6 Vicentina Espírito São Luís me disse A luz de UM ESPÍRITO é conquista moral

2 years ago
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Sobre:
A vó Vicentina é uma personagem criada e interpretada por Jefferson Viscardi, não se trata de incorporação direta. O trabalho é feito em tempo real por inspiração (não há texto previamente redigido). É um projeto de interpretar uma personagem de 77 anos de nome Maria de Nazaré Vicentina.

“Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa
que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma.
Poder-se-ia dizer que essas qualidades estão para o fluido perispiritual
como o friccionamento para o fósforo. A intensidade da luz está na razão
da pureza do Espírito; as menores imperfeições morais atenuam-na e
enfraquecem-na. A luz irradiada por um Espírito será tanto mais viva,
quanto maior o seu adiantamento. Assim sendo o Espírito, de alguma
sorte, o seu próprio farol, verá proporcionalmente à intensidade da luz
que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem acham-
-se na obscuridade.”
Esta teoria é perfeitamente exata quanto à irradiação de fluidos
luminosos pelos Espíritos superiores e é confirmada pela observação,
Espíritos sofredores conquanto se não possa inferir seja aquela a verdadeira causa, ou, pelo
menos, a única causa do fenômeno; primeiro, porque nem todos os Es-
píritos inferiores estão em trevas; segundo, porque um mesmo Espírito
pode achar-se alternadamente na luz e na obscuridade; e terceiro, final-
mente, porque a luz também é castigo para os Espíritos muito imper-
feitos. Se a obscuridade em que jazem certos Espíritos fosse inerente à
sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos
os maus Espíritos, o que aliás não acontece. Às vezes os perversos mais
requintados veem perfeitamente, ao passo que outros, que assim não
podem ser qualificados, jazem, temporariamente, em trevas profundas.
Assim, tudo indica que, independente da luz que lhes é própria,
os Espíritos recebem uma luz exterior que lhes falta segundo as circuns-
tâncias, donde força é concluir que a obscuridade depende de uma causa
ou de uma vontade estranha, constituindo punição especial da soberana
justiça, para casos determinados.
Pergunta (a São Luís). — Qual a causa de a educação moral dos
desencarnados ser mais fácil que a dos encarnados? As relações pelo Espiri-
tismo estabelecidas entre homens e Espíritos dão azo a que estes últimos
se corrijam mais rapidamente sob a influência dos conselhos salutares,
mais do que acontece em relação aos encarnados, como se vê na cura das
obsessões.
Resposta (Sociedade de Paris). — O encarnado, em virtude da pró-
pria natureza, está numa luta incessante devido aos elementos contrários
de que se compõe e que devem conduzi-lo ao seu fim providencial, rea-
gindo um sobre o outro.
A matéria facilmente sofre o predomínio de um fluido exterior; se a
alma, com todo o poder moral de que é capaz, não reagir, deixar-se-á do-
minar pelo intermediário do seu corpo, seguindo o impulso das influên-
cias perversas que o rodeiam, e isso com facilidade tanto maior quanto
os invisíveis, que a subjugavam, atacam de preferência os pontos mais
vulneráveis, as tendências para a paixão dominante.
Outro tanto se não dá com o desencarnado, que, posto sob a in-
fluência semimaterial, não se compara por seu estado ao encarnado. O
respeito humano, tão preponderante no homem, não existe para aquele,
e só este pensamento é bastante para compeli-lo a não resistir longamen-
te às razões que o próprio interesse lhe aponta como boas.
Segunda Parte – Capítulo IV Ele pode lutar, e o faz mesmo geralmente com mais violência do
que o encarnado, visto ser mais livre. Nenhuma cogitação de interesse
material, de posição social se lhe antepõe ao raciocínio. Luta por amor
do mal, porém cedo adquire a convicção da sua impotência, em face
da superioridade moral que o domina; a perspectiva de melhor futuro
lhe é mais acessível, por se reconhecer na mesma vida em que se deve
completar esse futuro; e essa visão não se turva no turbilhão dos praze-
res humanos. Em uma palavra, a independência da carne é que facilita
a conversão, principalmente quando se tem adquirido um tal ou qual
desenvolvimento pelas provações cumpridas.
Um Espírito inteiramente primitivo seria pouco acessível ao ra-
ciocínio, o que aliás não se dá com o que já tem experiência da vida.
Ademais, no encarnado como no desencarnado, é sobre a alma, é sobre o
sentimento que se faz mister atuar.
Toda ação material pode sustar momentaneamente os sofrimentos
do homem vicioso, mas o que ela não pode é destruir o princípio mórbi-
do residente na alma; todo e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma,
não poderá desviá-la do mal.
São Luís

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