A triste verdade sobre sucateamento, improdutividade e doutrinação na Ciência e Educação no Brasil

10 months ago
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Se você é uma pessoa que valoriza o Conhecimento, preza a Verdade e a Justiça, esse provavelmente será um dos 5 vídeos mais importantes de sua vida, no qual encontrará verdades importantes para todos e indesejáveis para alguns, com revelações trágicas e desconcertantes sobre a Educação e a Ciência no Brasil. Fique conosco e venha conhecer a triste realidade por trás dos motivos que impedem que o Brasil produza Ciência de alto nível e ganhe prêmios Nobel.

Recentemente uma revista de grande circulação ressuscitou a lenda sobre César Lattes, numa reportagem impregnada de erros e adulterações. Uma análise objetiva dos fatos e documentos históricos, bem como conversas com pessoas que vivenciaram esses acontecimentos sob uma perspectiva externa e imparcial, revelam uma realidade muito diferente do folclore construído sobre Lattes, que continua a ser repetido de forma irresponsável e destoante da realidade.

Aqui discutimos os motivos de o Brasil não ganhar um Nobel, desconstruímos mitos como o de Lattes e apontamos alguns dos verdadeiros heróis injustiçados, muitos nem chegaram a ser conhecidos, foram destruídos pela “pseudohistória” e substituídos por heróis artificiais. Nosso país clama por crescimento e reconhecimento, mas não toma as atitudes necessárias para isso; continua empurrando seus “heróis de papel” para serem os representantes na Nação, jogando como “pernas-de-pau” expondo o país ao vexame no exterior, enquanto os craques que poderiam estar trazendo orgulho ao país são completamente abandonados e esquecidos.

O caso de Lattes foi muito famoso nos anos 1940 e 1950, quando um grupo de políticos ligados à Ciência, inclusive o deputado Mário Schoenberg, tentaram criar a fantasia de que Lattes merecia ter recebido um Nobel e teria sido injustiçado por Powell. Em entrevistas, Lattes declarou que Powell "o tungou" (essas foram as palavras de Lattes). Lattes também afirmou que "Einstein era uma besta quadrada", xingou grandes físicos como Gamow e Eddington, sem justificar adequadamente esses xingamentos. Ao mesmo tempo em que xingava grandes nomes da Ciência e se promovia com dinheiro público e publicidade marrom, ao longo de seus 60 anos de carreira Lattes não produziu absolutamente nada relevante. Teve uma participação marginal na descoberta do méson pi, enquanto trabalhava como assistente na equipe de Powell.

Em 1947, Lattes era um recém formato desconhecido, o pai de Lattes, um poderoso banqueiro, pediu a Wataghin que ajudasse o filho. Wataghin foi um os fundadores da USP, era um físico reconhecido internacionalmente, e pediu a Cecil Powell que contribuísse com o desenvolvimento da Ciência no Brasil, aceitando como ajudante o jovem Lattes. Powell gentilmente concordou. Em troca, Lattes acusou Powell de o ter enganado, quando na verdade Powell o ajudou. Um dos pontos adulterado nas mídias nacionais é sobre Lattes ter sido preterido pelo comitê do Nobel, quando na verdade Lattes nem sequer era elegível pelos critérios do comitê, e mesmo que fosse elegível, não reunia méritos para tal.

Enquanto trabalhava para Powell, Lattes escreveu um artigo comunicando a descoberta do méson pi, realizada por suas colegas Marietta e Irene, porém não mencionou nenhuma delas. Em vez disso, Lattes colocou seu próprio nome em primeiro lugar no artigo, e o de Powell em último, sendo que Powell era o chefe da equipe. Lattes também atribuiu a si mesmo o título de “Dr.”, conforme se pode ver no artigo de 24/5/1947 na revista Nature. Embora Lattes fosse um bom físico e tivesse nível acima de um Ph.D. médio, o fato é que, “oficialmente”, na época tinha apenas bacharelado (posteriormente, continuou a ter apenas bacharelado, mas recebeu algumas condecorações políticas, inclusive títulos de Doctor Honoris Causa). Assinou o artigo como “Dr. César Lattes”, colocou seu nome em primeiro, cometeu alguns erros estatísticos e conceituais no artigo, tentou sobrevalorizar a importância de sua contribuição na equipe liderada por Powell e anular a importância das descobertas de Marietta e Irene, que foram mais tarde reconhecidas por Powell, bem como as indianas que já haviam descoberto o píon muitos anos antes, usando as placas de emulsão nuclear aprimoradas por Powell.

Nos anos e décadas seguintes, Lattes continuou a ser deificado no Brasil, coberto de dinheiro e louros, sem qualquer mérito real. Isso não representaria um problema grave, não fosse pelo detalhe que ao mesmo tempo em que Lattes recebia todos os créditos e reconhecimentos, as pessoas que realmente tinham méritos foram usurpadas, abandonadas, esquecidas. Os verdadeiros pelés, garrinchas e rivelinos da Ciência nunca chegaram a ser descobertos, enquanto o nepotismo elegeu Lattes para ser consagrado como o representante internacional da ciência brasileira. Como resultado óbvio, o Futebol fez importantes conquistas internacionais, colocando os maiores talentos para marcar gols, enquanto a Ciência brasileira continua passando vexame até hoje, pela incompetência e improdutividade.

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