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#poema "Pão e Música" [Conrad Aiken]
Conrad Potter Aiken (Savannah, Geórgia, 5 de agosto de 1889 – Savannah, 17 de agosto de 1973) foi um poeta, ficcionista, antologista e crítico norte-americano. Líder dos novos poetas que apareceram logo depois da Primeira Guerra Mundial e um gênio da #literatura.
Conrad P. Aiken foi considerado um dos gigantes mais negligenciados da #poesia americana do século 20 e seu trabalho é uma leitura gratificante para qualquer amante da poesia. Superando uma tragédia infantil devastadora, Aiken se tornaria um romancista e poeta prolífico. Ele foi homenageado ao ganhar o Prêmio Pulitzer em 1930 e mais tarde serviu como Poeta Laureado dos EUA.
#poema "Pão e Música" [Conrad Aiken]
A música ouvida contigo era mais do que música
E o pão que parti contigo era mais do que pão;
Agora que estou sem ti, aquilo que foi belo
Uma vez, morto está; tudo é desolação.
Tuas mãos uma vez tocaram esta mesa e esta prata
E uma vez vi teus dedos segurando cristais.
Tais coisas não te recordam, amada, muito embora
Tua marca sobre elas não se extingua jamais.
Porque foi em meu coração que te moveste entre elas
E as abençoaste com tuas mãos e teu olhar;
E no coração sempre estarão lembrando
Que te viram uma vez, só lhes resta sonhar.
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Poema "Basta o amor" [William Morris]
#poesia "Basta o Amor" [William Morris]
Basta o #amor embora o mundo esteja minguando,
E a floresta não tenha outra voz senão a das queixas,
Embora esteja o céu escuro demais para olhos fracos perceberem
As trepadeiras e as margaridas florescendo,
Embora as montanhas sejam vultos e o mar um colosso sombrio
E que esse dia desenhe um véu sobre cada fato passado,
Ainda assim, que as mãos não tremam, os pés não vacilem;
O vazio não esgotará, o medo não mudará
Os lábios e os olhos de amados e amantes.
William Morris (1834 –1896) designer, poeta, romancista, tradutor, foi associado ao movimento artístico britânico Arts & Crafts. Foi um dos principais colaboradores para a revitalização das artes têxteis e métodos tradicionais de produção. As suas contribuições na #literatura ajudaram a estabelecer o gênero moderno da fantasia, tendo também um papel significativo na divulgação do movimento socialista na Grã-Bretanha. Em 1891 fundou a editora Kelmscott Press com o intuito de publicar livros inspirados pelas iluminuras, uma causa a que se dedicou até à morte. Morris é considerado uma das mais importantes personalidades da cultura britânica durante a era vitoriana. Embora enquanto vivo fosse conhecido sobretudo pela poesia, após a sua morte notabilizou-se pelo design.
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Poesia "Nunca entregues todo o coração" [William Butler Yeats]
Nunca entregues todo o coração, pois não vale
muito a pena pensar no amor
de mulheres apaixonadas desde que firme
nos pareça, e nunca elas imaginem
quanto vai definhando de beijo em beijo,
pois tudo o que nos seduz mais não é
do que fugaz deleite, doce e sonhador.
Oh, nunca entregues o coração completamente
pois elas, por mais que os suaves lábios o afirmem,
entregaram ao jogo os seus corações.
E quem poderá ainda jogar bem
se estiver surdo, mudo e cego de amor?
Aquele que fez isto sabe o quanto custa
pois entregou todo o coração e perdeu.
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Poema "Folhas de Rosa" [Florbela Espanca] #shorts #poesia #literatura
Poema "Folhas de Rosa" [Florbela Espanca]
#shorts #poesia #literatura
Poesia "Nós Perdemos Também Este Crepúsculo" [Pablo Neruda]
Nós perdemos também este crepúsculo
Ninguém nos viu à tarde com as mãos unidas
enquanto a noite azul caía sobre o mundo.
Vi, de minha janela,
a festa do poente nos montes distantes.
Às vezes, qual moeda,
acendia-se um pouco de sol em minhas mãos.
Eu te recordava com a alma apertada
por essa tristeza que conheces em mim.
Então, onde estarias?
Junto a que gente?
Dizendo que palavras?
Por que há de vir todo este amor de um golpe
quando me sinto triste e te sinto distante?
Caiu-me o livro que sempre se escolhe ao crespúsculo
e como um cão ferido rolou-me aos pés a capa.
Sempre, sempre te afastas pela tarde
Até onde o crepúsculo corre apagando estátuas.
#poesia #literatura #amor
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Poema "Outono" [John Keats]
A #poesia de John Keats baseia-se em muitos gêneros, desde o soneto e o romance espenseriano até ao épico inspirado por John Milton, que ele remodelou de acordo com as suas próprias exigências. As suas obras mais admiradas são as seis Odes de 1819, a Ode à Indolência, a Ode à Melancolia, a Ode à Psique, a Ode a uma Urna Grega, a Ode a um Rouxinol e a Ode ao Outono, muitas vezes considerada o #poema mais realizado alguma vez escrito em inglês.
Durante a sua vida, Keats não esteve associado aos principais poetas do movimento Romântico, e ele próprio se sentiu desconfortável na sua companhia. Fora do círculo de intelectuais liberais em torno do seu amigo, o escritor Leigh Hunt, a sua obra foi criticada por comentadores conservadores como “poesia de mau gosto e de mau gosto”, segundo John Gibson Lockhart, e “mal escrita e vulgar”, segundo John Wilson Croker.
A partir do final do seu século, contudo, a fama de Keats continuou a crescer: foi considerado um dos maiores poetas da #literatura inglesa.
Poema "Ode ao Outono" [John Keats]
I
Estação de névoas e frutífera suavidade,
Amiga do peito do sol maduro;
Conspiras com ele como espargir e abençoar
Com frutas as videiras nos beirais de palha;
Arqueias com maçãs os ramos musgosos,
Preenches até o fim de madurez as frutas;
Inflas as cabaças e farta as cascas das avelãs
Com o doce cerne; fazes brotar mais
E mais, flores tardias às abelhas,
Até que pensem jamais findar-se-ão os dias quentes,
Pois o verão transbordou suas meladas colmeias.
II
Quem não te viu em teu armazém?
Às vezes, aquele a te procurar te encontrará
Sentada tranquila no chão do celeiro,
Teu cabelo levemente erguido pelo vento joeirante,
Ou dormindo profundo num sulco ceifado ao meio,
Entorpecida no aroma das papoulas, enquanto tua foice
Poupa a fileira seguinte e suas flores enroscadas.
E várias vezes como um colhedor manténs
Firme tua cabeça pródiga ao atravessares o riacho;
Ou ao lado de uma prensa de cidra, com o olhar paciente,
Contempla as derradeiras horas viscosas.
III
Onde estão as canções da Primavera? Sim, onde estão?
Não penses nelas, tens tuas músicas também
Nuvens como estrias brotam no dia que suave se esvai,
E tangem com rósea cor os restos dos campos desnudos;
Num coro-lamento pranteam os mosquitos
Entre os salgueiros do rio, no alto
Ou imersos quando a tênue brisa vive ou fenece;
E grandes carneiros berram no riacho das montanhas
Grilos cantam; e agora com suave trinado
O papo roxo sibila do jardim,
Andorinhas gorjeiam nos céus
0:00 Intro
0:03 Verso 1 - Estação de Névoas
1:12 Verso 2 - Quem não te viu ?
2:17 Verso 3 - Onde estão as canções
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Poesia "Thinking" [Edgar Guest]
Edgar Guest começou sua carreira no Detroit Free Press em 1895, onde trabalhou pela primeira vez como copiador. Ele logo foi promovido a redator policial e mais tarde a editor internacional e, em 1904, começou a escrever versos para a Free Press sob o título "Chaff". Essas colunas evoluíram para um artigo diário imensamente popular intitulado "Bate-papo na mesa do café da manhã", que, no auge de sua popularidade, foi distribuído em cerca de 300 outros jornais. Em 1916, Guest publicou A Heap O' Livin', uma coleção de versos que vendeu mais de 1.000.000 de cópias. Esse trabalho foi seguido por Just Folks (1918), Rhythms of Childhood (1924), Life's Highway (1933) e Living the Years (1949).
#poesia "O Homem Que Pensa Que Pode" [Edgar Guest]
Se você pensar que é um derrotado,
você será derrotado.
Se não pensar, “quero com toda força”,
não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer,
mas pensa que não vai conseguir,
a vitória não sorrirá para você.
Se você fizer as coisas pela metade,
você será um “fracassado”.
Nós descobrimos neste mundo
que o sucesso começa pela intenção da gente
e tudo se determina pelo nosso espírito.
Se você pensa que é um “coitado”,
você se torna como tal.
Se deseja atingir uma posição mais elevada,
deve, antes de obter a vitória,
dotar-se da convicção de que
conseguirá infalivelmente.
A luta pela vida nem sempre é vantajosa
aos fortes, nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória,
é aquele que acredita
que conseguirá !
#literatura #poema
Poesia "Funeral Blues" [W.H.Auden]
Do filme "Quatro Casamentos e Um Funeral"
O autor, W.H Auden, é vencedor de um Prémio Pulitzer de #poesia , foi professor de poesia em Oxford, nasceu em 1907. Estreou-se em poesia no dialeto de inglês antigo, através de palestras dadas por J. R. R. Tolkien.
Entre os amigos que fez em Oxford, encontram-se: Cecil Day-Lewis, Louis MacNeice e Stephen Spender. Os quatro passaram a ser conhecidos na década de 1930 como o "grupo de Auden".
Auden foi prolífico escritor de ensaios sobre temas políticos, religiosos, psicológicos e da #literatura.
Também trabalhou várias vezes em filmes documentários e peças de teatro poéticas.
#Poema "Funeral Blues" [W.H.Auden]
Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Evitem o latido do cão com um osso suculento,
Silenciem os pianos e com tambores lentos
Tragam o caixão, deixem que o luto chore.
Deixem que os aviões voem em círculos altos
Riscando no céu a mensagem: Ele Está Morto,
Ponham gravatas beges no pescoço dos pombos brancos do chão,
Deixem que os polícias de trânsito usem luvas pretas de algodão.
Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Leste e Oeste;
A minha semana útil e o meu domingo inerte,
O meu meio-dia, a minha meia-noite, a minha canção, a minha fala,
Achei que o amor fosse para sempre: Eu estava errado.
As estrelas não são necessárias: retirem cada uma delas;
Empacotem a lua e façam o sol desmanchar;
Esvaziem o oceano e varram as florestas;
Pois nada no momento pode algum bem causar.
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Poesia "UM SORRISO PARA SER LEMBRADO" [Bukowski]
Bukowski é poeta, escritor de histórias e colunista germano-americano que escreveu milhares de #poemas e contos no movimento literário do realismo sujo. Seus poemas foram posteriormente publicados em 60 livros. #bukowski escreveu poemas sobre a vida dos americanos pobres, relacionamentos, mulheres, que são parcialmente influenciados pelo ambiente sócio-político de sua cidade residente, Los Angeles. Ele fornece imagens brilhantes em um nível bruto, onde não há apropriações ou censura de suas idéias e pensamentos.
#poesia "Um Sorriso Para Ser Lembrado [Charles Bukowski]
nós tínhamos peixes dourados e eles davam voltas e voltas
na vasilha sobre a mesa perto das pesadas cortinas
que cobriam a janela e
minha mãe, sempre sorrindo, querendo que todos nós
fôssemos felizes, me disse, ‘seja feliz, Henry!’
e ela estava certa: é melhor ser feliz se você
puder
mas meu pai continuou a bater nela e em mim algumas vezes por semana enquanto
enfurecido no seu corpo de 1,87 m porque ele não conseguia
entender o que estava o atacando por dentro.
minha mãe, pobre peixe,
querendo ser feliz, apanhava duas ou três vezes por
semana, me dizendo para ser feliz: ‘Henry, sorria!
por quê você nunca sorri?’
e então ela sorria, para me mostrar como, e era o
sorriso mais triste que eu já havia visto
um dia os peixes-dourados morreram, todos os cinco,
eles boiavam na água, de lado, seus
olhos ainda abertos,
e quando meu pai chegou em casa ele os jogou para o gato
lá no chão da cozinha e nós assistimos enquanto minha mãe
sorria
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Poema "Amor Sem Fim” [Rabindranath Tagore]
O Prêmio Nobel de Literatura de 1913 foi concedido a Rabindranath #tagore por causa de seus versos profundamente sensíveis, frescos e belos, pelos quais, com habilidade consumada, ele tornou seu pensamento poético, expresso em suas próprias palavras em inglês, uma parte da #literatura do Oeste.
Hermes Figueiredo narra o #poema "Amor sem Fim" de Rabindranath Tagore.
Eu pareço ter amado você em inúmeras formas, inúmeras vezes,
Em vida após vida, idade após idade, sempre.
Meu coração enfeitiçado fez e refez o colar de canções
Que você aceita como presente, usa à volta do pescoço em suas muitas formas
Em vida após vida, idade após idade, sempre.
Quando eu escuto crônicas antigas de amor, é sofrimento amadurecido,
É o conto ancestral de se estar junto ou separado,
Assim que eu encaro mais e mais fundo o passado, no final você emerge
Envolto na luz de uma estrela-cadente cortando a escuridão do tempo:
Você se torna uma imagem do que é lembrado para sempre.
Eu e você temos flutuado aqui no córrego que flui da fonte
No coração do tempo do amor de um pelo outro.
Nós temos brincado ao lado de milhões de amantes, partilhado a mesma
Doce timidez do encontro, as mesmas dolorosas lágrimas de despedida -
Amor antigo, mas em formas que se renovam e renovam, sempre.
Hoje ele está guardado à seus pés, ele achou o seu fim em você,
O amor de todos os dias dos homens, tanto passados quanto eternos:
Alegria universal, tristeza universal, vida universal,
As memórias de todos os amores mesclando-se com esse nosso amor único -
E as canções de cada poeta, tanto passados quanto eternos.
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Poema "O Caminho não Trilhado" [Robert Frost] #poesia #shorts
Poema "O Caminho não Trilhado" [Robert Frost] #poesia #shorts
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Poesia "Ainda Te Necessito" [Pablo Neruda]
Hermes Figueiredo narra a #poesia "Ainda Te Necessito" de Pablo Neruda
Ainda não estou preparado para perder-te
Não estou preparado para que me deixes só.
Ainda não estou preparado para crescer
e aceitar que é natural,
para reconhecer que tudo
tem um princípio e um final.
Ainda não estou preparado para não te ter
e apenas te recordar
Ainda não estou preparado para não poder te olhar
ou não poder te falar.
Não estou preparado para que não me abraces
e para não poder te abraçar.
Ainda te necessito.
E ainda não estou preparado para caminhar
por este mundo perguntando-me: Por quê ?
Não estou preparado hoje nem nunca estarei.
Ainda te necessito.
Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto (Parral, 12 de julho de 1904 – Santiago, 23 de setembro de 1973), mais conhecido pelo seu pseudónimo e, mais tarde, nome legal, Pablo Neruda (Espanhol: [ˈpaβlo neˈɾuða]), foi um poeta-diplomata chileno e político que ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1971. Neruda ficou conhecido como poeta quando tinha 13 anos, e escreveu numa variedade de estilos, incluindo poemas surrealistas, épicas históricas, manifestos abertamente políticos, uma autobiografia em prosa, e #poemas de amor apaixonados como os da sua coleção Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada (1924).
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Poema "O Pássaro Azul" Bukowski #shorts #poesia #literatura
Hermes Figueiredo narra "O Pássaro Azul", um dos poemas mais conhecidos de Bukowski, é uma profunda meditação sobre a faceta humana muito familiar a todos os leitores: como constantemente sufocamos nossos impulsos sob uma versão externa meticulosamente construída.
Poesia “Enquanto quis Fortuna que Tivesse” [Luis de Camões]
Hermes Figueiredo narra o poema “Enquanto quis Fortuna que Tivesse” de Luis de Camões
Enquanto quis Fortuna que tivesse
esperança de algum contentamento,
o gosto de um suave pensamento
me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor que aviso desse
minha escritura a algum juízo isento,
escureceu-me o engenho com tormento,
para que seus enganos não dissesse.
Ó vós, que Amor obriga a ser sujeitos
a diversas vontades! Quando lerdes
num breve livro casos tão diversos,
verdades puras são, e não defeitos...
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos!”
Neste soneto camoniano, as duas divindades que se opõem são Fortuna e Amor. Fortuna é a deusa romana da esperança e da sorte. No primeiro quarteto, nota-se a influência desta sobre o eu lírico, que passa a escrever os versos na perspectiva de experimentar alguma alegria. O contraponto a essa alegria surge no segundo quarteto, com a presença do Amor, também conhecido na mitologia romana por Cupido. O poder que ele exerce sobre as pessoas é o de submeter os indivíduos à sua vontade ou aos seus caprichos, o que, nesse caso, se traduz na ação de atormentar o poeta, escurecendo o seu raciocínio, impedindo-o de revelar aos leitores os enganos do Amor.
Nos dois últimos versos, formula-se a ideia de que a compreensão do sentido da obra poética do autor dependerá da experiência amorosa do leitor.
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Poema "Enquanto quis Fortuna que tivesse" [Camões]
#shorts #poesia "Enquanto quis Fortuna que tivesse" [Camões]
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Poema "Ode: Intimações de Imortalidade" [William Wordsworth]
#shorts #poesia "Ode: Intimações de Imortalidade" [William Wordsworth]
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Poesia “Soneto 130” [William Shakespeare]
Hermes Figueiredo narra poema Soneto 130 de William Shakespeare.
Num soneto/paródia ao soneto de amor popularizado desde Petrarca (1304-1374), Shakespeare (1564-1616) dá-nos, no seu soneto 130, um #poema onde impera a lucidez sobre a mulher amada e os seus atributos físicos, concluindo por declarar o seu amor excepcional, apesar da ausência dos detalhes que fazem o canon do belo.
A #poesia é assim uma peremptória afirmação do poder do real humano sobre o ideal, e por ele lemos como o amor triunfa sobre as ideias feitas quando a vida nos toca e o amor nos bate à porta.
Os olhos de minha amada não são como o sol;
Seus lábios são menos rubros que o coral;
Se a neve é branca, seus seios são escuros;
Se os cabelos são de ouro, negros fios cobrem-lhe a cabeça.
Já vi rosas adamascadas, vermelhas e brancas,
Mas jamais vi essas cores em seu rosto;
E alguns perfumes me dão mais prazer
Do que o hálito da minha amada.
Amo-a quando ela fala, embora eu bem saiba
Que a música tenha um som muito mais agradável.
Confesso nunca ter visto uma deusa passar –
Minha senhora, quando caminha, pisa no chão.
Mesmo assim, eu juro, minha amada é tão rara
Que torna falsa toda e qualquer comparação.
#literatura
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Poesia “Soneto 130” [William Shakespeare]
Hermes Figueiredo narra poema Soneto 130 de William Shakespeare.
Num soneto/paródia ao soneto de amor popularizado desde Petrarca (1304-1374), Shakespeare (1564-1616) dá-nos, no seu soneto 130, um #poema onde impera a lucidez sobre a mulher amada e os seus atributos físicos, concluindo por declarar o seu amor excepcional, apesar da ausência dos detalhes que fazem o canon do belo.
A #poesia é assim uma peremptória afirmação do poder do real humano sobre o ideal, e por ele lemos como o amor triunfa sobre as ideias feitas quando a vida nos toca e o amor nos bate à porta.
Os olhos de minha amada não são como o sol;
Seus lábios são menos rubros que o coral;
Se a neve é branca, seus seios são escuros;
Se os cabelos são de ouro, negros fios cobrem-lhe a cabeça.
Já vi rosas adamascadas, vermelhas e brancas,
Mas jamais vi essas cores em seu rosto;
E alguns perfumes me dão mais prazer
Do que o hálito da minha amada.
Amo-a quando ela fala, embora eu bem saiba
Que a música tenha um som muito mais agradável.
Confesso nunca ter visto uma deusa passar –
Minha senhora, quando caminha, pisa no chão.
Mesmo assim, eu juro, minha amada é tão rara
Que torna falsa toda e qualquer comparação.
#literatura
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Poema "Usamos a Máscara" [Paul Laurence Dunbar]
#poesia "Usamos a Máscara" [Paul Laurence Dunbar] #shorts
Poesia “Sobre Amor” [Khalil Gibran]
Poema "Sobre Amor" [Gibran Khalil Gibran]
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
"Deus está no meu coração",
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus".
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.
Gibran Khalil Gibran
Citações do livro o Profeta.
Gibran Khalil Gibran (جبران خليل جبران بن ميکائيل بن سعد; em siríaco: ܓ̰ܒܪܢ ܚܠܝܠ ܓ̰ܒܪܢ; Bicharre, 6 de janeiro de 1883 – Nova Iorque, 10 de abril de 1931, também conhecido como Khalil Gibran), foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa. Os seus livros e escritos, de simples beleza e espiritualidade, são reconhecidos e admirados para além do mundo árabe.
#poema #poesia #literatura
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