Casa Pia - Como os poderosos se safaram da justiça

11 months ago
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Seis dos sete arguidos foram condenados no julgamento do processo Casa Pia.

No entanto, tanto as vítimas dos abusos sexuais como os investigadores criminais afirmam que a rede pedófila que actuou durante décadas incluía personalidades que nunca foram investigadas, muitas delas altas figuras do Estado Português.

Entre as centenas de nomes alegadamente envolvidos na rede estão um antigo Presidente da República, ex-líderes de partidos políticos, dois actuais líderes partidários, antigos internacionais da selecção nacional de futebol, conhecidos actores de televisão e teatro, uma grande figura da televisão nacional, antigos chefes de forças policiais e conhecidos advogados.

Este vídeo contém excertos de várias reportagens produzidas pela TVI entre 2008 e 2010 e uma entrevista realizada pela SIC em 2009, onde é possível perceber:

- Como Paulo Pedroso (ex-dirigente do Partido Socialista), Ferro Rodrigues (ex-líder do PS) e Jaime Gama (Presidente da Assembleia da República) foram retirados da investigação;

- Como a reforma penal realizada pelo PS em 2007 beneficia os abusadores sexuais e dificulta as investigações a políticos;

- Como o governo de José Sócrates e o PS afastaram da Casa Pia os denunciadores dos abusos sexuais e diminuíram a segurança e a qualidade do ensino nessa instituição.

Dias André, ex-Inspector-Chefe da PJ e um dos principais investigadores deste caso: «O poder político condicionou todo o processo. Senti-me impotente perante as forças económicas e políticas.»

Pedro Namora, ex-aluno da Casa Pia: «O poder político interferiu no processo. Acabou a separação de poderes em Portugal. O país é dominado por vários interesses, uma verdadeira máfia. Era necessário uma operação 'Mãos Limpas' para resolver este problema.»

Catalina Pestana, ex-Provedora da Casa Pia: «Foi sempre minha convicção que o Dr. Paulo Pedroso não era inocente. Continuo a ter essa convicção.»

José Maria Martins, advogado de Carlos Silvino: «A investigação foi perturbada por uma pressão enorme do Partido Socialista, da maçonaria portuguesa e da maçonaria internacional.»

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