A UCRÂNIA É UM PAÍS INVENTADO? – História da UCRÂNIA e RÚSSIA: 1000 anos em 1 vídeo!

2 years ago
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A recente invasão da Ucrânia levou muitas pessoas a opinarem sem ter o conhecimento necessário para isso, e, dentre os boatos que circulam nos meios apoiadores de Putin está a afirmação de que não há nação ou povo ucraniano: seriam eles russos como quaisquer outros.

E assim, a Rússia está apenas ‘retornando ao seu quintal’.

E isso está muito longe da verdade. Ucranianos e russos tem uma origem comum, são povos irmãos que descendem do Rus de Kiev – o que já levanta muitas dúvidas sobre as acusações russas de que neonazist@s ucranianos estão há anos massacrando russos étnicos – mas que foram se separando por uma série de circunstâncias históricas.

O Rus de Kiev foi uma civilização medieval que se formou a partir do Século IX da miscigenação entre as tribos eslavas do Leste Europeu com os Varagues, Vikings oriundos da Suécia. A Fé Católica (vivida com a Liturgia e disciplinas Orientais) foi trazida por missionários bizantinos e, em 955 a Princesa Santa Olga de Kiev recebeu o Batismo.

Em 988 seu neto, São Vladimir de Kiev conclui a Cristianização do Rus, que se tornou uma Civilização florescente com a capital máxima sendo Kiev.

Em 1240 o Rus foi destruído pelas invasões mongóis, e nos séculos seguintes surgiram 2 Rússias: ao Norte, a “Grande Rússia” centralizada em Moscou e inteiramente alheia à influência Ocidental; e ao Sudoeste a “Pequena Rússia”, que recebeu grande influência Católica através da Lituânia e Polônia.

Em 1595 a União de Brest assegurou a entrada de vários Bispos Ucranianos no seio da Santa Igreja Católica, sendo eles altamente hostilizados pelos Russos e pelos ucranianos empedernidos do cisma Oriental.

Entretanto, atritos com os poloneses levaram à uma série de rebeliões Cossacas que, deram origem a um Estado Cossaco Ucraniano, com caráter violentamente anti-polonês e anti-Católico. Para manutenção da sua independência, os Cossacos prestaram vassalagem aos Tzares da Rússia, que não perderam tempo em russificar a região e acabar com a autonomia dos Cossacos.

A Ucrânia tenta emergir como nação independente durante a Guerra Civil Russa, mas é conquistada pelos bolcheviques e Lênin lhe concede o status de República Soviética a fim de evitar eventuais revoltas.

Nos anos 1930 Josef Stálin, temendo uma separação da Ucrânia, realiza um dos maiores crimes da história humana: Holodomor, o extermínio sistemático da população ucraniana através da fome. Estima-se que mais de 7milhões de pessoas foram mortas.

Foi na Ucrânia que houve o desastre de Chernobyl em 1986, evento abafado pela mídia comunista; e não é surpreendente que, tendo a oportunidade, foi feito um plebiscito a respeito da independência da Ucrânia onde 93% da população votou a favor.

Em 1991 é concluído o sonho da instituição de um estado ucraniano. E desse período até hoje, na Rússia, Putin vem procurado reconstituir o poderio soviético, primeiro internamente, e agora pela invasão.
Hoje a Ucrânia luta por sua independência.

Amanhã poderá ser a Finlândia ou a Suécia, e depois, toda a Europa. Não será de uma Rússia neo-soviética e sacrilegamente abençoada pela Igreja pseudo-Ortodoxa nacional que sairá o sopro regenerador da terra, capaz de livrar o Ocidente de toda a sua degradação moral e religiosa.

Esta virtude só pode vir da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, e é nela que, através da proteção de Nossa Senhora de Fátima, confiamos e esperamos a vitória e o completo esmagamento da Revolução.

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LORENZO LAZZAROTTO

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FONTES:

VON GRUNWALD, Konstantin - Pequena História das grandes nações: União Soviética, círculo do livro, 1978.

MATHEW, Donald - Europa Medieval, Rumo ao mundo moderno, Vol. II. Edições Del Prado. pgs. 194-97

Consultoria de Vadim Medish, para Time Life Livros - União Soviética. Editora Cidade Cultural. 1987

CÂMARA, Dom Jaime de Barros - Apontamentos de História Eclesiástica. Editora Vozes, 1942. pgs. 122 & 302-03.

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