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Poema "Outono" [John Keats]
A #poesia de John Keats baseia-se em muitos gêneros, desde o soneto e o romance espenseriano até ao épico inspirado por John Milton, que ele remodelou de acordo com as suas próprias exigências. As suas obras mais admiradas são as seis Odes de 1819, a Ode à Indolência, a Ode à Melancolia, a Ode à Psique, a Ode a uma Urna Grega, a Ode a um Rouxinol e a Ode ao Outono, muitas vezes considerada o #poema mais realizado alguma vez escrito em inglês.
Durante a sua vida, Keats não esteve associado aos principais poetas do movimento Romântico, e ele próprio se sentiu desconfortável na sua companhia. Fora do círculo de intelectuais liberais em torno do seu amigo, o escritor Leigh Hunt, a sua obra foi criticada por comentadores conservadores como “poesia de mau gosto e de mau gosto”, segundo John Gibson Lockhart, e “mal escrita e vulgar”, segundo John Wilson Croker.
A partir do final do seu século, contudo, a fama de Keats continuou a crescer: foi considerado um dos maiores poetas da #literatura inglesa.
Poema "Ode ao Outono" [John Keats]
I
Estação de névoas e frutífera suavidade,
Amiga do peito do sol maduro;
Conspiras com ele como espargir e abençoar
Com frutas as videiras nos beirais de palha;
Arqueias com maçãs os ramos musgosos,
Preenches até o fim de madurez as frutas;
Inflas as cabaças e farta as cascas das avelãs
Com o doce cerne; fazes brotar mais
E mais, flores tardias às abelhas,
Até que pensem jamais findar-se-ão os dias quentes,
Pois o verão transbordou suas meladas colmeias.
II
Quem não te viu em teu armazém?
Às vezes, aquele a te procurar te encontrará
Sentada tranquila no chão do celeiro,
Teu cabelo levemente erguido pelo vento joeirante,
Ou dormindo profundo num sulco ceifado ao meio,
Entorpecida no aroma das papoulas, enquanto tua foice
Poupa a fileira seguinte e suas flores enroscadas.
E várias vezes como um colhedor manténs
Firme tua cabeça pródiga ao atravessares o riacho;
Ou ao lado de uma prensa de cidra, com o olhar paciente,
Contempla as derradeiras horas viscosas.
III
Onde estão as canções da Primavera? Sim, onde estão?
Não penses nelas, tens tuas músicas também
Nuvens como estrias brotam no dia que suave se esvai,
E tangem com rósea cor os restos dos campos desnudos;
Num coro-lamento pranteam os mosquitos
Entre os salgueiros do rio, no alto
Ou imersos quando a tênue brisa vive ou fenece;
E grandes carneiros berram no riacho das montanhas
Grilos cantam; e agora com suave trinado
O papo roxo sibila do jardim,
Andorinhas gorjeiam nos céus
0:00 Intro
0:03 Verso 1 - Estação de Névoas
1:12 Verso 2 - Quem não te viu ?
2:17 Verso 3 - Onde estão as canções
-
5:14:24
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