BOLSONARO ACEITARÁ O RESULTADO DAS ELEIÇÕES?
Governo Biden recebe dossiê de acadêmicos com alerta de 'versão mais extrema de ataque ao Capitólio' no Brasil.
A pouco mais de cinco meses das eleições no Brasil - e sem ter um embaixador americano no país -, membros do alto escalão do governo Joe Biden e do Congresso dos Estados Unidos receberam nesta semana um dossiê em que diversos acadêmicos e instituições da sociedade civil no Brasil e nos EUA pedem aos americanos que se mantenham vigilantes sobre o pleito de 2022 e priorizem as liberdades individuais e a democracia em sua relação diplomática com o país, acima de interesses geopolíticos e comerciais.
"Bolsonaro está criando condições para um ambiente eleitoral muito instável e, se perder, o mundo deve lembrar o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA e estar preparado para testemunhar uma versão provavelmente mais extrema disso no Brasil", afirma o documento de 25 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso.
O dossiê aponta semelhanças entre o comportamento de Bolsonaro e o do ex-presidente americano Donald Trump para chamar a atenção do governo dos EUA. "Reminiscente da retórica de Trump em 2020, Bolsonaro já disse que pode não aceitar os resultados da eleição de 2022, criando um terreno fértil para desinformação e atos extremistas", diz o documento.
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Direita perde eleições na França
Reeleito no domingo (24/4), o presidente francês, Emmanuel Macron, terá vários desafios em seu segundo mandato. Um dos principais será unir a França após estas eleições e obter apoio das classes mais populares, que preferiram majoritariamente votar em candidatos radicais de direita e de esquerda (nesse caso, no primeiro turno) ou se abster de votar. Disso depende a força da oposição que Macron poderá ter de enfrentar após as legislativas de junho e o avanço de medidas impopulares, como a reforma da aposentadoria.
Macron foi reeleito com 58,55% dos votos. Marine Le Pen, de extrema direita, sua rival no segundo turno, obteve 41,45%, o melhor resultado já obtido pelo Reunião Nacional (também conhecido em português como Reagrupamento Nacional, ex-Frente Nacional) em uma votação.
A abstenção foi de 28%, uma das mais elevadas nas últimas décadas.
Apesar de ter vencido com uma vantagem considerável, ainda mais para um presidente em exercício, houve um avanço considerável da direita radical de Le Pen, que no segundo turno da eleição presidencial de 2017 havia obtido 33,9% dos votos.
A vitória de Macron com uma boa diferença sobre Le Pen foi possível graças sobretudo aos votos de parte do eleitorado de Jean-Luc Mélenchon, da extema esquerda, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 22%. Como Le Pen, Mélenchon também atrai principalmente franceses com menor renda.
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Reagindo aos vídeos dos Ataques Terroristas em Israel
Um atirador árabe matou pelo menos cinco pessoas em um subúrbio de Tel Aviv nesta terça-feira (29) antes de ser morto a tiros. Esse é o mais recente de uma série de ataques mortais em Israel.
Um vídeo amador transmitido por emissoras de televisão israelenses mostrou um homem vestido de preto e apontando um rifle andando por uma rua em Bnei Brak, uma cidade judaica ultraortodoxa nos arredores da capital comercial de Israel.
Reportagens da mídia israelense, citando autoridades de segurança não identificadas, disseram que o agressor era um palestino de uma vila perto da cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Em Bnei Brak, testemunhas disseram que o atirador começou a atirar em varandas de apartamentos e depois em pessoas na rua e em um carro.
Ele matou cinco pessoas a tiros, elevando para 11 o número de israelenses mortos por agressores árabes desde a semana passada.
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