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Cristian Derosa publicou artigo sobre o papel da grande mídia no processo de aterrorizar a população (e até de levar à doenças psicológicas) durante este longo período em que ela metralha sem cessar a questão do vírus chinês enfatizando o alerta que fazemos há váruios meses:
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Pandemia pode estar criando versão social da Síndrome de Estocolmo

Cristian Derosa · 11 de Maio de 2021

Fenômeno social de grandes proporções que tem levado milhares de pessoas a níveis de estresse, tensão e medo como raras vezes ocorreu na história

A cobertura jornalística da pandemia deu início, em 2020, a um fenômeno social de grandes proporções que tem levado milhares de pessoas a níveis de estresse, tensão e medo como raras vezes ocorreu na história. Nem os mais brutais regimes totalitários do século XX conseguiram submeter de modo tão avassalador uma parcela tão grande da sociedade, colocando-a cativa às suas ordens e em sua mais obstinada defesa.

Trata-se muito provavelmente de uma versão social da conhecida Síndrome de Estocolmo, nome dado popularmente a um estado psicológico no qual a vítima se apega ao agressor.

O termo foi criado pelo psiquiatra e criminologista Nils Bejerot e foi usado na mídia pela primeira vez em 1974, após um roubo a banco em Estocolmo, na Suécia. O caso considerado um dos que melhor ilustra esse estado psicológico teve como protagonista a atriz e empresária norte-americana Patty Hearst, que desenvolveu a síndrome após ser sequestrada durante um assalto a banco realizado pelo grupo de extrema-esquerda Exército Simbionês de Libertação, movimento de orientação marxista norte-americano que pode ser considerado um antecessor do Black Lives Matter. Mesmo após libertada do cativeiro, Patty juntou-se aos sequestradores e foi viver com eles, tornando-se cúmplice em um assalto a banco.

Do ponto de vista psicológico, a Síndrome de Estocolmo pode resultar da situação de desamparo e submissão extremados, o que permite que os aproveitadores se passem por piedosos quando eles agem com qualquer ato considerado como bondade pela vítima.

De acordo com a literatura psiquiátrica, embora a Síndrome de Estocolmo não seja considerada uma doença, é notório que algumas pessoas vítimas de assédio possam desenvolver um mecanismo inconsciente e irracional de defesa, na tentativa de projetar sentimentos afetivos na figura do agressor ou ameaçador de modo a que se possa “negociar” algum tipo de acordo entre a relação vítima/agressor na tentativa de reduzir a tensão entre os entes envolvidos.

Na chamada ponerologia (estudo do mal aplicado à política, termo foi cunhado pelo psiquiatra polonês Andrzej M. Lobaczewski), um sistema de governo forjado por uma minoria psicopata assume o controle da vida de pessoas normais. Segundo Lobaczewski, os psicopatas assumem não só os cargos políticos, mas posições de referência moral e intelectual que incluem cátedras universitárias. Eles se tornam os "pedagogos da sociedade".

Na pandemia, a cobertura jornalística tem assumido o tom sensacionalista e ameaçador, pressionando cidadãos a aderirem ao discurso e à vigilância da sociedade para denunciar os elementos desviantes. Com um discurso de ameaça através de restrições sociais que implicam em estados de tensão psicológica (como o isolamento social, risco de pobreza, doença e morte), os jornais mantiveram vivo um clima de verdadeiro cativeiro.

Isso se deu em um ambiente histórico de dependência financeira entre veículos e o lobby de grandes indústrias aliadas às instituições financeiras internacionais, levando a sociedade a uma espécie de ponto sem retorno, no qual a dissonância cognitiva cumpre a tarefa de gerar justificativas através do constante rearranjo das razões e oposições, ódios incontidos contra todo e qualquer questionamento sobre possíveis interesses das forças políticas que orientam o processo. A defesa do algoz se torna uma violenta militância, que dá suporte na opinião pública para o já crescente clima de perseguição promovido pelo chamado “combate à desinformação e às fake news”.

Mesmo sem desmerecer as vítimas e o provável aumento de mortes de covid-19, dada a quantidade de mortes por diversas outras doenças anualmente, a cobertura jornalística poderia ter criado a pandemia em qualquer outro ano, bastando que começasse a reportar as mortes, uma a uma, dia a dia, como tem feito. O efeito teria sido o mesmo, fosse de aids, influenza, pneumonia ou outra doença que tenha grandes mortos anuais. O ano de 2020, portanto, poderá entrar para a história como o ano em que o jornalismo mostrou seu poder de mobilização não apenas da política e de instituições, mas da própria sociedade, convertendo cidadãos em um exército a serviço da vigilância e perseguição de elementos desviantes.

— Cristian Derosa é mestre em jornalismo pela UFSC e autor dos livros “A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda” e “Fake News: quando os jornais fingem fazer jornalismo”.

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