A Iniciação dos Cavaleiros e a Iniciação dos Reis na Cristandade Medieval

2 years ago
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A Iniciação dos Cavaleiros e a Iniciação dos Reis na Cristandade Medieval de Gérard de Sorval

“Um só homem podia governar ou exercer uma autoridade sobre os outros quando era qualificado moral e espiritualmente para tal”. Gérard de Sorval

Visto pela perspectiva #moderna, o mundo #medieval com toda a sua estrutura #monárquica pode ser entendido somente como um desdobramento natural, um acontecimento de um determinado momento histórico, vazio de sentido e até caricato, como exibido em muitos filmes de época, algo obsoleto e já “superado” pela modernidade.

Mas o que é pouco falado sobre aquela época é que naquela estrutura encimada pela monarquia e pelo #sacerdócio, todas as artes, #ofícios e funções daquela sociedade eram vias #espirituais, eram vias #iniciáticas: com seus #ritos, #conhecimentos e práticas específicos, como era o caso das ordens de #cavalaria e das mais diversas ordens de ofícios (#pedreiros, marceneiros, #ferreiros, padeiros, #sapateiros, alfaiates, #perfumistas, etc). Era, portanto, uma sociedade cuja cultura de todas as camadas era unificada por uma visão de mundo completamente #sacralizada, onde todas as atividades do homem eram vistas em #Deus, por Deus e através de Deus, e não simplesmente como uma crença cega (como a cultura moderna quis nos fazer acreditar), mas como um conhecimento, como uma experiência e como uma prática de contínua transformação de si mediante o seu ofício e/ou sua função naquela sociedade.
Neste sentido não existia separação entre o #sagrado e o #profano. Todos os ofícios e todas as funções sociais eram meios, vias #autênticas para se chegar a Realização Espiritual. Seja através de vias mais #contemplativas e dos serviços divinos, vias de ações generosas, vias guerreiras dos sacrifícios heroicos, vias #artísticas e vias de centenas de ofícios.

Os estratos sociais mais altos como os #Reis, a #Nobreza e os #Cavaleiros, eram considerados nobres não pelo mero sentido social, mas no sentido etimológico da palavra: nobre, do latim nobilis, que tem a mesma raiz de #Gnose (conhecimento iluminativo, salvífico), sendo nobre, portanto, aquele que tem o conhecimento interior profundo e vivencial: a sabedoria espiritual.

Boa leitura!

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