#085 Fazendo a Fé Naufragar

11 months ago
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Podem os protestantes ter uma missão comum com os romanistas, quando eles ainda discordam acerca do conteúdo do Evangelho? O ECJ fala de obrigação de lutar "contra todos os que se opõe a Cristo e à sua causa". Não deveria esta obrigação incluir a luta contra o catolicismo romano, Já que Roma promulga um evangelho falso e a idolatria? (Reed, Kevin em seu livro Fazendo Naufragar a Fé, p. 95)

Em 1994, um grupo composto de evangélicos e católicos romanos proeminentes emitiu uma declaração intitulada “Evangélicos e Católicos Juntos – (ECJ): A Missão Cristã no Terceiro Milênio”. O documento provocou o surgimento de numerosos artigos e livros que atacavam os evangélicos que assinaram o acordo. Este acordo e suas conseqüências revelam muito acerca do estado presente do evangelicalismo moderno. Em particular, a situação demonstra que a maioria dos evangélicos se afastou das doutrinas e práticas da Reforma Protestante. Este livro ilustra que tanto os romanistas como os evangélicos rejeitaram o ensino bíblico sobre (1) a essência do evangelho, (2) a adoração divinamente instituída, e (3) as marcas da igreja verdadeira. Corrompendo o evangelho, a adoração, e a igreja, evangélicos e católicos romanos juntos estão naufragando a fé cristã.

William Cunningham, o teólogo escocês eminente do século XIX, observou: "Existem duas linhas diferentes e opostas de diretrizes que controversistas romanistas têm adotado no tema da JUSTIFICAÇÃO, de acordo com o que parece mais expediente para os seus interesses no momento. Algumas vezes eles representaram a doutrina dos Reformadores por sobre o assunto da justificação como algo horrível e monstruoso - como contrariando as fundações de toda moralidade, e servindo apenas para produzir a devassidão e a maldade universal; e em outros momentos eles simularam um desejo de ouvirem as bases nas quais os protestantes defendem-se a si mesmos desta acusação, para admitir que estas bases não são de todo destituídas de peso, e que, consequentemente não há tanta diferença em substância entre a doutrina deles e aquela da igreja de Roma. Eles então se expandem por sobre a influência importante que os erros alegados da igreja de Roma no assunto da justificação tiveram na produção da Reforma - citam algumas das passagens que mostram a importância superior que os primeiros reformadores vincularam a esse assunto - e procedem inferindo que a Reforma foi fundada sobre distorção e calúnia, desde o seu começo; e tem sido admitido, até mesmo por protestantes letrados, que os erros de Roma - mesmo que ela tivesse que admitir, por motivo de argumentação, que tenha errado - não, são tão importantes quanto os reformadores os haviam representado."

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