AS "DIREITAS" DO BRASIL

1 year ago
43

Não é exclusividade dos brasileiros a dificuldade enfrentada para amalgamar os diversos grupos de opositores da esquerda (historicamante bem mais unida que a direita). Vimos isso na Venezuela (diante de Hugo Chavez) e também nos EUA, que não conseguiram evitar a divisão no Partido Republicano, que sabotou a reeleição de Trump em alguns estados, contribuindo para sua derrota em 2020.

A eleição de 2018 no Brasil ocorreu em um momento de rara convergência de interesses, onde muitos se uniram para evitar o retorno do PT ao Planalto. Bolsonaro, considerado o "azarão" daquela corrida eleitoral, venceu o pleito com os votos do povão e, também, de liberais, conservadores, libertários, anarcocapitalistas, religiosos, ateus/agnósticos, tradicionalistas, liberais "progressistas", social-democratas globalistas (episodicamente desapontados com os socialistas sindicais), militares, soberanistas, ruralistas, aposentados, jovens patriotas, etc.

Como foi possível a convergência eleitoral de um grupo tão heterogêneo?
A debacle econômica do governo Dilma, somada à operação Lava Jato, talvez explique essa verdadeira frente nacional contra a corrupção e o bolso vazio.

Lula, condenado e preso, já foi o vilão nacional, mas, neste momento, o abuso de autoridade da dupla Moraes - Dino logra ofuscar, até mesmo, a indignação popular diante do retorno de sua conhecida quadrilha ao poder. Talvez essa seja a intenção: uma cortina de fumaça na volta ao local do crime.

A CPMI do 08 de Janeiro será palco de disputa entre versões e narrativas. É chegado o momento de nova convergência de interesses dos mais diversos grupos para a contenção do arbítrio e verdadeira tirania que se instala perigosamente no país. O Estado de Direito agoniza.

Loading comments...