Vídeo da Jihad Islâmica mostra menino de 13 anos e idosa mantidos como reféns

7 months ago
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O grupo terrorista palestino Jihad Islâmica, que assim como o Hamas está baseado na Faixa de Gaza, divulgou um vídeo de dois israelenses, mantidos reféns no território desde o mês passado. As imagens não trazem qualquer tipo de informação sobre o paradeiro dos dois, e a divulgação foi chamada pelo governo de Israel de "terrorismo psicológico".

A liberdade de Hanna Katzir, de 77 anos, e Yigal Yaakov, de 13 anos, seria feita por razões humanitárias, segundo o porta-voz da milícia, Abu Hamza. A mulher, por sua idade avançada, precisa andar de cadeira de rodas, e o menino sofre de asma.

Junto com a mensagem da Brigada, foi divulgado um vídeo em que os dois reféns são vistos em boas condições de saúde, sem ferimentos ou sinais de violência.

No vídeo, que dura pouco mais de três minutos, ambos agradecem aos membros da Jihad por cuidarem deles e fornecendo-lhes tudo o que é necessário para sobreviverem em boas condições. Eles também culpam o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por ser o responsável pela situação do país.

Katzir, sentada em uma cadeira de rodas, diz:

Estamos saudáveis e felizes, e sinto falta da minha casa, dos meus filhos e de toda a minha querida família. Bibi é responsável pela luta do povo e sobre todos os problemas e o que está acontecendo em Israel e no mundo. É hora de vocês voltarem para casa. Agradeço aos jihadistas por fazerem tudo o que podem para nos manter saudáveis.

Yaakov também menciona a falta da sua família e amigos e agradece "aos apoiantes de Tel Aviv que fazem o seu melhor para pressionar o Governo".

Assim como a mulher, ele ataca Netanyahu e diz que "isso é simplesmente incrível" e acusa o Executivo de "não restabelecer água, luz e remédios" na Faixa de Gaza. Por fim, ele se refere ao seu estado de saúde e garante que "com o passar do tempo corro mais perigo" dada a falta de remédios disponíveis na área. "Se algo acontecer comigo, ficará na sua consciência, Netanyahu."

O porta-voz do Exército israelense, Richard Hecht, denunciou que o vídeo é "terrorismo psicológico da pior espécie", uma vez que coloca indivíduos numa situação completamente vulnerável e os obriga a falar a seu favor.

O anúncio da Jihad foi dado a conhecer no meio de negociações avançadas lideradas pelo Egito e pelo Catar para a libertação de mais pessoas detidas em Gaza, que, segundo dados divulgados, rondam as 240.

Na véspera, fontes palestinas garantiram que estão a trabalhar em conjunto com o Hamas e Israel para um possível cessar-fogo de três dias em troca da libertação de 12 reféns, metade deles americanos. A pausa nos ataques seria para permitir a libertação e o regresso destas pessoas ao país num quadro seguro.

No entanto, ainda existem múltiplas divergências em torno desta questão, uma vez que a milícia terrorista exige uma duração de pelo menos uma semana, enquanto Netanyahu concordou em fornecer uma janela de três dias.

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