Quem está do lado de Putin nessa guerra?

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Se você acha que existem apenas exércitos formados por soldados de carreira – que, na prática, são funcionários públicos – ou por conscritos que servem aos Estados, bem, a história não é bem assim. Desde a época das cidades-Estados gregas, contratar soldados privados, ou mercenários, como são popularmente conhecidos para lutar pela sua causa, não é nenhuma novidade. Os vikings também costumam prestar serviço de segurança e ficaram conhecidos como a Guarda Varegue, que fazia a proteção pessoal do Imperador bizantino. Eles eram muito prestigiados por sua lealdade a quem servissem, além da sua perícia militar. Até mesmo o poderoso Império britânico contratava muitos soldados Hessianos, que, em geral, tinham origem germânica. De fato, cerca de 30 mil deles foram usados para combater os colonos americanos durante a guerra de independência do que hoje são os EUA. Modernamente, uma empresa que ficou muito famosa foi a Black Water – mais conhecida hoje como Academy. Tal empresa de segurança privada foi muito usada pelo governo dos EUA em seus vários conflitos no oriente médio, especialmente no Iraque, chegando a empregar até 100 mil seguranças privados. Você deve estar se perguntando: Ora, se um país já tem forças armadas, para que contratar uma empresa para fazer o mesmo serviço? Os motivos são vários: muitas vezes sai mais barato e é mais simples contratar a empresa de segurança do que manter uma ocupação militar, pois a empresa é responsável pela logística de suprimentos de seus mercenários. Porque também a opinião pública se importa mais com a vida de soldados regulares do que com a de mercenários, entre outras questões. Por volta de 2014, começou a surgir um novo exército privado, mas dessa vez da “mãe” Rússia. Trata-se do Wagner Gruop, com suas primeiras operações na guerra civil Síria, atuando para garantir a continuidade do Regime do ditador Bashar Al Asad, e também na Ucrânia, mais especificamente na Crimeia e em Donbass. O nome do grupo é uma homenagem ao famoso compositor Wagner, que era o músico favorito do Fuhrer principalmente por seu antissemitismo - não é uma mera coincidência.