou-se um marco por ser considerado o de maior profundidade perfurada atingida no Brasil (1.815 m). A sonda permanece até hoje no local.[8]
Sobre o Município
Tradicionalmente conhecida por suas belezas naturais, a versatilidade faz parte da característica da Estância Turística de São Pedro. Localizada no interior de São Paulo, a cerca de 200 quilômetros da capital paulista, a cidade de pouco mais de 32 mil habitantes repousa na encosta da Serra do Itaqueri.
Ao mesmo tempo que oferece uma diversificada rede hoteleira para quem busca descanso e tranquilidade, é visitada por milhares de aventureiros que curtem fazer rapel, trilhas de jipe, voos de asa-delta e parapente, balonismo, off-road e banhos de cachoeira.
Com sua área urbana cortada pelos ribeirões Pinheiro e Samambaia, São Pedro é berço do Rio Jacaré-Pepira. Está a 580 metros do nível do mar e tem a seu favor um clima ameno e agradável que dura quase o ano todo. No alto da serra as cachoeiras chamam a atenção pelas quedas naturais, rodeadas de muito verde.
É lá também que fica o penhasco Cruzeiro do Facão, a destilaria da famosa Cachaça da Diretoria, o antiquário Vila Del Capo, a Igreja Santo Antônio, que guarda uma relíquia do santo de Pádua doada pelo Vaticano, e também a centenária Igreja Presbiteriana Boa Vista do Jacaré – uma das primeiras do Brasil.
Além da Rampa de Voo Livre, a estância é conhecida por um dos seus mais belos cartões postais, o Parque do Cristo Aureliano Esteves, onde o turista pode apreciar a vista pelo alto e, em dias claros, enxergar municípios vizinhos, como Piracicaba e Rio Claro.
Entre os atrativos culturais e históricos que fazem toda a diferença, a Secretaria de Turismo destaca do Museu Gustavo Teixeira, que leva o nome de seu filho e poeta maior. No Boulevard Dona Hermelinda há uma feira de artes e artesanatos com o melhor da produção local. Já a Feira do Produtor, no bairro Santa Cruz, todas as manhã de sábado os moradores da área rural vendem produtos hortifrutigranjeiros, queijos, doces artesanais – e também tem moda de viola para acompanhar.
55
views
Historia da Cidade de Santa Fé do Sul
Historia da Cidade de Santa Fé do Sul.
Santa Fé do Sul é um município brasileiro do estado de São Paulo. Fundada em 24 de junho de 1948, localiza-se a uma latitude 20º12'40" sul e a uma longitude 50º55'33" oeste, estando a uma altitude de 370 metros. Tem população de 34.794 habitantes (IBGE/2022) e área de 206,537 km².[8]
Estância turística.
Santa Fé do Sul é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História.
Em 1920, o major inglês John Byac Paget (comentava-se na época que ele representava uma companhia petrolífera que teria interesse na região, porque a bacia do rio Paraná teria características à formação de jazidas petrolíferas) comprou 32 mil alqueires da antiga Fazenda São José da Ponte Pensa.
A área localizava-se no extremo Noroeste do estado de São Paulo, nas divisas dos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Para garantir a posse da terra, o major, que nunca veio ao Brasil, colocou 79 famílias. Mas em 1946, quando da promulgação da Constituição, ficou estabelecido que o subsolo era propriedade da União. No mesmo ano, a Companhia Agrícola de Imigração e Colonização (Caic), que conhecia os planos de expansão da antiga Estrada de Ferro Araraquara (EFA), que eram chegar às barrancas do rio Paraná e depois seguir rumo a Cuiabá, comprou os 32 mil alqueires.
Em maio, a Caic abriu a estrada boiadeira para atingir o rio Paraná, no Porto Taboado, para fazer um estudo geoeconômico da região. Com a crise econômica pós-guerra, diretores da EFA, preocupados com o pagamento de dividendos aos acionistas, compraram 30 mil alqueires da Caic e lotearam o latifúndio em pequenas áreas e venderam a prazo. Eles demarcaram 600 alqueires, sendo 100 para a edificação da cidade e o restante para chácaras.
O objetivo foi povoar a região com pequenos lavradores. A produção seria escoada pela ferrovia e, assim, o lucro retornaria ao final de cada ano. Derrubado o mato, em setembro de 1946, foram abertas as primeiras ruas e o espanhol Salvador Martins, no extremo da primeira avenida, construiu uma casinha de tijolos, onde estabeleceu uma casa comercial. Menos de dois anos depois, em 24 de junho de 1948, foi celebrada por frei Canuto, de Aparecida do Taboado, a primeira missa, data considerada da fundação de Santa Fé do Sul.
O nome da cidade foi objeto de inúmeras sugestões, sendo escolhido Santa Fé, por coincidir com as iniciais de Sales Filho. A partícula "do Sul" foi acrescentada por lei, pois havia no Norte do Brasil uma vila com o mesmo nome. Antônio Sales Filho, eleito deputado estadual em 1950, juntamente com outros parlamentares, conseguiram a elevação do povoado à condição de município, em 1953.
8
views
Historia da Cidade de Mundo Novo Mato Grosso do Sul
Historia da Cidade de Mundo Novo Mato Grosso do Sul.
Mundo Novo é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste do país. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 18 588 habitantes em 2014. Com localização geográfica privilegiada, o Município faz divisa com Guaíra-PR, sendo que ambos estão ligados, por via rodoviária, através da moderna Ponte Ayrton Senna, sobre o Rio Paraná. Faz fronteira com a cidade paraguaia de Salto del Guairá, um proeminente centro de compras de livre comércio.
História.
Pós-Guerra do Paraguai
Ao final da Guerra do Paraguai não houve um tratado de paz entre os países envolvidos (Paraguai, Brasil e Argentina). Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de imediato. As negociações foram obstadas pela recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia. O Brasil não aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte do Grande Chaco, região paraguaia rica em quebracho (produto usado na industrialização do couro). A questão de limites entre o Paraguai e a Argentina foi resolvida através de longa negociação entre as partes. A única região sobre a qual não se atingiu um consenso — a área entre o rio Verde e o braço principal do rio Pilcomayo — foi arbitrada pelo presidente estado-unidense Rutherford Birchard Hayes que a declarou paraguaia. O Brasil assinou um tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de janeiro de 1872, obtendo a liberdade de navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo Brasil antes da guerra. Estipulou-se também uma dívida de guerra que foi intencionalmente subdimensionada por parte do governo imperial do Brasil mas que só foi efetivamente perdoada em 1943 por Getúlio Vargas, em resposta a uma iniciativa idêntica da Argentina. O reconhecimento da independência do Paraguai pela Argentina só foi feito na Conferência de Buenos Aires, em 1876, quando a paz foi estabelecida definitivamente.[9]
Fundação de Mundo Novo
Ao longo dos anos Mundo Novo foi sendo terra de latifúndios até a década de 1950. Em 1953, chega à região um migrante baiano chamado Bento José Luís (vulgo Bentinho), se estabeleceu na região desmatando uma pequena área e plantando uma roça. Erigiu uma capela de estuque em homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Nessa época não existia ainda caminho, estrada ou ponte que ligasse a região à Guaíra, cidade paranaense vizinha e fronteira com Mato Grosso. O início do povoamento se deu em 1955, com famílias oriundas do Estado de São Paulo. Oscar Zandavalli chega nessa região no ano de 1955 e possuindo 901 hectares de terra divide seu patrimônio em pequenas glebas e passa a vendê-las às famílias que ele mesmo trazia de São Paulo. Em 1956 o fazendeiro Adjalmo Saldanha dividiu sua propriedade rural em lotes, vendendo-os a diversas famílias do interior paulista.
Surgiu então a povoação denominada de Tapui-Porã (Rancho Bonito na língua tupi-guarani). Foi elevada a distrito de Floresta pela Lei nº 2.063, de 14 de novembro de 1963. A construção da estrada ligando a cidade de Iguatemi até a margem do Rio Paraná trouxe desenvolvimento à região até então denominada distrito de Floresta. Pela Lei Estadual nº 2815, de 6 de dezembro de 1967, o então distrito de Floresta passou a denominação de Jacareí. No mesmo ano o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - em terras previamente desapropriadas pelo Governo Federal (72.978,83 hectares), implantou um projeto de colonização onde se instalaram 1.200 famílias. O plantio de café predominou na região, com as variedades Sumatra e Mundo Novo,sendo que essa última prevaleceu.
69
views