Juan de Mariana: da inflação ao regicídio

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Juan de Mariana é em primeiro lugar um grande representante da escolástica hispânica. Não era, portanto, libertário. Mas, como acontece constantemente na história das ideias, as conclusões de grandes autores se tornam pilares para a construção do pensamento de filósofos posteriores. Ainda no século XVI, Juan de Mariana expôs o processo inflacionário, a tirania do governo e defendeu o direito do cidadão matar seu governante. Ao que se sabe, Juan teria nascido em 1536, na cidade de Talavera. Ele estudou na Universidade de Alcalá e em 1554 ingressou na recém fundada Sociedade de Jesus. Aos 24 anos de idade, foi convocado a ir a Roma, onde passou a lecionar Teologia. Foi posteriormente transferido para a Sicília e de lá para a Universidade de Paris. Ele voltou para a Espanha em 1574, continuando seus estudos em Toledo, onde morreu aos 87 anos. Em 1598, Juan de Mariana publicava seu livro "De rege et regis institutione", ou “Sobre o rei e a instituição real”. É nesse livro em que ele discute a legitimidade do tiranicídio. Segundo ele, seria lícito matar o monarca que se comportasse como um tirano.