Pedras de Saudade e Amor!

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Lina sempre teve uma conexão especial com seu avô, que a ensinou a nomear pedrinhas durante suas caminhadas na praia. Após a doença do avô, Lina decide continuar a tradição sozinha, encontrando uma pedra que nomeia de 'Saudade'. Com o tempo, ela aprende que o amor verdadeiro se transforma em memórias. Anos depois, passa essa tradição para seu filho, mantendo viva a conexão com o passado e celebrando o amor que nunca desaparece.

Lina sempre teve uma conexão especial com seu avô. Todas as tardes, ao pôr do sol, eles caminhavam juntos pela praia, em busca de pedrinhas especiais.

Cada pedrinha encontrada tinha um nome, e o avô de Lina tinha um talento especial para isso. "Esta aqui parece um coração", dizia ele com um sorriso caloroso enquanto mostrava uma pequena pedra com formato curioso para Lina.

Lina guardava cada uma dessas pedras com carinho numa caixinha azul que mantinha escondida em seu quarto. Era seu pequeno tesouro secreto, cheio de cor e significado.

Um dia, a vida mudou repentinamente. Seu avô ficou doente e não pôde mais acompanhá-la naquelas caminhadas ao entardecer.

Do lado de fora da janela, Lina olhava triste para o horizonte, enquanto seu avô repousava na poltrona, no fundo da sala.

Com a coragem de quem carrega o amor no coração, Lina decidiu ir sozinha à praia. Sentiu a brisa suave, ouviu a melodia do mar, e fechou os olhos, em busca de força e consolo.

Nessa tarde solitária, Lina encontrou uma pedra lisa e brilhante, tão especial que parecia ter sido deixada ali por seu avô. Pegou-a com delicadeza, sentindo uma conexão profunda e um calor renovador.

Era a primeira vez que Lina nomeava uma pedrinha sem seu avô. Com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos, ela deu um nome à pedra: "Saudade".

A partir daquele dia, cada passeio pela praia tornou-se mais que uma busca por pedrinhas; era também um momento de lembrar e celebrar o amor que ainda sentia por seu avô.

Enquanto caminhava sozinha, Lina aprendeu a contar histórias ao mar, tal como seu avô fazia. O mar, em troca, respondia com ondas suaves e conchas coloridas que surgiam aos seus pés.

Com o tempo, Lina compreendeu que o amor verdadeiro nunca desaparece; ele transforma-se em doces memórias que nos acompanham.

Cada nova pedra encontrada em suas caminhadas era uma nova lembrança que se juntava à coleção. A caixinha azul, agora cheia de pedras com nomes escritos à mão, era uma metáfora de seu coração, repleto de amor e histórias.

Lina cresceu, mas nunca deixou de visitar a mesma praia. Era um refúgio, uma conexão entre o passado e o presente.

Anos depois, com carinho, Lina passeava pela areia com seu filho, passando a tradição de buscar pedrinhas adiante.

Juntos, ela e o garoto sorriam, abaixando-se para pegar pequenas pedras, cada uma com seu brilho especial.

"Essa parece uma estrela!", exclamou o menino, segurando uma pedrinha em forma de estrela. Lina, emocionada, sorria ao ver que a tradição e o amor seguiam em frente.

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