Era o jeito PT de ser

2 years ago
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O petismo vivia um trimestre tenebroso. Agora, as acusações alcançavam o governador de
Roraima, Flamarion Portela, que aderira ao PT após ser eleito em 2002. A Polícia Federal
desarticulou um enorme esquema de corrupção envolvendo folhas de pagamento fantasmas de
6 mil funcionários. Um desvio, de acordo com a PF, de mais de R$ 200 milhões.
Inicialmente, o partido saiu em defesa de Portela. O argumento era de que tudo não
passaria de intriga de adversários políticos. Genoíno fez questão de vir a público: “O
governador tem trabalhado para fazer uma limpeza em Roraima.” Meses depois, no entanto,
Portela acabaria expulso do PT — expulsão que não passava de ato de ópera bufa. Afinal, sua
esposa, Angela Portela, seria eleita senadora pelo partido em 2010.
O mais trágico é que, depois de muitas idas e vindas judiciais, o crime de corrupção
acabaria prescrevendo — e os milhões de reais, supostamente desviados, jamais retornariam
ao erário. Ninguém foi condenado.

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