Viaduto Carvalho, o primeiro viaduto ferroviário em curva do mundo
🇧🇷 O mais famoso cartão postal do Paraná, o viaduto Carvalho, é conhecido por proporcionar aos turistas que passam de trem pelo local, a sensação de estar voando no espaço. Situado na ferrovia Curitiba-Paranaguá, ostenta também o título de "O primeiro viaduto ferroviário em curva do mundo", pelo pioneirismo do formato, até aquela data de 1883.
Uma das curiosidades do viaduto Carvalho, é que o mesmo não deveria ser um viaduto, mas sim um túnel !
Conforme relatos de historiadores, este trecho da ferrovia em seu traçado original, deveria ser um túnel, que acompanharia a curva natural do morro conhecido como "Rochedinho". Em um momento destas perfurações com cargas de pólvora negra fixadas na pedra, houve uma grande explosão que estremeceu toda a região, chamando a atenção de empreiteiros que acampavam próximo de onde é hoje, a estação do Engenheiro Lange. Eles mesmos acreditavam que, pelo tamanho da explosão, teria sido a explosão do paiol de explosivos do outro acampamento, onde hoje fica a estação do Marumbi.
A explosão foi tão grande, que as paredes do suposto túnel do Rochedo ficaram fragilizadas, e boa parte do túnel ruiu, sobrando apenas pedaços do túnel, que hoje são os túneis 4 e 5, que dão acesso ao viaduto Carvalho.
Devido ao estrago, a única forma de manter o traçado da ferrovia, seria explodir parte da face da montanha que restou, e construir um viaduto em curva no local. O nome de viaduto do Carvalho foi em homenagem ao governador da província, Carlos Augusto de Carvalho, primeira autoridade a visitar a construção do viaduto.
No vídeo de hoje, veremos os trens de carga da Rumo passando pelo viaduto Carvalho. O primeiro trem, temos um cargueiro vazio subindo a serra, tracionado por uma locomotiva GE ES43BBI e 38 vagões, mais 1 vagão madrinha. Na sequência, uma composição carregada descendo a serra, com 3 locomotivas GE ES43BBI, sendo uma locomotiva no comando, 124 vagões, e duas locomotivas na cauda, operando como helpers, no auxílio da reposição de ar dos freios do trem.
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Trem da Klabin com locomotivas Dash 9
🇧🇷 A ferrovia do Minuano é um ramal ferroviário que liga a ferrovia central do Paraná até a fábrica Puma-Klabin, em Ortigueira/PR. A ferrovia inaugurada no ano de 2016, com extensão de 23 quilômetros, faz parte de um grande plano de expansão da Klabin na região central do estado do Paraná.
A fábrica Puma já se destacava como o maior investimento privado da história do Paraná, com a inauguração da fábrica em 2016, mas ela não parou por aí. No ano de 2021, a Klabin inaugurou o terminal ferroviário de contêineres, com capacidade de escoamento de 125 mil toneladas de celulose e papéis por mês, provenientes da fábrica Monte Alegre, em Telêmaco Borba, e da fábrica Puma de Ortigueira, que no momento passa por expansão, o projeto Puma II, que deve ter parte da operação iniciada em 2023.
Para o vídeo de hoje, separei uma gravação do presente ano de 2022, de uma composição com vagões de celulose da Klabin, em passagem por uma das belas obras de infraestrutura da ferrovia.
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Cruzamento simultâneo de 2 trens no Dona Catarina, Mairinque/SP
🇧🇷 Parece vídeo de ferrovias americanas, mas não é. Com o aumento do movimento na malha ferroviária brasileira, ocasionado pela duplicação de um dos trechos mais movimentados do Brasil, o corredor de Exportação Paulista e com a recente conexão com parte da Ferrovia Norte-Sul, este tipo de vídeo se tornou possível. Tive o privilégio de capturar um cruzamento simultâneo de trens, em um dos pontos mais belos para fotografia ferroviária do Brasil, a curva do S do Dona Catarina, entre Itu e Mairinque, em São Paulo.
De um lado, temos um trem da RUMO Logística com 3 locomotivas AC44i e 123 vagões vazios descendo em alta velocidade pela linha da esquerda do video, e na linha da direita do video, temos outro trem da RUMO Logística com outras 4 locomotivas AC44i e 123 vagões carregados, se arrastando para vencer a íngreme rampa do S do Dona Catarina.
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Um show de trem
🇧🇷 O trem do vídeo de hoje é um show à parte, e vocês irão entender assistindo o vídeo.
Já no início, o maquinista dá um espetáculo de luz e um buzinaço para todos os espectadores ao redor. Esta parte da ferrovia é paralela com a Rota do Vinho de São Roque/SP, e consequentemente, há muitos bares, restaurantes e vinícolas ao redor do trajeto, o que chama muito a atenção dos turistas ali presentes, principalmente as crianças que acabam apreciando a passagem do trem. Para quem quer apenas ficar olhando os trens passando, alguns bares oferecem redes de descanso, para deitar e relaxar ao som das locomotivas que passam na aceleração máxima neste local.
Se apenas uma rede de descanso não for suficiente, podem fazer como fiz neste vídeo. Me sentei em uma mesa de bar, com o deck voltado para o lado da ferrovia, apreciando um petisco, tomando um chopp e escutando uma música ao vivo, enquanto os trens não chegavam. Se tem vida melhor que esta, eu desconheço. Fica a sugestão para quem quer apreciar uma grande quantidade de trens, com um certo conforto. Ahh, e também temos bons restaurantes e vinícolas ao redor. Um passeio completo.
Com tanta coisa legal para se fazer, quase me esqueço de falar sobre o trem do vídeo !
Este é um dos trens mais curiosos, e talvez com mais apelidos. Estes trens fazem o transporte de celulose das fábricas da Suzano no Mato Grosso do Sul, a princípio era um trem pela bitola métrica vindo de Três Lagoas/MS, o Vaca Verde (o trem ia empacando no trecho, com seus vagões de lonas verdes), e sua irmã, o vaca amarela, vindo de Aparecida do Taboado/MS, um pouco mais veloz que a irmã, mas levou esta fama pelos vagões amarelos. Com o fim do vaca verde, alguns vagões foram rebitolados da métrica para a larga, e começaram a fazer parte deste trem, que digamos, ficou um Vaca Verde e Amarelo. Neste trecho da ferrovia, o trem está sendo tracionado por duas locomotivas Dash9, ex-ferronorte, uma AC44i na cauda, e outras duas locomotivas operando de Helper, uma C30-7 e uma AC44i para vencer a forte rampa da região de Canguera.
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Trens da Rumo nos campos do Mato Grosso
🇧🇷 A viagem de hoje nos leva a extremidade mais nova da Ferronorte, já próximo do terminal ferroviário de Rondonópolis/MT.
Este novo trecho ferroviário entre Alta Araguaia e Rondonópolis, com 260 KM foi inaugurado no ano de 2013, se tornando o maior corredor de exportação de grãos do Brasil.
E não para por aí. Com o novo regime de autorizações ferroviárias, a Rumo Logistica já assinou contrato para a construção de uma nova ferrovia de 730 KM, sendo uma expansão da Ferronorte, de Rondonópolis/MT até Lucas do Rio Verde/MT, passando por Campo Verde, Cuiabá e Nova Mutum. As obras já devem começar ainda neste ano de 2022, a partir do segundo semestre.
Neste vídeo de hoje, vemos dois trens da Rumo registrados próximos da MT-370, entre Rondonópolis e Itiquira, um primeiro com duas locomotivas AC44i e aproximadamente 80 vagões vazios, e um segundo, trem carregado com 3 locomotivas AC44i, operado por locotrol com mais de 120 vagões.
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Trem da Vale carregando rolos de fio máquina
🇧🇷 Quando imaginamos trens, podemos imaginar os mais variados tipos de cargas. No Brasil, os predominantes são os trens com vagões graneleiros, transportando grãos como soja e milho, os vagões gôndola para transporte de minério de ferro, vagões tanque para combustíveis e os vagões plataforma e double stack para transporte de contêineres.
Mas neste dia, tive a sorte de registrar um trem da Vale com uma carga de rolos de fio máquina, ou fios de aço (algo bastante diferente pelo menos para mim) serpenteando a bela região montanhosa da cidade de Barão de Cocais/MG. De acordo com alguns amigos railfans de Minas, este trem vem de João Monlevale, sentido Contagem/MG, e costuma passar no período da noite, e neste caso ele pode ter se atrasado por algum motivo.
Isto eu não posso negar, quando o assunto é sair para fazer registros de trens, tenho alguns momentos de sorte.
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Compiladão com 10 trens na Serra do Mar, no Paraná
🇧🇷 O video de hoje é uma combinação de videos, registrados em apenas um dia do ano de 2020, na ferrovia Curitiba Paranaguá. Assim podemos ter uma ideia do movimento de trens que passam diariamente nos dois sentidos da serra do mar.
Para cada trem carregado, é necessário subir outros 3 vazios em média, devido ao tamanho dos pátios de cruzamento, que comporta no máximo uns 45 vagões. Neste vídeo veremos 3 trens carregados, e outros 7 vazios.
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Locomotivas Dash 9 em Mauá da Serra/PR
🇧🇷 A vida de railfan costuma ser sempre muito corrida, onde registramos trens passando em um certo local, fazemos nossos registros, e já temos que sair correndo para registrar em outro local, aproveitando ao máximo os melhores pontos de registro de trens da localidade em questão.
Mas também é necessário dar uma pausa da correria, e ficar apenas admirando a movimentação dos trens. Na cidade de Mauá da Serra, no Paraná, sempre é de costume registrar o primeiro trem, antes de sair registrar em outros lugares, e o último trem do dia.
No video de hoje, vemos os trens com locomotivas Dash-9, com pinturas da ALL, passando lentamente em nossas telas, para apreciar o som dos motores FDL 16 de 16 cilindros, em diversos níveis de rotação, e admirar a já extinta (e mais bela) pintura nas cores da ALL para esta locomotiva em questão, já que todas as 15 locomotivas já estão com pintura da Rumo.
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Trens de minério da MRS na ferrovia do aço, em Coronel Xavier Chaves
🇧🇷 Os túneis e os grandes viadutos da ferrovia do Aço, se destacam no horizonte da pequena cidade de Coronel Xavier Chaves, em Minas Gerais.
A pequena cidade se tornou um canteiro de obras, durante a construção da ferrovia, nos anos 70, que fez sua população passar de 900 para mais de 3000 habitantes, a grande maioria, operários que vinham de todas as partes do Brasil.
Durante duas passagens que fiz pela cidade, no ano de 2021, fiz alguns registros de trens. Nesta última, gravei 2 trens locotrol da MRS, com vagões de minério de ferro, como podemos ver no vídeo.
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Locomotivas G22U ecoando nos Campos Gerais, no Paraná
🇧🇷 As locomotivas G22-U se destacam a muitos quilometros de distancia, devido ao seu som "estralante". Uma sinfonia para alguns, um incomodo para muitos. A G22-U tem um motor de 12 cilindros em V aspirado, com uma rotação máxima de 900 RPM, o que acaba gerando todo um barulhão. Como são locomotivas de 1500 HP de potência, precisam de pelo menos umas 3 ou 4, para uma composição de tamanho razoável, aumentando ainda mais a sinfonia estralante pelos campos do Paraná. Quando estou em Irati, durante a noite é possível escutar o trem subindo em aceleração máxima a pelo menos uns 15 KM de distância.
No video de hoje, vemos uma quadra de locomotivas G22U na região de Teixeira Soares/PR, com uma composição de containeres carregados de Frango congelado para exportação. E curtam só a barulheira da aceleração nesta subida
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Viaduto na Ferrovia do Aço em Jeceaba MG
🇧🇷 O viaduto de Jeceaba é uma grande obra de arte da engenharia, onde a ferrovia do Aço (linha por cima) cruza o Ramal de Paraopeba (linha por baixo). Para os railfans, é um lugar desejado por um grande desafio. Conseguir fotografar e filmar um trem passando por cima, e outro por baixo, simultaneamente. Até então, vi pouquissimos registros desta enorme façanha.
Na disposição do vídeo, podemos traçar as seguintes rotas: Para a direita, a ferrovia segue para Joaquim Murtinho, e um desvio circular onde é possivel acessar a ferrovia do aço acima. Para cima, os trens de minério descem carregados a partir de Itabirito, sentido o pátio P1-7 e serra abaixo sentido os portos do Rio de Janeiro. Para a esquerda, a ferrovia segue sentido Belo Horizonte.
No video podemos ver, um trem de minério carregado com 136 vagões pela ferrovia do aço, e logo após, a passagem de um trem vazio pela linha de baixo do ramal de Paraopeba
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Trem Gigante da RUMO na subida do Botuxim, Itu/SP
🇧🇷 Este lugar se destaca, na lista dos mais belos pontos de fotografia, que conheci nos últimos anos de corrida atrás de registros dos trens em ferrovias brasileiras. Localizado no Botuxim, um bairro da cidade de Itu/SP, podemos apreciar os trens despejando toda a potência nesta subida que se alonga, até chegar em Canguera, região de São Roque, onde são necessários ainda mais locomotivas para vencer as rampas adiante.
Nesta região podemos ver os mais variados trens da Rumo, VLi e MRS, mas quem se destaca mesmo, são os grandes cargueiros de grãos da RUMO, como podemos ver no vídeo, com mais de 120 vagões carregados, vindo tanto da Ferronorte, como do trecho já operacional da Ferrovia Norte-Sul.
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Trens de Celulose da Bracell, Klabin e Suzano
🇧🇷 A grande novidade das ferrovias brasileiras nos últimos anos, tem sido os trens que fazem transporte de celulose, como os trens que veremos neste vídeo, o da Bracell, da Klabin e da Suzano, que enviam suas produções diretamente para os portos de Santos e Paranaguá.
Esta grande movimentação de cargas de celulose por ferrovia, tem um grande propósito, que vai muito além do maior volume transportado, menor custo de frete e eficiência logística: A menor emissão de carbono na atmosfera.
Quando se trata de mercado externo, existe esta exigência de "quantas toneladas" de carbono serão emitidas desde a retirada da matéria prima da floresta (a floresta entra como saldo, por absorver o carbono), e todo o processo de fabricação até o final da cadeia produtiva. E as ferrovias entram nesta conta, por emitir menos carbono do que o transporte por caminhões, por exemplo. Por isso, vemos empresas deste setor atuando muito fortemente na compra de locomotivas modernas, que possuem maior eficiência energética e uma menor emissão de carbono e grandes frotas de vagões para transporte.
No vídeo de hoje, temos 3 pequenos vídeos de trens transportando celulose em ferrovias pelo Brasil.
O primeiro, um trem da MRS com duas locomotivas AC44i, com vagões da Bracell, na subida de Canguera, São Roque/SP. O segundo trem, é um trem da RUMO, com duas locomotivas ES43BBI e vagões da Klabin, circulando na ferrovia do Minuano, em Ortigueira/PR. E para finalizar, um misto do apelidado "Vaca Amarela" com os vagões rebitolados do "Vaca Verde", operados com duas locomotivas Dash-9, no pátio de Itirapina/SP.
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Trens da Rumo na Ferroeste, Paraná
🇧🇷 A Ferroeste, ferrovia estatal do estado do Paraná, será incorporado ao processo de leilão da "Nova Ferroeste", que deverá acontecer ainda neste ano de 2022. O projeto da Nova Ferroeste, já tem um estudo de impacto ambiental pronto, em todo seu traçado entre Maracaju/MS e Paranaguá/PR.
Os trechos do video que hoje, onde vemos trens da RUMO circulando, foi inaugurado em 1994, e apesar de ser uma ferrovia nova, deverá passar por retificação em alguns pontos específicos, e deverá ser transformada para Bitola Larga, de 1,6m, padrão nas novas ferrovias do Brasil.
Enquanto este futuro não chega, vamos aguardar vendo os trens que rodam pela "Velha Ferroeste". Neste vídeo, vemos a operação de trens da RUMO na Ferroeste, na travessia da BR-158, em Laranjeiras do Sul/PR, e na zona rural de Goioxim/PR
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Trens na curva da serpente de aço, em Guaraúna/PR
🇧🇷 Por que tantas curvas ? Este trecho sinuoso da Ferrovia Itararé-Uruguai, ou ferrovia São Paulo - Rio Grande, na região de Guaraúna, distrito de Teixeira Soares, no Paraná, é cheio de histórias e questionamentos, que vão muito além desta sequência de curvas, e da corrupção relatada na construção da mesma.
Em resumo da história, a Brazil Railway Company receberia da União, o valor de 30 contos de réis por quilômetro construído (em uma conversão hipotética R$ 3,7 milhões nos dias atuais), 15 KM (Sim, 15 quilômetros) de terras de cada lado da ferrovia, além de Juros de 6% ao ano sobre todo o capital investido na ferrovia. Daí lógico, o negócio era alongar o trajeto ao máximo possível, com muitas curvas desnecessárias, economizando na construção de pontes, aterros e túneis. Um ótimo negócio.
Também por estas curvas, em outubro de 1909, passou o "Trem Pagador", um comboio que partiu de Ponta Grossa/PR com destino a Herval do Oeste/SC. Este era um trem carregado de dinheiro destinado ao pagamento das empreiteiras que participavam da construção da ferrovia, e que foi assaltado próximo do KM 150, na localidade de Pinheiro Preto/SC. De acordo com historiadores, o valor correspondia a 375 contos e 300 réis, cerca de 15% da arrecadação anual do Estado de Santa Catarina (em uma conversão hipotética de R$ 46 milhões).
E toda esta história somada, não poderia terminar bem. Com o término da construção da ferrovia a partir de 1910, a Brazil Railway Company deixou de cumprir a sua parte de levar pelo menos 4000 trabalhadores para seus lares Brasil afora. Todo este pessoal perambulando pela região, juntamente com nativos que também foram demitidos com o término das obras, e um conjunto de posseiros revoltados que perderam suas terras com a desapropriação da faixa de 30 quilômetros da ferrovia, criaram o estopim do que veio a ser a “Guerra do Contestado”, conflito armado que ocorreu entre 1912 e 1916. Mas esta é uma longa história.
Nesta ferrovia cheia de história, ainda se mantém um trecho operacional com trens tão cheios de riqueza como o famoso “Trem Pagador”. Neste vídeo, registramos a passagem de dois trens, serpenteando nas curvas da ferrovia. No sentido importação, temos um trem com carga de fertilizantes, cimento e vagões vazios com destino a Ferroeste, em Cascavel. No sentido contrário, trem com contêineres carregados com frango congelado para exportação.
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Trem de passageiros da Serra do Mar/PR: 3 registros em 1 vídeo
🇧🇷 Para quem gosta de relembrar os trens de passageiros, fiz a segunda versão do vídeo combo 3 em 1. Os registros desta vez, são do ano de 2017, em outros 3 pontos da Serra do Mar Paranaense.
O passeio de trem na ferrovia Curitiba Paranaguá ocorre todo sabado e domingo, feriados e periodos de ferias. O trajeto de Curitiba a Morretes dura em média 4 horas. Neste vídeo trouxemos alguns registros da passagem do trem por outros pontos da serra.
Na primeira parte, encontramos o trem de passageiros tracionado por duas locomotivas GT22-CUM, contornando o clássico viaduto Carvalho, mas desta vez visto de outro angulo. A segunda parte, vemos o trem subindo a serra, também com duas locomotivas GT22-CUM e as 3 Litorinas rebocadas na cauda do trem, passando em frente a estação do Engenheiro Lange. E na última parte, vemos o trem de passageiros chegando na estação Marumbi.
Na postagem de Setembro de 2021, deixei uma lista dos passeios de trem disponíveis no Brasil. Vou reforçar esta lista, para aqueles que desconhecem de todos os passeios de trem existentes no Brasil.
Trens diários
Estrada de Ferro Vitória a Minas: Belo Horizonte/MG a Vitória/ES
Estrada de Ferro Carajás: São Luís/MA a Parauapebas/PA
Passeios regulares
Trem da Serra do Mar Paraná: Curitiba/PR a Morretes/PR aos finais de semana e feriados
Trem Caiçara: Morretes/PR a Antonina/PR aos finais de semana e feriados
Trem da Serra do Mar/SC: Rio Negrinho/SC a Corupá/SC, um final de semana por mês
Trem das Termas: Piratuba/SC a Marcelino Ramos/RS
Maria Fumaça da Serra Gaúcha: Bento Gonçalves/RS a Carlos Barbosa/RS
Trem Maria Fumaça de Campinas: Campinas/SP a Jaguariúna/SP
Maria Fumaça Bitolinha: Tiradentes/MG a São João Del-Rey/MG
Trem da Vale de Ouro Preto: Ouro Preto/MG a Mariana/MG
Trem Republicano: Itu/SP e Salto/SP aos finais de semana
Trem do Vale Europeu: Apiúna/SC um fim de semana por mês
Novos passeios, e passeios eventuais.
Expresso Vale das Frutas - Valinhos/SP, Vinhedo/SP e Louveira/SP
Trem de Guararema/SP
Maria Fumaça Tubarão/SC, Jaguaruna/SC e Urussanga/SC
Trem dos Tropeiros - Mafra/SC a Lapa/PR, no mês de setembro
Maria Fumaça Lapa/PR a Mafra/SC, no mês de junho
Trem dos Vales - Guaporé/RS a Muçum/RS
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Trens e carros compartilhando a mesma ponte
🇧🇷 Vocês conseguem imaginar Trens e Carros compartilhando o mesmo espaço, em alguma cidade daqui do Brasil ? Encontramos um lugar, onde isto ocorre de forma pacífica (ou não) !
Trens e carros geram motivos de muita discórdia quando compartilham espaços dentro das cidades, é o trem que tranca passagem de nível, são os carros que não respeitam os trens, e geram acidentes, e a população reclamando do barulho e da buzina do trem. Já nesta cidade de Minas Gerais, eles são obrigados a conviver em harmonia por questão de sobrevivência.
Ribeirão Vermelho, ao lado de Lavras/MG, tem uma ligação com a cidade vizinha, em uma ponte rodoferroviária, que é compartilhada pelos trens da VLI, que operam na "Rota do Calcário", com os automóveis, pequenos caminhões, ônibus, motos e carros.. Neste vídeo poderemos ver que há uma sinalização para a passagem dos trens e dos automóveis, cada um na sua vez. Nesta travessia, veremos um trem da VLI com 4 locomotivas BB36-7, duas na frente, e outras duas no meio, operando por locotrol, com uma carga mista de pedras para lastro ferroviário, e vagões de calcário, sentido Rio de Janeiro. E poderemos ver que logo em seguida a passagem do trem, os carros seguem a composição.
OBS: No vídeo onde falo da placa, sobre a limitação de 8t por eixo de caminhão, encontrei pelo google street view, atualização de dezembro de 2021, a placa com esta informação. Postei a foto da placa nos comentários.
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Trem da VLI operando em Bitola Mista em Canguera/SP
🇧🇷 Com o passar dos anos, as bitolas ferroviárias no Brasil, se tornaram uma verdadeira salada de frutas, pela quantidade de padrões adotados ao longo dos anos. No Brasil, há o registro de pelo menos 8 diferentes larguras entre os trilhos. Pode variar de 0,60m na Perus-Pirapora, até 1,60m, bastante utilizada nas ferrovias contruidas mais recentemente.
As duas bitolas mais amplamente utilizadas no Brasil, é a métrica, com 1 metro, e a Irlandesa com 1,60m, enquanto a bitola de padrão internacional é de 1,45m. O padrão exigido para a construção de novas ferrovias é de 1,60m, mas podendo ser mista para interligar com trechos de bitola métrica.
O trecho do corredor de exportação em São Paulo, na região de Canguera, conseguimos ver bem estas diferenças. Ali devido a grande demanda de trens, toda a via é duplicada, e com utilização de bitola mista. Ali podemos ver trens da MRS e RUMO operando em Bitola Larga, e trens da VLI e da RUMO operando na métrica. Já os trens da VLI podem operar nos dois modelos.
Para tornar viável a operação da bitola mista, foi criado o vagão madrinha, que podemos ver acopladas as locomotivas neste vídeo. O vagão madrinha nada mais é que um vagão com dois engates adaptados para os dois diferentes modelos de bitolas, já que com a diferença da bitola, também há a diferença de altura de vagões e locomotivas.
O modelo misto adotado pela VLi, pode ser vista nesta video. Neste trem de grãos, é comandada por uma locomotiva GE AC44i da bitola larga, com um vagão madrinha para acoplar com os vagões graneleiros da métrica. No meio do trem tem uma locomotiva EMD SD70-BB, da métrica, e no fim do trem vemos as helper da RUMO, uma locomotiva C30-7 e uma AC44i, que são da bitola larga.
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Trem tanqueiro da Rumo em Itirapina/SP
🇧🇷 Durante a semana que passou, e pelos proximos dias, estou viajando pelo Brasil para novos registros de trens das diversas ferrovias do Brasil. Desta vez, começamos pelo corredor de exportação da malha paulista, alguns registros de trens da VLI no sul de minas e na Vitoria Minas, e mais alguns registros na MRS.
Neste primeiro video da viagem atual, vemos um registro de um trem de combustivel pego no "susto" no pátio de Itirapina/SP, com 3 locomotivas AC44i da RUMO, com a pintura fase I, pintura do tempo que a ALL ainda era a concessionaria da malha paulista.
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Brazil TRAIN RUMO three SD40 locomotives on Paraná Viaduct
RUMO Logistica train with SD40-2 Progress Rail 9590, SD40-2 ALL 9454 (ex CP 5649) and SD40T-2 ALL 9522 passing over the Paraná viaduct, in Faxinal, Paraná, Brazil. Registered in April 2016.
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