História da Cidade de Varjota Ceará

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História da Cidade de Varjota Ceará.

Histórico
Conforme dados colhidos de antigas famílias que povoaram as margens do vale médio do Rio Acaraú, a povoação de Varjota se deve ao Padre Macário Bezerra da paróquia do Ipu.
Fazenda do velho pároco ipuense, Varjota teve sua Capela construída sobre a égide de Sant`ana, entre os anos de 1834 a 1840.
As principais famílias eram; Bezerra Martins, Melo e Araújo, por volta de 1927 com um aglomerado de casas, Varjota já é chamada de Vila.
Em 1936 Varjota foi incorporada ao município de Santa Cruz, atualmente Reriutaba, mas só depois de 1946 passou a ser distrito de Reriutaba, ainda no governo do então Dr. Raul Barbosa.
Em 02 dezembro de 1952, veio através do engenheiro Luiz Barbosa de Albuquerque a cargo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas ( DNOCS ) o início da construção do majestoso Açude Araras, naquela época o maior do Nordeste, hoje o terceiro. Com os rumores de que depois de construído o grande reservatório, Varjota seria totalmente submersa, o povo começou a despovoar o pequeno distrito, vindo localizar-se a maioria no Acampamento provisório localizado justante na barragem.
Como auxiliar do Engenheiro Luís Saboia, com o cargo de desenhista estava o senhor Francisco Pio de Farias – (Sr. Pio) – que a partir de 1953 acompanhou todos os trabalhos do Açude Araras, entre eles o desmatamento e as estradas de acesso ao açude e as primeiras edificações do atual acampamento.
Durou pouco a chefia do engenheiro Luís Sabóia, foi para o 4º SC (Sessão de Construção) na sede do distrito de Secas e Jairo, para construção do açude Quixabinha em Muriti-Cariri. Em novembro do mesmo ano assumiu a chefia da construção o Engenheiro Francisco Aguiar Carneiro, transferido do referido açude Quixabinha de Cariri.
Carneiro conclui a construção da Açude Ararinha (hoje submerso pelas águas do Açude Araras, é onde se localiza o bairro com mesmo nome), era o reservatório destinado a fornecer água para abastecer a construção da barragem do açude principal.
Na época da construção houve uma fase calamitosa diante de uma emergência que chegou a alistar milhares de pessoas em todos os trechos de serviço, desde a bacia do açude até Cariri e Reriutaba.
Terminando a construção do Ararinha, em meados de abril de 1954, Varjota era invadida pelas águas e aos poucos abandonada totalmente.
Em fins de 1957, o Engenheiro Carneiro foi substituído pelo Engenheiro Anastácio Honório Maia, com ordem expressa do então Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, através do Diretor local do DNOCS, engenheiro José Cândido Castro Poente Pessoa, para construir os trabalhos em tempo cronometrado, em 1958, a barragem concluída foi inaugurada. Em 1959 o inverno não foi abundante, mas em 1960, o Açude Araras quase atingiu a capacidade total e Varjota submergiu tragado pelas águas ficando vários dias a metros de profundidade. A partir de então houve a transferência paulatinamente da Vila Varjota para a chamada Piçarreira.
A partir de 1964 se dá o desenvolvimento da cidade. Construíram a capela de Sant`ana entre algumas dezenas de casas e a população foi formando um aglomerado de casas e comércios. Neste mesmo ano o engenheiro chefe de serviço de campo Dr. José Jorge de Abreu Choairy, construiu a hidroelétrica e a maioria de rede de energia elétrica nos diversos municípios, como também a estrada de rodagem que liga Varjota ao Ipu.
Em 1996, Dr. Choairy entregou a chefia ao engenheiro Francisco Marcos Leitão Couto que concluiu o restante das extensões da energia convencionadas pela antiga GENORTE, hoje COELCE.
Gentílico: varjotense

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