A mentira que está destruindo o sistema alimentar

Há uma grande narrativa sendo usada para justificar uma indústria de insetos comestíveis que iriam supostamente substituir a carne tradicional, supostamente com o objetivo de salvar o planeta.

A narrativa parece fazer sentido, e é muito fácil vender e promover ela. Mas quando se analisa cada um dos argumentos, ela é cheia de buracos. A enorme quantidade de eletricidade de para aquecer uma fazenda vertical industrial, o fato de que os insetos comem a mesma quantidade de comida que as galinhas e ainda será necessária uma quantidade gigantesca de terra para fazer a ração deles, e que sem o gado, será necessário fertilizante sintético para essas mesmas terras - além de um grande vácuo na cadeia global de suprimentos. As pessoas terão que buscar fontes alternativas de couro, cola, insulina, o que terá o efeito oposto do esperado - aumentar a emissão de poluentes, já que os produtos virão de vários setores diferentes da economia.

Além disso, não há estudos do impacto a longo prazo de uma dieta onde a principal fonte de proteína são insetos.

E por fim - como que os países ocidentais reduzirem as emissões em menos de 20% - e em alguns países em menos de 5% - irá compensar o crescimento populacional da África e da Ásia?

Claro, todos podem comer insetos se quiserem - mas não parece haver evidência para justificar a restrição cada vez mais rígida da agropecuária tradicional no mundo todo em prol de uma agenda internacional.

Isso muda a rede de suprimento e o preço da carne animal sobe e os insetos são cada vez mais incentivados ao ponto em que as pessoas logo podem não ter opção - mesmo que não sejam obrigados.

*Trecho do episódio “A mentira destruindo o sistema alimentar” que foi ao ar em 24.10

Para assistir ao episódio completo, acesse:https://youtu.be/YK9aKVOn0yc

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