A CANÇÃO DA MADRUGADA

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A CANÇÃO DA MADRUGADA
Poema e interpretação de Alex R. Brondani

Desperto.
Sinto a tua falta em minha cama
mesmo que nunca tenha estado nela;
Eu sinto o seu cheiro, o perfume,
a seda dos teus cabelos negros argentinos.

Eu imagino a tua risada,
chego a ouvi-la em meus ouvidos,
E o teu sorriso aquece a minha alma;
Eu posso sentir o toque dos teus dedos,
a maciez de sua pele missioneira
e calor do teu corpo quente junto ao meu.

Mas eu espero o nosso tempo.
Cada dia de minha nova vida
se alimenta de tua lembrança não vivida
numa presença sentida e desejada.
Na estrada que conduz o meu destino
eu só vislumbro o teu sorriso.
Eu sou uma estrela rotatória
que caminha para dentro de seu eixo,
e tu estás na transição deste caminho.

Mas qual o nosso destino?
Diz-me, enfim, mulher amada:
eu posso amar-te?
Sozinho em minha cama
eu sinto a falta do beijo que eu nunca tive
e dos lábios vermelhos que nunca toquei.

Eu espero o nosso tempo florescer. Tu estás distante
e somente os grilos ouvem a minha canção da madrugada.

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