1 year ago

As relações duvidosas de Benedito Gonçalves que você não conhece
Deltan Dallagnol foi cassado numa ação num mínimo ‘suspeita’ do TSE. A razão da sua punição, ou o mérito da questão, carece de provas e materialidade, justamente o oposto do caso Lula, onde sobravam provas e materialidade.
Mesmo assim, os ministros do TSE, por unanimidade, cassaram o mandato do deputado.
Um fato que merece muito a nossa consideração vai bem mais além do motivo frágil usado para cassar o deputado. Há coisas aparentemente piores do que isso. Atente-se aos fatos.
Benedito Gonçalves foi acusado de corrupção durante a operação Lava Jato
O ministro do TSE e do STJ Benedito Gonçalves, relator da ação tem histórico de problemas com a Lava Jato, segundo registro da Folha de S. Paulo. O magistrado entrou na mira da operação — da qual Deltan foi coordenador — por suas relações com Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

A relação de Léo Pinheiro com Benedito Gonçalves começou em 2013 e na ocasião o encontro com ele foi para discutir disputas judiciais envolvendo a construtora no STJ. Conduta ‘questionável’ para um juiz. Também disse que, até o início de 2014, o ministro julgou favoravelmente, em duas causas pleiteadas pela OAS.

Segundo o ex-presidente da OAS, Benedito pediu apoio na disputa por uma vaga no STF. “Na época, o ministro buscava angariar apoio no meio empresarial para a sua candidatura ao STF e, durante os nossos encontros, trocamos algumas impressões sobre os caminhos que ele deveria seguir na sua candidatura”, afirmou Léo Pinheiro.

O anseio de Benedito Gonçalves por uma cadeira no STF parece explicar muito das suas últimas ações. Da sua célebre frase vazada no microfone do TSE ‘missão dada é missão cumprida’, a sua lealdade ao ‘xerife do STF’, Alexandre de Moraes, e uma das cenas públicas mais icônicas, que remetem as expressões gestuais das relações de gângsters - ao receber um ‘tapinha’ no rosto do poderoso chefão.
A cadeira mais cobiçada da república – que concede poderes ilimitados a gente medíocre, sem escrúpulo, narcisista e tirana – é capaz de fazer milagres, que o diga o boneco de Olinda do senado. Rodrigo Pacheco é tipo cavalo paraguaio, corre por fora na disputa, mas parece ser um páreo duro, à altura de outros canalhas que vendem a honestidade, a justiça e a liberdade do povo brasileiro por aquela toga super poderosa.
Ainda segundo Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, Benedito lhe pediu que ele falasse com políticos com quem tinha proximidade para fazerem lobby com outros grandes empreiteiros para que seu nome fosse um dos indicados para o STF, colocando assim uma pressão sobre Dilma na escolha do novo indicado para a Suprema Corte. Benedito pediu “empenho e dedicação” ao seu “projeto”.
A vaga acabou ficando para Edson Fachin em 2015.

Além de solicitação de tráfego de influência, Benedito teve seu nome envolvido em operações financeiras que passaram a ser feitas frequentemente num cartório onde seu filho trabalhava, com remessas de até R$ 7 mil mensais.

“Em determinado trecho do relato, o empreiteiro afirmou que, em 2014, a construtora contratou o cartório onde um filho do magistrado trabalhava no Rio de Janeiro, para serviços de autenticação e reconhecimento de firma, com pagamentos mensais da OAS de R$ 5.000 a R$ 7.000.”
Não para por aí. Segundo Léo Pinheiro, mais um pedido foi feito pelo magistrado, dessa vez para beneficiar sua esposa. “Também afirmou que o ministro pediu que atendesse sua esposa, que é advogada e queria oferecer serviços profissionais para a construtora.”
Benedito chegou ao ponto de pedir ingressos para o final da copa do mundo de 2014 para ele e seus familiares.
Segundo a Polícia Federal disse, em relatório, “Léo Pinheiro mantinha contatos frequentes com o ministro Benedito Gonçalves, a ponto de o mesmo solicitar atendimento para seu filho, tendo Léo Pinheiro escalado para tal tarefa o advogado da OAS, Bruno Brasil”.
Essas informações sobre o ministro Benedito Gonçalves foram publicadas pela Folha de SP e são fatos robustos que, em um país sério, JAMAIS uma pessoa que tem em seu passado acusação sérias e com tamanha de riqueza de detalhes, poderia estar sentado numa cadeira de juiz.
Esse é o ministro da ‘missão dada é missão cumprida’!

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