Uma visão libertária para OS MISERÁVEIS

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Vamos falar hoje sobre o livro “Os Miseráveis”, que Vitor Hugo escreveu em 1862, inaugurando o conceito de best-seller mundial. Apesar do livro ser grande - tem mais de 1500 páginas - foi escrito em linguagem popular e teve dezenas de adaptações para romances, teatro, musicais e cinema, sendo a última um filme de 2012 no estilo musical, uma verdadeira obra prima. Aqui nos interessa levantar alguns pontos do livro e, humildemente, mostrar as relações com nossa desejada Visão Libertária. Então o objetivo não é contar o livro, mas apenas analisar alguns aspectos que nos interessam. E, para efeitos didáticos, vamos procurar usar os recursos do filme ao fazer as comparações. Bem, já no início se vê um aspecto fortemente coletivista, em que o indivíduo é minúsculo, débil e insignificante diante da grandeza da nação francesa. A comparação salta aos olhos pelo tamanho gigantesco das naus frente aos escravos que trabalham no ancoradouro puxando-as num esforço sobre-humano. Essas pessoas, destituídas de humanidade e de individualidade, devem dar suporte à grandiosidade da França, ainda que isso lhes custe a saúde ou até mesmo a vida. Ao fim da cena, um preso é mandado carregar a bandeira da França que está num mastro pesadíssimo! Como não fazer uma analogia imediata entre o esforço imposto a cada pessoa humilde, a cada cidadão comum para carregar o país nas costas?