A importância dos padrões da natureza no desenho ecológico

Aula extra do curso de Introdução ao Planejamento de Propriedades Rurais com base na Escala de Permanência da Linha Chave e na Tomada de Decisão Holística.

Entender os vários padrões da natureza nos permite reconectarmos mais integralmente com os terrenos que habitamos. Também nos permite um entendimento mais amplo e profundo dos processos que formaram determinada paisagem e portanto podem nos guiar na restauração da mesma.

A natureza tem padrões de ritmo, cores, sons, formas, aromas, eventos… Alias, tudo na existência é uma sucessão de eventos. Eles se repetem em uma ordem de tamanho conhecida como fractais. Decifrados matematicamente por Mandelbrot no século passado, mas milenarmente conhecida por comunidades tradicionais e várias civilizações já extintas.

Nossa soberba é tamanha, que esquecemos que tudo pulsa… nasce, cresce, reproduz e morre e, assim, enganamos a nós mesmos repetindo que somos o ápice do desenvolvimento humano. Talvez sejamos o ápice de um tipo de civilização, a que se especializou em criar tecnologia acelerando a entropia, fenômeno natural que determina que toda matéria caminha para a desordem até não seja mais possível rearranjar seus átomos e um último sopro de calor se perde para sempre.

Outras civilizações extremamente complexas e que muito provavelmente se desenvolveram em outras dimensões da nossa inteligência e subjetividade conseguiam codificar em arte, mito e arquitetura megalítica o movimento preciso corpos celestes. Sabiam do sistema solar, mais que isso seus monumentos mostram que entendiam a rotação como o dia de 24 horas, a translação como ano de 360 dias, as eras do zodíaco com 2166 anos e chamavam de O Grande Dia o movimento de precessão de Gaia que leva 25.900 anos para se completar. Quando dividido em 4 esse movimento forma 4 estações cósmicas de 6475 anos. Dentro desse ritmo nossos antepassados registraram e previram catástrofes.

Tinham uma ciência fractal, intuitiva que codificada em arte e mito sobreviveu milhares de anos. E hoje no suposto apogeu da espécie, os alternativos só conseguem derivam crenças desse conhecimento sem saber como foi produzido e nossa ciência, criada para produzir conhecimento, de tão míope, não consegue decodificar a sabedoria e conexão dos que produziram verdadeiras cápsulas do tempo.

A missão dos Santuários de Sanidade Mental e Ecológica é (re)aprender, viver e (re)codificar os padrões de ritmo, cor, sons, comportamento, conhecimento, sabedoria e sentimento nas dimensões de tempo e espaço de forma que alcancem as gerações pós-antropoceno.

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