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Cruzes nos Caminhos - Maria Stella de Novais (1950)
CRUZES NOS CAMINHOS
MARIA STELLA DE NOVAIS
Era costume antigo, no Espírito Santo, firmar-se uma Cruz – um Cruzeiro dizia-se – nos pontos das estradas em que houvesse ocorrido algum fato impressionante, doloroso ou trágico: - morte súbita de algum viajante, desastre fatal, assassinato, visão de almas do outro mundo, etc. E o transeunte, que divisasse o sinal augusto da Fé, descobria-se. Raramente omitia uma prece, para que Deus perdoasse a alma penada, ou responsável pela assombração. Quando mais fervoroso, apeava-se, para concentrar-se na «Reza da Cruz»:
Arreda de mim, satanaz,
Que tu, em mim, não terás paz,
No dia de Santa Cruz,
Cem vêzes, me ajoelhei,
Cem vêzes, me levantei,
Cem vêzes, disse Jesus,
Cem vêzes, beijei a Cruz,
Cem Ave Maria rezei.
E reduzia tudo de cem à unidade – uma genuflexão, um beijo, uma Ave Maria.
Encontrava-se, ainda, o Cruzeiro, num cômoro fronteiro à casa grande de algumas fazendas, ou na encosta, à sentinela, de uma vila ou cidade. Recordava, então, a passagem do Diocesano e dos missionários, em seus trabalhos apostólicos. Era o Cruzeiro das Missões. Ainda, em 1911, ergueram-se dêsses Cruzeiros, em Vila Velha Argolas e outros lugares visitados pelos missionários lazaristas, entre os quais se encontrava o Pe. Pedro Rocha, fervoroso orador sacro.
Segundo relato pessoal e notas, que tivemos o ensejo de compulsar, o Pe. Francisco Pimenta – o Padre Mestre dos velhos capixabas, missionários que, durante doze anos, percorria tôda a diocese do Espírito Santo, ergueu muitos Cruzeiros, que assinalaram as missões, pelo interior do Estado.
As Cruzes indicavam, igualmente, pontos envoltos em mistérios ou lendas, como, por exemplo, a que existia no caminho para «Fazenda Santo Antônio», hoje bairro adiantado, na Cidade da Vitória, e a Cruz de Muribeca, lendária, que remontava à retirada repentina dos jesuítas. Esta assinalava um lugar asombrado.
A Cruz de Santo Antônio indicava o sítio em que foi encontrado o cadáver de um padre, muito respeitado pelas suas virtudes. Vinha celebrar a Santa Missa, na Cidade. Em sua memória, pessoas devotas colocaram, ali, uma Cruz, substituida sempre, quando estragada, pelo tempo. Assim, a 3 de maio de 1876, alguns estudantes, reunidos, mandaram preparar uma grande Cruz, enfeitadamente, depois de benzida pelo Pe. Beymudes de Oliveira, na capela do Hospital de Misericórdia, e transportaram-na, com músicos e cânticos, até o lugar acima referido. Registra a imprensa que «a Banda de Música do São Francisco, ou Caramuru, acompanhou o préstito, sem moleques e negras...»
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