Canto do Cardeal-do-Norte
O cardeal do norte (Cardinalis cardinalis) é um pássaro do gênero Cardinalis; também é conhecido coloquialmente como o pássaro vermelho, cardeal comum, cardeal vermelho, ou apenas cardeal (que era seu nome antes de 1985). Pode ser encontrado no sudeste do Canadá, através do leste dos Estados Unidos, do Maine ao Minnesota ao Texas, e ao sul através do México, Belizee Guatemala. É também uma espécie introduzida em alguns locais como Bermudas e Havaí. Seu habitat inclui florestas, jardins, arbustos e pântanos.
O cardeal do norte é um pássaro-canção de tamanho médio com um comprimento corporal de 21-23 cm (8,3-9,1 in). Tem uma crista distinta na cabeça e uma máscara no rosto que é preta no masculino e cinza na fêmea. O macho é um vermelho vibrante, enquanto a fêmea é uma cor de azeitona avermelhada. O cardeal do norte é principalmente granívoro,mas também se alimenta de insetos e frutas. O macho se comporta territorialmente,marcando seu território com música. Durante o namoro, o macho alimenta a semente do bico-a-bico feminino. Uma embreagem de três a quatro ovos é colocada, e duas a quatro embreagens são produzidas a cada ano. Ele já foi valorizado como um animal de estimação, mas sua venda como pássaro de gaiola foi proibida nos Estados Unidos pela Lei do Tratado de Aves Migratórias de 1918.
Taxonomia
O cardeal do norte é uma das três aves do gênero Cardinalis e está incluído na família Cardinalidae, que é composta de aves transeuntes encontradas na América do Norte e do Sul.
O cardeal do norte foi uma das muitas espécies originalmente descritas por Carl Linnaeus em sua 1758 10ª edição do Systema Naturae. [2] Foi inicialmente incluído no gênero Loxia (como Loxia cardinalis), que agora contém apenas bicos cruzados. Em 1838, foi colocado no gênero Cardinalis e recebeu o nome científico Cardinalis virginianus, que significa "Cardeal da Virgínia". Em 1918, o nome científico foi mudado para Richmondena cardinalis para homenagear Charles Wallace Richmond, um ornitólogo americano. [3] Em 1983, o nome científico mudou novamente para Cardinalis cardinalis e o nome comum foi mudado para "cardeal do norte", para evitar confusão com as várias outras espécies também denominadas cardeais. [4]
O nome comum, assim como o nome científico, do cardeal do norte refere-se aos cardeais da Igreja Católica Romana, que usam mantos vermelhos e bonés distintos.[5][6] O termo "norte" no nome comum refere-se ao seu alcance, por ser a espécie cardeal mais ao norte.
Descrição
Cardeal do norte masculino em Manhasset, Nova York
Cardeal do Norte masculino em Hudson, Ohio
O cardeal do norte é um pássaro-canção de tamanho médio com um comprimento corporal de 21-23,5 cm (8,3-9,3 polegadas) e uma envergadura de 25-31 cm (9,8-12,2 in). O adulto pesa de 33,6 a 65 g (1,19-2,29 oz), com média de 44,8 g (1,58 oz). [8] As médias masculinas ligeiramente maiores que a fêmea. [9] O macho adulto é uma cor vermelha vermelha brilhante com uma máscara facial preta sobre os olhos, estendendo-se até o peito superior. A cor fica mais maçante e mais escura nas costas e nas asas. [10] A fêmea é fawn, com tons castanhos acinzentados e uma leve tonalidade avermelhada nas asas, na crista e nas penas da cauda. [11] A máscara facial da fêmea é cinza para preto e é menos definida do que a do macho. Ambos os sexos possuem cristas elevadas proeminentes e bicos coloridosde corais brilhantes. O bico é em forma de cone e forte. [10] Pássaros jovens, tanto machos quanto fêmeas, apresentam coloração semelhante à fêmea adulta até o outono, quando se fundem e crescem penas adultas. [12] Eles são marrons acima e marrom-vermelho abaixo, com crista de tijolo, testa, asas e cauda. [4] As pernas e pés são um marrom-rosa escuro. A íris do olho é marrom. [4] A cor de plumagem dos machos é produzida a partir de pigmentos carotenoides na dieta. [13] A coloração é produzida a partir de pigmentos vermelhos e car carotenoides amarelos. [14][15] Os machos cardeais do norte normalmente metabolizam pigmentos carotenoides para criar pigmentação de plumagem de uma cor diferente do pigmento ingerido. Quando alimentados apenas com pigmentos amarelos, os machos se tornam uma cor vermelha pálida. [14] Alguns cardeais "amarelos morfo", um traço chamado xanthochroism,não têm a enzima para fazer essa conversão. Seu bico e penas (exceto a máscara facial preta) são amarelos. Avistamentos são raros. [16][17]
Durante o inverno, tanto o macho quanto a fêmea vão apifo-se em suas penas para baixo, a fim de prender o ar quente ao lado de seu corpo e impedir que o ar frio chegue ao seu corpo. As penas para baixo são pequenas e cabeludos na base de cada pena de voo. As pernas e pés de quase todos os pássaros são finos e carecem de penas, e por isso são vulneráveis à rápida perda de calor. [18] Portanto, muitos se revezam colocando uma perna de cada vez em seu corpo para mantê-las aquecidas enquanto ainda usam a outra para ficar em pé.
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Bigodinho Canto Paulista - Lindo Canto
O Bigodinho é uma ave de porte pequeno, possuindo o corpo mais delgado, dando-lhe um aspecto delicado. Sua plumagem é branca e preta, o que lhe confere uma característica diferenciada.
Já as fêmeas têm uma plumagem bem parda, com tons um tanto amarelos na parte de baixo do bico.
É bastante comum ser confundido com o Coleiro, mas também é conhecido popularmente em diferentes regiões do país como:
Estrelinha;
Bigode;
Bigodeiro;
Papa-Capim;
Bigorrilho;
Cigarrinha.
O bigodinho tem o nome cientifico é Sporophila Lineola e é pertencente família Thraupidae.
Por sua vez, o seu nome científico vem do grego sporos que significa semente. Já philos também é do grego que representa que gosta e amigo. Em contrapartida, lineola ou línea que vem do latim significa diminutivo de linha e pequena linha. Ou seja, o nome científico do bigode significa pássaro com pequena linha que gosta de sementes ou também papa-capim com pequena linha.
Uma questão importante sobre a criação dessa ave é que ela só pode ser feita com a autorização devida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Bigodinho
Onde vive o Bigodinho?
Este pássaro é nativo do clima tropical do Brasil, tendo a possibilidade de ser visto no país todo, basicamente. As únicas exceções são o Acre, o Rio Grande do Sul e Rondônia.
Por ser uma ave de instinto migratório, quando ocorre o inverno na região do sul, ela alça voo para o Nordeste e Amazônia do país.
O bigode aparece no Paraná e no Espírito Santo no mês de dezembro, com o intuito de formar seu ninho para reprodução e depois o animal some entre o mês de março e o mês de abril.
Na parte leste do Piauí e do Maranhão surge somente do mês de maio adiante. Já em Minas Gerais, na região Sul, só aparece no mês de novembro e desaparece em abril.
O Bigodinho pode ser visto em outros países sul-americanos também, como:
Colômbia;
Venezuela;
Equador;
Guianas;
Peru;
Bolívia.
Esta espécie costuma habitar locais como os campos mais abertos, plantações, área com gramíneas bem altas, clareira arbustiva e borda de capoeira, especialmente que estão próximos de água.
Características
Os Bigodinhos não vivem em bando, mas sim aos pares.
No entanto, em algumas ocasiões, salvo em épocas reprodutivas, podem juntar-se aos demais. Outras de suas características são:
A marcação do preto de sua plumagem com as partes mais clarinhas é marcante;
No alto das cabeças das aves há uma espécie de estria de cor branca;
O bico dele é bem pequeno e da cor preta;
A cabeça apresenta-se com leve volume;
As caudas mostram-se bem longa;
A íris do pássaro é escurecida;
Seu tarso apresenta-se acinzentado.
O pássaro mede, em média, entre 10 a11 centímetros de comprimento. Já o peso está entre 7,5 a 12 gramas;
Até o momento, não é conhecimento ou foi catalogado subespécie;
Gosta de milho triturado como quirera;
Para descansar, tem o hábito frequente de formar bandos, quando não estão em período reprodutivo, com animais da mesma espécie ou papa-capins;
Preferem subir nos pendões de gramíneas para garantir seu alimento e, dessa forma, poder comer, por exemplo, as suas sementes.
Quanto tempo vive um Bigodinho?
A espécie do Bigodinho, quando bem cuidada e em condições propícias, pode viver por aproximadamente 30 anos em cativeiro.
Como criar um Bigodinho?
Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Reprodução
O Bigodinho não se mostra difícil de reproduzir, quer seja em gaiolas ou viveiros.·.
Já estando livre pela natureza, a ave se reproduz entre os meses de setembro até janeiro, tal como grande parte de outras espécies.
O macho demarca e protege seu território, ao passo que a fêmea confecciona seu ninho.
Por sua vez, o macho é responsável por levar alimentação a fêmea e os filhotes. Em contrapartida, a fêmea cabe realizar todas as atividades referentes à reprodução.
Em princípio, deve-se deixar à fêmea e o macho separados, mas próximos ou fazendo uso da divisão de gaiola criadeira. Assim, o macho cantará para a fêmea, de forma que ela o aceitará aos poucos.
É necessário adquirir um ninho no formato de taça, deixando o material dentro da gaiola, como raízes de capins secos e fibras de coco. Desta forma, a fêmea deixará seu “berço” como quiser.
Alimentação
A ração oferecida precisa ser bastante balanceada. No mercado, hoje em dia, existe uma infinidade de composições e marcas, também com variados preços.
As rações específicas para esse tipo de ave é basicamente a mistura das sementes, como:
Alpistes;
Senhas;
Diversos tipos do painço;
Etc.
Verduras como couve, almeirão e chicória, podem integrar a dieta do Bigodinho. Outro tipo de alimento que ele gosta muito é de jiló e milhos triturados.
Média de preço
Uma ave dessa espécie chega a custar, em média, de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Vale lembrar que para uma criação legalizada é preciso autorização certificada do Ibama.
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Lindo Canto do Bigodinho
O Bigodinho é uma ave de porte pequeno, possuindo o corpo mais delgado, dando-lhe um aspecto delicado. Sua plumagem é branca e preta, o que lhe confere uma característica diferenciada.
Já as fêmeas têm uma plumagem bem parda, com tons um tanto amarelos na parte de baixo do bico.
É bastante comum ser confundido com o Coleiro, mas também é conhecido popularmente em diferentes regiões do país como:
Estrelinha;
Bigode;
Bigodeiro;
Papa-Capim;
Bigorrilho;
Cigarrinha.
O bigodinho tem o nome cientifico é Sporophila Lineola e é pertencente família Thraupidae.
Por sua vez, o seu nome científico vem do grego sporos que significa semente. Já philos também é do grego que representa que gosta e amigo. Em contrapartida, lineola ou línea que vem do latim significa diminutivo de linha e pequena linha. Ou seja, o nome científico do bigode significa pássaro com pequena linha que gosta de sementes ou também papa-capim com pequena linha.
Uma questão importante sobre a criação dessa ave é que ela só pode ser feita com a autorização devida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Bigodinho
Onde vive o Bigodinho?
Este pássaro é nativo do clima tropical do Brasil, tendo a possibilidade de ser visto no país todo, basicamente. As únicas exceções são o Acre, o Rio Grande do Sul e Rondônia.
Por ser uma ave de instinto migratório, quando ocorre o inverno na região do sul, ela alça voo para o Nordeste e Amazônia do país.
O bigode aparece no Paraná e no Espírito Santo no mês de dezembro, com o intuito de formar seu ninho para reprodução e depois o animal some entre o mês de março e o mês de abril.
Na parte leste do Piauí e do Maranhão surge somente do mês de maio adiante. Já em Minas Gerais, na região Sul, só aparece no mês de novembro e desaparece em abril.
O Bigodinho pode ser visto em outros países sul-americanos também, como:
Colômbia;
Venezuela;
Equador;
Guianas;
Peru;
Bolívia.
Esta espécie costuma habitar locais como os campos mais abertos, plantações, área com gramíneas bem altas, clareira arbustiva e borda de capoeira, especialmente que estão próximos de água.
Características
Os Bigodinhos não vivem em bando, mas sim aos pares.
No entanto, em algumas ocasiões, salvo em épocas reprodutivas, podem juntar-se aos demais. Outras de suas características são:
A marcação do preto de sua plumagem com as partes mais clarinhas é marcante;
No alto das cabeças das aves há uma espécie de estria de cor branca;
O bico dele é bem pequeno e da cor preta;
A cabeça apresenta-se com leve volume;
As caudas mostram-se bem longa;
A íris do pássaro é escurecida;
Seu tarso apresenta-se acinzentado.
O pássaro mede, em média, entre 10 a11 centímetros de comprimento. Já o peso está entre 7,5 a 12 gramas;
Até o momento, não é conhecimento ou foi catalogado subespécie;
Gosta de milho triturado como quirera;
Para descansar, tem o hábito frequente de formar bandos, quando não estão em período reprodutivo, com animais da mesma espécie ou papa-capins;
Preferem subir nos pendões de gramíneas para garantir seu alimento e, dessa forma, poder comer, por exemplo, as suas sementes.
Quanto tempo vive um Bigodinho?
A espécie do Bigodinho, quando bem cuidada e em condições propícias, pode viver por aproximadamente 30 anos em cativeiro.
Como criar um Bigodinho?
Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Reprodução
O Bigodinho não se mostra difícil de reproduzir, quer seja em gaiolas ou viveiros.·.
Já estando livre pela natureza, a ave se reproduz entre os meses de setembro até janeiro, tal como grande parte de outras espécies.
O macho demarca e protege seu território, ao passo que a fêmea confecciona seu ninho.
Por sua vez, o macho é responsável por levar alimentação a fêmea e os filhotes. Em contrapartida, a fêmea cabe realizar todas as atividades referentes à reprodução.
Em princípio, deve-se deixar à fêmea e o macho separados, mas próximos ou fazendo uso da divisão de gaiola criadeira. Assim, o macho cantará para a fêmea, de forma que ela o aceitará aos poucos.
É necessário adquirir um ninho no formato de taça, deixando o material dentro da gaiola, como raízes de capins secos e fibras de coco. Desta forma, a fêmea deixará seu “berço” como quiser.
Alimentação
A ração oferecida precisa ser bastante balanceada. No mercado, hoje em dia, existe uma infinidade de composições e marcas, também com variados preços.
As rações específicas para esse tipo de ave é basicamente a mistura das sementes, como:
Alpistes;
Senhas;
Diversos tipos do painço;
Etc.
Verduras como couve, almeirão e chicória, podem integrar a dieta do Bigodinho. Outro tipo de alimento que ele gosta muito é de jiló e milhos triturados.
Média de preço
Uma ave dessa espécie chega a custar, em média, de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Vale lembrar que para uma criação legalizada é preciso autorização certificada do Ibama.
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Canto do Aracuã
Aracuã-pintado
O aracuã-pintado é uma ave galliforme da família Cracidae.
Também conhecido como aracuã-comum, araquã, araquã-pintada, aracuã-paulista.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) ortalis = galinha; e do (latim) guttata, gutta = manchado, salpicado, com pintas, pintado. ⇒ Galinha pintada.
Características
Pesa cerca de 620 gramas e mede entre 42 e 53 centímetros de comprimento.
O seu aspecto geral é semelhante a um faisão, com asas arredondadas e cauda relativamente longa. As patas são relativamente curtas e amarelas. A plumagem é baça, em tons de marrom e cinzento, com a barriga mais clara, muito semelhante em todas as espécies. A zona da face é desprovida de penas e acinzentada, enquanto que a área da garganta apresenta uma pequena mancha vermelha. Margens brancacentas nas penas da cabeça, pescoço e peito. Barriga cinza esbranquiçado. Tem o corpo inteiro marrom, fêmeas com manchas brancas em todo o pescoço e machos com um “colar” branco amarelado.
Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:
Ortalis guttata guttata (Spix, 1825) - ocorre do leste da Colômbia até o Equador, leste do Peru, norte da Bolívia e região adjacente do oeste do Brasil;
Ortalis guttata subaffinis (Todd, 1932) - ocorre no leste e nordeste da Bolívia.
Obs.: A subespécie Ortalis guttata remota (Pinto, 1960) foi elevada ao nível de espécie plena (Ortalis remota), com o nome popular aracuã-guarda-faca.
Vocalização
Voz como a galinha d'angola doméstica e também é semelhante a um cacarejo; “ha-ga-gá-gogok” (“aracuan”), repetido, apressado, áspero. Vocaliza quando está na época de reprodução, podendo também vocalizar quando em perigo.
Alimentação
Alimenta-se de frutas, folhas, brotos, grãos e insetos. Vive em matas fechadas, podendo invadir áreas com plantações grandes, nem sempre em bando. No estado do Pará já foi vista alimentando-se de açaí.
Reprodução
O par faz seu ninho em mata fechada, às vezes no alto das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos; aproveitam também ninhos abandonados de aves diferentes. Põe de 2 a 3 ovos, que são incubados de 25 a 30 dias.
Hábitos
É ave gregária, que pode ser encontrada em grupos familiares muito barulhentos. Voa apenas quando necessário, sempre o casal, emitindo um barulho com as asas. É uma ave muito caçada por moradores, pois possui uma quantidade “satisfatória” para famílias.
Habitat
Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
Distribuição Geográfica
Ocorre no Brasil predominantemente nos Estado de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Pará e Amazonas. Ocorre também na Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
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Canto do Bico de Prata - Pipira Vermelha
Pipira-vermelha
A pipira-vermelha (Ramphocelus carbo) é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
Também conhecida como bico-de-prata, bico-de-louça (região dos cocais, Maranhão), chau-baeta (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais), pepita, pipira (Amazônia), pipira roxa (Piauí), pipira-de-papo-vermelho e pipira-de-prata. Destaca-se pela base branca no bico do macho semelhante à da espécie tiê-sangue (Ramphocelus bresilius).No pantanal de Mato Grosso(Poconé, Cáceres, Barão de Melgaço) ele é conhecido como bico de prata. Talvez o nome “chau-baeta” seja usado no Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) rhamphos = bico; e koilos, këlis, kelas = côncavo, marcado; e do (latim) carbo = carvão, de coloração escura como carvão. ⇒ (Ave) com bico côncavo da cor de carvão.
Características
Mede entre 16 e 18 centímetros e pesa entre 21,5 e 37,5 gramas, dependendo da subespécie (ver biometrias da subespécie R. c. connectens em Lima & Guilherme 2020). A grande característica da espécie é a base branca do bico do macho. Parece uma peça de porcelana, pelo brilho e formato. Fêmeas e machos juvenis não a possuem. Nesses últimos, o bico vai adquirindo, pouco a pouco, a coloração final, Desse modo, algumas aves com plumagem feminina e base do bico destacada podem ser os machos juvenis. Nos machos, o negro domina a plumagem do corpo, com tons avermelhados na parte da frente. O vermelho destaca-se conforme a iluminação do local e aumenta de intensidade em aves tomando sol, quando as penas são afastadas entre si, algumas na cabeça parecendo cabelos, ao serem eriçadas. As fêmeas e machos juvenis apresentam o negro na parte superior do corpo e as partes inferiores lavadas de marrom avermelhado. Vários machos estão presentes nos bandos, o que permite logo a identificação da espécie, caso haja dúvidas quanto à fêmea.
Subespécies
Possui oito subespécies:
Ramphocelus carbo carbo (Pallas, 1764) - ocorre do sudeste da Colômbia até as Guianas, no leste do Peru e no norte do Brasil;
Ramphocelus carbo unicolor (P. L. Sclater, 1856) - ocorre ao leste dos sopés da Cordilheira dos Andes da Colômbia, na região de Cundinamarca e na região de Meta;
Ramphocelus carbo magnirostris (Lafresnaye, 1853) - ocorre na Ilha de Trinidad no Caribe; um único espécime foi coletado no nordeste da Venezuela, na província de Sucre;
Ramphocelus carbo venezuelensis (Lafresnaye, 1853) - ocorre no leste da Colômbia e no oeste da Venezuela;
Ramphocelus carbo capitalis (Allen, 1892) - ocorre no nordeste da Venezuela, da região de Anzoátegui até o sudeste de Monagas, e no delta do Amacuro;
Ramphocelus carbo connectens (Berlepsch & Stolzmann, 1896) - ocorre no sudeste do Peru, da região de Cuzco até o noroeste da Bolívia, na região do Rio Beni;
Ramphocelus carbo atrosericeus (Orbigny & Lafresnaye, 1837) - ocorre no norte e no leste da Bolívia;
Ramphocelus carbo centralis (Hellmayr, 1920) - ocorre na região leste e central do Brasil e na região adjacente do leste do Paraguai.
Alimentação
Frequenta arbustos e cerrados próximos a esses ambientes, sempre na caça de invertebrados, em especial insetos dipteros. Alimenta-se também de frutos. Pode tanto estar em bandos próprios, como associado a outras espécies. Acompanha as formigas de correição para apanhar as presas escapando delas. Frequenta comedouros com frutas.
Reprodução
Atinge a maturidade sexual aos 10 meses. Nidifica durante quase todo ano na Amazônia oriental. No sudoeste amazônico nidifica comumente em ambientes ambientes abertos com pomares, próximo a atividades antrópicas (Lima et al. 2019, Lima & Guilherme 2020). Os ninhos têm formato de xícara construídos em forquilhas, na base de folhas de palmeiras ou lateralmente entre dois ou mais galhos. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos brancos com manchas marrom escuras, incubados por cerca de 13 dias, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada. Os filhotes permanecem no ninho por 12 dias (ver Lima & Guilherme 2020).
Hábitos
No baixo Amazonas, costuma ser a espécie mais abundante, influindo consideravelmente nesta impressão o hábito de viver em pequenos grupos.
Durante os deslocamentos, emite uma nota alta, metálica e rápida, para manter contato entre si. Na eventualidade de qualquer perturbação, esse chamado é utilizado como alarme e todo o bando começa a piar junto, enchendo o ambiente com esses pios. Aproxima-se da origem da perturbação e, graças ao alarido, outras espécies fazem o mesmo, às vezes facilitando a observação. Chega a ser surpreendente o número de pipiras de um bando, depois que começam a aparecer.
Distribuição Geográfica
Espécie amplamente distribuída na Amazônia, é um pássaro comum nas capoeiras do Norte do Brasil e países vizinhos, distribuindo desde as Guianas e Venezuela até a Bolívia, Paraguai e Brasil Amazônico, estendendo-se do leste até o Piauí e para o sul pelo Brasil central até o oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.
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Canto da Asa Branca
Asa-branca
A pomba-asa-branca é uma ave columbiforme da família Columbidae. Conhecido pelos nomes populares de: asa-branca, legítima, ligiti ou pomba-ligiti (derivado popular de legítima), legítima-mineira, pomba-do-ar, pomba-trocal, pomba-trocaz, pomba-carijó (RS), pombão, milonga (Sul do Piauí) e pomba-verdadeira. Quando em voo, a principal característica da espécie é a faixa branca na parte superior das asas.
Esta ave inspirou Luis Gonzaga e Humberto Teixeira a compor uma das mais conhecidas canções populares, Asa Branca:
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) patageö = barulho, barulhento; e oinas = pomba; e do (guarani) pcázuró pomba amarga, amargosa. ⇒ Pombo barulhento e com sabor amargo. A referência amargosa, feita pelos nativos americanos, é em relação ao sabor da carne desta ave que se alimentava de frutos amargos. (Frisch, 2005).
Características
Uma das maiores espécies da família no País. Cabeça e partes de baixo marrom vinho, barriga pálida. Penas da nuca branco-prateado com pontas pretas. Manto superior roxo metálico, pontas escuras. Costas na maior parte cinza escuro. Asas marrom apagado, cobertura das asas cinza com pontas pálidas. Cauda preta. Pele orbital vermelha. A fêmea tem cor mais pálido. Mede cerca de 34 centímetros de comprimento.
Canto baixo, profundo e rouco, de três a quatro sílabas: “gu-gu-gúu”, “gú-gu-gúu”, sendo que o macho emite quatro repetições e a fêmea três.
Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:
Patagioenas picazuro picazuro (Temminck, 1813) - ocorre no leste do Brasil, desde Pernambuco até a Bolívia e região sul e central da Argentina;
Patagioenas picazuro marginalis (Naumburg, 1932) - ocorre no nordeste do Brasil (Piauí, Bahia e Goiás). Esta subespécie é menor, tem mais partes pálidas na porção superior, especialmente na região do uropígio e das penas supracaudais. A borda branca das asas é mais larga e a parte inferior da ave é mais rosada do que na subespécie nominal.
Alimentação
Alimenta-se de sementes e pequenos frutos geralmente coletados no solo. São granívoros e frugívoros, frequentando roças de milho e feijão, principalmente após a colheita.
Reprodução
Nidifica em todos os meses do ano no sudeste do Brasil. Os casais fazem ninhos em territórios demarcados pelo macho em voos altos e com batimento especial das asas. Constrói o ninho em árvores e a cerca de 3 metros do solo ou na parte baixa de uma árvore de cerrado na borda de cerradão; o ninho é achatado com gravetos frouxamente entrelaçados. O material do ninho é quebrado dos ramos secos no topo de árvores ou pego no chão. As vezes reutiliza o mesmo ninho mais de 9 vezes quando feito em muros de casas (observação pessoal de Thiago Almeida, ano de 2020/2021) principalmente quando existe abundância de alimento próximo ao local. O único ovo, branco, é incubado por 16 a 19 dias pelo casal que também se ocupa da criação do filhote. O filhote é alimentado pelos pais com o “leite de papo ou de pombo”, massa queijosa composta pelo epitélio digestivo do papo, que é fortemente desenvolvido em ambos os sexos durante a época da criação. Essa substância é regurgitada para ser recolhida pelos filhotes nos bicos dos pais. À medida que os filhotes vão crescendo são adicionadas sementes em ordem crescentes. O filhote saindo do ninho é semelhante aos pais, um pouco menor e com a faixa branca da asa quase inexistente. Após o período reprodutivo associa-se em bandos, executando migrações.
A pomba-galega (P. cayennensis) pode por vezes cruzar com a pomba-asa-branca (P. picazuro), gerando híbrido (Crozariol & Indiani 2010).
Hábitos
Vive nos campos com árvores, áreas urbanas, cerrados, caatingas e florestas de galeria. Frequentemente encontrada no solo. É migratória como outras pombas, estendendo seus domínios acompanhando o desmatamento, aparecendo em grande quantidade. Voa longas distâncias e a grandes altitudes, exibindo seu espelho alar branco; está aproveitando as áreas urbanas, é comum ser encontrada comendo milho em galinheiros.
Distribuição Geográfica
Ocorre do Nordeste ao Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo (nas partes meridionais do país) e também na Bolívia, Argentina e Paraguai.
Status de conservação: LC ( IUCN )
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Canto do Anu - Branco
Anu-branco
O anu-branco é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Também conhecido como rabo-de-palha, alma-de-gato, quiriru, pelincho, pipiriguá (Ceará), piririguá, anum-branco (Rio Grande do Norte) e cigana (sul do Piauí).
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (guarani) e do (tupi) guyra = ave, pássaro.
Características
Mede entre 36 e 42 centímetros de comprimento, incluindo seus 20 centímetros da cauda, e pesa entre 113 e 168,6 gramas. É usualmente encontrado em bandos familiares.
O adulto da espécie apresenta coloração ocre-amarelada com uma crista desgrenhada, pele facial nua amarela, bico forte e curvo com uma bela coloração amarelo-alaranjada e íris variando entre o amarelo-alaranjado e branco-azulado. Ao redor dos olhos, um fino anel periocular amarelo pálido. O dorso e as coberteiras das asas são finamente estriados, as penas são escuras apresentando as bordas claras. As rêmiges são marrom enegrecidas. O uropígio é branco. A cauda é graduada, longa e apresenta belas retrizes, cada uma delas dividida em três partes com colorações distintas: camurça pálido na porção basal, preto no centro e, na porção distal, a cor é branca. A garganta, peito e ventre são pálidos com finas estrias escuras na garganta e no peito.
O juvenil da espécie apresenta as rêmiges com pequenas faixas brancas nas pontas, bico acinzentado, íris escuras e as retrizes acinzentadas.
ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXL
O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófagos e animais carnívoros. Quando empoleira arrebita a cauda e joga-a até as costas. Anda sempre em bandos. São aves extremamente sociáveis. Sua vocalização é alta e estridente: “iä, iä, iä” (chamada e grito durante o voo); “i-i-i-i” (advertência); sequência fortemente descendente e decrescendo de melodiosos “glüü” (canto); cacarejo
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies). (ITIS - Integrated Taxonomic Information System, 2015).
Indivíduo com mutação
Alimentação
É essencialmente carnívoro, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Preda também lagartas peludas e urticantes, lagartixas, camundongos, rãs e filhotes de outras aves. Cospe pelotas. Pesca na água rasa; periodicamente come frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes. Já foi visto na Região dos Lagos, RJ, predando pequenos caramujos-africanos.
Reprodução
Os seus ovos são relativamente muito grandes, tendo de 17 a 25% do peso da fêmea. A cor dos ovos é verde-marinho e uma rede branca calcária em alto relevo se espalha sobre toda a superfície. Tanto há ninhos individuais, como coletivos. A fêmea que construiu um ninho e ainda não começou a pôr os seus ovos joga fora os ovos postos ali por outras fêmeas. Joga também os ovos, quando a fêmea poedeira encontra o ninho onde quer pôr ocupado por outra ave. Os adultos nem sempre zelam bem pelos ninhos com ovos, abandonando-os. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros, serpentes e por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais.
Hábitos
Até certo ponto é beneficiado pelo desaparecimento da mata alta, pois vive em campos, lavouras e ambientes mais abertos. Migra para regiões onde era desconhecido e torna-se a ave mais comum ao longo das estradas. Devido ao seu voo lerdo e fraco, é frequentemente atropelado nas estradas e arrastado ao mar por fortes ventos. É atingido pela ação funesta dos inseticidas, fato tanto mais lamentável por ser muito útil à lavoura.
Gosta de apanhar sol e banhar-se na poeira, muitas vezes adquire plumagem com coloração adventícia, ficando fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se correr antes pelo capim molhado, o que torna suas penas pegajosas. Pela manhã e após as chuvas, pousa de asas abertas para enxugar-se. À noite, para se esquentar, junta-se em filas apertadas ou aglomera-se em bandos desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila a fim de forçar a sua penetração entre os companheiros. Procura moitas de taquara para pernoitar. Esta espécie morre de frio no inverno. As aves arrumam as suas plumagens reciprocamente.
Animais carnívoros em geral são seus predadores naturais. Esta espécie é atacada por outras aves, por exemplo o suiriri, mas é reconhecida como possível inimiga da coruja, provavelmente a coruja-buraqueira. Algumas espécies da família Columbidae, como as rolinhas, se assustam com o aparecimento de anus-brancos. O anu-branco por sua vez enxota o gavião-carijó quando este pousa nas imediações do seu ninho.
Distribuição Geográfica
Ocorre do sudeste do Amapá e do estuário amazônico à Bolívia, Argentina e Uruguai.
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Bigodinho Cantando Muito - Lindo Canto
O Bigodinho é uma ave de porte pequeno, possuindo o corpo mais delgado, dando-lhe um aspecto delicado. Sua plumagem é branca e preta, o que lhe confere uma característica diferenciada.
Já as fêmeas têm uma plumagem bem parda, com tons um tanto amarelos na parte de baixo do bico.
É bastante comum ser confundido com o Coleiro, mas também é conhecido popularmente em diferentes regiões do país como:
Estrelinha;
Bigode;
Bigodeiro;
Papa-Capim;
Bigorrilho;
Cigarrinha.
O bigodinho tem o nome cientifico é Sporophila Lineola e é pertencente família Thraupidae.
Por sua vez, o seu nome científico vem do grego sporos que significa semente. Já philos também é do grego que representa que gosta e amigo. Em contrapartida, lineola ou línea que vem do latim significa diminutivo de linha e pequena linha. Ou seja, o nome científico do bigode significa pássaro com pequena linha que gosta de sementes ou também papa-capim com pequena linha.
Uma questão importante sobre a criação dessa ave é que ela só pode ser feita com a autorização devida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Bigodinho
Onde vive o Bigodinho?
Este pássaro é nativo do clima tropical do Brasil, tendo a possibilidade de ser visto no país todo, basicamente. As únicas exceções são o Acre, o Rio Grande do Sul e Rondônia.
Por ser uma ave de instinto migratório, quando ocorre o inverno na região do sul, ela alça voo para o Nordeste e Amazônia do país.
O bigode aparece no Paraná e no Espírito Santo no mês de dezembro, com o intuito de formar seu ninho para reprodução e depois o animal some entre o mês de março e o mês de abril.
Na parte leste do Piauí e do Maranhão surge somente do mês de maio adiante. Já em Minas Gerais, na região Sul, só aparece no mês de novembro e desaparece em abril.
O Bigodinho pode ser visto em outros países sul-americanos também, como:
Colômbia;
Venezuela;
Equador;
Guianas;
Peru;
Bolívia.
Esta espécie costuma habitar locais como os campos mais abertos, plantações, área com gramíneas bem altas, clareira arbustiva e borda de capoeira, especialmente que estão próximos de água.
Características
Os Bigodinhos não vivem em bando, mas sim aos pares.
No entanto, em algumas ocasiões, salvo em épocas reprodutivas, podem juntar-se aos demais. Outras de suas características são:
A marcação do preto de sua plumagem com as partes mais clarinhas é marcante;
No alto das cabeças das aves há uma espécie de estria de cor branca;
O bico dele é bem pequeno e da cor preta;
A cabeça apresenta-se com leve volume;
As caudas mostram-se bem longa;
A íris do pássaro é escurecida;
Seu tarso apresenta-se acinzentado.
O pássaro mede, em média, entre 10 a11 centímetros de comprimento. Já o peso está entre 7,5 a 12 gramas;
Até o momento, não é conhecimento ou foi catalogado subespécie;
Gosta de milho triturado como quirera;
Para descansar, tem o hábito frequente de formar bandos, quando não estão em período reprodutivo, com animais da mesma espécie ou papa-capins;
Preferem subir nos pendões de gramíneas para garantir seu alimento e, dessa forma, poder comer, por exemplo, as suas sementes.
Quanto tempo vive um Bigodinho?
A espécie do Bigodinho, quando bem cuidada e em condições propícias, pode viver por aproximadamente 30 anos em cativeiro.
Como criar um Bigodinho?
Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Reprodução
O Bigodinho não se mostra difícil de reproduzir, quer seja em gaiolas ou viveiros.·.
Já estando livre pela natureza, a ave se reproduz entre os meses de setembro até janeiro, tal como grande parte de outras espécies.
O macho demarca e protege seu território, ao passo que a fêmea confecciona seu ninho.
Por sua vez, o macho é responsável por levar alimentação a fêmea e os filhotes. Em contrapartida, a fêmea cabe realizar todas as atividades referentes à reprodução.
Em princípio, deve-se deixar à fêmea e o macho separados, mas próximos ou fazendo uso da divisão de gaiola criadeira. Assim, o macho cantará para a fêmea, de forma que ela o aceitará aos poucos.
É necessário adquirir um ninho no formato de taça, deixando o material dentro da gaiola, como raízes de capins secos e fibras de coco. Desta forma, a fêmea deixará seu “berço” como quiser.
Alimentação
A ração oferecida precisa ser bastante balanceada. No mercado, hoje em dia, existe uma infinidade de composições e marcas, também com variados preços.
As rações específicas para esse tipo de ave é basicamente a mistura das sementes, como:
Alpistes;
Senhas;
Diversos tipos do painço;
Etc.
Verduras como couve, almeirão e chicória, podem integrar a dieta do Bigodinho. Outro tipo de alimento que ele gosta muito é de jiló e milhos triturados.
Média de preço
Uma ave dessa espécie chega a custar, em média, de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Vale lembrar que para uma criação legalizada é preciso autorização certificada do Ibama.
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Canto do Cardeal (Galo de Campina) e Fêmea Chamando, Piando
Cardeal
O cardeal é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Também conhecido como cardeal-do-sul, galo-de-campina, cardeal-de-topete-vermelho, guiratirica e tié-guaçu-paroara.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (tupi) paroara = nome indígena tupi para uma pequena ave vermelha e cinza tiê-guaçu paroara; e do (latim) coronata = coroado. ⇒ (Ave) vermelha e cinza coroada. “Paroare” de Buffon (1770-1783). “Tije Guaçu paroara” (mencionado por Marcgrave).
Características
Mede 18cm de comprimento. Pássaro de extraordinária beleza física e sonora, motivos pelos quais é muito caçado. Não há dimorfismo sexual. Imaturo pardacento, com topete ferrugíneo.
Subespécies
Não possui subespécies.
Indivíduos com plumagem leucística
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo : os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
Alimentação
Alimenta-se de grãos e de pequenos artrópodes.
Reprodução
Os cardeais são territorialistas no período de reprodução. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
Hábitos
Assim como a maioria dos pássaros canoros, forma bandos na época de muda. Vive em bordas de arrozais, campos com vegetação alta e bordas de matas.
Distribuição Geográfica
Ocorre nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Foi introduzido na região Sudeste, principalmente no estado de São Paulo.
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Canto do Caboclinho e Piado, Chamado da Fêmea
Caboclinho
O caboclinho é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Conhecido também como caboclinho-verdadeiro, caboclinho-de-cabeça-marrom, fradinho (Pernambuco), caboclinho-paulista, caboclinho-coroado, bico-de-ferro (Rio de Janeiro), ferrinha, caboclinho-lindo (Amapá e Minas Gerais), cabocolino (Pará e Ceará), coleirinho-do-brejo e caboclinho-frade.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) sporos = semente, sementes; e phila, philos = amigo, aquele que gosta de; e do (francês) bouvreuil = palavra francesa para identificar aves canoras similares em forma ao curió. ⇒ Papa-capim ou (Ave) que gosta de sementes (similar a um curió).
Características
Mede cerca de 10cm de comprimento. O macho é de coloração geral canela, com um boné, asas e cauda pretos e a fêmea é marrom-olivácea nas partes superiores e branco-amarelada nas inferiores. As fêmeas dos caboclinhos em geral são muito semelhantes entre si, dificultando a identificação de cada espécie e possibilitando a mestiçagem. Os jovens apresentam a mesma coloração das fêmeas.
Subespécies de Sporophila bouvreuil
Sporophila bouvreuil bouvreuil
Essa subespécie apresenta variação na plumagem na cor predominante bege escuro “tijolinho”. Nome comum: caboclinho ou caboclinho-fradinho. Ocorre desde a desembocadura do rio Amazonas no Pará, por toda a região Nordeste, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, até o nordeste do estado de São Paulo.
Sporophila bouvreuil saturata
Nesta subespécie os machos são mais escuros (“saturados”) que a forma nominal. Distribuição: arredores da cidade de São Paulo. Recentemente redescoberto. Alguns autores não reconhecem esta subespécie como distinta.
Alimentação
É uma ave granívora.
Reprodução
Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
Hábitos
É localmente comum em campos com gramíneas altas, cerrados abertos e áreas pantanosas. Fora do período reprodutivo, vive em grupos, às vezes grandes, frequentemente em meio a outras espécies que também se alimentam de sementes. Os caboclinhos em geral, na muda de penas, adquirem uma plumagem esmaecida, só voltando ao normal na muda seguinte (anterior ao período reprodutivo), assim como o tiziu(Volatina jacarina).
Distribuição Geográfica
Presente do estuário do Rio Amazonas (Amapá, Pará) e Maranhão até o Rio Grande do Sul, incluindo a totalidade das regiões Nordeste e Sudeste, estendendo-se para oeste até Goiás e Mato Grosso. Encontrado também na Argentina, Paraguai e Suriname.
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Canto do Curió com Chamado, Piado da Fêmea
Curió
O curió é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
O curió (Sporophila angolensis) é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Mede cerca de 14,5 cm, sendo que o macho é preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na parte inferior, sendo a parte interna das asas na cor branca.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) sporos = semente; e philos = que gosta, amigo; e do (latim) angolensis = referente ao país da Angola na África, angolana, angolano. ⇒ Ave angolana que gosta de sementes. Este nome é resultado de um erro, visto que esta ave é exclusiva da América.
Tem como sinonímia Oryzoborus angolensis.
Ameaças
Muito procurado como pássaro de gaiola (Sick 1997). Esta é considerada a principal ameaça e causa de seu desaparecimento das regiões mais habitadas do país (Machado 1998). A grande pressão de caça a essa espécie pode ser constatada nesse trecho em que Willis & Oniki (1993) dizem que essa atividade “é incrivelmente eficiente para eliminar uma espécie anteriormente comum, exceto em lugares onde nós não dizemos para ninguém que ela existe”. CEO
É considerado Criticamente em Perigo no Estado de Minas Gerais, conforme a Lista Vermelha estadual.
No Estado do Paraná a espécie é considerada VULNERÁVEL, conforme Lista Vermelha estadual (Decreto Estadual 11797/2018 - Anexo I).
Características
Mede entre 10,6 e 12,4 centímetros de comprimento e pesa entre 11,4 e 14,5 gramas.
O Macho possui cabeça, peito, dorso, asas e cauda negras e região inferior do peito, ventre, crisso e infracaudais de coloração castanha. As asas apresentam um pequeno e característico espéculo branco.
O bico é bastante robusto é utilizado para abrir sementes e apresenta uma mancha acinzentada na base da mandíbula. Tarsos e pés enegrecidos.
A fêmea e os imaturos possuem plumagem toda parda.
O bicudo (Sporophila maximiliani) é um parente muito próximo do curió e também excelente cantor, só que um pouco maior e é todo preto e com a mesma mancha branca na asa.
Subespécies
Atualmente somente duas subespécies reconhecidas:
Sporophila angolensis angolensis (Linnaeus, 1766) - Centro, Nordeste, sudeste até o Rio Grande do Sul, indo ao Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina.
Sporophila angolensis torridus (Scopoli, 1769) - Região Amazônica, Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Guianas. Bastante semelhante, mas de menor tamanho que a subespécie nominal.
(Clements checklist, 2014).
Interessante observar que, anteriormente, o denominado curió-do-México (Sporophila (= Oryzoborus) funereus, cujo macho é todo negro, sem a barriga castanha) também era considerado subespécie do angolensis, e agora, é considerada uma espécie plena.
Oryzoborus funereus : http://ibc.lynxeds.com/photo/thick-billed-seed-finch-oryzoborus-funereus/adult-male-feeding-fledgling
Alimentação
Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes em especial a semente do capim navalha, subindo nos pendões de capim ou catando-as no chão.
Reprodução
Faz um ninho de paredes finas, em formato de xícara. Põe 2 ovos branco-esverdeados com muitas manchas marrons e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 30 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho. Atingem a maturidade após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão.
Hábitos
Vive solitário ou aos pares, normalmente separado de outras espécies de pássaros, embora às vezes possa misturar-se a bandos de Sporophila e tizius.
É comum em capoeiras arbustivas, clareiras com gramíneas, arbustos nas bordas de florestas altas e pântanos, penetrando também nas florestas. Em uma floresta no sudoeste amazônico brasileiro, está presente também em clareiras naturais no interior da floresta fechada, onde Lima & Guilherme (2021) classificaram a espécie como especialista em clareiras naturais. As clareiras naturais no interior da floresta, em seu recente estágio de regeneração, oferecem recursos alimentares (como sementes) capazes de manter essa espécie no interior da mata (Lima & Guilherme 2021).
Distribuição Geográfica
Encontra-se distribuído em quase todo território nacional, da Região Amazônica ao Rio Grande do Sul, passando por estados da região Centro-Oeste. Encontrado também em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.
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Canto do Jaó
Jaó
O jaó é uma ave tinamiforme da família Tinamidae.
Também conhecido como macucauá, sururina (Amazonas e Pará) e juó. Pertence a uma das mais antigas famílias do continente sul-americano, os tinamídeos. Com formato de corpo semelhante a galinhas, embora sem nenhum parentesco próximo com os galináceos. Seus registros fósseis no continente chegam há 10 milhões de anos.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kruptus = escondido, oculto; e oura = cauda; crypturellus = diminutivo de crypturus; e do (latim) undulatus = com ondas, ondulado, onda. ⇒ Pequeno Crypturus ondulado ou pequena (ave) com ondas e cauda escondida.
Características
Mede cerca de 31 cm de comprimento.
O jaó desloca-se pelo chão da floresta quase sem fazer ruído, apesar de ser relativamente corpulento. Sua plumagem cinza amarronzada do dorso é finamente estriada.
Seu nome comum deriva do pio longo, assobiado e um pouco melancólico, emitido o ano todo, com mais frequência no período reprodutivo. Parece que está dizendo “Eu sou Jaó”, com maior ênfase no final. Escutado no início da manhã e do meio da tarde até o escurecer. Algumas vezes, pia em noites de lua cheia.
Subespécies
Possui seis subespécies:
Crypturellus undulatus undulatus (Temminck, 1815) - ocorre do Sudeste do Peru até o Norte da Argentina;
Crypturellus undulatus manapiare (Phelps, Sr & Phelps, Jr, 1952) - ocorre no Sul da Venezuela na região do Amazonas, no alto Rio Ventuari;
Crypturellus undulatus simplex (Salvadori, 1895) - ocorre do Sudoeste da Guiana até a região adjacente do Brasil;
Crypturellus undulatus adspersus (Temminck, 1815) - ocorre no Brasil ao Sul do Rio Amazonas da região do Rio Madeira até o Rio Tapajós;
Crypturellus undulatus yapura (Spix, 1825) - ocorre do Sudeste da Colômbia até o Leste do Equador, Leste do Peru e Noroeste do Brasil;
Crypturellus undulatus vermiculatus (Temminck, 1825) - ocorre no Brasil, do Sul do estado do Maranhão até o noroeste do estado do Paraná.
Alimentação
Alimenta-se de pequenos frutos caídos no chão, moluscos e insetos, encontrados sob as folhas da mata. Ao contrário dos galináceos, não usam os pés para remexer as folhas e solo para encontrar suas presas, executando isso exclusivamente com o bico.
Reprodução
O pio serve para demarcar sua área de vida e, no período reprodutivo, aproximar os indivíduos. Como na Ema, cabe ao macho todo o cuidado da construção do ninho, na incubação dos ovos que dura 17 dias e criação dos filhotes. Os ovos recém-postos são muito coloridos, de um rosa claro ou cinzento claro, brilhando como se fossem de porcelana.
Na época reprodutiva chega a aproximar-se lentamente de uma pessoa que, imóvel e escondida, imite o seu pio.
Ovo rosa-claro ou cinza-escuro.
Hábitos
Habita a mata de várzea e galeria, capoeira, matas secas e ralas e cerrado.
Vivem, também, em campos e florestas de toda a América do Sul. Embora possam voar, não possuem a quilha óssea do osso do peito que possibilita o vôo contínuo. Todos os tinamídeos usam as asas como último recurso de fuga, fazendo um vôo curto, entremeado de planeios nas espécies campestres.
Distribuição Geográfica
Região norte, oeste da região Nordeste, Centro-oeste, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Ocorre também na Venezuela, Guiana, Colômbia e Peru.
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Canto da Araponga - Ferreiro
Araponga
*** Ameaçada de extinção ***
A araponga é uma ave passeriforme da família Cotingidae.
Também chamada de guiraponga, uiraponga, ferreiro e ferrador. Araponga é nome indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar).
ESPÉCIE VULNERÁVEL (FAUNA AMEAÇADA NO ESTADO DE SÃO PAULO).
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) prokinas = personagem da mitologia grega que se transformou em andorinha; e do (latim) nudus, nudis = nu, sem penas; e collis = pescoço. ⇒ Ave que possui o pescoço sem penas, nu.
Características
Possui a cabeça achatada, boca alargada e ampla, o bico é curto. Os machos adultos são inteiramente brancos, exceto os lados da cabeça e garganta, que são nus, de cor verde-jade onde se implantam raras cerdas pretas; bico preto e pés pardos, tamanho médio de 27 centímetros. A fêmea adulta tem a parte superior verde-oliva, com a cabeça cinza e a parte inferior amarela com estrias amarelo-esverdeadas e cinzentas; a garganta é cinzenta onde entremeiam-se estrias negras; possui tamanho menor do que o macho. Crisso amarelo. O imaturo é semelhante à fêmea, com cabeça e garganta negras; substitui as penas verdes sucessivamente por cinzento-esverdeadas e brancas, as últimas em partes vermiculadas de cinzento; o macho torna-se totalmente branco com 3 anos de idade (Sick 1997).
A araponga não possui subespécies.
Vocalização
Das aves da mata Atlântica, certamente é a Araponga a detentora da maior fama como cantora. Sua voz é uma das mais potentes dentre todas as espécies de aves no mundo e consiste basicamente em um estalar de timbre metálico, fortíssimo, que pode ser ouvido à longas distâncias.
Uma curiosidade é que o jovem macho desta espécie leva alguns anos para aperfeiçoar sua voz, e seu grito rouco e pouco coordenado, soa de forma engraçada dentre as dezenas de vozes mais maduras que ecoam pela floresta. Apenas os machos vocalizam, e este ao competir nas arenas com outros machos emite seu cahamdo mais característico. Ao avistar uma fêmea nas proximidades, ele então passa a vocalizar uma sequência de notas menos potentes e com curtos intervalos, para então no final emitir um fortíssimo e retumbante “martelar”.
Alimentação
A Araponga é uma ave frugívora e alimenta-se sobretudo de pequenos frutos, especialmente de palmeiras (Palmeira-jussara, Euterpe edulis) e Myrtaceaes (Myrcia spp, Eugenia spp). Dentre as inúmeras espécies de que se alimenta, estão: Virola bicuhyba (Myristicaceae), Euterpe edulis (Arecaceae), Cryptocarya spp (Lauraceae), Nectandra membranacea (Lauraceae), Cordia spp (Boraginaceae), Prunus brasiliensis (Rosaceae), dentre uma infinidade de outras espécies. Pode tmabém se aproveitar de frutos de espécies exóticas em quintais, bordas de mata ou áreas rurais, como os frutos da Palmeira-real (Archontophoenix spp) e Palmeira-leque (Livistona chinensis), Amoras e etc. Trata-se de um importante dispersor de sementes na natureza.
Reprodução
O macho elege certos galhos de árvores, que são usados por muitos anos, para sua cerimônia de canto atraindo várias fêmeas. Os machos de outras espécies, como o pavó (Pyroderus scutatus), por exemplo, se associam para cantar juntos, formando uma verdadeira arena. Sua reprodução ocorre no final do ano. O ninho é como uma tigela rasa, lembrando o de pombos silvestres. O dimorfismo sexual ocorre a partir dos 2 anos de idade. Todo cuidado parental fica por conta da fêmea, pois é ela quem constrói o ninho e se incumbe da criação dos filhotes. A postura é de cerca de 2 ovos, o período de incubação de 23 dias e os filhotes saem do ninho com 27 dias de idade.
Hábitos
Tem um comportamento bastante social no grupo, que tem moradia fixa em árvores, na maioria dos casos nas emergentes (acima do dossel), podendo passar muitos anos habitando uma mesma área, até mesmo por várias gerações de uma mesma família. É uma ave migratória. Habita mata primária, floresta preservada, capoeiras com fruteiras, matas litorâneas e Mata Atlântica.
As aves pertencentes à família Cotingidae estão entre as mais eficientes disseminadoras das plantas de cujos frutos se alimentam. Isto porque o poder germinativo das sementes não é prejudicado ao passar pelo trato digestivo dessas aves, podendo ser inclusive maximizado. É procuradíssima pelo mercado de “aves de gaiola” devido ao seu canto e coloração característicos. A captura ilegal da araponga em vida livre e a crescente destruição de seu habitat são os principais motivos de ameaça.
Distribuição Geográfica
Ocorre de Pernambuco, sul da Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sul de Mato Grosso do Sul e regiões vizinhas da Argentina e Paraguai.
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Canto do Inhambu - Chororó
Inhambu-chororó
Como todo tinamídeo, possui capacidade limitada de voar pela pequena envergadura das asas, mas é uma ave muito arisca. Do tupi vem o nome popular “Inhambú: de o que levanta o voo rumorejando”, devido ao comportamento de levantar vôo somente em último caso em uma aproximação.
O inhambu-chororó é o menor do gênero (aproximadamente 19 centímentros). Habita os campos “sujos”, capoeiras, divisas de pastos, plantações (milho, sorgo, algodão e café, entre outras). Também é conhecido como lambú, inhambu-mirim, espanta-boiada, bico-de-lacre, inhambuzinho e nambú pé vermelho. Como a maioria dos tinamiformes, é mais ouvido do que visto, sendo assim, aves difíceis de serem fotografadas. É um dos tinamiformes mais comuns do Brasil, após a codorna-amarela (Nothura maculosa).
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kruptus = escondido, oculto; e oura = cauda; crypturellus = diminutivo de crypturus; e do (latim) parvus = pequeno; e rostris, rostrum = bico. ⇒ Pequeno Crypturus com bico pequeno ou pequena (ave) com cauda escondida e bico pequeno.
Características
Muito semelhante ao inhambu-chintã, possui o corpo marrom avermelhado (pálido), com parte do dorso, ventre e barriga acinzentados. Garganta do mesmo tom do peito. Pés avermelhados e bico avermelhado. Sua vocalização consiste numa sequência de notas em escala descendente, pio longo (Exemplo: pio longo) ou também pio curto (pio curto)
As fêmeas, além de pouco maiores que os machos, possuem o bico totalmente vermelho-carmim. Nos machos o bico possui a ponta enegrecida.
Subespécies
Não possui subespécies.
Alimentação
Alimenta-se de pequenas sementes diversas (nativas ou de cultivo), insetos e vermes. Procuram pequenos artrópodes e moluscos que se escondem no tapete de folhagem apodrecida; viram folhas e paus podres com o bico à procura do alimento, jamais esgravatando o solo com os pés como fazem os galináceos. Engolem grãos de areia.
Reprodução
Ao macho compete a incubação dos ovos e o trato dos filhotes. O ovo é de cor chocolate-claro rosáceo, colocando de 4 a 5 ovos por ninhada. A incubação tem duração de 19 a 21 dias. O ovo mede 4,72mm de largura por 6,85mm de altura.
Reproduz-se facilmente e com grande produtividade em criadouros conservacionistas ou de amadores. Há inclusive estudos, dada à essa alta produtividade em cativeiro, em avaliá-lo experimentalmente como ave de corte e ornamental em larga escala.
Hábitos
O inhambu-chororó vocaliza habitualmente ao amanhecer e ao cair da tarde. Nas áreas onde ocorre, os piados durante o dia identificam caçadores furtivos que os caçam por meio de pios de madeira. Em canaviais e áreas de Eucalyptus, pode ocorrer, em havendo capoeiras nativas nas proximidades, ou sub-bosque.
Distribuição Geográfica
Ocorre ao sul do Amazonas, Pará ao nordeste, sudeste e sul do Brasil, também é encontrado no Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
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Canto do Pica Pau de Cabeça Amarela
Pica-pau-de-cabeça-amarela
O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é uma ave da ordem dos Piciformes, da família Picidae.
Também conhecida como cabeça-de-velho, joão-velho, pica-pau-amarelo, pica-pau-loiro, pica-pau-velho e pica-pau-cabeça-de-fogo. Destaca-se pelo vistoso topete amarelo que dá origem à maior parte de seus nomes populares.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) keleus = pica-pau verde; e do (latim) flavus, flavescens = amarelo, que vem do ouro, dourado. ⇒ Pica-pau com crista amarela - (Latham, 1782).
Características
Mede entre 27 e 30 centímetros de comprimento e pesa entre 110 e 165 gramas.
Cabeça e face amarelos, com proeminente topete da mesma cor; macho com faixa malar vermelha. Partes superiores pretas, barradas de branco e partes inferiores uniformemente pretas.
Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:
Celeus flavescens flavescens (Gmelin, 1788) - ocorre do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina. Esta subespécie é escura, apresentando coloração preta no ventre e asas (Gorman, 2014).
Celeus flavescens intercedens (Hellmayr, 1908) - ocorre do oeste da Bahia até Goiás e Minas Gerais. Esta subespécie é escura como a subespécie nominal porém mais amarronzada no ventre, frequentemente apresenta tons acastanhados nas asas (Gorman, 2014).
Alimentação
Alimenta-se de insetos, suas larvas e ovos, formigas e cupins nas árvores ou no solo e de uma grande variedade de frutas e bagas. Foi documentado tomando néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Spirotheca passifloroides floresce por três meses no inverno, ao passo que S. brasiliensis floresce ao longo de dois meses no verão. As flores de ambas as espécies produzem néctar abundante e diluído. Visita várias flores por planta, tocando as anteras e os estigmas com a cabeça e o pescoço, assim agindo como polinizador (Rocca et al; 2006).
Reprodução
Constrói seu ninho em cavidades escavadas em formigueiros arborícolas e em árvores secas, onde põe 2 a 4 ovos brancos e brilhantes. O macho incuba e cuida dos filhotes também.
Hábitos
Vive na Mata Atlântica, matas mesófilas, matas secas, matas de araucária, matas de galeria, caatinga, cerrados, eucaliptais, parques e zonas rurais arborizadas. Encontrado geralmente em casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos.
Vocalização: Frequência fortemente descendente e ressonante, com as sílabas bem pronunciadas e destacadas “(tzü tzü tzü tzü)” ( canto territorial ); “tttrrr” (raiva). Tamborila em seqüência rápida.
Distribuição Geográfica
Ocorre da margem setentrional do baixo Amazonas ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina (Misiones).
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Chamado do Bigodinho Esquente seu Bigodinho em 15 minutos
O Bigodinho é uma ave de porte pequeno, possuindo o corpo mais delgado, dando-lhe um aspecto delicado. Sua plumagem é branca e preta, o que lhe confere uma característica diferenciada.
Já as fêmeas têm uma plumagem bem parda, com tons um tanto amarelos na parte de baixo do bico.
É bastante comum ser confundido com o Coleiro, mas também é conhecido popularmente em diferentes regiões do país como:
Estrelinha;
Bigode;
Bigodeiro;
Papa-Capim;
Bigorrilho;
Cigarrinha.
O bigodinho tem o nome cientifico é Sporophila Lineola e é pertencente família Thraupidae.
Por sua vez, o seu nome científico vem do grego sporos que significa semente. Já philos também é do grego que representa que gosta e amigo. Em contrapartida, lineola ou línea que vem do latim significa diminutivo de linha e pequena linha. Ou seja, o nome científico do bigode significa pássaro com pequena linha que gosta de sementes ou também papa-capim com pequena linha.
Uma questão importante sobre a criação dessa ave é que ela só pode ser feita com a autorização devida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Bigodinho
Onde vive o Bigodinho?
Este pássaro é nativo do clima tropical do Brasil, tendo a possibilidade de ser visto no país todo, basicamente. As únicas exceções são o Acre, o Rio Grande do Sul e Rondônia.
Por ser uma ave de instinto migratório, quando ocorre o inverno na região do sul, ela alça voo para o Nordeste e Amazônia do país.
O bigode aparece no Paraná e no Espírito Santo no mês de dezembro, com o intuito de formar seu ninho para reprodução e depois o animal some entre o mês de março e o mês de abril.
Na parte leste do Piauí e do Maranhão surge somente do mês de maio adiante. Já em Minas Gerais, na região Sul, só aparece no mês de novembro e desaparece em abril.
O Bigodinho pode ser visto em outros países sul-americanos também, como:
Colômbia;
Venezuela;
Equador;
Guianas;
Peru;
Bolívia.
Esta espécie costuma habitar locais como os campos mais abertos, plantações, área com gramíneas bem altas, clareira arbustiva e borda de capoeira, especialmente que estão próximos de água.
Características
Os Bigodinhos não vivem em bando, mas sim aos pares.
No entanto, em algumas ocasiões, salvo em épocas reprodutivas, podem juntar-se aos demais. Outras de suas características são:
A marcação do preto de sua plumagem com as partes mais clarinhas é marcante;
No alto das cabeças das aves há uma espécie de estria de cor branca;
O bico dele é bem pequeno e da cor preta;
A cabeça apresenta-se com leve volume;
As caudas mostram-se bem longa;
A íris do pássaro é escurecida;
Seu tarso apresenta-se acinzentado.
O pássaro mede, em média, entre 10 a11 centímetros de comprimento. Já o peso está entre 7,5 a 12 gramas;
Até o momento, não é conhecimento ou foi catalogado subespécie;
Gosta de milho triturado como quirera;
Para descansar, tem o hábito frequente de formar bandos, quando não estão em período reprodutivo, com animais da mesma espécie ou papa-capins;
Preferem subir nos pendões de gramíneas para garantir seu alimento e, dessa forma, poder comer, por exemplo, as suas sementes.
Quanto tempo vive um Bigodinho?
A espécie do Bigodinho, quando bem cuidada e em condições propícias, pode viver por aproximadamente 30 anos em cativeiro.
Como criar um Bigodinho?
Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Reprodução
O Bigodinho não se mostra difícil de reproduzir, quer seja em gaiolas ou viveiros.·.
Já estando livre pela natureza, a ave se reproduz entre os meses de setembro até janeiro, tal como grande parte de outras espécies.
O macho demarca e protege seu território, ao passo que a fêmea confecciona seu ninho.
Por sua vez, o macho é responsável por levar alimentação a fêmea e os filhotes. Em contrapartida, a fêmea cabe realizar todas as atividades referentes à reprodução.
Em princípio, deve-se deixar à fêmea e o macho separados, mas próximos ou fazendo uso da divisão de gaiola criadeira. Assim, o macho cantará para a fêmea, de forma que ela o aceitará aos poucos.
É necessário adquirir um ninho no formato de taça, deixando o material dentro da gaiola, como raízes de capins secos e fibras de coco. Desta forma, a fêmea deixará seu “berço” como quiser.
Alimentação
A ração oferecida precisa ser bastante balanceada. No mercado, hoje em dia, existe uma infinidade de composições e marcas, também com variados preços.
As rações específicas para esse tipo de ave é basicamente a mistura das sementes, como:
Alpistes;
Senhas;
Diversos tipos do painço;
Etc.
Verduras como couve, almeirão e chicória, podem integrar a dieta do Bigodinho. Outro tipo de alimento que ele gosta muito é de jiló e milhos triturados.
Média de preço
Uma ave dessa espécie chega a custar, em média, de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Vale lembrar que para uma criação legalizada é preciso autorização certificada do Ibama.
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Bigodinho Canto Original - Ótimo para Encarte
O Bigodinho é uma ave de porte pequeno, possuindo o corpo mais delgado, dando-lhe um aspecto delicado. Sua plumagem é branca e preta, o que lhe confere uma característica diferenciada.
Já as fêmeas têm uma plumagem bem parda, com tons um tanto amarelos na parte de baixo do bico.
É bastante comum ser confundido com o Coleiro, mas também é conhecido popularmente em diferentes regiões do país como:
Estrelinha;
Bigode;
Bigodeiro;
Papa-Capim;
Bigorrilho;
Cigarrinha.
O bigodinho tem o nome cientifico é Sporophila Lineola e é pertencente família Thraupidae.
Por sua vez, o seu nome científico vem do grego sporos que significa semente. Já philos também é do grego que representa que gosta e amigo. Em contrapartida, lineola ou línea que vem do latim significa diminutivo de linha e pequena linha. Ou seja, o nome científico do bigode significa pássaro com pequena linha que gosta de sementes ou também papa-capim com pequena linha.
Uma questão importante sobre a criação dessa ave é que ela só pode ser feita com a autorização devida do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Bigodinho
Onde vive o Bigodinho?
Este pássaro é nativo do clima tropical do Brasil, tendo a possibilidade de ser visto no país todo, basicamente. As únicas exceções são o Acre, o Rio Grande do Sul e Rondônia.
Por ser uma ave de instinto migratório, quando ocorre o inverno na região do sul, ela alça voo para o Nordeste e Amazônia do país.
O bigode aparece no Paraná e no Espírito Santo no mês de dezembro, com o intuito de formar seu ninho para reprodução e depois o animal some entre o mês de março e o mês de abril.
Na parte leste do Piauí e do Maranhão surge somente do mês de maio adiante. Já em Minas Gerais, na região Sul, só aparece no mês de novembro e desaparece em abril.
O Bigodinho pode ser visto em outros países sul-americanos também, como:
Colômbia;
Venezuela;
Equador;
Guianas;
Peru;
Bolívia.
Esta espécie costuma habitar locais como os campos mais abertos, plantações, área com gramíneas bem altas, clareira arbustiva e borda de capoeira, especialmente que estão próximos de água.
Características
Os Bigodinhos não vivem em bando, mas sim aos pares.
No entanto, em algumas ocasiões, salvo em épocas reprodutivas, podem juntar-se aos demais. Outras de suas características são:
A marcação do preto de sua plumagem com as partes mais clarinhas é marcante;
No alto das cabeças das aves há uma espécie de estria de cor branca;
O bico dele é bem pequeno e da cor preta;
A cabeça apresenta-se com leve volume;
As caudas mostram-se bem longa;
A íris do pássaro é escurecida;
Seu tarso apresenta-se acinzentado.
O pássaro mede, em média, entre 10 a11 centímetros de comprimento. Já o peso está entre 7,5 a 12 gramas;
Até o momento, não é conhecimento ou foi catalogado subespécie;
Gosta de milho triturado como quirera;
Para descansar, tem o hábito frequente de formar bandos, quando não estão em período reprodutivo, com animais da mesma espécie ou papa-capins;
Preferem subir nos pendões de gramíneas para garantir seu alimento e, dessa forma, poder comer, por exemplo, as suas sementes.
Quanto tempo vive um Bigodinho?
A espécie do Bigodinho, quando bem cuidada e em condições propícias, pode viver por aproximadamente 30 anos em cativeiro.
Como criar um Bigodinho?
Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA).
Reprodução
O Bigodinho não se mostra difícil de reproduzir, quer seja em gaiolas ou viveiros.·.
Já estando livre pela natureza, a ave se reproduz entre os meses de setembro até janeiro, tal como grande parte de outras espécies.
O macho demarca e protege seu território, ao passo que a fêmea confecciona seu ninho.
Por sua vez, o macho é responsável por levar alimentação a fêmea e os filhotes. Em contrapartida, a fêmea cabe realizar todas as atividades referentes à reprodução.
Em princípio, deve-se deixar à fêmea e o macho separados, mas próximos ou fazendo uso da divisão de gaiola criadeira. Assim, o macho cantará para a fêmea, de forma que ela o aceitará aos poucos.
É necessário adquirir um ninho no formato de taça, deixando o material dentro da gaiola, como raízes de capins secos e fibras de coco. Desta forma, a fêmea deixará seu “berço” como quiser.
Alimentação
A ração oferecida precisa ser bastante balanceada. No mercado, hoje em dia, existe uma infinidade de composições e marcas, também com variados preços.
As rações específicas para esse tipo de ave é basicamente a mistura das sementes, como:
Alpistes;
Senhas;
Diversos tipos do painço;
Etc.
Verduras como couve, almeirão e chicória, podem integrar a dieta do Bigodinho. Outro tipo de alimento que ele gosta muito é de jiló e milhos triturados.
Média de preço
Uma ave dessa espécie chega a custar, em média, de R$ 800,00 a R$ 1.000,00. Vale lembrar que para uma criação legalizada é preciso autorização certificada do Ibama.
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Canto do Graveteiro
Graveteiro
O graveteiro é uma ave passeriforme da família Furnariidae.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) phakellos = feixe de varas; e de domos = casa, cobertura; e do (latim) ruber = vermelho. ⇒ Pássaro vermelho que faz a sua casa de gravetos.
Características
Mede entre 19 e 21 centímetros de comprimento e pesa entre 35 e 51 gramas. Não apresenta dimorfismo sexual aparente. A plumagem de toda a parte dorsal, o topo da cabeça e a face são marrons, a coroa, asas e cauda são acastanhadas. Possui uma curta e fina faixa pós-ocular preta. Seu corpo e bico são robustos. A garganta e o ventre são esbranquiçados. Sua cauda é larga e apresenta as retrizes espetadas nas pontas. Normalmente mantém a cauda semiaberta. As rêmiges primárias são acinzentadas. Seu bico é de coloração cinza escuro e apresenta uma leve curvatura para baixo. Sua íris é de coloração amarelo intenso. As pernas são cinza oliva.
Os juvenis da espécie não tem a coroa castanha e seu peito é marrom manchado.
ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXL
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).
Alimentação
Procura seu alimento principalmente forrageando no solo. Sua dieta consiste principalmente de insetos (principalmente besouros) e aranhas, também consome incidentalmente sementes que encontra vasculhando o chão da floresta ou a beira dos poços de água e nos frondes de buritis.
Reprodução
A época de reprodução se estende de outubro a janeiro. Seu ninho é semelhante ao joão-de-pau (Phacellodomus rufifrons). O ninho é muito volumoso e construído de pequenos ramos, muitas vezes espinhosos em forma de cone ou cilindro e suspenso em um ramo resistente. A sua entrada está no lado do fundo do ninho. Muitas vezes contém várias salas e seu interior é forrado com grama e penas. Ambos os pais participam da tarefa de incubação e criação dos filhotes.
Hábitos
Encontrada em mata ribeirinha de lagos e rios ou em buritizais e em mata de galeria nas proximidades d'água. Frequentemente em pares. Costuma cantar nas primeiras horas do dia de dentro do ninho. Costumam cantar em dueto.
Distribuição Geográfica
Ocorre no Brasil Central.
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Canto do Pássaro Campainha Azul
Campainha-azul
O campainha-azul é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Conhecido também como azulão-do-cerrado, azulinho-de-bico-de-ouro e cidrinho. É uma espécie típica do Cerrado, onde vive geralmente em ambiente aberto de gramíneas, arbustos e árvores baixas. É considerada como espécie próxima de ameaça de extinção também pela rápida conversão de áreas de Cerrado para atividades antrópicas (BirdLife International 2004).
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) porphura = púrpura; e de spiza = ave, pássaro, tentilhão; e do (latim) caerulescens, caeruleus = azulado, azul escuro. Tentilhão púrpura azul escuro.
Características
Mede entre 12,5 e 13 centímetros de comprimento. Apresenta massa corporal entre 13 e 15 gramas (Lopes, 2012).
O macho adulto se destaca pela exuberância de sua cor azul vibrante, presente por completo em seu corpo e que dá o seu nome científico (caerulescens) que significa “da cor do céu”, em latim. O macho ainda diferencia-se pela cor amarelo intenso de seu bico.
Os machos jovens no primeiro ano apresentam plumagem semelhante à da fêmea e o bico escuro. No segundo ano os machos já apresentam o bico amarelo, ma a plumagem é variegada de azul e marrom fuliginoso-castanho (provavelmente esta plumagem é que tem sido interpretada como sendo a de machos adultos em muda). Apenas no terceiro ano é que os machos adquirem a plumagem inteiramente azul cobalto, típica da espécie (Allen, 1981).
A fêmea tem cor predominantemente marrom, camuflando-se com o ambiente.
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
Alimentação
Caça o seu alimento forrageando em campo pedregoso de mato ralo,de onde também alça pequenos voos para capturar insetos.
Lopes, (2012) cita a análise do conteúdo estomacal de um macho que revelou a presença de artrópodes (20% do volume), e de sementes secas (80% do volume). Os itens alimentares identificados foram: cinco adultos de Coleoptera ( 4mm de comprimento), um adulto de Formicidae ( 4 mm), uma larva de Lepidoptera (12 mm), uma Aranea (4 mm). Quarenta e cinco sementes de Poaceae (2 mm) e duas sementes não identificadas (1,5 mm) (Vasconcelos et al., 2008).
Os filhotes são geralmente alimentados com artrópodes de maior porte, tendo sido registrado o consumo de adultos de Orthoptera e Phasmidae e de larvas de Coleoptera e Lepdoptera
Reproduçã
Durante a reprodução o macho canta em um poleiro próximo ao ninho para delimitar o território.
O ninho é em forma de cesto baixo, confeccionado exclusivamente com folhas e hastes florais de gramíneas a poucos centímetros do chão, em meio a arbustos, medindo cerca de 80 milímetros de diâmetro externo e profundidade de 50 milímetros. O ovo é de formato ovóide e mede cerca de 20,4 x 15,4 milímetros. Apresenta coloração creme rosada clara, com algumas poucas e esparsas manchas marrom claras e outras marrom enegrecidas ao redor do polo rombo. O período de incubação é de 14 dias e apenas as fêmeas incubam, mas tanto machos quanto fêmeas se revezam na alimentação dos filhotes (Lima & Buzzetti, 2006). O colorido azul vistoso do macho e seu bico amarelo intenso, chama muito a atenção e pode ser um alvo fácil para predadores. A coloração parda da fêmea lhe permite uma boa camuflagem quando está incubando. A sua coloração se assemelha muito à coloração das gramíneas secas usadas na confecção do ninho e do local onde ele é construído. O tamanho médio da ninhada é de dois filhotes por estação com três ovos cada uma. A incubação dura cerca de 14 dias e os filhotes abandonam o ninho nove dias após a eclosão. Os filhotes e jovens permanecem acompanhando o grupo familiar até a estação reprodutiva seguinte.
Durante a reprodução o macho canta em um poleiro próximo ao ninho para delimitar o território.
O ninho é em forma de cesto baixo, confeccionado exclusivamente com folhas e hastes florais de gramíneas a poucos centímetros do chão, em meio a arbustos, medindo cerca de 80 milímetros de diâmetro externo e profundidade de 50 milímetros. O ovo é de formato ovóide e mede cerca de 20,4 x 15,4 milímetros. Apresenta coloração creme rosada clara, com algumas poucas e esparsas manchas marrom claras e outras marrom enegrecidas ao redor do polo rombo. O período de incubação é de 14 dias e apenas as fêmeas incubam, mas tanto machos quanto fêmeas se revezam na alimentação dos filhotes . O colorido azul vistoso do macho e seu bico amarelo intenso, chama muito a atenção e pode ser um alvo fácil para predadores. A coloração parda da fêmea lhe permite uma boa camuflagem quando está incubando. A sua coloração se assemelha muito à coloração das gramíneas secas usadas na confecção do ninho e do local onde ele é construído. O tamanho médio da ninhada é de dois filhotes por estação com três ovos cada uma. A incubação dura cerca de 14 dias e os filhotes abandonam o ninho nove dias após a eclosão. Os filhotes e jovens permanecem acompanhando o grupo familiar até a estação reprodutiva seguinte.
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Canto do Azulinho
Azulinho
O azulinho é uma ave passeriforme da família Cardinalidae. Também conhecido como azulinho-do-sul.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kuanos = azul escuro; e loxia = bico cruzado, tentilhão de bico forte; e do (latim) glaucus = azul acinzentado; e caeruleus = azul escuro, azul profundo. ⇒ (Pássaro de cor) azul escuro acinzentado com bico forte.
Características
Mede 14,5 cm de comprimento.
Quase que uma miniatura do azulão (Cyanoloxia brissoni), mas menos robusto, de pernas mais longas e de bico relativamente pequeno. Canto fluente de andamento rápido. As fêmeas e os filhotes são pardos.
Subespécies
Não possui subespécies.
Alimentação
Granívoro.
Reprodução
Tem de 3 a 4 ninhadas por ano, com 2 a 3 ovos em cada uma.
Hábitos
Típico de bordas de matas secas subtropicais, matas mesófilas residuais, parque de espinilho no sudoeste do Rio Grande do Sul, mata de araucária e bordas de matas úmidas do Brasil meridional. Usualmente solitário, aparece durante o inverno no interior de São Paulo, onde vocaliza pouco, passando facilmente despercebido.
Distribuição Geográfica
A distribuição geográfica vai dos estados da região sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, com expansão natural até a região central de Minas Gerais, Espírito Santo e sul do Rio de Janeiro.
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Canto do Pássaro Casaca de Couro
Casaca-de-couro
O casaca-de-couro é uma ave passeriforme da família Furnariidae.
Conhecido também como carrega-madeira-do-sertão, Cacuruta e Catapirra (interior do Rio Grande do Norte), carrega-madeira-grande (Bahia) e joão-de-moura (Ceará). Nas regiões do sertão e seridó da Paraíba esta espécie é também chamada de cajaca-de-couro, cajaca-vermelha e casacão.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) pseudos = falso; e de seisoura = pássaro mencionado por Hesíquio e posteriormente identificado como um Alvéola; e do (latim) cristata, cristatum = com crista. ⇒ Falso Alvéola com crista.
Características
Mede cerca de 25 cm de comprimento. Apresenta plumagem ruiva uniforme, íris amarela e um longo topete sobre o píleo.
Subespécies
Não possui subespécies.
Alimentação
Ave onívora. Alimenta-se preferencialmente de insetos, mas não dispensa outros tipos de alimentos como pequenos répteis, frutas, sementes e ovos. Vivem principalmente no alto das árvores, indo eventualmente ao solo para se alimentar.
Reprodução
No processo de reprodução dessas aves, o grupo todo coopera: vários ajudantes não-reprodutores ajudam na construção do ninho, defendem o território e alimentam os filhotes.
Há dois tipos de ninhos, ambos com a forma de forno, comum à família. O primeiro deles, com finalidade exclusivamente reprodutiva, tem paredes com mais material e, portanto, bem grossas, o que o torna externamente muito volumoso. É composto por um túnel de entrada, com tamanho variando entre 30 e 50 cm, e a câmara oológica ao final, com altura variando entre 11 e 15 cm. A câmara tem sua base forrada por pequenos gravetos, cascas e fibras vegetais. Externamente esse ninho tem, em média, 1m de comprimento por 60 cm de altura. É feito de gravetos e espinhos, mas também pode incluir materiais de origem doméstica, como plásticos, embalagens vazias de creme dental, pedaços de lata, etc. Essa ave costuma saquear os ninhos do Phacellodomus rufifrons para usar os gravetos em seu próprio ninho.
O segundo ninho serve apenas para pernoite e tem paredes bem menos espessas que o primeiro e, na aparência externa, também é bem menor. Geralmente é construído nas imediações ou bem próximo do primeiro, dormindo aí todas as aves do bando, tanto os adultos como os jovens da última postura http://www.wikiaves.com.br/417850 ] Os dois tipos de ninhos de Pseudoseisura cristata. Às vezes, nesses ninhos ocorre uma verdadeira superlotação de casacas-de-couro, com até 9 indivíduos se apertando dentro do pequeno espaço.
Os ninhos de casaca-de-couro são frequentemente utilizados por outras aves, tais como corrupião(Icterus jamacaii) e asa-de-telha(Agelaioides badius),asa-de-telha-palido(Agelaioides fringillarius) além de alguns roedores.
Os ovos são de cor branca.
Hábitos
É geralmente incomum e habita a caatinga seca e florestas de galeria, freqüentemente em áreas pantanosas. Vive principalmente no alto de árvores, indo eventualmente ao solo para se alimentar ou beber água. Frequentemente visto aos pares. Na caatinga é uma das primeiras aves a dar sinal que já despertaram, entoando, ainda no escuro, a sua “cantiga” estridente sempre em dueto.
Distribuição Geográfica
Ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
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Bigodinho Cantando e Filhote Chamando
Excelente áudio de bigodinho cantando e o filhote chamando para encartes de filhotes
Aprenda o Manejo de Coleiro Pardo:
https://go.hotmart.com/S57071324F
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Canto do Bico - de - Veludo
Bico-de-veludo
O bico-de-veludo é uma ave passeriforme da família Thraupidae. É conhecido também como bicudo-do-tabuleiro, sanhaçu-tabuleiro (Natal/RN), figueira, figueira-bico-de-veludo, sanhaço-do-campo, sanhaço-pardo, peito-pardo, sanhaçu-caboclo (Minas Gerais), saí-veludo, zorro, tiê-veludo, papa-laranja (Minas Gerais), bico-de-cera e bico-de-veludo (Sul do Piauí).
Nome Científico
Seu nome científico significa:: Schistochlamys - do (latim) schistus = cor de ardósia, acinzentado; e do (grego) khlamus = capa, manto, capote; ruficapillus - do (latim) rufus = vermelho; e capillus = referente à cabeça. ⇒ (Ave) com manto acinzentado e cabeça vermelha.
Características
Mede cerca de 18 centímetros de comprimento e pesa 38 gramas.
A plumagem do dorso é azul-acinzentada, tem uma máscara negra na face. Na parte inferior, garganta, peito e barriga são acanelados. O baixo-ventre é branco-acinzentado. Possui um canto melodioso, repetido incessantemente, que pode variar de região para região, sendo ora mais “limpo” ora mais “embolado”.
Alimentação
Granívoro. Alimenta-se também de frutos e pequenos insetos. Aprecia muito os frutos do tapiá ou tamanqueiro (Alchornea glandulosa).
Reprodução
Ocorrem 2 ou 3 posturas por temporada. Põe 2 ou 3 ovos. O período de incubação leva cerca de 13 dias. Os filhotes ficam independentes entre 35 e 40 dias.
Hábitos
Pode ser encontrado em cerrados, caatingas, campos de altitude, campos sujos, jardins e acima da linha de florestas.
Vive solitário ou aos pares, pousado em arbustos baixos, com frequência em áreas bastante abertas. Junta-se a bandos mistos eventualmente. Pousa no topo de pequenas árvores para cantar e olhar.
Distribuição Geográfica
No Brasil, ocorre nos estados do Maranhão, Pará, Bahia, Pernambuco, Tocantins e Piauí. Na Região Centro-Oeste, nos estados de Mato Grosso e Goiás. No Sudeste ocorre em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na Região Sul, somente no Paraná. Varia de localmente comum a incomum nas diversas regiões onde habita.
Algumas fontes afirmam que existem populações isoladas no Paraguai e na Argentina.
Pela ampla área de distribuição e quantidade de indivíduos registrados, essa espécie é considerada como Pouco Preocupante (LC) de extinção na natureza.
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Canto do Negrinho do Mato - Cigarra Azulada - Cigarra de Taquara
Negrinho-do-mato
O negrinho-do-mato é uma ave passeriforme da família Cardinalidae. Também conhecido como cigarra-azulada e cigarrinha-da-taquara.
Possuía o nome científico de Cyanoloxia moesta.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) amauros = escuro; e spiza = tentilhão; e do (latim) moestus, moerere = triste, chorando. ⇒ Tentilhão escuro triste.
Características
Mede cerca de 12 centímetros de comprimento e pesa entre 13 e 14,5 gramas.
O macho é negro azulado e quando alça voo exibe uma mancha branca sob as asas, como acontece com o tiziu (Volatinia jacarina) ou em certos tiês (Tachyphonus sp.). A fêmea é semelhante à fêmea do curió (Sporophila angolensis), mas tem o bico mais fino.
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).
Alimentação
Alimenta-se em matas úmidas com bambuzais, onde consome folhas e rebentos novos, sementes, grãos e insetos, podendo descer ao solo à procura de alimento.
Reprodução
Tem em média duas ninhadas por estação com três ovos em cada postura.
Hábitos
Vive a uma altura de 2-3 m dentro de densa mata secundária, mata alta entremeada de pinheiros(RS) (Sick 1997). Ocorre particularmente onde há extensivo crescimento de bambus (Ridgely & Tudor 1989).
Distribuição Geográfica
Trata-se de espécie de ocorrência local, podendo ser sintópica com cigarra-do-coqueiro (Tiaris fuliginosa), cigarra-bambu (Haplospiza unicolor) ou com azulão (Cyanoloxia brissonii).
Segundo Sick (1997) e o mapa de ocorrência do site Avibase, esta espécie ocorre nos estados do Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Canto do Corruíra
Corruíra
A corruíra é uma ave passeriforme da família Troglodytidae. Possui diversos nomes populares, tais como: correte, maria-judia (Pará), currila, cambaxirra, cambuxirra, garrincha (Alagoas, Minas Gerais e Maranhão), cutipuruí (Pará, Amazonas), rouxinol (Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte), corruíra-de-casa, carriça, garriça, curuíra, coroíra, curreca (Santa Catarina) chirachola e carruíra (Rio Grande do Sul).
É quase inconfundível, ao menos em ambientes alterados pelo homem, pois as outras espécies brasileiras da família Troglodytidae são típicas de ambientes florestais ou restritas a habitats muito específicos.
Até recentemente a espécie Troglodytes aedon tinha sua distribuição registrada em todo o continente americano, exceto acima do Círculo Polar Ártico, no entanto após uma série de estudos, as populações ao sul do México passaram a ser consideradas como uma espécie distinta, renomeada como Troglodytes musculus. Muito comum, ocorre virtualmente em todos os habitats abertos e semiabertos, aparecendo rapidamente em clareiras abertas em regiões florestadas. Habita também os arredores de casas e jardins, inclusive no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima, cerrados, a caatinga, borda de matas e margens de banhados.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) Troglodytes = aquele que mora em cavernas; (latim) musculus diminutivo de mus = pequeno rato; camundongo.⇒ Pequeno rato que habita as cavernas.
Características
Mede de 10-13 centímetros de comprimento, e pesa em torno de 10-12 g. É grande cantadora e seu canto trinado, alegre e melodioso, é ouvido principalmente no começo da manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na vegetação, emite sem parar um crét crét, rouco e baixo. Bem pequena, pode ser escondida na palma da mão. É parente do famoso uirapuru, considerado por muitos como a ave brasileira que tem o canto mais bonito.
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
Alimentação
Come insetos pequenos (besouros, cigarrinhas, formigas, lagartas, vespinhas) e pequenas aranhas, e às vezes até filhotes de lagartixa. Captura as presas enfiando o bico em frestas e cavidades, tanto em construções humanas quanto sob a casca de plantas.
Por alimentar-se de pequenos insetos que procura entre a folhagem baixa e em todo lugar escondido nos cantos dos jardins, recebeu o nome científico de musculus, que significa rato, já que dá a impressão de ser um camundongo, quando está saltitando pelos cantos.
Reprodução
Faz seu ninho em todo tipo de cavidade, o que motivou também o nome do gênero Troglodytes, que significa morador da caverna. Com certeza os comportamentos mais notáveis em relação a esta espécie referem-se a sua reprodução, pois a corruíra é capaz de construir seu ninho nos locais mais improváveis. A lista de relatos de ninhos construídos em condições incomuns é grande, passando por telefones públicos, tratores, caixas de música, instalações elétricas, etc. É uma das aves que mais se aproveita dos ninhos artificiais disponibilizados pelos humanos, especialmente caixas com entrada pequena. Nidifica em qualquer cavidade, como troncos de árvores ocas, embaixo de telhas de casas ou em ninhos de outras aves. Os ninhos são constituídos principalmente por gravetos entrelaçados com no máximo 18 centímetros e mínimo 1,7 centímetro. Apresentam folhas, raízes, sementes e diversos materiais industrializados como pregos, metais, papel, plástico e tecido. No local em que são depositados os ovos (câmara), ocorre o revestimento de penas de outras aves, pelos, provavelmente de bovino, suíno e equino, e grande quantidade de cabelos humanos.
Os ovos, de 3 a 6, vermelho-claros, densamente salpicados de vermelho-escuro, com manchas cinza-claras, eclodem após cerca de duas semanas e os filhotes demoram quase o dobro deste tempo para abandonar o ninho. Os pais se revezam nos cuidados com os filhotes.
Hábitos
A corruíra pode destruir ovos de outras espécies de aves sem nem mesmo alimentar-se deles. Este comportamento pode estar relacionado à eliminação de competidores de outras espécies. Há vários relatos deste comportamento para a espécie americana, e para a brasileira há uma descrição de predação em ovos do sabiá-barranco (Turdus leucomelas). Vive solitária ou aos pares; macho e fêmea cantam em dueto. É encontrada em bordas de matas, cerrados, caatingas, áreas alagadas, campos e áreas verdes urbanas próximas a residências. Esta espécie se assemelha a um camundongo por ter a característica de pular enquanto se locomove pelo chão, por cima de galhos úmidos e por cima de entulhos de construção.
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