O perigoso plano do BRICS e a Nova Ordem Mundial

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Olimpio Araujo Junior
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O BRICS está prestes a se tornar o grupo de países mais rico do mundo, e isso pode criar uma nova ordem mundial fazendo com que pela primeira vez o rico e desenvolvido ocidente seja liderado por países em desenvolvimento.

O Brics é o grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China em 2006 e com a entrada da e África do Sul em 2010, e que inicialmente tinham o objetivo de unir forças, atrair investidores externos, assim como ampliar os negócios entre si, mas acabaram com o tempo se tornando um importante bloco econômico, e assim seu objetivo foi ampliado e agora eles pretendem competir pela liderança global com o grupo dos países mais ricos e avançados do mundo, o G7, formado por Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão, Canadá, Estados Unidos e União Europeia.

Em 2021, Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai passaram a ser atendidos pelo Banco do Brics, originalmente criado para financiar apenas os países membros do grupo

Atualmente treze novos países pediram formalmente para fazer parte do BRICS e outros seis pediram informalmente, e por isso o Bloco vai se reunir em junho deste ano para discutir a ampliação.

Um dos fatores que causa a preocupação de países do ocidente é que muitos dos países que pretendem ingressar no BRICS são reconhecidos por não respeitar os direitos humanos e por serem governados por regimes considerados autoritários.

Alguns dos países que devem ser aceitos em breve como membros permanentes do BRICS são Arábia Saudita, a Argélia, Turquia, Egito e Argentina e Irã, antigo inimigo dos Estados Unidos. Até mesmo a Venezuela que tem ampliado parcerias com a Russia e a China e agora tem portas abertas com o Governo Brasileiro pode se tornar integrante do Bloco.

Para muitos analistas, os Brics não são uma aliança contra o Ocidente, mas um fórum para aumentar o pensamento soberano e autônomo de países em desenvolvimento.

Para eles, África do Sul, Índia e Brasil estão simplesmente “competindo por melhores condições”.

Porém a China usa a plataforma para alcançar suas ambições políticas globais, o que tem preocupado os demais membros do bloco.

Por influencia do presidente Brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, o BRICS já decidiu inclusive deixar de usar o Dólar como moeda para negociações e desenvolver uma moeda própria, o que já está gerando polêmica e ainda é pouco provável que aconteça, pelo menos a curto prazo.

A questão é que independentemente do papel que o BRICS+ decida desempenhar na escala global, a expansão do grupo implicará nos próximos anos em múltiplas mudanças na ordem na qual o mundo de hoje funciona e pode pela primeira vez tirar as grandes potências ocidentais da liderança mundial

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