Quadrilha de Cachoeira ameaça CPMI 2012-06-29

18 days ago
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Quadrilha de Cachoeira ameaça CPMI
2012-06-29

A deputada federal Íris de Araújo (PMDB-GO) criticou na quarta-feira (27) a insegurança que políticos, juízes, testemunhas e investigadores em geral passam quando envolvidos em casos polêmicos. Ela disse ter recebido ameaças de morte atrás de mensagens postadas em seu Twitter em março.
"Recebi dez tuítes ameaçadores, dizendo que iriam me apagar, que iriam me metralhar, que eu seria sequestrada", disse durante sessão da CPI do Cachoeira.

A parlamentar chamou atenção de seus pares durante a reunião da CPI para o fato de que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, anunciou que já havia pedido à Polícia Federal para que protegesse a procuradora da República ligada às investigações da Operação Vegas, Léa Batista.

"Nós não vamos deixar que se crie este conceito de que a CPI ou os membros dela possam ser ameaçados", afirmou a deputada. 

Depois do episódio, ela protocolou um ofício na presidência da Câmara dos Deputados pedindo a investigação formal sobre as ameaças.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (SP), cogitou que a CPI do Cachoeira pudesse pedir proteção a juízes, procuradores e até parlamentares envolvidos no caso, mas a proposta ainda não foi definida pela comissão.
Os parlamentares vão pedir ainda que a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) discutam formas para garantir a proteção de quem esteja envolvido nas investigações contra a organização de Cachoeira. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal, deixou o caso após relatar ameaças de morte, e a procuradora da República Léa Batista de Oliveira já disse ter recebido mensagens eletrônicas com ameaças.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou que essa situação só ocorreu depois de a Justiça ter concedido habeas corpus para livrar pessoas do grupo de Cachoeira. "Temos de chamar a atenção para este fato: no Brasil, quem está ameaçando a Justiça é a própria Justiça", disse

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