Entrevista com Araci Gomide, que socorreu João Prestes, queimado por uma luz mortal em Araçariguama

1 year ago
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Esta rara gravação é a única existente com Araci Gomide, arrecadador de impostos de São Roque e tesoureiro de Araçariguama que socorreu João Prestes por ser seu amigo e também por ter praticado enfermagem nas Forças Armadas.

Prestes encontrava-se literalmente cozinhando como se tivesse sido escaldado em água fervendo, com suas carnes desprendendo dos ossos. Entretanto, nada estava chamuscado por fogo: nem os cabelos, nem pelos e nem as roupas. Gomide disse ter cheirado a vítima, não sentindo o menor cheiro de queimaduras ou de combustíveis como querosene ou álcool. Prestes também não se encontrava alcoolizado, porém lúcido e declarando não sentir nenhuma dor.

Luiz Jesus Braga Cavalcanti de Araújo e Fernando Grossmann, da APEX (Associação e Pesquisas Exológicas), que estavam entre os que entrevistaram Gomide naquele sábado, 28 de setembro de 1974, juntamente com Guilherme Willi Wirz e Ivone Brandão, concluíram que Prestes não foi queimado por chama oriunda de combustíveis convencionais – querosene, gasolina, lenha, carbureto –, nem por líquido muito quente – água fervente, sopas entornadas ou jogadas por agressão –, mas por um fenômeno desconhecido.

Recapitulando, no dia 4 de março de 1946, uma segunda-feira de Carnaval, mais de um ano antes do início da Era Moderna dos Discos Voadores, o lavrador João Prestes Filho, de 44 anos, e Salvador dos Santos, ambos do bairro Cotiano, da então Vila de Araçariguama, distrito da cidade de São Roque, a cerca de 70 km da capital paulista, foram pescar às margens do Rio Tietê. Ao anoitecer, por volta das 19 horas, começou uma chuva fina e persistente, fazendo com que ambos resolvessem voltar para suas casas. João havia combinado com sua esposa Silvina Nunes Prestes que trancasse a porta ao sair para os festejos de Carnaval, já que ele adentraria pela janela, que deveria ficar apenas encostada. Quando ele empurrou a janela, uma luz fortíssima ou uma bola de fogo, vinda do alto, lhe acertou em cheio no rosto.

O clarão ofuscante queimou toda a parte desnuda do seu corpo e só não lhe queimou os olhos porque ele os protegeu com as mãos. Abalado, desandou a correr alucinado em direção à casa de sua irmã Maria, gritando e pedindo socorro.

Colocaram-no num caminhão e rumaram para a Santa Casa, no município vizinho de Santana de Parnaíba, onde acabou morrendo. A causa mortis apontada por Caligiuri na certidão de óbito, emitida pelo Cartório dessa cidade a nosso pedido, foi “colapso cardíaco e queimaduras generalizadas de 1º e 2º grau”.

Na segunda metade da década de 90, resgatei o caso em parceria com Pablo Villarrubia Mauso (que o relatou em seu livro "Quando os UFOs Atacam: Casos de Agressões e Mortes no Brasil e no mundo", publicado pela Biblioteca UFO). Juntos estivemos na região entrevistando vários parentes e amigos de Prestes que ainda se recordavam vividamente do ocorrido.

O livro de Mauso, "Quando os UFOs Atacam", pode ser adquirido na loja da UFO: https://loja.ufo.com.br/produto/quando-os-ufos-atacam/1406

Para saber mais, leia o artigo de minha autoria, “Quando os ETs atacam: homem morre queimado em São Paulo por uma luz misteriosa que veio do céu” (in UFO, CBPDV, outubro de 1998, no.60), que pode ser lido aqui: https://drive.google.com/file/d/15mwGxSPsBVrGlwYo144_ONZ71tA6eHvK/view

Recomendo também o artigo de Pablo, "La misteriosa muerte de João Prestes” (in Enigmas, Madrid, julho-agosto de 1999, no.44), que pode ser lido aqui: https://drive.google.com/file/d/1goGtCZgq9SPtCKg60gw0mOAoinK2dZau/view

Pablo escreveu ainda um artigo relatando as muitas "coincidências" que nos levaram a encontrar as testemunhas vivas do caso. "Joao Prestes y las crónicas del misterio” (in Enigmas Express, Madrid, maio de 2001, no.13) pode ser lido aqui: https://drive.google.com/file/d/1vbhxtb8ytTbSlOD5bEg3zQV5eC4JW24_/view

A concepção artística do Caso Prestes é de autoria de Jader U. Pereira.

A fita k-7 com a entrevista com Gomide me foi fornecida por Fernando Grossmann (1932-2015, in memoriam), que aparece segurando-a.

A edição e legendagem deste vídeo a partir da gravação de áudio original, foram feitas gentilmente por Rodrigo Moura Visoni, do Canal Grandes Inventores Brasileiros, a quem muito agradeço: https://www.youtube.com/channel/UCT1p8h2IVQz-kU6PEyTPTFg

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