Elites naturais x centralismo estatal: uma visão libertária em Anna Kariênina

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#Tolstoi #AnnaKarenina #Rússia

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Liev Tolstói não é considerado apenas como um dos maiores escritores russos, mas também de todo o Ocidente. Possuidor de uma peculiar história de vida, ele, um abastado membro da aristocracia da Rússa Czarista, foi autor de várias obras, dentre as quais se destacam Anna Kariênina e Guerra e Paz. O caráter de Tolstói e suas visões sociais destoam de outro grande escritor russo que pode ser considerado como a sua antítese, Fiódor Dostoiévski. Tolstói pode ser muito bem encarado como um progressista, enquanto Dostoiévski se encaixa nos moldes conservadores. É Importante esclarecer que não devemos pensar nesses termos - conservador e progressista - representados naquela época tal qual pensamos hoje - afinal, Tolstói seria encarado nos dias atuais como um tanto conservador. A obra Anna Kariênina, escrita de 1873 a 1877, foi originalmente concebida com o nome de Dois Casais, pois a história gira em torno da vida amorosa de duas pessoas distintas: Anna Kariênina e Konstantin Dmitrievich Levin. Anna é uma jovem senhora casada com um importante homem mais velho, que também é aristocrata e, além disso, é um estadista - isto é, funcionário público de alta cúpula. Ela tem um irmão, Stepan Arkadyevich Oblonsky, outro nobre russo que também é funcionário público. No decorrer da trama, Anna se apaixona por um jovem aristocrata rico, Conde Alexei Kirillovich Vronsky, um militar - ou seja, mais um funcionário público.