Dra Emília Gadelha - O QUE É O EXAME DÍMERO-D? DIFERENÇA ENTRE TROMBOSE E COÁGULO

2 years ago
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O dímero-D, também conhecido como D-dímero, é um dos produtos da degradação de fibrina, que é uma proteína que está envolvida com a formação do coágulo. Assim, quando existem alterações no processo de coagulação, é possível que exista uma maior quantidade de dímero-D circulante.

Por isso, a dosagem do D-dímero é recomendada pelo médico para avaliar o risco de trombose e de tromboembolismo pulmonar, sendo principalmente indicada após cirurgias, após grandes traumas, como acidentes, por exemplo, e durante a gravidez.

O valor de referência de dímero-D no sangue é de até 0,500 µd/mL ou 500 ng/mL, sendo importante investigar a causa de valores aumentados desse marcador, o que pode ser feito por meio de exames de sangue como hemograma, exames que avaliam o fígado e dosagem de proteína C reactiva, por exemplo.

Para que serve?

A dosagem de dímero-D é normalmente indicada pelo clínico geral ou cardiologista com o objcetivo de descartar a possibilidade de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, já que esse marcador está aumentado nessas situações.

No entanto, por se tratar de um marcador da coagulação, o D-dímero pode também ser solicitado com o objectivo de avaliar o funcionamento da cascata de coagulação, uma vez que essa proteína é um dos produtos da degradação da fibrina. Entenda melhor como acontece a coagulação.

Dessa forma, além de servir para descartar a ocorrência de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, a dosagem do dímero-D também pode ser útil na investigação de situações que podem interferir na coagulação, como problemas cardíacos e inflamações, por exemplo.
O que significa dímero-D aumentado

A alteração dos níveis de dímero-D acontecem em situações em que há formação e degradação de coágulos, resultando no aumento anormal dos níveis no sangue dos produtos de degradação da fibrina, que é o principal componente dos coágulos. Assim, o aumento dos níveis de dímero-D está principalmente relacionado com o risco aumentado de trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP). No entanto, outras situações que podem levar ao aumento do D-dímero são:

Coagulação intravascular disseminada;
Após grandes cirurgias;
Grandes traumas;
Durante a gravidez;
Doenças cardíacas, renais ou hepáticas;
Inflamações;
Uso de anticoagulantes;
Alguns tipos de cancro;

Além da avaliação do dímero-D, é importante que sejam realizados outros exames que ajudem a identificar a causa do aumento desse marcador. Assim, de acordo com o histórico de saúde da pessoa e presença de sintomas, pode ser recomendado pelo médico a realização do hemograma, exames para avaliar a função do fígado, rins e coração e dosagem da lactato desidrogenase e proteína C reactiva.

Outros exames que podem ser solicitados juntamente com o D-dímero são tempo de protrombina, tempo de trombina, tempo de sangramento e tempo de tromboplastina parcial, que são exames que fazem parte do coagulograma e que permitem avaliar se o processo de coagulação está acontecendo normalmente.

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