Impeachment: Lula está nas mãos de Arthur Lira, lira que mais dinheiro

1 year ago
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Lira repete desde o começo nos bastidores que iria ajudar o governo nas pautas de interesse do Brasil, como o arcabouço fiscal – mas que o resto dependeria muito da articulação política do governo, que ele considera devagar quase parando.

Na visão do presidente da Câmara, o governo repete erros e os deputados estão cansados de não serem ouvidos – leia-se: atendidos em emendas, principalmente. A interlocutores, Lira diz que "matar leão por dia é uma obrigação" mas que "matar o mesmo leão todo dia é burrice”.

Aos líderes, o presidente da Câmara também começou a dizer que o governo acha que Lula ganhou a eleição quando, na verdade, foi Jair Bolsonaro que perdeu.

Lira também vê movimentos do governo para, quando há derrotas do governo na Câmara, colocá-lo perante a opinião pública como um chantagista, e para beneficiar aliados, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu inimigo em Alagoas.

Na noite de terça-feira (30), inclusive, o presidente da Câmara saiu a público para negar que tenha pedido a demissão de Renan Filho, filho do adversário, do cargo de ministro dos Transportes.

Procurado pelo blog, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que Lira tenha feito essa solicitação “Esse pedido nunca chegou a mim nem a Lula”.

A irritação de Lira com o governo levou o presidente da Câmara a voltar a cogitar uma convocação de Costa para falar no plenário da Câmara. A hipótese já havia sido aventada há cerca de 15 dias, após o chefe da Casa Civil criticar a privatização da Eletrobras, aprovada em 2021, quando a Câmara era presidida por Lira.

A convocação para prestar esclarecimentos no plenário da Câmara é um expediente menos comum que as feitas por comissões, e servem, também, para dar a dimensão do grau de insatisfação do Centrão com o governo Lula, pois, é preciso aprovar um requerimento por maioria simples da Casa.

A base que existe, hoje, não é de Lula, e sim de Lira, e isso fica evidente na derrota sofrida pelo governo na votação do projeto de lei que estabelece um marco temporal para demarcação de terras indígenas, na terça (30), e nas mudanças e na demora para a votação da medida provisória que estabeleceu a organização dos ministérios do atual governo. Nos bastidores da Câmara, diz-se que o L que os deputados fazem com a mão não é de Lula, e sim de Lira.

Uma das estratégias do governo para contornar o poder do presidente da Câmara é ampliar uma base do B, aglutinando partidos como PSD e MDB – que têm ministérios no governo Lula – e outros para garantir uma maioria simples constante para as votações. Mas isso também tem um preço

ARTHUR LIRA
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Lira repete desde o começo nos bastidores que iria ajudar o governo nas pautas de interesse do Brasil, como o arcabouço fiscal – mas que o resto dependeria muito da articulação política do governo, que ele considera devagar quase parando.

Na visão do presidente da Câmara, o governo repete erros e os deputados estão cansados de não serem ouvidos – leia-se: atendidos em emendas, principalmente. A interlocutores, Lira diz que "matar leão por dia é uma obrigação" mas que "matar o mesmo leão todo dia é burrice”.

Aos líderes, o presidente da Câmara também começou a dizer que o governo acha que Lula ganhou a eleição quando, na verdade, foi Jair Bolsonaro que perdeu.

Lira também vê movimentos do governo para, quando há derrotas do governo na Câmara, colocá-lo perante a opinião pública como um chantagista, e para beneficiar aliados, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu inimigo em Alagoas.

Na noite de terça-feira (30), inclusive, o presidente da Câmara saiu a público para negar que tenha pedido a demissão de Renan Filho, filho do adversário, do cargo de ministro dos Transportes.

Procurado pelo blog, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que Lira tenha feito essa solicitação “Esse pedido nunca chegou a mim nem a Lula”.

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