Emoções influenciam nas dores - controlando as emoções podemos controlar as dores.

2 years ago
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A influência das emoções na dor é uma realidade complexa e multifacetada que os profissionais de saúde enfrentam todos os dias. Entender essa intersecção é essencial para proporcionar um cuidado mais eficaz e personalizado aos nossos pacientes.

Quando o estresse e a ansiedade aumentam, nosso corpo responde de maneiras que podem intensificar a percepção da dor. A adrenalina é liberada, aumentando a tensão muscular e, potencialmente, a dor. Além disso, a serotonina, um neurotransmissor chave na modulação da dor, pode ter sua liberação afetada, ampliando a sensibilidade à dor.

A sensibilização neuropática também é um componente crucial. Aqui, os neurônios se tornam hipersensíveis, com neurotransmissores como substância P e glutamato (sim, aquele que realça sabores) amplificando a percepção da dor.

E não podemos esquecer a resposta imunológica que responde aos estados emocionais e a elevação do Cortisol, que afeta a imunidade como um todo e causando inflamação que, muitas vezes desencadeada pelo estresse, pode resultar em maior dor. Paralelamente, a produção de endorfinas, analgésicos naturais, pode ser reduzida em situações de estresse emocional, piorando a sensibilidade dos pacientes.

Além disso, nosso cérebro possui uma via de controle da dor que, quando eficaz, inibe os sinais de dor. Contudo, emoções negativas podem atrapalhar essa via, resultando em uma maior percepção da dor.

Por fim, o sistema límbico, que processa nossas emoções, está interligado às áreas que processam a dor. Quando emocionalmente abalados, essa conexão pode intensificar nossa sensibilidade à dor.

Explorar a interação entre emoções e dor é essencial para melhor compreender e manejar a dor. Ainda temos muito a aprender, mas cada avanço nos aproxima de um cuidado à dor mais eficaz e humano

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