LIBERDADE ou FELICIDADE - A escolha de Cypher no filme MATRIX

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Esse artigo foi baseado no capítulo 5 - As Chaves do Reino - do livro Pensamento Binário Vol. II - Meta Estado, Democracia e o Meme Letal, publicado pela editora Uiclap

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#Cypher #Matrix #Liberdade

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No primeiro filme da saga Matrix, somos apresentados ao personagem Cypher – o Judas da saga –, aquele que trai seus amigos para voltar à ilusão criada pelas máquinas e viver uma vida cheia de luxo, prazer e glamour. Cypher não se importa se sua decisão é imoral ou se aquilo não é a vida real, pois ele a sente como muito mais real do que todos os anos em que passou comendo aquela gororoba oferecida aos rebeldes e recebendo ordens do chato do Morpheus. Talvez a maioria de nós preferisse mesmo continuar dormindo se pudesse ver e experimentar aquilo que Cypher experimentou. Há muitas interpretações possíveis para Matrix: desde o enfoque na autoajuda new age, passando por interpretações religiosas, até mesmo a leitura de que a Matrix seria uma crítica marxista ao sistema capitalista. Contudo, nosso alvo será centrado na figura de Cypher e sua escolha que expõe algumas nuances interessantes sobre felicidade e liberdade. A questão toda gira em torno do quão livre você deseja ser por si mesmo, de quanta autonomia você deseja para sua vida ou o quanto está disposto a deixar que outros controlem os rumos do seu destino e definam para você os termos de felicidade e a extensão da sua liberdade. O dilema filosófico que a escolha de Cypher apresenta é: Felicidade pela obediência ou Liberdade pelo sofrimento ou responsabilidade.