Zur Person - Entrevista com Hannah Arendt (Legendas em Português)

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7 months ago
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Zur Person - Entrevista com Hannah Arendt (Legendas em Português)
Tradução para o português e legendas por Ludmila Franca-Lipke
Não detemos os direitos autorais da entrevista. O propósito desta vida é a divulgação para fins educacionais exclusivos.
Vedada a reprodução deste material sem autorização prévia.

*** Sobre o vocabulário adotado: expressões mais relevantes

Algumas expressões foram traduzidas para o português de forma diferente. O objetivo era fazer o texto mais fiel ao original alemão e conservar o sentido de certas falas. Ao longo da entrevista, Arendt faz uso de expressões idiomáticas alemãs, usadas corriqueiramente pelos alemães. Algumas são próximas de expressões idiomáticas brasileiras, como “segurar o bico” (“die Schnauze halten”), que significa “calar-se” ou “se abster de falar”. Nesse caso, decidiu-se manter a literalidade da expressão, pois, além de ser compreensível ao falante de portuguêss, ela preserva ou tom usado por Arendt. Já a expressão “olhar suas próprias cartas” (“sich selbst in die Karten gucken”) foi traduzida por “olhar dentro de si mesmo”, privilegiando a compreensão em detrimento da literalidade. O mesmo ocorre com a expressão “ir para a água” (“ins Wasser gehen”),que Arendt usa para ilustrar sua necessidade vital de estudar filosofia na juventude. A expressão tanto pode significar literalmente “ir para a água”, quando alguém se dirige para um banco de mar, por exemplo, ou pode significar “se afogar”, pois remete a afundar na água. Um terceiro sentido, mais metafórico, remete ao suicídio. Optou-se por usar o termo “morrer”, pois a própria Arendt esclarece que ela amava a vida logo após dizer a expressão. Assim, interpretou-se que ela não falava em praticar ativamente um suicídio, mas que seria como um suicídio, se ela fosse privada de ler filosofia, o que remete a uma atitude passiva, ou seja, “morrer", em lugar de “matar-se”.quando alguém se dirige para um banco de mar, por exemplo, ou pode significar “se afogar”, pois remete a afundar na água. Um terceiro sentido, mais metafórico, remete ao suicídio. Optou-se por usar o termo “morrer”, pois a própria Arendt esclarece que ela amava a vida logo após dizer a expressão. Assim, interpretou-se que ela não falava em praticar ativamente um suicídio, mas que seria como um suicídio, se ela fosse privada de ler filosofia, o que remete a uma atitude passiva, ou seja, “morrer", em lugar de “matar-se”.quando alguém se dirige para um banco de mar, por exemplo, ou pode significar “se afogar”, pois remete a afundar na água. Um terceiro sentido, mais metafórico, remete ao suicídio. Optou-se por usar o termo “morrer”, pois a própria Arendt esclarece que ela amava a vida logo após dizer a expressão. Assim, interpretou-se que ela não falava em praticar ativamente um suicídio, mas que seria como um suicídio, se ela fosse privada de ler filosofia, o que remete a uma atitude passiva, ou seja, “morrer", em lugar de “matar-se”.interpretou-se que ela não falava em praticar ativamente um suicídio, mas que seria como um suicídio, se ela fosse privada de ler filosofia, o que remete a uma atitude passiva, ou seja, “morrer", em lugar de “matar-se”.interpretou-se que ela não falava em praticar ativamente um suicídio, mas que seria como um suicídio, se ela fosse privada de ler filosofia, o que remete a uma atitude passiva, ou seja, “morrer", em lugar de “matar-se”.

Merece atenção especial a tradução do termo “Gleichschaltung”, emprego por Arendt ao discorrer sobre a situação daqueles que, de alguma forma, apoiaram o nazismo. Originalmente, o termo foi traduzido como “uniformizaçãoção”. Preferiu-se esta nova tradução o uso do termo “alinhamento”, por uma questão, mais uma vez, de sentido. Não é comum, em Língua Portuguesa, diz que “Fulano se uniformizou com o regime ditatorial”, mas sim “Fulano se alinhou ao regime ditatorial”. Ainda que o termo tenha praticado o mesmo sentido — de se integrar ao regime —, interpretou-se que o termo “alinhamento” é mais completo e possui mais força neste contexto. A expressão “Gleichschaltung” vem de “gleich” = “igual” ou “mesmo”, e “schalten = “colocar”, “pôr”. Portanto, em termos mais literais, “sich gleichschalten” pode ser traduzido como “uniformizar-se”, <TAG1>,significando a atitude alinhar-se a algo para fins de adesão, daí que optou-se por “alinhar-se”, dada a maior compatibilidade com a forma de se expressar em português.

Situação semelhante ocorre com a tradução da palavra “Wagnis”, que, em termos literais, significa “risco”, mas foi traduzido como “aventura”, por uma questão de estilo. “Aventurar-se” soa mais profundo que o mero “arriscar-se”, com uma faceta mais positiva e profunda que o mero “risco”, geralmente associado a situações de caráter mais negativo, <TAG1>, sem necessidade decoradora da escola do direito em arriscar-se. Aventurar-se, ao contrário, é sempre uma ação consciente empregada por alguém, o que se aproxima melhor da noção de “vida ativa”.

Também a expressão “pathetisch” foi traduzida por “patético”, no sentido de “emocional”, “dramático” e não no sentido de “ridículo”, como muitas vezes se usa.

Por fim, um dado feliz técnico. A “Grüne Grenze” (literalmente “fronteira verde”) é como se arbitragem à zona de fronteira com menos vigilância, através da qual, por conseguinte, é mais fácil realizar fugas. Achamos importante acrescentar o termo, pois ele ilustra os percalços de uma fuga ilegal, tal qual a realizada por Arendt, seu então futuro marido Heinrich Blücher e tantos outros judeus, comunistas, etc, ciganos e dissidentes do nazismo durante o III Reich.

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