Não andar segundo as inclinações de nossa carne

1 year ago
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Semana 1 – QUINTA-FEIRA

Leitura bíblica:
Mt 16:21-23; Ef 2:1-3
Ler com oração: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:19b-20).

Não andar segundo as inclinações de nossa carne

Ontem começamos a entender como Lúcifer, o príncipe deste mundo, atua nos filhos da desobediência. E hoje vamos receber mais luz com este versículo: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:1-2). Aqui aparece a expressão “o curso deste mundo”, em que “mundo” é kosmos em grego, referindo-se ao sistema montado por Satanás para seduzir e aprisionar as pessoas; e “curso” é aion, indicando a correnteza do mundo, mais uma armadilha satânica para enganar o ser humano. Ao longo do tempo, como ondas do mar que vêm e vão, o mundo se apresenta com algumas características próprias, com o objetivo de passar uma imagem de que se moderniza. Em outras palavras, o curso é a aparência do mundo em cada era, que atrai e distrai a humanidade com o que há de mais atual e moderno. Podemos dizer que é a “moda” de cada época, incluindo roupas, sapatos, cabelos, todos os tipos de tecnologia (carros, celulares, aparelhos domésticos etc.), enfim, tudo o que envolve a cultura humana. E, à medida que o curso do mundo se atualiza, as pessoas ficam cada vez mais seduzidas. Ó Senhor Jesus! Não caiamos nessas armadilhas! Não permitamos que nosso ser, nossos desejos, nossos recursos financeiros sejam aprisionados pela correnteza deste mundo.
Todos nós andávamos no curso deste mundo, sujeitos ao espírito que atua nos filhos da desobediência. Desde o momento em que Adão e Eva comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, as inclinações da carne passaram a guiar os seres humanos (Ef 2:3). A situação piorou com o passar do tempo, conforme lemos no capítulo sexto de Gênesis, quando a violência e os pecados se multiplicaram a ponto de Deus reagir e falar: “O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6:3). Nessa ocasião o homem tornou-se essencialmente carnal, passando a agir segundo as inclinações da carne e dos pensamentos, como está escrito no texto de Efésios; ou seja, passou a viver para satisfazer à vontade da carne.
Na Bíblia expressões do tipo “viver na carne” e “ser carnal” dizem respeito a nosso ser caído, cuja mente só pensa nas coisas dos homens, e não nas de Deus. E isso não se refere apenas aos pensamentos grosseiros e pecaminosos, mas também ao pensamento religioso, como observamos na experiência de Pedro em Mateus 16 (vs. 21-23). Mesmo que fale alguma coisa com relação à adoração a Deus, a pessoa que vive na carne não consegue pensar nas coisas de Deus, porque ela é carnal. O grande desafio para todos nós, cristãos, é perceber que a carne também tem um lado aparentemente bom. Para discernir melhor essa questão, sugiro fortemente que você leia o livro “Os perigos do lado bom da alma”, publicado pela Editora Árvore da Vida.
O que fazer, então, diante desta realidade? Vejamos o que Jesus disse a Seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). O que quer dizer “negar a si mesmo” nesse trecho? Quer dizer negar nosso eu, o ego. Ou o eu (ego) continua vivendo, ou Cristo. Só um pode tomar conta de nosso viver. O eu (ego) é a corporificação da vida da alma, e nele estão nossos pensamentos e opiniões, que expressam nossa carne. Quando Cristo se entregou na cruz por nós, não foi somente para nos salvar, mas para crucificar nosso eu, para que o ego não fique mais disputando com Cristo quem toma conta de nossa vida. Uma vez que estamos crucificados com Cristo, devemos viver pela fé no Filho de Deus (Gl 2:19b-20). Se crermos, teremos acesso à suprema grandeza do poder de Deus. É somente assim que seremos capacitados a ter um viver imune à sedução do príncipe deste mundo e também seremos libertos de nossos desejos carnais. Aleluia!

Pergunta: Com base no texto acima, como podemos vencer as inclinações da carne?
Meu ponto-chave:

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