RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA, POEMA DE MANOEL DE BARROS

Manoel de Barros (1916-2014) foi um dos mais singulares e inovadores poetas brasileiros do século XX. Nascido no Mato Grosso, sua poesia refletiu uma profunda conexão com a natureza e uma sensibilidade única para a simplicidade e a beleza das coisas cotidianas.

A obra de Manoel de Barros é marcada por uma linguagem poética original, em que ele explorava as possibilidades da palavra de forma quase lúdica. Suas criações verbais iam além do convencional, utilizando neologismos e construções que desafiavam as normas gramaticais, mas que, ao mesmo tempo, capturavam a essência daquilo que ele queria expressar.

A relação de Manoel de Barros com a natureza é evidente em sua poesia. Ele tinha a habilidade de enxergar a beleza nas coisas mais simples, como um pardal ou uma pedra, e transformá-las em objetos de contemplação poética. Sua escrita muitas vezes evocava uma sensação de encantamento infantil diante do mundo, convidando o leitor a redescobrir a magia nas pequenas coisas do dia a dia.

Além disso, o poeta tinha uma forte inclinação filosófica, explorando temas como a existência, o tempo e a relação entre o homem e a natureza. Suas reflexões profundas muitas vezes estavam entrelaçadas com suas observações sobre o mundo natural, resultando em poesia que convidava à contemplação e à reflexão sobre a vida e o universo.

Manoel de Barros deixou um legado duradouro na literatura brasileira. Sua obra influenciou muitos escritores e leitores, inspirando uma nova maneira de olhar para o mundo ao nosso redor. Sua poesia continua a encantar e desafiar, lembrando-nos da importância de valorizar a simplicidade, a imaginação e a conexão com a natureza em nossa vida cotidiana.

Público-alvo: apreciadores de arte e literatura, sobretudo a moderna e a contemporânea.

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