Paranormal | Espíritos Imundos | JV Jornalismo Verdade

1 year ago
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Por fim, o que são os Espíritos Imundos citados por Jesus? Os textos sagrados não explicam o que são estes seres. A tradição algumas vezes os chamam de anjos caídos, mas fato que os anjos caídos e os espíritos imundos são criaturas distintas. Não são os mesmo grupo de seres. Estes espíritos são aqueles que vivem pela carne, gostam de cigarro ou bebidas e adentram no copo dos vivos se permitido. Como o mundo espiritual não é o foco das escrituras estes seres são mencionados sem muita ênfase, apenas nos é alertado para evitá-los. No vídeo, após muito andar pela Jamaica o apresentador encontra um mestre em espíritos, na tentativa de expulsar o espírito do garoto possuido. Fato é que, o final é surpreendente, afinal o bruxo pede para que o apresentador compre azeita para ungir o menino, leia o salmos e use o nome de Jesus para espantar o espírito. Fato que demônios não espantam demônios. Segue o filme com interessante final.
Na mentalidade da Antiguidade os seres sobrenaturais tinham funções específicas e determinantes na existência humana em todos os âmbitos. O demoníaco, como o lado lúgubre dessa influência, por exemplo, está presente na maioria das religiões. Nos judaísmos do segundo templo e cristianismos originários e posteriores, a personificação do mal serviu de racionalização sobre a origem e existência das desgraças e absurdos que atingiam a natural condução das coisas, como também para montar o cenário apocalíptico onde o messias comprovaria sua autenticidade. Entre os evangelhos, Marcos é o que mais preservou as perícopes sobre possessão maligna e ação demoníaca. Interessante que nos quatro relatos de exorcismo desse evangelho (1,21-28; 5,1-20; 7,24-30; 9,14-29) a expressão pneûma akátharton sempre está presente. Exatamente essa expressão, como também as outras imagens do demoníaco nessa obra, servirão para traçarmos indícios1 do desenvolvimento da construção do demoníaco. Para entendermos esse mundo demonizado dos evangelhos, ou do Novo Testamento em geral, é preciso observar as relações intertextual e interdiscursiva com o(s) Judaísmo(s) do segundo templo, os quais, ao mesmo tempo, constroem seu imaginário religioso em diálogo constante com as culturas circunvizinhas. Por isso, para estudarmos o tema do demoníaco nos evangelhos precisamos levar em consideração a literatura apocalíptica, porque na Bíblia hebraica não há quase nada sobre o tema. claro nas recentes pesquisas, as quais estabeleceram – diferentemente do Oriente Próximo e da literatura apocalíptica do Judaísmo tardio – o consenso da inexistência duma demonologia propriamente dita, bem esquematizada e organizada na Bíblia hebraica Logo, pela tradição judaico e cristão, percebemos que o demoníaco do Judaísmo, em especial o apocalíptico, foi muito importante para a imagem do demoníaco nos sinóticos. Como se percebeu, as mesmas características, ações e temas da literatura do segundo templo estão em profunda relação com o desenvolvimento da tradição dos Vigilantes. A questão da impureza dos demônios nos sinóticos está ligada à impureza presente no desenvolvimento do mito dos anjos caídos da tradição enoquita, como intuíram A.Y. Collins e A. T. Wright. Os demônios carregam o caráter de impuros, pois sua origem e práticas estão ligadas à impureza das tradições enoquitas.

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