Chapada Diamantina 2 - Lençóis

1 year ago
34

Dia 7 – Mucugê – Caeté Açu - Lençóis
Pegamos a estrada para Caeté Açu, também conhecida como Vila ou Vale do Capão. São 90 km de estrada, aproximadamente 80 de terra. Haviam trechos bons, onde dava para andar a 60 km/h mas muitos trechos de buraqueira braba onde a Adriana quase batia com a cabeça no teto, a bagagem toda voava, ligava o limpador de para brisas e caía o celular do suporte magnético.
Os carros normais sofrem nessas estradas, com o Jimny quem sofre são os passageiros.
Chegamos ao Capão, andamos a pé, conversamos com a moça de um café pegando dicas. Ela indicou uma pousada, que estava fechada.
Todas as pousadas que vimos no Booking ficavam longe da vila, tipo 10 km.
Não achamos graça nessa vila, desculpem os que gostam dela, e resolvemos seguir para o próximo ponto do nosso roteiro, que era Lençóis. São 73 km de distância, a maioria de asfalto.
Gostamos muito de Lençóis.
A cidade histórica é muito bonita, em ladeiras com casario antigo e bem conservado. Fomos para a Pousada e Camping Lumiar, que fica no alto da cidade do lado da igreja. Pegamos essa dica em um vídeo do canal Serial Trippers. É um casarão antigo que fica numa área muito grande, bem arborizada, com cheiro de mata e silenciosa. Os quartos são espaçosos, com pé direito de 5 ou 6 metros, portas e janelas muito grandes com os fechos originais. Não estão em estado perfeito de conservação, mas o importante é que a gente se sente bem no lugar.
Rodamos pela cidade a pé para conhecer as ruas e fomos jantar na ladeira que vai dar na igreja e no camping. O restaurante era o Sabor da Serra. Bem bom.
Dia 8 – Fazenda Pratinha
Esse dia foi dedicado a conhecer a Fazenda Pratinha, que fica a 48 km de Lençóis. A fazenda é muito bem cuidada, tem lojas, dois restaurantes e quiosques de pastel e açaí, além de bons banheiros.
São três as principais atrações que há por lá.
A que fomos visitar primeiro e achamos mais impressionante foi a Gruta da Pratinha. Tem um lago transparente, é bem aberta e iluminada. Tem uma opção de fazer uma flutuação por um bom percurso, mas desanimei por causa da minha miopia e a Adriana também não se entusiasmou por fazer sozinha. Ficamos apreciando a beleza do lugar.
Depois fomos para uma praia no Rio Pratinha. O rio ali é bem largo, com águas muito claras e fundo de areia. Em volta tem aluguel de stand up paddle e pedalinhos, uma tirolesa que vem lá de perto da Gruta. Ficamos bastante tempo por lá, a água estava uma delícia.
Por fim fomos para a Gruta Azul. Ela é bem fechada, e fica realmente bonita quando o sol passa por uma abertura e ilumina a água. A previsão era que o sol entraria lá depois das 3:30, mas não era a época do ano ideal. Chegamos mais cedo, mas já havia uma boa luminosidade e deu para apreciar a beleza do local.
Na volta da Pratinha, aproveitamos para visitar o Morro do Pai Inácio, que tem uma vista magnífica. Em volta há outros morros altos com pedras muito acidentadas e vales entre eles.
A subida é um pouco cansativa, mas com boas paisagens e a Adriana foi apreciando a vegetação variada.
De volta à cidade fomos a um restaurante onde não há cardápio, a dona é que informa as opções do dia.
Gostei muito da comida, a Adriana nem tanto, mas havia uns quadros nas paredes de um pintor local que achamos muito legais.
Dia 9 – Lençóis - Gruta da Lapa Doce
Hoje o programa foi a Gruta Lapa Doce, que fica a uns 70 km de distância. Depois de pagar a entrada fomos conduzidos por um guia, que vai mostrando e explicando tudo pelo caminho. O caminho até a entrada da gruta tem a vegetação típica da chapada, entre cerrado e caatinga e ele nos mostrou muitas plantas e árvores e contou para que são usadas.
Esse caminho passa por cima da gruta, e o caminho de volta, que vem pelo outro lado da sede, também passa por cima dela.
A gruta é muito larga e alta, com piso de areia, já que foi o leito de um rio.
O guia distribuiu uma lanterna para cada um e levava um maior, que usava para mostrar as formações que encontrávamos pelo caminho. São impressionantes e muito variadas em suas formas e cores.
O caminho é todo demarcado por cordas e não se pode tocar em nada para preservar o conjunto.
Interessante é que a parte visitada é apenas uma parte dos 20 km que já foram mapeados da gruta.
A saída é por uma subida bem íngreme.
Jantamos novamente no restaurante Sabor da Serra.
Dia 10 – Lençóis - Parque Municipal da Muritiba
Nesse dia ficamos com preguiça de fazer passeios mais distantes pelo grande calor que estava fazendo, e fomos a pé conhecer o Parque Municipal de Muritiba, que fica a menos de um quilômetro da pousada.
Foi uma ótima opção. Lá há uma série de piscinas naturais do Rio Lençóis, com águas claras e frescas e uma bonita vista da cidade.
Escolhemos um lugar quase deserto, com uma mini cachoeira e vários poços redondos no chão de pedra. Tinha uma árvore com uma boa sombra para alternar com o sol e ficamos lagarteando por ali por muitas horas.
Jantamos no restaurante Garimpo Gourmet

Loading comments...