Saudade - Augusto dos Anjos
Autor: Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
(Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, muitas vezes considerado simbolista ou parnasiano. No entanto, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como um pré-modernista porque encontramos traços expressionistas distintos em sua poesia. Conhecido como um dos poetas mais críticos de seu tempo, sua obra ainda é admirada por leigos e críticos literários até hoje. Sua poesia chocou muitos, principalmente os poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros mais reproduzidos.
Sua popularidade se deve principalmente ao sucesso entre as camadas
populares brasileiras e à difusão de sua obra pelos modernistas.
Hoje, várias editoras brasileiras publicam Eu e Outras Poesias.
Voz: Caramão
"Saudade
Hoje que a mágoa me apunhala o seio,
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença, em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.
À noute quando em funda soledade
Minh’alma se recolhe tristemente,
P’ra iluminar-me a alma descontente,
Se acende o círio triste da Saudade.
E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,
Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida."
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Vão-se os anéis
Vão-se os anéis
musica: Hustlin - NEFFEX
O que são os anéis que ficam nos nossos dedos
ouro e prata são nada comparados a segurar sua mão
se eu perder os meus olhos que eu possa enxergar,
Que eu caminhe o caminho e saiba sempre onde estou
e se me tirarem o coração que eu nunca deixe de te amar.
Magela
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