Bairro Ponte

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Riacho do Ponte – Foto da virada do século XIX para o XX

Roncador é a área de cachoeiras no riacho do Ponte. Balneário localizado no bairro Ponte (riacho que deu origem ao nome do bairro) era uma área rural da cidade e balneário onde a população de Caxias ia se refrescar. O Roncador era o local preferido do poeta Gonçalves Dias. Sempre que visitava sua terra natal, ele ali se dirigia com amigos para banhar nas águas cristalinas e fumar seu charuto.

A piscina do ponte foi urbanizada na década de 1970 no governo do prefeito José Castro. Com a construção de casas a beira do riacho, destruindo sua mata ciliar, o riacho se tornou improprio para o banho e a água poluída.
Ponte de madeira sobre o Rio Itapecuru

No início da ocupação do então arraial São José das Aldeias Altas no início do século XVIII a vida se dividia entre a área de comerciantes e fazendeiros (lado direito do Itapecuru) e a Trizidela dos índios e educação dos padres jesuítas (no lado esquerdo do rio). A travessia diária se dava por botes e canoas. Até que em 1826 veio a construção da primeira ponte de madeira ligando as duas partes da já Vila de Caxias das Aldeias Altas, porem para infelicidade dos moradores, um dia antes da inauguração em 1830 ela desabou devido a uma forte enchente.

Quando Francisco Dias Carneiro fixou residência em Caxias e com ele o idealismo em progredir junto com a cidade, fundou com vários sócios a empresa Prosperidade Caxiense. Dessa empreitada veio a segunda ponte sobre o Rio Itapecuru. O contrato para a construção fora celebrado em 23 de outubro de 1880. A ponte construída pelo engenheiro americano Hiran William Mappes Junior, sendo toda em madeira de lei com 128 metros de extensão e 04 metros de largura. O local escolhido era o largo do antigo porto que gerava a riqueza de Caxias. Foi inaugurada no dia 07 de setembro de 1884 com uma grande festa que lotou a ponte de uma extremidade a outra. Por décadas a ponte serviu ao povo caxiense até que no dia 1º de abril de 1924 desabou.

A terceira ponte teve início no dia 23 de abril de 1928 pelo engenheiro Eurico de Macedo, com contrato feito pelo empresário José Fernandes Bastos, aproveitando parte da estrutura da anterior, porem com 04,50 metros de largura. Por tê-la construído e ter o direito de explorar seu trafego a ponte ficou conhecida como “Ponte Zé Fernandes”. Era cobrada um valor por cada travessia de pedestres, transporte de animais e veículos. A ponte também servia para canalização da água potável e leva-la a população e a Fábrica Têxtil. Ela teve o mesmo destino que as anteriores: levada pelas aguas do Itapecuru.

Uma quarta ponte foi construída pelo governador João Castelo, inaugurada em 12 de setembro de 1981. Sua travessia era gratuita e a ponte iluminada em toda sua extensão. Essa última “ponte de madeira” desabou devido a uma forte chuva no dia 24 de abril de 1995. Essa queda já era esperada pela população devido a sua péssima preservação onde a anos carros foram proibidos de circular por ela.Em 1996 a área do antigo Porto do Bispo fora aterrada dando lugar a avenida Beira Rio, ligando a rua Conselheiro Sinval até a rua Porto das Pedras. Ali construído a segunda ponte de concreto que ligaria de vez a Trizidela/Ponte ao centro de Caxias.

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